E então o portão se abriu. Uma onda de emoção tomou conta de mim.

Entramos rápido e conseguimos ficar na primeira fila.

Não agüentava mais esperar, mas ainda tinha a banda de abertura...

A banda de abertura saiu do palco, então tudo já estava sendo preparado para os meninos entrarem.

Longos minutos depois, o show começou.

Eu não sabia o que fazia, se cantava, se chorava ou se gritava o nome do Bill, já que eu estava a insignificantes metros dele. Então resolvi fazer tudo ao mesmo tempo.

Eu estava bastante eufórica, apesar de já estar bem cansada, já que nos últimos meses eu havia acabado com meus pulmões.

Por um momento, resolvi esquecer tudo e curtir apenas como uma fã comum.

O show estava realmente muito bom.

Eu não havia levado nenhum cartaz, nenhum ursinho pra jogar no palco...já que eu iria até o hotel onde eles estavam hospedados.

E então o show acabou. Meu coração disparou e eu não sabia o que faria, mas faria mesmo assim.

- Então Hanna, e agora? – Alana perguntou. –

- Eu vou ao hotel deles. Você vem comigo?

- Mas vai ter que ser rápido. E vamos ter que ir correndo, ou não conseguiremos pegar eles... – Comentou. –

- Então vamos logo! – A puxei pelo braço e saímos correndo. –

Meus pulmões já estavam pedindo socorro. Mas conseguimos chegamos ao tal hotel.

Eles ainda não haviam chegado lá, então tive uma ideia.

- Vamos nos hospedar aqui, assim teremos mais chances de falar com eles. E eu não vou sair daqui enquanto não falar com eles!

- Mas eu to sem dinheiro...

- Eu pago. – Sorri. –

Entramos no hotel e conseguimos, depois de muita insistência, nos hospedar.

Ficamos um tempo esperando e então os meninos chegaram.

Não sei bem ao certo como conseguimos. Mas estávamos no corredor do quarto deles.

A emoção estava quase me dando um ataque cardíaco.

E então um deles saiu de um dos quartos.

- Heey Tom! – Gritei, saindo de traz de um vaso enorme de plantas. –

- Hanna? Não acredito! O que você faz aqui? – Veio em nossa direção. –

- Ai meu Deus! Tom Kaulitz na minha frente...acho que eu vou desmaiar! – Alana comentou, se agarrando em meu braço. –

- As meninas me expulsaram de casa, e por um acaso vocês vieram fazer show aqui...eu não poderia morrer sem ver vocês de novo! – nos abraçamos – E essa aqui é o meu anjo da guarda que eu conheci na fila. Ela ta me salvando hoje...

E os dois se cumprimentaram. Alana quase teve um ataque e conseguiu uma foto e um autógrafo.

- Hanna, foi legal te conhecer, agora eu tenho mesmo que ir...Tom, eu te amo! – O agarrou e saiu. –

- Hanna! – Georg saiu de um dos quartos e me abraçou. –

- Senti muito a falta de vocês, muito mesmo! – algumas lágrimas escaparam de meus olhos – Cadê os outros?

- Devem estar nos quartos. Ah, olha o Gustav ali. – Apontou para o Gustav que acabava de sair de um dos quartos. –

- Eu sabia que conhecia essa voz, então tive que sair pra conferir... – Me abraçou. –

- O Bill precisa saber também... – Georg comentou. –

Fomos em direção a um dos quartos. Tom bateu na porta, avisou que era ele e abriu a porta.

- Bill, você não vai acreditar quem ta aqui... – Deu espaço pra mim. –

Senti como se punhais tivessem atravessado meu coração quando Tom saiu da frente da porta e pude ver Bill. Mas ele estava acompanhado de uma garota.

Fiquei em estado de choque. Mal conseguia respirar. Eu não acreditava que ele tinha me esquecido e eu estava sofrendo atoa.

Então, quando consegui reagir, me virei e saí correndo. Os meninos me gritavam, mas eu não me importava mais com isso.

Desci, liguei pra minha mãe e fiquei jogada na porta do hotel chorando.

Depois de algum tempo ela chegou.

- O que foi que aconteceu? – Desceu do carro e veio correndo em minha direção. –

- Me leva embora, por favor. – A abracei forte ainda chorando muito. –

Entramos no carro e fomos pra casa.

Em casa, contei tudo o que havia acontecido.

- Eu vou voltar pra Alemanha amanha!

- Mas Hanna, eles vão embora daqui a algumas horas...Eles não vão ficar aqui. – Me colocou sentada em seu colo. –

- Eu preciso das meninas...Não acredito que tudo o que eu fiz foi pra me fazer ficar assim! – Me escondi em seu abraço. –

E no dia seguinte, voltei pra Alemanha.

Contei o que aconteceu assim que cheguei em casa.

- Agora eu fiquei chocada! – Lunna comentou. –

- Hanna, eu te disse que ele não ia voltar! – Sharon me encarou séria, mas ao mesmo tempo tentando me fazer sentir bem. –

- Meninas, me desculpem, mas vamos mudar a banda. Não iremos mais tocar músicas deles...vai ser melhor assim. – Falei triste. –

Passaram-se três meses e nós voltamos à ativa com a banda. Não tocávamos mais músicas do Tokio Hotel, como eu havia pedido.

Mudamos o nome da banda para The All Stars e começamos a compor nossas próprias músicas.

Algum tempo depois aconteceram alguns concursos onde, em um deles, conseguimos vencer e gravar um disco.

Eu estava no shopping quando Lunna me ligou.

- Você já ta vindo embora? – Perguntou. –

- Já sim, por que?

- Nada não...só pra saber... – Fez voz suspeita. –

- O que é que vocês estão aprontando comigo? – Tentei ajeitar as sacolas dentro do carro e o liguei. –

- Nada não... – Desligou. –

- Filha da... – Guardei o celular e arranquei com o carro. –

Cheguei em casa, estacionei o carro e entrei.

- O que é que vocês estão apront... – Abri a porta. -

Derrubei tudo o que estava em minhas mãos.

Ele estava parado no meio da sala e sorrindo pra mim.