Brigas a Parte. escrita por keemi_w


Capítulo 1
Capítulo único


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura :D



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— Ajude aqui, Rose — Scorpius falou passando a mão pelo cabelo loiro totalmente bagunçado. — Não posso me aprensentar para seu pai assim. 

A ruiva riu e foi ao seu encontro tentando colocar ordem no cabelo de Scorpius. 

— Acho que não terá jeito. 

— Como não terá jeito? 

— Seu cabelo não consegue ficar em ordem. 

Scorpius estava decidido a tentar passar as melhores impressões para seu sogro, por isso conjurou um espelho e começou a abaixar seu cabelo enquanto Rose batia o pé esperando. Depois de belos dez minutos nessa guerra entre Scorpius e cabelo, o loiro caiu no bom senso que não conseguiria deixá-lo melhor do que já estava. 

— Será que seu pai vai gostar da minha roupa? — Rose perguntou.

Ele a fitou pensativo.

— Por que ele não gostaria? 

— Acho que a saia é curta demais. 

Scorpius revirou os olhos e entrelaçou seus dedos com os da namorada. Eles seguiram para o restaurante que a família Weasley e Malfoy se conheceriam e decobririam o namoro entre Rose e Scorpius. Era noite, porém não havia lua brilhando no céu como nos contos perfeitos, na verdade, parecia que nevaria mais tarde. Já que estavam num inverno rigoroso era praticamente um milagre que não estivesse já uma nevasca forte.

Tanto Rose quanto Scorpius estavam nervosos por esse encontro, sabiam perfeitamente da rivalidade das duas famílias e sentiam que o namoro dos dois não seria aceito numa boa. Contanto que não voassem pratos pelo restaurante inteiro, eles ficariam felizes. Avistaram logo onde seria a "confraternização". Ao adrentarem o salão, não conseguiram não rir. A família Malfoy se encontrava numa mesa aos fundos, o contrário acontecia com os Weasley que estavam parados praticamente na frente da porta. 

— Ai meu Deus — Rose murmuro.

Hermione se levantou do lugar onde estava e acenou para filha, que rapidamente soltou a mão do loiro e acenou de volta envergonhada.

— Filha — ela falou. —, venha até aqui. 

— Oi, mãe — falou sem graça. — Eu acho que tenho que mostrar uma cois...

— Scorpius, meu filho — Draco, que avistou seu filho de longe, falou indo até o encontro dele. — Não fique aí parado feito tonto olhando para a mesa dos Weasley. Venha jantar com a gente e explicar o motivo pelo qual nos fez vir até aqui.

Scorpius suspirou e deu um olhar significativo para Rose. 

— O que estava me dizendo, Rosinha? — Hermione perguntou. 

— Ahn... que seria muito legal se nós jantássemos com a família Malfoy — ela olhou sugestivamente para Draco que estava passando por eles. — e tirássemos as diferenças que vocês colocaram desde Hogwarts, o que acham? 

Draco parou estático e se virou para Rose. Scorpius começou a rezar para que não começasse uma terceira guerra mundial dentro de um restaurante trouxa. Seria difícil explicar o porquê que um monte de pessoas revoltadas apontavam um pedaço de madeira como se fosse salvar ou tirar a vida de alguém. 

— Eu acharia maravilhoso! — Hermione respondeu. — Não é, Rony? O ruivo fechou a cara.

— Não sei, não. 

— Claro que sim! — a castanha continuou. — Draco, venha se reunir até nós. O loiro avistou sua esposa conversando com Lúcio.

Ele daria o braço a torcer ou simplesmente esnobaria? Não, já chega de guerra. Acabou o tempo de Hogwarts que ele chamava Hermione de sangue ruim. Acabou o tempo que ele era o metido e arrogante. Agora era uma nova época. 

— Claro. Vou chamar Astoria — e dizendo isso sumiu entre a grande quantidade de mesas. 

— Hermione! — exclamou Rony.

— O que foi, Ronald? Quer que essa guerrinha infantil dure para sempre? 

Ele ponderou, mas no segundo seguinte voltou a cruzar os braços.— Ele era um comensal.

— Acho que você irá escrever isso no seu caixão: "Ronald Weasley, conhecido por ser um abutre troglodita que odeia até a sua morte Draco Malfoy, o comensal infeliz e loirinho."

— Ei! Faltou o esnobe e traidor.

Hermione desistiu. Apenas deu um tapa no braço do ruivo que descruzou-os e ficou batendo seus dedos na mesa em um gesto impaciente. A família Malfoy apareceu e cumprimentou todos da família Weasley. Draco pediu para o garçom colocar outras mesas e cadeiras próximas. Um clima frio passou diretamente entre eles após se acomodarem, ninguém falou nada, ficaram apenas olhando para seus próprios pratos. Exceto Rose que de vez em quando trocava olhares nervosos com o loiro do lado oposto da mesa. 

— Então... — Hermione puxou assunto. — O que vão querer comer? 

Rony foi o primeiro a se prontificar: 

— Eu quero macarrão com almôndegas e um refrigerante. 

— Nada mudou desde a época da escola — Draco respondeu sorrindo.

— Você também não mudou seu jeito esquisito e eremita — Rony retrucou.

Astoria corou pelo modo com que Rony falou sobre Draco e voltou sua atenção em chamar o garçom.

— Weasley, você que continua o mesmo bobão. 

Rony, alterado, levantou-se da mesa e bateu nela com força.

— Era para isso que você queria se sentar aqui? Para fazer com que eu me ache o bobo do corte? — ele perguntou. — Se for por isso, por favor, retire-se agora. 

— Pai! Vocês dois — Rose se levantou também. —, parem. 

— Rose, você é igual à Hermione. Vêem tudo como uma linda paisagem florida.

Hermione corou fortemente antes de se dirigir para Rose: 

— Bom, pelo menos não somos psicopatas que não sabem perdoar.

— Calem a boca! — Draco disse fazendo todos olharem para ele. — Eu queria paz entre Malfoys e Weasleys, mas parece que nem todos aqui compartilham a mesma opinião — olhou significativamente para Ronald. — por isso irei mesmo me retirar desta mesa, vamos, Astoria. 

Draco já estava guardando seus pertences quando Scorpius suspirou e disse: — Pai, mãe, sr. e sra. Weasley. Eu e Rose estamos namorando. 

Ronald quase caiu da cadeira enquanto Hermione entrava em transe. A unica coisa que Astoria pôde fazer foi apertar as bochechas de Scorpius e Draco se petrificou. Hugo e Lúcio, que até agora estavam quietos, olhavam àquela cena perplexos. Como se um meteóro raro acabara de atingir a Terra.

O que era mais ou menos isso. 

— Isso é mentira — Rony foi o primeiro a se recuperar. 

— Não, pai — Rose respondeu. Draco suspirou.

— Scorp, eu não acredito que você traiu a nossa família. Acho que você tem plena consciência das velhas brigas e rixas. 

— Pai, eu não tenho culpa! — O loiro menos levantou as mãos em sinal de rendição.

Rose esperou seu pai explodir a qualquer momento, porém ele apenas se sentou na cadeira novamente. Na verdade se jogou na cadeira. Hermione pareceu despertar. 

— Espero que você faça Rose feliz — ela disse. — Caso contrário você assinou sua sentença de morte com Ronald. — a castanha tentou rir, mas o clima era pesado que nem isso conseguiu fazer. — Ahn... vamos! É motivo de comemorar o mais novo casal! 

Rony olhou para Rose, relembrou de quando ela era apenas uma garotinha que ela era somente sua, de mais ninguém. Sua pequena Rosinha. 

— Venha cá, Rose — ele chamou. Rose se levantou e caminhou até seu pai, ele fez sinal para que se sentasse em seu colo e esta o fez. Os dois ficaram um belo tempo se fitando, como se trocassem mensagens telepáticas. De um modo ou de outro, Ronald sabia que essa hora chegaria, só não sabia que seria com ele, o filho de Draco Malfoy, seu, até então, inimigo mortal. Mas ele era pai. Tinha que aceitar, só que também não sabia que era tão grande o ciúme dele por sua garotinha. 

— Ele te faz bem? — perguntou.

— Claro. 

— Ele já te fez chorar? — Não.

O caso Rose e Scorpius era diferente de todos os outros. Rose não chorou até os dois começarem a namorar sério. Foi inusitado, os dois já eram amigos desde que chegaram em Hogwarts, a amizade só aumentou até virar uma linda história de amor. 

— Scorpius — Ronald chamou. —, cuide bem dela. 

Nessa hora, a ruiva sentiu uma admiração incontrolável pelo pai, de fato, ela sabia de alguma forma o quão estava sendo difícil para ele. Seu pai, seu herói, a pessoa pelo qual amava mais que ela mesma.

E dizendo isso deu um beijo no rosto de Rose. 

— Bom — Draco falou —, acho que agora temos que deixar tudo isso passar, Ronald. Vamos tentar cooperar um com o outro. 

— Claro. Não tenho como fugir — Ronald estendeu a mão.O loiro a apertou e sentaram-se novamente.

Astoria conversou com Hermione sobre a guerra enquanto Lúcio e Hugo trocavam figurinhas trouxas para albúm de futebol — um esporte, igualmente, trouxa —, Draco e Ronald, enfim, conseguiram se acertar e falavam sobre quadribol. Mas não abertamente como era conversar com Harry ou Dino. Era mais profissional.Rose e Scorpius sorriam para a família que parecia estar em menos guerra do que dez minutos atrás. E estavam felizes por isso. Após as conversas e o jantar, Draco e Rony fizeram as pazes. 

— Sabe, Draco, você é um metido, mas pode ser gente boa quando quer. 

— E você, Ronald, pode ser um babaca, mas é legal. 

— E quer saber? Pouca sinceridade é uma coisa perigosa, e muita sinceridade é absolutamente fatal. Você sabe ser sincero.

— Não seja por isso, você também é muito sincero. 

Finalmente a guerra que faltava ser conciliada chegou ao fim, mal imaginavam que a partir dali surgiria uma incrível e bela amizade entre o loiro "arrogante" ex-comensal da morte e o ruivo com sardas "bobão". 

***

— Nem foi tão horrível — comentou Rose quando saíram do restaurantes de mãos dadas. 

Por incrível que pareça o céu que parecia frio e triste naquela tarde, e muitos suspeitavam de uma nevasca, deu lugar à um céu de estrelas radiantes. Rose parou para admirar aquela paisagem. Ela era uma das pessoas que criam em uma nevasca forte naquela noite. Scorpius virou-se para ela e beijou-a, não demonstrando que sentiria algum tipo de vergonha pelo fato dos seus pais e os de sua namorada estarem mais atrás observando a cena. Rose sentia-se nas nuvens toda a vez que Scorpius a beijava, era como se ele fizesse parte de seu corpo, de sua mente. Nesse momento ela teve certeza que Scorpius era somente dela. E de mais ninguém. 

— Pois é — o loiro respondeu após soltá-la. —, eles nem jogaram pratos pelo restaurante...

FIM.


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Notas finais do capítulo

ESPERO QUE GOSTEEEEM *-*



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