The Cullens escrita por Nina Guglielmelli, mulleriana


Capítulo 21
Abandonado




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- Bella? Bella!
Afastei o rosto da minha bolsa, despertando num susto. Com um longo suspiro, passei as mãos pelo rosto. Não passara muito tempo desde que eu repousara a cabeça ali na mesa, porque os garçons ainda estavam arrumando o resto do salão. Onde eu estava era provavelmente o único lugar inacabado. Emmett me olhava com certa culpa, como se não quisesse estar me acordando. E eu logo vi a razão: Era uma ordem de Edward, que me olhava de canto, mal-humorado. Estava com o bloco de anotações numa mão enquanto a outra registrava sua caligrafia perfeita.
- Esme precisa de mim? - Perguntei quase em um murmúrio, levantando.
Ele balançou a cabeça, negando.
- Ainda não. É que Edward...
- É que Edward implica comigo quando não tem nada pra fazer. Entendi. - Minha voz saiu mais alta e irritada, enquanto eu jogava a bolsa no ombro e ia em direção a cozinha. Acho que atingiu o rosto de Emmett, mas não parei para verificar.
A cozinha estava vazia. Ah, como eu gostava disso! Começar o dia com tudo nas minhas mãos era ótimo. Eu sempre tinha a sensação de que algum idiota iria me atrapalhar. Ou talvez estivesse realmente prevendo isso.


O primeiro sinal veio junto com Lauren e sua aparição desnecessária às 10:15 da manhã.
- Quem disse que você ia trabalhar hoje? - Perguntei, áspera, cuidando da enorme panela de arroz.
- Esme disse. O restaurante fica lotado aos sábados.
- E você não podia esperar até que abrisse?
Ela riu, soltando algo parecido com "deixar você aqui" e "comida horrível". Resmunguei sozinha, mexendo os grãos com mais força enquanto ela passava por mim para pegar seu uniforme.
- E... Você e Edward, hm? Foi mesmo uma pena.
Por um momento, eu pensei que tinha força suficiente para quebrar a colher em minhas mãos.
- É. – Respondi, simplesmente, ouvindo uma risada irônica.
O segundo sinal foi quando o resto da equipe de cozinheiros começou a chegar, e Lauren não se mexeu para começar seu trabalho. Eu devia ter dado um jeito em tudo naquele momento
- É tudo estranho. Vocês se odiavam, e aí se apaixonaram... Hm. – Ela parou para rir, mais uma vez. – Você é daquelas que sabe conquistar um cara com comida, então?
- Isso é fácil pra mim. Com as coisas que você prepara é que fica bastante complicado.
Ela ficou em silêncio com minha resposta, e eu ignorei sua presença.
- Assume aqui? – Pedi a Eric, o cozinheiro mais novo do The Cullen’s. Ele pareceu animado enquanto vinha até mim, tomando meu lugar com um breve sorriso.
Como cozinheira-chefe, eu passava mais tempo supervisionando o trabalho dos demais do que realmente ajudando. Esse era o meu trabalho, e exercia perfeitamente bem. Cada um ali tinha sua própria função.
Lauren era a única que ainda tinha problemas para entender seu lugar.
Ela estava passando por todos os funcionários, um a um, experimentando o que preparavam e tentando lhe dar ordens de como melhorar. E o que dizia não era nem um pouco educado.

( Shoot to Thrill – AC/DC

http://www.youtube.com/watch?v=Rw7w2b_FTC8 )


Aquele foi, provavelmente, o terceiro sinal. Não do que iria acontecer, mas que eu deveria cair fora. Eu simplesmente explodi.
- Com licença. – Disse, séria, parando ao seu lado. Ela virou com o queixo erguido, e uma das cozinheiras saiu de perto de nós bufando com a panela fervente em mãos. – O que está fazendo? – Completei.
- O que acha que estou fazendo?
- Meu trabalho. – Rebati.
- Eu sou sub-chef. – Ela riu, mas sua voz era firme, como se estivesse dizendo algo absolutamente óbvio.
- Disse muito bem! Sub. Você deve supervisionar tudo quando eu não estiver aqui. Já que estou, vai ajudar com a comida, como todos os outros.
Alguns funcionários observavam nossa discussão.
- Eu não vou cozinhar. Apesar de que tudo seria bem melhor se a minha comida fosse servida!
- Você é louca! – Ergui as mãos até meu chapéu, quase o derrubando. – Você é completamente maluca, é a única explicação! Estamos trabalhando juntos aqui. O restaurante já vai abrir, e você, como sempre, tem que fazer alguma merda!
Mal percebi minha voz subindo, e não parei de falar enquanto mais pessoas se juntavam para assistir.
- Isso é um trabalho de grupo. Está me entendendo? Se o meu trabalho é supervisionar tudo, é porque sou qualificada para isso. Talvez em outro lugar achem que você também é, mas enquanto estiver no The Cullen’s, vai ajudar como qualquer um. O que está pensando, que eu estou esperando alguma recompensa, que eu vou entrar naquele salão e pedir uma rodada de aplausos? – Arregalei os olhos, e minhas mãos se ergueram enquanto falava. – Eu poderia cozinhar como qualquer um, mas já passei por isso! Eu estudei, e depois comecei de baixo, mas agora estou aqui. Se você se esforçasse um pouco e encontrasse seu lugar, também iria chegar onde estou um dia!
Parei um pouco, tomando fôlego. Lauren agiu como uma criança emburrada, me encarando com um quase bico.
- Eu fui contratada para isso. – Respondeu. – Supervisão. Não sou cozinheira.
- Hoje, é. Esme te chamou para ser uma ajuda a mais.
- Se ela precisa de mais, por que não contrata mais cozinheiros?
- Porque todo sub-chef no mundo também cozinha quando é necessário! Você é a única idiota que se valoriza mais do que deveria!
Algumas risadinhas ecoaram, mas pararam assim que Lauren os fuzilou com os olhos.
- Mais do que deveria? – Ela ergueu as sobrancelhas, colocando as mãos na cintura. – Você se considera muito melhor do que eu nesse trabalho, não é?
- Eu conheço o meu lugar, Lauren. E sei porque estou nele.
Minha voz estava séria quando acabei e dei meia-volta. Assim que me mexi, vi pela minha visão periférica todos os cozinheiros voltando à suas funções.
- Vamos ver quanto tempo você vai durar aqui! – Ela ameaçou.
Ergui as sobrancelhas, lhe dando as costas. Virei outra vez, encontrando seus olhos novamente.
- Como disse? – Perguntei devagar, cerrando os olhos.
Ela cruzou os braços, sustentando meu olhar. Todos começaram a murmurar, voltando a seus lugares de antes para assistir nossa discussão.
- Era muito fácil manter seu emprego e ser protegida por Esme quando ela era sua sogra. E agora? Seu trabalho é tão bom pra continuar assim? Eu ficaria preocupada, se fosse você.
O sangue esquentou minhas orelhas e parte do rosto. Dei um passo a frente, e alguém tentou segurar meu braço. “Não, Bella.” Uma voz feminina alertou, mas eu ignorei. Estava novamente perto de Lauren, nossos rostos quase colados. Pensei em ficar na ponta dos pés para olhá-la melhor, mas seria ridículo.
- Você entende de comida, Lauren? – Perguntei, irônica.
Ela sorriu, triunfante, prestes a dar uma resposta afiada. Eu abri um sorriso torto, quase diabólico, encarando seus olhos enquanto abaixava a mão para um prato próximo dali. O risoto, ainda quente e delicadamente decorado, logo estava grudado em seu rosto.
Apertei o prato contra a cara dela, como via fazerem na TV, e afastei quando a comida já sujara tudo. Ela estava com a boca aberta e os olhos fechados, mal acreditando no que eu fizera. Um riso alto ecoou da porta, e eu sabia que era de Emmett.
- Você... – Sussurrou, ainda com os olhos fechados, e em seguida soltou um grito agudo. Eu sorri largamente, e então comecei a rir, adorando o que estava a minha frente. A maioria dos cozinheiros me acompanhou na risada.
- Deliciosa, não é? – Perguntei, ainda rindo, tirando o chapéu e a touca de minha cabeça bem a tempo de Lauren pegar um punhado de macarrão na panela. Meu cabelo caiu por minhas costas, e eu me diverti ainda mais quando a comida cheia de molho de tomate atingiu minha face. Ela praticamente soltava fumaça pelas narinas, e minha diversão com aquela pequena briga só a irritava ainda mais.
Eu estava extravasando. Compensando todas as lágrimas dos últimos dias. Talvez estivesse enlouquecendo, mas era melhor do que nada.
“Eu disse que ela era maluca!” Ouvi Emmett murmurar atrás de mim. Passos apressados vieram a seguir, e eu sabia muito bem de quem eram.
Virei num movimento só, e alguns fios de cabelo grudaram no meu rosto. Edward, ainda mais nervoso que Lauren, poderia sem problemas soltar fogo pela boca.
Esperei pela bronca, mas ele estava completamente sem palavras.
Ao ver a expressão no rosto do gerente, os funcionários voltaram a trabalhar - mas continuaram a observar tudo pelo canto dos olhos.
- Ahn... – Emmett tentou dizer, olhando para mim e Lauren. Ele estava se divertindo, como sempre, e eu sabia que o que realmente queria era entrar na bagunça.
- Você. Passou. Dos limites. – O gerente disse, entredentes, olhando para nós duas.
- Ela começou. – Lauren rebateu, e então riu, irônica. – Ela sempre começa!
- Não me interessa quem começou! – Ele respondeu, e só então percebeu que mais parecia um professor de Ensino Fundamental. – A atitude de vocês é ridícula, e eu realmente não sei o que você está fazendo na cozinha sem touca, Swan!
A maneira como me chamou afundou meu peito em questão de segundos. Nossos olhos se encontraram, e toda a briga que tivemos em relação à Tanya e suas lembranças pareceu voltar para minha mente.
Eu dei dois passos para perto dele, ficando exatamente a sua frente. Tombei a cabeça um pouco para trás, encontrando seus olhos bem mais altos que os meus. O chapéu estava no chão, mas a touca continuava em minhas mãos.
Ergui e a rasguei em duas, sustentando seu olhar por mais tempo que o necessário.
- Pode assumir daqui, Lauren. – Murmurei por cima do ombro, tomando cuidado para não encostar em Edward ao passar por ele.

                                                                  ***



Gastei um bom tempo no pequeno banheiro dos funcionários, do lado de fora do The Cullen’s. Perguntei a mim mesma por alguns segundos se Lauren estava cuidando da cozinha com toda aquela comida na cara, mas concluí que não me importava. Eu só conseguia pensar nos respingos de molho de tomate que mancharam meu uniforme impecável.
- Tudo bem aí? – Jacob perguntou, atrás da porta. Joguei água na cara mais uma vez e a sequei com papel-toalha, abrindo a porta devagar para olhá-lo.
- Oi. – Murmurei, descendo o único degrau até o chão. Ele abraçou minha cintura e tentou me beijar, mas eu desviei timidamente. Jacob suspirou, e eu olhei em seus olhos. – Nós já conversamos sobre isso, Jake.
- O que sugere? – Ele perguntou, um pouco triste. – Que eu esqueça tudo?
- Não se trata de esquecer. – Rebati baixinho. – Se trata de entender o porquê de ter acontecido.
Ele ficou em silêncio, e eu ofeguei, me afastando de seu abraço.
- Jacob, eu estava lá, estava mal, e você apareceu me dizendo aquelas coisas! Nós já discutimos isso. Chega.
Ele deu um passo a frente, e eu espalmei uma mão em seu peito no mesmo segundo em que a porta se abriu.
- Não há nada entre nós. Somos amigos. Chega.
Precisei sussurrar a última frase, levando em conta quem estava saindo pelos fundos do restaurante.
Edward e Jacob se olharam por curtos segundos e, com um beijo em minha testa, o quileute se afastou.
Coloquei as mãos para trás, incerta do que fazer sozinha ali com meu ex-namorado. Ele me fitou de relance, e então andou até a parede lateral, a mesma onde eu o vira pela primeira vez. Fiquei praticamente de costas, observando-o sob o ombro. Pegou um cigarro do bolso, como eu já previra, e rapidamente acendeu-o.
- Está tudo bem? – Perguntei ao ver sua expressão.
Ele deu os ombros, tragando antes de me responder.
- Só uma briga boba.
Mordi o lábio inferior, andando até ele devagar com os braços cruzados no peito.
- Por minha causa? Esme culpou você?
- Não. É entre Alice e eu.
Esperei. Ele tragou mais duas vezes, e só então me olhou, suspirando ao perceber que insistiria no assunto.
- Hoje é 1 de Dezembro, Bella. Dia Mundial da Luta contra a Aids. - Ele falou lentamente, com desdém, como se estivesse repetindo uma frase boba que entrara na sua cabeça a força. – Algumas pessoas se reúnem em Seattle pra algum tipo de evento. E todo ano Alice insiste para que eu vá.
- E qual é o problema em ir? – Minha testa se franziu.
Ele mexeu a cabeça, olhando para algum ponto atrás de mim enquanto soprava a fumaça de seu cigarro. Parte dela atingiu meu rosto, mas ignorei.
- Eu não preciso disso. Não mesmo. – Seus olhos se prenderam nos meus pelo tempo mais longo desde o início da conversa. – Vou conversar com pessoas que tem o mesmo problema que eu. E elas estarão animadas, como se todos lá não estivessem com seus dias contados! Qual é a única coisa boa que eu posso conseguir? Ver alguém num estado pior do que o meu, e perceber que não estou tão ruim assim? Que grande vitória!
Ele continuou sustentando meu olhar, e gostei disso. Seu tom de voz irritado não me surpreendeu, mas ainda assim deixei que respirasse fundo em silêncio. Sua cabeça balançou poucas vezes, negativamente, e então voltou a olhar para os próprios pés.
- As pessoas não percebem como estão sozinhas. É sempre o mesmo discurso. – Sua voz era calma agora, mas a respiração parecia acelerada. Deixou suas costas escorregarem pela parede, até que se sentou. Fiz o mesmo. Nossos ombros se tocaram, e uma corrente elétrica passou por mim até atingir meu coração. – “Ah, é importante para os pacientes com Aids terem apoio da família!” – Ele citou a frase que eu mesma já ouvira, várias vezes. Então riu, baixinho, desapontado. – Todos nós nascemos sozinhos. E vamos morrer assim. Eu posso morrer mais cedo, mas vou acabar como todo mundo.
Seus olhos estavam fixos em um lugar qualquer, mas os meus estavam bem presos ao seu rosto.
- Isso não é verdade. – Rebati. – Há sempre alguém com você. Ou... Pensando em você.
Minha voz falhou um pouco no final da frase. Ele riu, nervoso.
- Acho que minha família tem mais o que fazer do que pensar em mim, Bella.
- Não são só as pessoas que amam você. – Sorri de leve. – Por cada lugar que passamos, deixamos algo. Ou... Espero ter deixado. Muitas coisas simples deixam marcas enormes na vida das pessoas. E eu sei que você já marcou a vida de muita gente. Mas, se você quer insistir na idéia absurda de que ninguém se preocupa com você, eu sei que existe alguém lá em cima te acompanhando em cada passo.
Ele riu novamente, mais nervoso e mais triste.
- Você quer mesmo falar sobre Deus? Você realmente acredita que existe alguém, em algum lugar, olhando por mim? – Ele voltou a me olhar. – Porque eu não tenho sequer um único motivo pra pensar que estou sendo protegido, ou qualquer outra besteira que nos ensinam.
Ele ficou bravo, de repente, jogando o cigarro inacabado no chão ao ficar em pé.
- Olhe pra mim! – Ele riu, abrindo os braços. – Acha que tem alguém lá cuidando de mim? Acha que esse seu Deus tão maravilhoso está sendo justo comigo?
Meus lábios se entreabriram, e eu fiquei sem resposta, sentada imóvel junto a parede.
- Não me venha falar de Deus, Bella! Porque todas as pessoas me falam, todas as malditas freiras daquele maldito hospital! É sempre a mesma coisa! Pedir ajuda a Ele, obedecer a Ele, acreditar Nele! O que Ele me fez? O que Ele me deu? Essa droga de vida? Isso é algum tipo de castigo, ou ele simplesmente esqueceu de me enxergar aqui embaixo?
- É claro que não! Ele nunca se esqueceu de você. – Respondi, ficando em pé a frente dele. – É simplesmente assim que funciona a vida. Temos dificuldades. E é pra isso que servem as outras pessoas. Pra nos ajudar. Nós nunca estaremos sozinhos! Você tem uma dificuldade a enfrentar, e Deus poderia ter te deixado sozinho, mas ele me mandou até você!
Ele franziu a testa, e eu continuei antes que Edward rebatesse.
- Não percebe isso? Não percebe como cada mínimo detalhe de nossas vidas, seja bom ou ruim, tem uma razão pra acontecer? Uma conseqüência?
- É isso, então? É tudo um grande jogo? Temos problemas, aí conhecemos alguém, e pronto! Tudo fica perfeito! Ah, como Ele planeja tudo certo! A vida não é maravilhosa, Bella? – Seu tom irônico me causou arrepios, mas ignorei, deixando que continuasse. – Por que você não vai e conta a sua brilhante teoria sobre Deus e seu infinito amor pra quem não tem absolutamente ninguém? Por que você não vai comigo até o hospital, e faz uma visita na ala de câncer infantil? Aí você pode falar para os pais daquelas crianças em estado terminal sobre como Deus é incrível! Por que você não diz isso pra alguma mulher que tem que ver o próprio filho morrer de fome, ou para uma criança que perdeu os pais em um desastre natural? Esse é o seu Deus? Estes são os milagres que ele faz?
Respirei fundo, negando.
- Você está distorcendo tudo!
- Por que você quer sempre estar certa?
- Eu? Como se você aceitasse a opinião de todo mundo, é claro!
- Não se trata de opinião! Eu simplesmente olho a minha volta. – Ele apontou para o próprio peito enquanto falava, e então para um ponto qualquer afastado de nós. – Eu olho para mim mesmo e para todas as pessoas a minha volta, eu olho nos olhos de cada um naquele hospital, e eu vejo a decepção. Eles também acreditaram em Deus um dia. Eu talvez tenha acreditado. Mas agora, da maneira que estou, eu não acho que Ele esteja prestando atenção em mim! Todas as pessoas têm essa mania irritante, essa mania de recorrer a alguém maior e mais poderoso quando estão perdendo. Mas acabou, Bella. Todos nós estamos sozinhos. Sempre estivemos! Não adianta olhar pro céu, pedindo por uma salvação. Esse é o problema da humanidade! Muita fé e pouca luta.
Seus olhos estavam fixos nos meus, levemente arregalados. O silêncio pairou no ar após sua frase final, e eu sabia que não havia mais nada a dizer, apesar da minha opinião totalmente contrária a dele.
Talvez ele tivesse razão em pensar assim. Ele se sentia abandonado.
Mas eu sabia que esse Deus, quem quer que fosse ou onde quer que estivesse, não me colocara em seu caminho à toa.


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Notas finais do capítulo

Obrigada a todos que comentaram e hoje a nota final é da Carol ^^

"Sei que não costumo postar notas finais com frequência, mas nesse capítulo eu faço questão! Primeiramente, quero dizer que no capítulo anterior, 'Mudanças', o link da música estava errado. E eu consertei. Postamos a fic em três sites, e nenhuma alma boa pra nos avisar. Mas, ah, já passou. 'Haunted' está lá, Kelly Clarkson diviníssima como sempre, e eu espero que vocês ouçam e vejam a letra (está no vídeo.)
Além disso, o capítulo de agora foi o alívio geral da nação! Nada de Bella e Jacob, podem sossegar. Esse rolo entre eles só vai ser importante beeem mais pra frente. E, pra terminar, eu queria fazer um pedido um tanto inédito. Essa conversa com Edward era uma coisa que eu vinha planejando há tempos, e saiu tão naturalmente! Sempre fui a favor de assuntos polêmicos, principalmente se tratando de religião.
O ateísmo (e os argumentos que ele usou para defender sua crença) é um assunto sobre o qual eu quero muito ver a opinião dos meus leitores. Há muitos lados para se enxergar isso, e voltamos para a questão que muitos insistem em afirmar: A Aids é um castigo divino.
Contar a vocês sobre a doença, como ela age, e como afeta a vida dos pacientes é muito fácil. Mas chegamos em um ponto da história em que isso mexe com os sentimentos do personagem. Você, leitor, se passasse pela situação de Edward, compreenderia a razão dele ter perdido a fé? Depois de tanto sofrimento, você continuaria acreditando em Deus?
Basicamente, se Ele é tão bom, por que há tantas coisas ruins? A opinião de Edward, ao mesmo tempo que válida para alguns, pode ser muito bem rebatida.
Além do que pensam sobre o capítulo, quero saber também se concordam ou não com o que ele acredita.
Então, é isso! Agora vocês também farão parte da história! :D"

E gente, só pra deixar BEM CLARO! Não queremos gerar polêmica e nem nada, sabemos que cada um tem a sua opinião sobre o assunto e apenas queremos saber a opinião de vocês e ja deixo bem claro que nem eu e nem a Carol vamos opinar nem nada, eu apenas responderei a parte dos comentários que vocês falarem sobre a história, quanto ao que acham ou deixam de achar sobre Deus é apenas uma curiosidade, vamos entender a opinião de cada um ok?
Beijos e espero que tenham gostado do capítulo!
Até o próximo ;)



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