O Mistério dos Shinigamis escrita por Bia11mil


Capítulo 6
Luxo e Realeza


Notas iniciais do capítulo

Tah acabando^^ Depois desse vem mais um capítulo e acaba, espero que gostem desse capítulo.



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         -Obrigado. – Annad agradeceu receosa.

        -Sei o que você e seus amigos tramam, sabia que teria que ficar de olho em alguns humanos... especiais.

        -Sabe?

        -Claro. Quer respostas, eu posso dá-las a você. – O Rei era cordial e um tanto assustador.

        -Sério? – A mulher estava claramente desconfiada.

        -Não há mal nenhum em falar algumas verdades para um jovem dama tão bela. – O rei sorria e se aproximava de Annad sorrateiro. – E também acho que não esteja se sentindo confortável assim.

        Ele estalou os dedos e Annad reconheceu o corpo que agora ocupava com os cabelos longos lisos e loiros de volta e os olhos fatais da cor do mel e do ouro, era o seu corpo. Mas este não estava nu, ela usava um lindo vestido vermelho sem alças e longo. O vestido encaixava perfeitamente em si, com a borda tomara que caia brilhosa e uma bela flor na lateral esquerda.

        -Sente-se melhor?

        Realmente ela se sentia bem no seu conhecido corpo e ainda melhor por estar vestindo alguma roupa, embora para os shinigamis seja normal as pessoas em suas formas sem vestes ela não se sentia bem daquele jeito, o pudor e a vergonha lhe manchavam.

        Ela assentiu a cabeça concordando. O Rei estendeu a mão e olhando para Fyn ela entendeu que era para que ela tocasse na mão do shinigami, era gelada e com dedos longos e finos. Não lembravam em nada as mãos quentes e macias do detetive.

        O Rei a conduziu com suavidade para uma sala decorada e luxuosa com um lustre alto dourado e cintilante, um tapete bege ao qual os pés se afundavam, quadros de artistas como Leonardo da Vince, Michelângelo, Picasso, entre vários outros ocupavam as paredes majestosos.  Em seu centro uma mesa de madeira alta e impecavelmente limpa ocupava fascinante um grande espaço, cadeiras também altas e exuberantes acompanhavam o móvel grandioso.

        Annad sentou-se em uma cadeira qualquer sem muita cerimônia e ao seu lado o Rei sentou-se impecável, Fyn permaneceu em pé.

        -Fiz tudo isso para você.

        -Obrigada. – Ela agradeceu meio sem jeito, luxo e artefatos caros não eram para ela de grande valor. Ela preferia a simplicidade de uma casa do campo e das suas roupas normais.

        -O que eu fiz de errado? – O Rei perguntou notando a clara desanimação da menina.

        -Nada, nada. Está perfeito.

        -O que quer? Pode desejar qualquer coisa.

        -Assim está perfeito senhor. Não desejo nada além de respostas.

        -Não me chame de senhor, eu também possuo nome. Pode chamar-me de Kansh.

        -Quando dirá o que vim saber.

        -Direta: sem cerimônias ou embolações, como sabia que você seria. – Ele sorriu com sua boca de dentes estranhos e tortos. – Quer saber por que o número de mortes, porque fortalecer o meu reino?

        -Exatamente.

        -Existe o Céu, o Inferno, o Vazio e o Reino Shinigami. O meu é o mais fraco e debilitado, posso sofrer um ataque a qualquer momento. O mundo espiritual não é um mar de harmonia e serenidade, preciso de força.

        -E para isso mata humanos?

        -Claro, suas almas fortalecem meus shinigamis.

        -Quando parará?

        -Não pararei.

        -Como assim? – Annad estava surpresa.

        -Em pouco tempo meu reino tomou uma nova fisionomia, estou forte e poderoso e possuo um exército de shinigamis praticamente imortais. Porque parar? Posso continuar e me fortalecer o suficiente para atacar outros reinos, posso ser o Rei de todos os quatro reinos.

        -Mas o seu crescimento não está sendo controlado pelos outros Reis ou comandantes ou sei lá quem seja que os lidere?

        -Claro. Mas sempre há modos de driblar tudo isso.

        -Não pode. – A mulher se levantou feroz lançando-lhe um dos seus olhares assassinos e gritando. – E a raça humana? E a vida na Terra? E... E L?

        -Os humanos são os que menos importam, a vida na Terra continuará a existir, porém frágil, debilitada e em pouquíssimas quantidades. L será uma das vítimas, não poderei deixá-lo vivo, é muito inteligente.

        -Porque me contou tudo isso?

        -Essa é a verdadeira questão. – Ele sorriu macabro. – Observo-te da Terra há algum tempo, e descobri que te amo. Quero torná-la minha rainha. Seu jeito, olhos, corpo, tudo me é extremamente fascinante.

        Annad estava pasma, surpresa e confusa. Nada daquilo podia acontecer, ela não ficaria jamais com o shinigami que dizimou a humanidade, ele amava L e precisava contar tudo o que sabia a ele.

        -Se pensa naquele detetive – O shinigami começou a falar. – saiba que jamais poderá ter nada com ele. Tu és apenas uma alma sem corpo, nem mesmo a sua palavra ele entenderá. Precisa tornar-se shinigami para falar com ele.

        -Shinigami...

        -Só eu posso transformá-la.

        -Não vou me casar com você. – Ela falou alto e equivocadamente.

        -Porque não? Terás tudo que desejar, tu serás rainha das quatro dimensões e posso fazer com que os humanos te venerem. Aceite a minha proposta.

        -Eu não te amo e você não pode dizimar a humanidade. Eu não quero glórias, cerimônias, títulos e luxos.

        -O que quer então?

        -O que eu quero você não pode me dar!

        -Diga e verei o que posso fazer.

        -Eu quero poder ficar com quem eu amo, com L. E quero também que a humanidade não seja dizimada pelos seus shinigamis. Quero uma vida simples, talvez no campo mesmo, com L, talvez tenhamos filhos, talvez fiquemos só nós dois. Quero apenas isso, pode me dar?

        Ela o fitava desafiadora e Kansh sabia que aquilo era tudo o que ele não podia lhe dar. Aquela recusa e ferocidade dela só o deixavam mais apaixonado, ele a queria demais para deixá-la ir.

        -Porque amas aquele detetive?

        -Pelos seus olhos, por seu cheiro, seu jeito, seus cabelos, seu corpo, suas mãos, seu modo de falar, seus sorrisos, seus modos diferentes, suas manias, suas palavras, sua pele, seus dedos... Por cada parte de seu corpo e mente.

        -Eu o matarei. Então não poderá mais tê-lo de jeito algum. Serão só almas.

        -Mesmo que o mate eu ainda o amarei, jamais ficarei com você.

        -Posso fazê-lo sofrer muito antes.

        A menina hesitou, era para ela muito doloroso pensar em seu amado sendo duramente torturado por sua culpa. Respirou fundo.

        -Se torne minha rainha.

        -Jamais. – Ela estava irritada e gritou aquela palavra com força.

        O Rei veio tomá-la nos braços a força, mas antes que pudesse se aproximar Fyn se colocou entre eles.

        -O que faz aqui Fyn?

        -Como eu disse antes para a Vossa Majestade, não me faça escolher um lado que ficarei do dela. Não deixarei que encoste um dedo que for nela, agora ela tem corpo e sentirá dor.

        -Não se meta aqui.

        -Desde que você não encoste seus dedos nela. – Fyn ergueu a espada poderosa.

        -Pode ter funcionado com os desavisados, mas eu sei que essa espada é falsa. Jamais poderia ter tirado a verdadeira dos Confins do Universo.

        -É verdade, mas ainda é uma arma e lutarei por ela.

        -PAREM! – A mulher gritou.

        -Há uma proposta que pode facilitar tudo.

        Os ânimos exaltados foram se acalmando e todos se sentaram.

        -Eu posso me casar com você, - Disse Annad séria e tentando em vão esconder a tristeza que lhe tomava. – Porém haverá umas condições.


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Notas finais do capítulo

Aceito reviews^^



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