Encarei bem aqueles olhos verdes inimigos. O rosto dele estava iluminado por uma fresta de luz do sol poente, as feições estavam calmas e ameaçadoras. O cabelo caia levemente sobre sua testa, de um castanho muito escuro com mechas loiras, quase brancas (ele tinha conseguido atingir o nível máximo de breguice possível), olhei aquilo e contive a ânsia de vômito. A roupa estava mais aceitável: um terno preto com uma gravata borboleta vermelho sangue e camisa preta.
Ao seu redor, havia um exercito com cerca de umas cem criaturas composto principalmente por vampiros e alguns humanos para alimentação dos mesmos. No fundo do galpão tinha uma jaula com uma criatura pálida e com cara de sonsa desesperada, amarrada em uma cadeira com silver tape e cordas e com um pano dentro da boca para impedir sua voz irritante de sair.
– Quem diria, Katherine. - Ele me saudou com sua voz mais aveludada do que a de Edward. - O que a traz aqui?
– Primeiro, eu já falei mais de um bilhão de vezes que meu nome não é Katherine, é Kate. Segundo, não sei... - respondi com sarcasmo - Talvez a humana que você capturou, Christmas? - ele torceu o rosto ao ouvir esse nome, que eu fiz questão de enfatizar. Ouvi Emmett conter uma risada.
– Meu nome é Robert! - Ele gritou e sua ecoou por todos os lados.
– Se eu me lembro bem, e olha que eu tenho uma memória perfeita, seu nome é Christmas. - praticamente esfreguei na cara dele o quão ridículo aquele nome era.
– Eu mudei! - ele fez um sinal com a mão para todos atacarem.
Alguns dos vampiros mais fortes vieram para cima de mim me mordendo e tentando arrancar meu cabelo. Peguei o primeiro pelo pescoço e taquei sobre um segundo que estava vindo me atacar e vi mais cinco criaturas correndo na minha direção. Um deles era um humano, muito idiota, mas era um humano. Acabei com a estupidez em pessoa primeiro, o que me deu mais força para acabar com os outros quatro. Uma loirinha conseguiu me morder no pescoço, me deixando com muito mais raiva e acabei arrancando a cabeça dela enquanto tentava desgrudá-la do meu pescoço.
Dois tentaram atacar de uma só vez bati a cabeça de um contra o outro com bastante força fazendo a duas explodirem como melancias caindo no chão do sétimo andar de um prédio. O resto dos vampiros que eram mais fracos foi mais fácil de matar, apenas precisava arrancar partes do corpo ou simplesmente acertá-los com alguma coisa de madeira (o que não foi muito difícil de achar com o chão de madeira se despedaçando). Quando acabei com a minha parte do exército, olhei em volta para analisar a situação. Os Cullens estavam se dando bem, mas ao me virar para Damon, vi Christmas/Robert chegando perto dele por trás com uma estaca de madeira. Entrei em pânico, num ataque de altruísmo, corri a toda velocidade, me tacando contra Damon e sentindo uma coisa atravessar meu coração e começar a queimar até tudo escurecer e eu perder a consciência.