Cold December escrita por mandyfletcher


Capítulo 1
Cold December


Notas iniciais do capítulo

O capítulo não está completo, mas será apenas um. Estou colocando aqui porque a Thais (outra autora), queria saber se a fanfic seria bem aceita, então, comentem
Então, logo (eu espero), todo o capítulo já estará aqui.



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Mais uma noite com o do Clube do Slughorn, e como sempre, apenas os alunos mais brilhantes e renomados de toda Hogwarts estavam presentes para as reuniões extracurriculares com o grupo de estudantes favorecidos pelo professor.

O som de risos e conversas ecoava pela sala junto com o tilintar de talheres com os quais os convidados comiam suas sobremesas. O barulho da batida de um garfo contra uma taça de cristal pode ser ouvido através da sala e todos se calaram olhando para o professor.

- Como todos sabem, o Natal se aproxima e gostaria de convidar aqueles que não poderão passar tal data em suas e que obviamente iriam passar aqui na Escola para virem comemorar comigo, na minha Ilha. Digamos que tenho um acesso à alguns pedaços das Ilhas Falkland.

- Hey, Hermione! - Assim que começara a ouvir o convite do professor, Harry começou a sussurrar o nome da sua amiga, com medo de atrair a atenção de mais alguém, enquanto um plano surgia em sua mente.

- Que foi, Harry? -  A morena estava distraída com sua sobremesa e quase pulou em sua cadeira quando se deparou com seu amigo tão inclinado sobre si.

- Você não vê? Essa é a minha oportunidade de me aproximar do professor e conseguir a lembrança que o Dumbledore tanto quer!

- Não se preocupem, já estou me encarregando de que toda a área esteja devidamente protegida, afinal, não é todo dia que se tem tantas preciosidades em um lugar só, não é mesmo? - Dizendo isso, o professor olhou diretamente para Harry com seus olhos verdes e protuberantes e sorriu.

- Você está pensando em ir, Draco? Ou você vai para casa? - Pansy perguntou ao seu melhor amigo, a loira mantinha seus grandes olhos castanhos nos cinzas de Malfoy.

- É melhor do que ficar no castelo. Meus pais deixaram claro que eu não devo voltar para a casa até as férias. O pessoal do Ministério está investigando meu pai, não é seguro. E você? Vai passar com a família?

- De jeito nenhum, prefiro mil maldições crucciatus. - Um sorriso defermou o rosto de Pansy e Draco sabia porque. Os pais da loira eram corvinais conservadores que não aceitavam o jeito da filha. Eles ficaram neutros sobre a Guerra, enquanto Pansy queria lutar ao lado de Draco. - E você, Zabini?

- Querem que eu volte. - Ele disse parecendo irritado e triste. Ele cutucava impacientemente sua sobremesa até que ela se transformou em purê em seu prato. - Mamãe vai se casar de novo. Mas como sou um legítimo Sonserino... Não vou nem a pau.

- É o que, o sétimo casamento? - Draco perguntou, todos eles sabiam que não seria o último. Todo homem que se casava com a mãe de Blaise acabava morto ou desaparecido e ela herdava todo o dinheiro.

- Oitavo. - O negro pegou com a colher um pedaço de sua papa e lançou na direção dos loiros. Pansy e Draco recuaram e a sobremesa caiu no chão. Os três começaram a rir e se lançar pequenas coisas.

~*~

- Eu não acredito que você vai, Hermione! - Ronald esbravejava enquanto andava de um lado para o outro no Salão Comunal da Grifinória.

- Qual é! Não como se fosse uma coisa do outro mundo, Rony. O Harry vai estar lá também, lembra? – Mione encontrava-se sentada com as pernas cruzadas em uma das poltronas situadas perto da lareira e respirava fundo, tentando manter o auto-controle.

- Pensei que você não quisesse fazer parte dessa corja do Slughorn. – Seu tom era acusador e ele não se importava quantos decibéis ela já havia aumentado.

-E não quero! Mas o Harry precisa ir, lembra? Se aproximar dele a pedido do Dumbledore. – Os olhos de Hermione encontravam-se fechados, ela preferia não manter contato direto com seu namorado, pois se o fizesse, sabia que cederia tudo para ele.

- É, é, to sabendo. Mas e se o McLaggen estiver lá? – As feições do ruivo mesclavam fúria e indignação. Como sua garota não pode pensar nisso antes?

- Ah Merlin. Então é disso que se trata? Ciúmes de alguém que eu nem sei ao certo se realmente vai estar lá? – Ela se levantou e andou até ele, cruzando os braços num típico sinal de frustração.

- Mas ele pode estar! E você sempre passa o Natal lá em casa.

- Yeah, eu sempre passei com você Ronald! Pra te agradar, porque foi o que você sempre quis! Então pare de ser só egoísta e passe a se importar um pouco com o que seu amigo precisa! – Ambos já gritavam e não se importavam mais se chamariam a atenção de alguém ou não.

- EU sou o seu namorado! É comigo que você deve ficar, entendeu?

- E EU não sou sua bonequinha pra você decidir o que posso ou não posso fazer. Onde devo ir ou não! Sou dona da minha vida e das minhas vontades, Ronald Weasley! E não cheguei até aqui para ser capacho de homem nenhum, me ouviu? – Os olhos castanhos de Hermione estavam negros e a volta de sua íris começa a ficar vermelha devido ao choro contido.

- Não quero te controlar! Só achei que iria passar o Natal com a minha namorada! – Ron passava as mãos por seus cabelos, maltratando-os e os deixando revoltosos.

- Ai meu Merlin! Você tem a sensibilidade de uma pedra, por que não pode pensar no Harry? Ele precisa de ajuda! A culpa não é minha se você não é bom o suficiente pra estar no grupo. – Dizendo isso, Hermione saiu batendo o pé e subiu as escadas que levava ao dormitório feminino, enquanto Rony ficava para trás com uma expressão cansada.

~*~

Enfim, a semana Natalina se fazia presente e todos já tinham ido para suas devidas casas, todos aqueles que não iriam ficar, claro. O grupo do Slughe que iria acompanhá-lo até sua Ilha já se encontrava devidamente no Salão Principal com suas malas arrumadas. Sendo Harry e Hermione os únicos Grifinórios do grupo, enquanto havia dois ou três corvinais, Draco, Pansy e mais um Sonserino.

Não precisaram esperar muito até que seu professor chegasse e sorrisse para todos, fazendo seu bigode encurvar-se.

- Estão todos prontos, como posso ver. Isso é bom, nos poupará tempo. Bem, devemos primeiro ir até o povoado de Hosmead. Creio que pegar uma chave de portal será o mais apropriado, visto que as Ilhas se encontram a uma boa distância daqui. E não queremos que ninguém chegue lá faltando um braço ou uma perna, não é mesmo? – O professor olhou para um dos alunos da sonserina que só estava lá por sua família de grande influência já que a sua inteligência era conhecida por fazer falta.- Então vamos, podemos?

Todos os alunos pegaram seus malões e começaram a andar em direção à porta do castelo. Do lado de fora, havia neve em todos os lugares como era típico nessa época do ano, mas a maioria dos alunos não tinha dificuldade para levar suas bagagens exceto por Pansy. Como de costuma, ela insistira em levar todos os seus saltos, tornando sua mala pesar mais que o normal, sem mencionar que a menina não a havia enfeitiçado como a maioria dos alunos fizera. Assim que o professor notou a demora da sonserina ele se demorou um pouco até que ela o alcançou.

- Precisa de ajuda, minha jovem?

- Claro, pode levá-la para mim. – Falando isso, a loira largou a alça da mala e continuou andando na direção de seu grupo de amigos, deixando para trás Slughorn com um malão que ele logo tratou de enfeitiçar para que diminuísse e ficasse mais leve.

- Você consegue acreditar nisso? – Hermione começou a reclamar para Harry. – Essa menina não tem limites, fazer um professor de escravo! Quem ela pensa que é? - Harry não prestara atenção no que ela dissera, estava rindo para si mesmo da situação. Grifinórios eram conhecidos pela coragem, mas Harry nunca seria capaz de enfrentar um professor ou algo do tipo.- Harry! Você esta me ouvindo?

- Han... Na verdade não, Mione, desculpe. O que foi que disse?

- Não importa, vamos andando.

Os dois passaram pelo professor já que eram os últimos do grupo e sorriram para ele que sorriu de volta.

- Estamos quase chegando, continuem andando, continuem andando. – Slughorn gritou para que todo o grupo ouvisse e continuaram andando até que chegaram a casa dos gritos.

- Eu não entro aí! – Draco começou a reclamar.

- Esta com medinho, Malfoy? – Harry alfinetou, mas Draco apenas ignorou cerrando o punho.

- Vamos, meninos, não tem nada o que temer, não vamos entrar na casa, mas a chave do porta esta atrás da cerca.

- É? E como ela se parece? – Malfoy não parecia nem um pouco animado agora e sua voz estava com uma pontada de raiva.

- Bom, creio eu que seja um CD, foi o que o Ministério disse que seria.

- O que é um CD? - um dos corvinais perguntou, seus pais eram bruxos conservadores e ele nunca tivera contato com os trouxas. 

Todos começaram a procurar, apesar de uma boa parte não saber o que estavam procurando até que um outro corvinal gritou. 

- Acho que encontrei.

- Não, seu idiota, isso é um celular! – um outro aluno respondeu.

- Muito bem, todos venham aqui, eu encontrei a chave. Corram ela deve sair em poucos minutos.

Todos correram na neve com suas bagagens até o professor e se juntaram em volta do objeto, o professor contou de dez a zero e todos seguraram no CD até que foram transportados para a Ilha.

~*~*~*~

Diversas árvores possuíam seus galhos encurvados devido a enorme quantidade de neve entre eles, que escondiam o enorme castelo que era a única edificação da ilha. Pássaros cantavam e era possível ouvir o barulho das ondas quebrando, mas estava muito frio para um mergulho. Os alunos andaram boquiabertos até o castelo enquanto o professor explicava para todos a forma como seus pais tinham ganhado tal castelo.

O presente fora de uma antiga rainha bruxa que tinha matado seu rei, embora ninguém prestasse atenção no que ele dizia, apenas andavam como zumbis até que chegaram à porta e essa foi aberta magicamente. Dentro, tudo era decorado ao estilo Vitoriano, com duas escadas brancas indo uma para direita e outra para esquerda.

- Grifinórios, os quartos são na ala norte e por favor, escolham qualquer quarto, temos muitas opções. Sonserinos, ala oeste. E corvinas, Leste. Sintam-se a vontade. Vão, vão, desarrumem suas malas e me encontrem aqui em meia hora para o jantar.

Ninguém havia notado como o tempo passara rápido, a pouco era manhã e agora já estavam jantando. Draco, Pansy e Zabini ficaram em quartos seguidos e assim que já estavam devidamente arrumados, encontraram-se no quarto de Draco para verem o por do sol.

- Uau, que lugar fantástico! – Blaise disse se jogando na cama de Draco e a desarrumando. O quarto era digno de reis, maiores que as salas comunais de Hogwarts e os três estavam extasiados. Zabini vestia uma camiseta branca assim como a calça para contrastar com sua pele negra, ele parecia um curandeiro, mas o seu charme era inegável. - Queria morar em um lugar assim.

- Você fala isso como se sua mansão fosse pequena, Zabini. É quase do tamanho desse castelo com todo o dinheiro que sua mãe conseguiu. – Pansy se sentou ao lado do negro e esse colocou a cabeça em seu colo para que ela lhe fizesse carinho. Seu vestido da mais pura seda inglesa verde caia até os pés, moldando-se por seu corpo magro, ele tinha um decote nas costas em V que ia até um pouco abaixo da cintura.

Draco continuava parado olhando o por do sol sem se preocupar com os dois em sua cama. O efeito que a luz alaranjada ao horizonte fazia com as roupas do Loiro, tornava a cena ainda mais bela. Com uma calça escura e uma camiseta negra, o contraste com as luzes dava a impressão de que ele era um Rei Sombrio e tal impressão era enfatizada por ele parecer petrificado e quando o sol finalmente se foi, ele se virou para os dois e os encarou.

- Mi Lord esteve aqui.

- Como você sabe Draco? – Pansy teve que perguntar, visto que Zabini já estava quase dormindo com o cafuné da loira.

- Meu pai me disse que ele foi um dos alunos preferidos de Slughorn, mas ele não respondia ainda por seu atual nome e sim por Tom Riddle.

- E daí? – Parkinson não sabia ao certo onde Draco queria chegar com isso.

- Ele deve ter escondido algo aqui, nós temos que encontrar!

- Ah fala sério, Draco! – Zabini falou acordando de repente e se levantando do colo de Pansy. – Nós temos é que ir jantar, eu tô morrendo de fome. Vamos. – Ele se levantou e puxou Pansy pelo braço para que ela se levantasse, assim que ele a puxou para a porta, a menina agarrou Draco fazendo-o sair dali com eles.

~*~

Harry já estava pronto e batia incessantemente na porta do quarto em que Hermione estava alojada sem obter resposta alguma. Já irritado com a demora da amiga, utilizando sua varinha, abriu a porta e entrou, deparando-se com uma Hermione parada em direção ao espelho, que fitava a imagem refletida sem piscar.

- Porra! – Ao entrar, Harry ainda empunhava a varinha, mas a deixara cair quando seus olhos pousaram em sua amiga. Ele piscava os olhos diversas vezes, como se não acreditasse que aquela a sua frente realmente fosse a Mione que conhecia.

- Valeu, Harry! Eu sei que não está tão legal assim, mas também não precisa exagerar, ok? – As bochechas da jovem ganharam um tom escarlate e não sabia se era devido a irritação ou pela vergonha.

- Bem... não! É... Uow! Você está extraordinária, na boa. Afinal, desde quando Hermione Jane Granger é tudo isso? – O Moreno não conseguia parar de fita-la, embasbacado com a beleza dela.

- Ta, também não é pra tanto, né. – Suas pequenas mãos tremiam, visto que a neve não cessara o dia todo, assim ela resolveu pegar um charpe de pele para cobrir os ombros. Mas antes, pegou sua varinha e fez um feitiço em Harry, para que ele pudesse ficar algumas horas sem necessitar de seus óculos, tornando possível uma melhor visualização de seus olhos verdes. Olhou ao redor, e vendo que não lhe faltava mais nada, encaixou um de seus braços com um dos de Harry e saíram dali rumo à sala de jantar.

Os grifinórios foram os últimos alunos que desceram as escadas que levava a sala, e posteriormente, ao local onde fariam a refeição. Ao escutarem o barulho dos saltos de Hermione, todos viraram em direção a escada e assim como Harry, não conseguiam acreditar no que viam.

Com um ar despojado, o jovem usava uma calça preta, uma blusa branca onde boa parte era ocultada por um blazer também preto, destacando sua pele clara assim como seus olhos. Já Hermione, usava uma calça skinning azul marinho juntamente com uma bata preta, que era mais justa na cintura e um charpe de pele completava o visual, juntamente com um ankle boot.

Alguns assovios podem ser ouvidos, aumentando a tensão da Morena que se agarrou ainda mais forte no braço de seu amigo que mantinha um sorriso no rosto. Por ser a única garota ali, além de Pansy, Hermione conseguia atrair ainda mais olhares, enfurecendo a Sonserina que imaginava que seria a única a chamar atenção.

Indignada, a Loira fingia que nada daquilo estava acontecendo e acotovelou seus amigos ao notar que até eles secavam a Grifinória. Blaise parecia que estava em pleno deserto do Saara e acabara de encontrar uma enorme jarra com água, enquanto Draco estava mais para um lobo que observava sua presa tão suculenta, sangrenta e de fácil acesso.

- Por Merlin, ela é uma sangue ruim detestável, metida a sabe tudo. Não acredito que estão babando por ela. – Pansy sibilou rispidamente para os meninos tirando-os do transe que se encontravam.

- Quem estava babando por quem?- Blaise perguntou fingindo não saber, ele e Draco  viraram para a sonserina dando de costas para Hermione para não caírem na tentação de ficar encarando, Draco algumas vezes tentada disfarçar uma olhadela para a grifinória.

- Vocês sabem muito bem que ela é uma sangue ruim, isso me da nojo!

Pansy passou entre os dois meninos batendo os pés com força como a garota mimada que era e foi para o outro lado da sala, aproveitando para dar um olhar de reprovação para a morena. Assim que fez isso, Pansy notou como Harry estava diferente aquele dia, mal o havia notado sem os óculos, seus olhos verdes eram realmente bonitos, ele tinha um maxilar forte que lhe dava uma aparência séria apesar dos cabelos bagunçados, seu terno parecia caro, mas Pansy duvidava que chegasse aos pés do preço de qualquer roupa dela.

A loira foi interrompida em sua análise do Menino-Que-Sobreviveu pelo professor que acabara de entrar na sala com um terno roxo, que o fazia parecer uma poltrona, os olhos do homem também eram verdes, mas não tinham o brilho e a vivacidade que os do grifinório tinham.

- Muito bem, já que estão todos aqui e muito bem arrumados como posso ver. – Ele parou o olhar por alguns minutos em Hermione e Pansy teve vontade de vomitar.- Não há motivos para esperarmos, não é mesmo? Vamos ceiar.

Todos se sentaram a mesa, o professor ficou na ponta e os alunos foram se dividindo para se sentar, procurando ao máximo ficarem com seus companheiros de casa ou próximos a alguém com quem tinham intimidade. Para infelicidade de uns e felicidade de outros o trio de prata ficou na frente do não mais trio de ouro. Pansy se encontrava entre Blaise e Draco, para que pudesse bater neles caso eles ficassem encarando a grifinória, enquanto Harry e Hermione estavam um do lado do outro, sendo o menino ao lado do professor (coisa que Sloghorn fez questão que fosse assim).

- Vamos, sirvam-se. - O professor ordenou aos alunos, mas ninguém se moveu. Todos olharam para a mesa por um tempo esperando a refeição, mas nada encontraram, nela haviam apenas pratos de sopas, taças vazias de cristais, talheres de todos os tipos e uma jarra d’água na frente da cada um. –Ah, como pude me esquecer? Você ainda não conhecem esse feitiço. – Hermione se ajeitou na cadeira ao notar que o professor ia lhe ensinar algo novo. Ele despejou um pouco de água no prato e bateu com a varinha no parato. – Transformus – e então a água se transformou em um banquete. – É só pensar no que desejam comer e falar o feitiço, vamos, tentem! Como acham que Jesus transformou água em vinho?

Todos fizeram o que o professor mandou e em minutos estavam desfrutando seus pratos favoritos. No prato de Blaise havia uma carne kobe vermelha suculenta que ele devorava enquanto Draco se deliciava com uma lagosta, Pansy comia caviar Almas enquanto Harry comia um prato de massas e Hermione comia Sushi.

Quando todos já haviam comido tudo o que estava em seus pratos, o professor lançou um feitiço sobre a mesa e os restos desapareceram, deixando pratos limpos para a sobremesa. Antes que qualquer um se movimentasse para se servir, uma coruja invadiu a sala de refeições e largou uma carta no colo de Slughorn. Harry discretamente esticou o pescoço e pode ver o símbolo do ministério da Magia no envelope pardo. O professor optou por não abrir a carta na frente dos jovens e apenas levantou-se, com um pedido de licença saiu da sala e os cochichos começaram a percorrer todo o território até que o homem finalmente estivesse de volta com sua capa roxa por cima do terno.

- Sinto muito meus caros alunos, mas creio que seja uma questão importantíssima, o Ministério requer minha presença por poucas horas e logo devo estar de volta. Por favor, ninguém deixe essa ilha. – Slguhorn disse com seus olhos agora sem vida percorrendo o rosto de Harry e sem falar nem mais uma palavra ele saiu da sala.

- Bom, já que ele se foi. – Começou Blaise.- Acho que não vai ter problema se a gente fizer uma festinha, não é? A casa é nossa.

Com um balanço de varinha uma música alta começou a tocar vinda de ninguém-sabe-onde, era barulhenta e a letra se tornava incompreensível, mas ela logo foi sumindo com um movimento de Hermione.

- O que está fazendo? Ele vai voltar logo, não ouviu o que ele disse?

- Queridinha, quando o gato sai da casa os ratos aproveitam! O que acha de uma competiçãozinha básica, Pansy? Pra recordar os velhos tempos.

A loira olhou para o negro com um olhar travesso e ele encheu o copo dos dois. Ambos disseram “transmorfus”, mas a água não mudou de cor, apenas de odor que encobriu  toda a sala de tão forte que era e Hermione torceu o nariz ao notar do que se tratava, porém os dois beberam o líquido de uma só vez e depois se olharam, começarando a rir enquanto Blaise enchia novamente os copos.

- Quer participar, Draco? Você é o melhor nisso.

- Acho melhor não, Pansy.

- Eu quero - um corvinal disse, a ideia de beber com Pansy Parkinson lhe atraia, já ouvira muitas histórias de como terminavam as noites quando ela bebia e o garoto queria tentar. O negro serviu-lhe um pouco de água e o avisou que ele estava uma rodada atrasado então ele bebeu aquela vez sozinho e o jogo recomeçou.

Pouco tempo depois estavam quase todos brincando exceto Draco e Hermione. A grifinória havia saído da mesa assim que Harry começou a beber, por mais que ela tenha insistido para que ele não fizesse aquilo, mas Harry argumentou que aquilo poderia ser uma chance única, já que eles não sabiam se iam viver até poderem beber legalmente e isso fez com que a morena fosse embora da mesa direto para a lendária biblioteca de Slughorn e Draco passeava pelo castelo a procura de algo que pudesse ter pertencido a Voldemort.

- Mais um, Blaise! – todos foram servidos e levantaram as taças - Ao Ministério da Magia. Saúde.

Todos brindaram e beberam. Um corvinal tentou se levantar para ir ao banheiro, mas acabou caindo de cara no chão.

- Menos um. – Pansy e Blaise gritaram ao mesmo tempo e começaram a rir, eles já estavam bem mais acostumados, então a bebida não os afetava tanto, mas eles já riam bobamente. Harry que estava na frente deles só não passava mal devido a massa que havia comido no jantar, mas resolveu parar de beber e foi ajudar o garoto caído no chão. – Menos dois.

Harry tentou levantar o garoto até o banheiro, ele era pesado, mas ele já havia agüentado pessoas mais pesadas como seu primo Dudley e o garoto lhe parecia até leve. Levou-o para o banheiro bem a tempo dele colocar tudo o que havia ingerido para fora. Harry tapou o nariz para que não passasse mal também e deixou o garoto lá, apostaria mil galões que ele não sairia daquela posição tão cedo. Quando voltou só restava Pansy e Blaise bebendo, o líquido havia mudado de cor, agora era âmbar e Harry sabia que eles bebiam firewhisky agora.

- Ora, ora, se não é o Menino-Que-Sobreviveu, por que não o fez beber firewhisky com a gente para ver se sobrevive a isso? – Pansy começara a fita-lo. Falava lentamente como o mundo que girava a volta de Harry. Ela parecia bonita bêbada, suas maçãs do rosto ficavam avermelhadas e seus olhos castanhos brilhavam, a língua estalava na ponta dos dentes enquanto falava. – Ah, esquece, não quero ter que enfeitiçá-lo para que consiga ir para o próprio quarto ou limpar seu vomito.

- Olha, Pansy. – Blaise que estava levantado de frente para a janela chamou a loira. - Começou a nevar de novo.

A sonserina deu um gritinho de excitação e pulou da cadeira como uma criança que escutara dos pais que papai Noel lhe deixara presentes, ela correu até a porta e mesmo estando só com um vestido fino, começou a correr na neve e Blaise foi atrás dela.

- Vai congelar, sua maluca, pega o meu blazer. – ela aceitou o casaco, mas começou a rir desesperadamente até que caiu no chão.

Harry observava tudo pela janela dentro da sala. Pansy havia se levantado, tirado os sapatos de salto apesar do frio e dançava na neve em volta de Blaise. Ela é definitivamente louca, Harry pensava, ou talvez seja apenas livre como todos desejamos ser. E ele ficou observando-a divertir-se com a neve até que o negro deu-lhe as costas e foi para dentro da sala, passou por Harry sem nem notá-lo e subiu as escadas para o quarto enquanto Pansy congelava e se divertia na neve branca.

O grifinório foi até a porta da frente para poder observar melhor a garota. Ela dançava no que parecia ser câmera lenta para Harry, a bebida tornava tudo mais lento a volta dele, como se o tempo pudesse parar a qualquer momento e ele notou que se o tempo fosse parar, ele queria que parasse enquanto ele olhava para ela, enquanto ela estava feliz como ele nunca a havia visto, sem implicâncias ou provocações, apenas um sorriso no rosto, mãos levantadas para o céu e pés que a fazia girar em torno de si mesma.

Ela parou e ficou rindo e depois tentou andar na direção de Harry com seus sapatos nas mãos, mas quando chegou nos degraus congelados e escorregadios da porta da frente, ela perdeu o equilíbrio e graças a Harry não caiu de bunda no mármore congelado. Mas isso não a deixou feliz, pelo contrario, com uma mão aberta Pansy estalou um tapa no rosto de Harry.

- Você é maluca?

- Eu não preciso da ajuda de ninguém, Potter, eu prefiro cair a ser segurada.

O sorriso havia ido embora junto com toda a diversão dela, o rosto de Harry doía e parecia pegar fogo, Pansy passou por ele e entrou no Hall.

- Eu vou lembrar disso da próxima vez.

- Não haverá próxima vez, Potter, você não é o herói que pensa ser. – Ela se virou para ele com um sorriso vencedor no rosto. - Já pensou que pelo ponto de vista de alguns, você é um vilão terrível que merece a morte assim como vocês acreditam que o Lord das Trevas mereça? – A loira começou a andar na direção dele com um dedo apontado para o rosto do grifinório. – Talvez você não seja isso que pensa ser, talvez você esteja lutando por uma causa errada, já pensou nisso? Há sempre dois lados de um moeda, só porque te disseram que o que você quer esta certo, não significa que realmente esteja. Talvez você devesse apenas. – O dedo indicador de Pansy já estava a menos de um centímetro do nariz de Harry quando ela falou lentamente sua palavra final. - morrer.

Harry segurou o dedo de Pansy com força, como se ela fosse uma criança mimada que devesse ser punida e o abaixou.

- E talvez você devesse apenas calar a boca. - Com isso, ele passou a mão livre pelo cabelo chanel dela e aproximou os rostos para que pudesse finalmente calá-la. Seus lábios se juntaram com uma certa violência tão atípica de Harry que Pansy não conseguia acreditar que aquele era o menino que tinha sobrevivido. A língua morna dele invadiu a boca gelada da loira formando uma verdadeira guerra entre os dois, uma luta por mais contato, mais toque, se entrelaçando e se retirando apenas para que o ritual começasse de novo. As mãos de Pansy estavam enlaçadas na cintura de Harry enquanto esse segurava-a pelos cabelos e ombro.

Pansy poderia estar fumando em seu quarto com Zabini naquela hora, ela colocaria o cigarro preto a boca e tragaria vagarosamente, sentindo a fumaça tóxica percorrendo todo o seu pulmão e lhe dando uma sensação de alivio, depois soltaria a fumaça branca para o alto e essa se dissiparia aos poucos no quarto escuro. Mas ela não estava fazendo isso. Não, ela estava parada no hall com os lábios de Harry grudados aos seus, com seus cabelos impecáveis sendo segurados com força enquanto uma língua morna contrastava com o frio da sua boca. Talvez tivesse sido melhor se Pansy estivesse no quarto com Zabini, ao menos ela não teria quebrado umas cem regras pessoais e se envolvido com um grifinório. Ao menos sua cabeça não estaria girando em círculos sobre o que deveria fazer e o que queria fazer. Ela definitivamente deveria estar fumando, pelo menos tudo seria mais fácil.

As mãos de Harry largaram Pansy e desceram em busca das mãos dela, preocupado em não ser aceito, mas a sonserina cruzou os dedos com os dele. Porém, como se tivesse levado um choque, ela o soltou e se afastou do grifinorio. Sua feição a princípio relaxada, ao que pareceu ser a percepção do que haviam feito, se transformou em pura cólera e ela mais uma vez estalou a mão no rosto dele.

- Como ousa?!- Ela parecia estar com raiva, mas não chegava aos olhos dela, pretos graças a pouca luz, demonstravam apenas uma grande incredulidade ao que havia acontecido. Parkinson parecia mais estar fazendo um show para um observador invisível do que demonstrando uma verdadeira raiva. - Você acha que é assim? Que qualquer garota vai cair de amores por você? Achou que só porque você supostamente é famoso, você vai ser amado por todas as pessoas? Acreditou por algum momento que EU amaria alguém como VOCÊ?

- Apenas deixe-me dizer uma coisa. - Harry a segurou pelos ombros e a sacudiu de leve, ele já estava cansada de Pansy dizer o oposto do que realmente pensava, isso o irritava. Ela precisava sentir que com ele, ela podia ser ela mesma, sem precisar fingir ser a sonserina irritante que ele conhecia dos corredores de Hogwarts e o melhor jeito para fazer isso era desarmando-a. - Eu já tive o suficiente de você, Pansy. Você é egoísta e triste, você nunca vai aprender a amar e ninguém nunca vai realmente te amar porque você é falsa, fria e cruel e você vai acabar sozinha como você merece, você afasta todos que tentam te ajudar e só se aproxima de quem não lhe faz bem, você tem uma tendência auto-destrutiva que ainda vai se fuder muito.

Pansy sorriu para Harry, seu mais belo sorriso de escárnio, como se ela continuasse a ser superior a ele mesmo depois do que ele disse, mas havia algo diferente no sorriso dela, os olhos dela mostravam que ela estava mentindo.

~*~*~

Hermione saira irritada da mesa ao ver que Harry realmente estava falando sério e não ia desisitir da história de beber com os demais. Seus planos iniciais eram ir até a Biblioteca que havia ali e se intreter com um bom livro, mas com o ânimo que estava, era bem provavél que ela ficasse lendo a mesma linha durante horas.

Assim, resolveu dar uma volta, saiu do Castelo e perambulou aos arredores, sempre segurando firmemente a sua varinha, caso necessitasse usá-la, porém nunca andava muito longe do Castelo. Devido a difícil locomoção na neve, ainda mais com os saltos que usava, resolveu apenas ficar parade encarando o horizonte e permitiu que sua mente divagasse até os seu outros Natais.

Até os seus dez anos, tinha passado cada Natal som seus parentes, até descobrir que era uma Bruxa, nascida Muggle, sim, mas ainda era uma bruxa. E desde então, cada Natal foi vivenciado com seus novos amigos e com sua nova família, os Weasley. E assim, com toda a convivência diária com eles, acabou se apaixonando pelo Ronald, por mais que ele fosse um ruivo difícil de lidar.

Foi lembrando de cada Data Comemorativa, de cada risco, de casa susto, de cada perda e de cada supera superação que passaram juntos. Sorriu levemente com as recordações, não tinha como não faze-lo, por mais que muitas vezes tivesse vontade de bate-lo.

As lembranças foram ficando cada vez mais recentes, o que fez com que seu sorriso sumisse. Lembrou-se da despedida de ambos, um pouco antes de ir para o Castelo, do ataque explosive de ciúmes, de toda a sua possessividade e egoísmo de seu namorado. Reprimiu as lágrimas que quiseram descer.

Não ia chorar por causa disso, por causa dele. Era Natal e ela deveria estar feliz, por mais que doesse se lembrar de todo o ódio dele dirigido a ela. Levantou a cabeça respirando fundo e passou os dedos em volta dos olhos com cuidado para não retirar nem borrar a maquiagem.

Permaneceu lá parada, tentando não pensar em nada de específico até que sentiu pequenos flocos de neve cairem em sua pele. Olhou para o céu sorrindo, e trouxe o seu charpe para mais perto, para que continuasse aquecida.

Fechou os olhos e respirou fundo, aproveitando aquele momento em que não se ouvia um único barulho. Agradeceu internamente por estar sozinha, não queria ninguém por perto.

Ao menos era o que pensava, que se encontrava sozinha.

Draco esteve rondando o Castelo desde que se retirara da mesa a procura de algo que pudesse ter sido de seu Lord. Tinha parado, se escondido nas sombras do Castelo para que não pudesse ser visto por ninguém e esteve lá pensando em quais os possíveis lugares para se esconder algo naquele local. Com certeza havia várias opções, com um Castelo daquele tamanho, por isso era melhor pensar bem antes de sair andando em vão.

Draco viu quando Hermione chegou e permaneceu quieto, a espreitando. O loiro resolveu se aproveitar deste momento em que o testa rachada não estava ali, não podia desperdiçar essa chance que tinha caído dos Céus.

Agradecendo a Merlin, olhou ao redor e viu que não havia ninguém por ali, provavelmente os alunos estavam aproveitando para fazer coisas ilícitas enquanto o Professor Slughor tinha saído. Andou tentando fazer o mínimo de barulho possível até a Grifinória e quando chegou nela, usou uma mão para tapar a boca dela, impedindo que escutassem seus gritos e a outra foi até a mão dela que segurava a varinha.Pegou a varinha para si, colocando-a no bolso traseiro de sua calça junto a sua própria e voltou a segurar o pulso dela.

- Diga-me onde está, sua Sangue-Ruim! – Embora a voz de Draco soasse baixa, ela continha todo o perigo possível. Porém, tudo o que obteve foram barulhos indistintos, visto que uma de suas mãos pressionava a boca da garota. – Eu vou te deixar falar, mas se tentar fazer qualquer coisa, eu juro, eu acabo com sua raçazinha infeliz aqui e agora, acredite, eu não tenho medo de fazer isso, agora balance a cabeça se entendeu.

Após Hermione ter confirmado com a cabeça, Draco deixou sua boca livre e desceu sua mão para o pescoço dela, pressionando-o levemente. – Agora diga.

- Eu não faço ideia do que tá falando, Malfoy – O medo a invadiu e lágrimas começaram a brotar de seus olhos.

- Resposta errada. – Ele a trouxe para mais perto de si, apertando o frágil pescoço da morena, pressionando as costas da garota contra seu tórax.

- Eu... eu estou falando sério. Por favor, me solta, eu nem sei do que você está falando! – As lágrimas rolaram de seus olhos e o Loiro pode senti-las quando elas atingiram seu braço que estava pressionando entre os peitos dela.

- Então deixa me refrescar essa sua cabecinha que parece que só serve pra porra da Escola. Eu estou falando do que Mi Lord deixou aqui, é justamente por isso que você veio aqui com o seu amiguinho, não tente me enganar. – Hermione começou a soluçar de baixo dele e todo o corpo da jovem tremia.

- Porque acha que tem algo dele aqui? – Mais dor em seu pescoço e mais lágrimas. – Viemos aqui por outro motivo.

Sua voz saiu tão baixo, que Draco só pode escutá-la devido a proximidade de seus corpos. – Mentira.Você acha que me engana, Sangue-Ruim? – suas mãos seguraram com mais força do que o necessário os ombros da garota e ela a sacudiu com violência perdendo noção de sua ira e deixando o corpo da morena marcado.

- Slug… - Ela tentou respirar. – Viemos para obter uma memória.

Logo o aperto foi se afrouxando aos poucos, embora a mão continuasse ali– Que memória?

Ela mordeu seu lábio inferior. Sabia que não podia contar e não contaria. Não trairia a confiança de Harry nem de Dumbledore, mas talvez assim, pudesse conseguir um tempo para fugir, se deixasse Mallfoy bem absorto.

- Que memória Granger? – O tom de sua voz aumentou. – Eu lhe fiz uma pergunta, e quando pergunto algo, quero respostas! – Ele voltou a apertar o pescoço dela com uma das mãos e a sentiu ser arranhada pelas unhas da garota. – Já sabe. Vou soltar, você fica quietinha e me responde, certo?

Por ter concordado de novo, ele a soltou mais uma vez, mas as coisas não saíram como ele tinha planejado. Ao invés de responder o que ele queria, Hermione viu ali sua única chance de escapar. – Fique longe e eu falarei.

- Ha! – Draco com escárnio, revirando os olhos. – Quem você pensa que é para mandar em mim? Eu estou no controle, e não vou te dar uma oportunidade para gritar ou fugir.

- Se eu fizer isso, vou morrer do jeito mais doloroso. Sei que não terá dó. E eu vou morrer de qualquer jeito, te contando ou não, então eu posso pelo menos ter um pouco de ar nos meus últimos minutos de vida? – Hermione rezava internamente para que Draco fizesse o que ela havia pedido.

- Como disse, se fugir ou gritar, será ainda mais dolorosa a sua morte. – Assim ele não apenas afrouxou o aperto como a soltou, deixando-a livre de seu contato, mantendo até mesmo uma pequena distância. Ela olhou para ele suspirando fundo, fingindo uma expressão de tristeza. – Sobre a memória… - Então Hermione saiu correndo, para onde levaria à Floresta, pois se fosse voltar ao Castelo, teria que passar por Draco.

Já havia adentrado a Floresta quando sentiu uma mão envolver seu pulso com força e ser puxada. Draco utilizou a varinha da garota para silenciá-la e começou a puxá-la de volta ao Castelo. – Você sabia que assim seria pior, Granger, mas você pediu por isso. Ah, pediu e Merlin está de prova!

Embora não houvesse voz para falar qualquer coisa, Hermione gritava desesperada, cheia de medo e terror. O questionava sobre o que ele faria e para onde a levaria, mas é claro que não obteria respostas, ninguém era capaz de ouvi-la.

- Eu realmente não queria fazer, não queria me sujar com você garota, mas não me deixa outra escolha. – Adentraram ao Castelo e logo Draco avistou uma porta, o que ele iria fazer, deveria ser num lugar privado. – Matá-la seria muito bom para você, não iria sofrer, não se sentiria poluída por mim. – Draco chegou na porta e a abriu. Jogou Hermione para dentro e entrou, trancando a porta. Com um aceno de varinha, ele tirou o feitiço da jovem. – Quero te ouvir gritar durante o processo. E claro, ninguém poderá escutar. – O Loiro fez outro aceno com a varinha, impossibilitando que os demais escutassem algo se passasse por ali.

- Se não vai me matar, o que irá fazer? – Ela foi para o fundo do banheiro, com todo o seu corpo tremendo e os olhos dilatados de pavor.

- Eu não ficaria curioso, se estivesse em seu lugar. – Ele andou até ela, cercando, como um lobo cerca sua presa. Por já estar no fundo, Hermione não teve para onde ir, a não ser deixar seu corpo rente a parede. Sua respiração acelerou enquanto o via se aproximar.

A jovem prendeu a respiração quando sentiu o corpo de Draco colado ao seu. – Por favor, não…

- Tentei ser mais compreensivo. – Ele rugiu, virando o corpo de Hermione, para que as costas dela ficassem em seu peito. – Tentei ser decente, mas você não me ajudou. – Ela gritou, quando seu cabelo foi puxado com certa violência.

- Merlin… - Tremores invadiram o pequeno corpo.

- Rezar não vai adiantar, Granger. – Hermione fechou os olhos ao sentir a respiração dele em seu pescoço. – Lhe dei a oportunidade de ser do seu jeito, mas você não quis. Agora será à minha maneira.

- Por favor, Malfoy… - Ela abriu os olhos e tentou olhar para ele, mas foi impedida.

- Sh… - Ele puxou novamente a cabeça dela pra trás, deixando o pescoço a mostra. – Ainda não falei para que suplicasse. - Ele lambeu o pescoço dela. – Já que demonstrou interesse com o que aconteceria com você, me pergunte o que farei.

Ela abriu a boca para perguntar, porém estava sem voz. Soltou uma baixa lamúria ao ter o cabelo puxado mais uma vez.

- Pergunte “O que fará comigo?”.

Ela respirou fundo hesitante, mas acabou cedendo a curiosidade. – O que fará comigo?

Ele pressionou seu quadril nela, fazendo com que ela ofegasse. – Vou te por sentada na beirada desta banheira e você irá se segurar nas bordas. – Ele lambeu novamente o pescoço dela e soprou no local logo após. – Pergunte o que farei depois, Granger.

- O que… fará depois? – Hermione estava ofegando e, céus, uma parte dela queria aquilo.

- Depois irei me ajoelhar e separar suas pernas com as mãos. – Draco mordeu a clávicula dela, o que fez com que a jovem se arrepiasse. – Eu vou te penetrar, Granger, uma, duas, três vezes, até me saciar. Você entendeu?

Ela apenas balançou a cabeça, ela não sabia se deveria temê-lo ou desejá-lo. Malfoy apertou a cintura dela com a mão livre e pressionou com mais força o quadril na cintura da jovem fazendo-a sentir o quanto ele queria fude-la. – Diga se entendeu.

- En… entendi. – Sua voz saíra baixa ao senti-lo com os lábios em pescoço, lambendo e sugando.

Draco virou Hermione para que ela ficasse de frente para ele e levou uma mão até as pernas da grifinória, apertando com força, a obrigando colocar a perna em seu quadril. Fez o mesmo com a outra e com as mãos segurando as coxas dela, a levou até a banheira sem quebrar o contato visual.

- Se prepare, vou te fazer gritar até não poder mais e quando você começar a chorar eu vou te fuder ainda mais. Você vai amar, sua sangue ruim nojenta. 


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Notas finais do capítulo

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