Capitulo 6 – Dúvidas

Harry PDV

- COMO ASSIM DESAPARECERAM? -perguntei preocupado.

- Eu não sei, ninguém viu nada, eles não deixaram nenhum recado. - ela já estava soluçando.

- Calma Gina. Vai ficar tudo bem. - a abracei e tentei acalmá-la.

 A minha prima e o Fred sumiram. E agora mais do que nunca, tenho certeza de que o melhor será se eu ficar longe de todos. Enquanto eu estiver por perto, ninguém estará seguro.

- Todos estão se preocupando a toa. O Fred e a Samy devem estar se divertindo por ai. - o Jorge falou com um sorriso malicioso.

- Jorge, eles não seriam tão irresponsáveis assim, saindo sem avisar num tempo desses, com comensais para todos os lados. - A Sra. Weasley falou. - Pelos menos é isso que eu espero... - ela completou falando mais para si mesma.

Narradora

Um barulho fez com que todos sobressaltassem. Remus automaticamente levantou com sua varinha em punho e fez sinal para que todos ficassem quietos  e não saíssem da a´Toca, irrompendo para fora da mesma sendo seguido por Arthur Weasley e por um teimoso Harry Potter.

Um pouco além do território da a´Toca, encontraram no chão duas pessoas desacordados, um ruivo que possuía alguns ferimentos, e uma morena marota que apesar de não possuir nenhum ferimento, tinha o rosto contorcido em dor e angustia. E o maior problema da jovem era não saber o porquê das “visões” que tinha constantemente e por que elas a perturbavam tanto.

Samy PDV

“ – Como... Como você pode? Eu não acredito! Não acredito que você fez aquilo... Eu não acredito. – eu(?) falava entre soluções, falava como quem tenta se convencer de algo.

- Samy! Escuta! O que eu fiz... Foi por nós dois. Eu serei mais forte. NÓS seremos mais fortes. – o garoto falava com os olhos brilhando, brilhando de desejo, desejo de poder.

- EU NÃO QUERO SER MAIS FORTE! – berrei em meio a lagrimas. -  Eu não quero poder nenhum. A única  coisa que eu quero, é o MEU Tom de volta. – terminei num sussurro e tudo começou a rodar.”

Tom? Eu não conheço nenhum Tom, apenas o... Mais, ele tem idade pra ser o que...? Meu avô?

Quem é esse Tom? E o que ele faz nas minhas lembranças(?)? E POR QUE essas ‘lembranças’ me fazem sofrer tanto?

Horas depois...

-NÃO! – Gritei acordando e me levantando da cama em um pulo. Espera ai... Cama?!

Olhei para os lados e vi que eu estava na casa dos Weasley´s, no quarto da Gina para ser mais exata. Em questão de segundos todos os meus amigos entraram no quarto empunhando varinhas, quer dizer, não todos, por que o quarto não cabia todo mundo.

- O que aconteceu? – Mione perguntou preocupada.

Pisquei algumas vezes, será se eu estava mesmo vendo a Mione? Ou seria uma ilusão de otipa? Ótima? Otifa...? Ah! Enfim! Uma ilusão de alguma coisa!

É melhor eu me beliscar para ver se estou ou não acordada...

-AI! – falei massageando o braço.

- Por que você se beliscou sua maluca? – a Gina indagou. Estou aprendendo a falar difícil! YEAH!

Eu quero demissão, eu não posso ser a consciência de algo que possui um QI que seja 100...

Sério que você acha que meu QI é 100?!

Claro, ele é 100 abaixo de zero, 100 noção...

Se bater com a cabeça na parede não fosse me deixar com dor de cabeça, eu faria isso só para ver se conseguiria te matar.

[...] Nada a declarar, não vou mais discutir com um ser inferior.

Você ta discutindo é comigo, não com o Voldy sua anta!

[...]

Ah! Esquece!

- Samy? Samy? SAMANTHA SNAPE ACORDA PRA VIDA! AGORA!! – a Gina berrou no meu ouvido.

- NÃO PRECISA ME DEIXAR SURDA! Mas, que coisa! – retruquei.

- ENTÃO RESPONDA! – ela continuou berrando.

- RESPONDER O QUE? – gritei de volta.

Antes que ela respondesse, alguém gritou ainda mais alto que nós duas:

- VOCÊS NÃO ALUGARAM OUVIDO NENHUM AQUI!

- Calma Mione, não precisa gritar. – a Gina falou na maior cara de pau.

- É, poxa, você não alugou nenhum ouvido aqui, e você não está vendo ninguém aqui gritando, está?- dei uma pausa, mas antes que ela respondesse, continuei: - E o que a ruiva maluca falou que eu não respondi?

Começou um falatório, cada um falava uma coisa diferente, como: “Onde você estava?”, “Por que não avisou que ia sair?”, “Por que você estava se beliscando sua maluca?”, e... “Eu não quero ser tio tão cedo não!”

O ultimo é claro, só podia ser coisa do Jorge... Eu não mereço. O que será que eu devo responder... Que tal... “Ah! Eu fui visitar o tio cara de cobra. E antes que perguntem, ele está bem e mandou lembranças. Ah! E continua com aquela idéia magnífica de purificar o mundo bruxo, maravilhoso não?”

[...]

Acho que não seria uma boa idéia...

- SILÊNCIO! – minha sogra gritou e no mesmo instante tudo ficou quieto. – Uma pergunta de cada vez. Mas antes... Você deve está com fome, não está querida? Está tão pálida... Eu vou preparar um lanchinho para você e já... - a interrompi.

- Não precisa Senhora Weasley, eu não estou com fome. – falei calmamente, mas o meu estomago falou o contrário.

- Samy, eu acho que sua barriga não concorda contigo. – a Gina riu.

FICA QUIETO SEU DEDO DURO!

Agora ela discute até com o estomago...

Eu não estou falando contigo! E você ‘falou’ que não ia discutir comigo. Quer dizer... Não que eu seja um “ser inferior”, mas... Ah! Não ‘fale’ mais comigo e pronto.

- SAMANTHA! – a Gina berrou no meu ouvido só pra variar.

- AI! Se você quer que eu fique surda, fala logo! Que coisa! – reclamei.

- Você não estava respondendo. Queria que eu fizesse o que?

- Qualquer coisa, menos tentar me deixar surda. E fala logo o que você queria...

- Minha cara Snape... – o Jorge começou a falar e senti meu estômago revirar com a pronuncia do ‘Snape’. – Nós todos queremos saber a mesma coisa... Você e o meu irmão se preveniram? Por que eu acho que estou muito novo pra ser padrinho, sabe? E... – ele não conseguiu terminar a fala por que o Fred apareceu e bateu nele. Meu herói!

Com toda certeza, eu estava mais vermelha que os cabelos de todos os Weasley´s. Por Merlin! Ele não achou que eu e o Fred fugimos para... Ele achou?!

- É O FIM DO MUNDO! – a Gina gritou chamando a atenção de todos. O que ela tem contra falar algo calmamente e sem gritaria? Acho que a convivência com a Mione está afetando, e muito, a ruiva. - A Samy está vermelha! ELA ESTÁ VERMELHA! – a ruiva maluca começou a gritar e pular. Eu não estou conseguindo respirar nesse quarto e ela ainda começa a pular?!

- Ignorando a ruiva maluca, e o Jorge... Eu vou responder todas as perguntas de vocês só com umas palavrinhas... Eu não faço a mínima idéia! Lembrando que vale para todas as perguntas.

O falatório recomeçou, e dessa vez eu não consegui entender nenhuma só palavra.

- CALADOS! COMO VOCÊS QUEREM QUE ELA ENTENDA ALGUMA COISA DESSE JEITO? POR MERLIN! FALEM UM DE CADA VEZ, SE NÃO QUISEREM SER AZARADOS! OU PIOR, SE NÃO QUISEREM QUE EU CHAME A SENHORA WEASLEY AQUI! [...]

Eu já mencionei o quanto a Mione me assusta? Ela está cada dia mais parecida com a senhora Weasley... Se bem que ela futuramente será uma “Senhora Weasley” e não falo só do sobrenome, mas ela não precisa ser tão parecida com a sogra, precisa?

Todos já tinham se calado e apenas encaravam a Hermione que continuava com um discurso incansável:

- [...] PRATICAMENTE TODOS AQUI SÃO ADULTOS E DEVERIAM AGIR COMO TAL...

- Er... Mione? – arrisquei.

- O QUE? – ela perguntou (gritou).

- Eu acho que todos já entenderam o que você quis dizer. –falei baixinho enquanto me encolhia sob seu olhar, que tenho certeza absoluta que colocaria medo em qualquer um.

Ela ficou calada e corou quando percebeu que todos olhavam assustados para ela.

- Samy, como assim você não sabe responder as perguntas? – o Rony perguntou.

- Não sabendo Ron! Oras essa! Eu não me lembro de nada. – menti.

Eu sabia que assim seria melhor. Eu não queria mentir, mas, era preciso.

- Tudo bem, tudo bem. Deixem-na descansar. Você deve estar muito cansada, não está querida? – a senhora Weasley me perguntou com um tom de voz maternal, e naquele momento eu desejei mais do que tudo ter tido uma mãe do meu lado desde pequena. – Vamos, logo! Saiam, saiam. E além do mais, amanhã todos precisam acordar bem dispostos para ajudarem nos preparativos do casamento do Gui que é em poucos dias.

Todos saíram do quarto com exceção da Mione e da Gina que precisavam dele para dormir, é claro. Achei estranho o fato de o Fred ter simplesmente saído sem pronunciar nenhuma única palavra, e sem comentar sobre o nosso sumiço. Eu precisava saber do que ele se lembrava, se é que ele se lembre de algo.

Assim que todos estavam fora do quarto, me acomodei na cama, fechei meus olhos e mergulhei num mundo de sonhos... Ou no meu caso de pesadelos.