Hp - Infinity Legends escrita por Kayh_Hokonell


Capítulo 1
Alie Huge (1785)


Notas iniciais do capítulo

Quando a garotinha crescer,
Quando seu coração florescer,
Um pôr-do-sol anil irá nascer,
Ela finalmente irá entender.

Quando tentar se proteger,
Quando aprender a ver,
Seu coração vai, enfim, bater
Garotinha... O que vais fazer?



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             Século XVIII, vivesse um verdadeiro motim. Pessoas são mortas enforcadas, queimadas e afogadas vivas.

             Acusação. Jugos bruxas, feiticeiros, ou alguma ligação com o senhor das trevas. A sociedade vivia a verdadeira Idade Das Trevas. Todos tinham medo de que fossem mal vistos a outros olhos. Por isso. Toda ação ilícita tinha que correr por trás do véu da madrugada.

             A menina brincava seus bonequinhos feitos de palha. Era algo pobre, feito com poucos recursos, porém, era o suficiente para sua felicidade. A mãe cozia o jantar para a família de cinco pessoas. O pai trabalhava na obra de um templo. Os irmãos, ambos eram homens, estudavam o dia todo.

             O marido chegou e logo atrás vieram os filhos. O pai tomara um banho. Após brincava com a filha. Os dois irmãos faziam a lição e a mãe terminava o jantar.

             A família comum era feliz. Como toda outra em sua vizinhança, porém, algo as diferencia.

             No meio da noite a menina levantou e andou na direção do banheiro. A banheira rústica estava ligada e exalava uma nevoa que deixava todo banheiro nebuloso.

             Dentro estavam seu pai e seu irmão do meio.

— Venha minha filha vem ficar aqui com o papai e com o seu irmão — disse o homem se levantando e estendendo a mãe a garotinha

             O menino se retraiu na banheira. Submergindo ficando apenas com os olhos tristes para fora.

— Vai minha filha, vai com o papai — disse a mulher sentada em um canto, vestia um roupão e passava um óleo em suas pernas

             A menina andou na direção da grande banheira rústica. Não sabia, mas dava os passos na direção do início do seu inferno.

             A manhã chegara. A família estava sentada ao redor da mesa tomando café-da-manhã. Pai e Mãe tinham um sorriso no rosto, já os três filhos tinham sempre um semblante sério, quase triste.

             A rotina deu seu início.

             Na noite do mesmo dia, estavam 4 integrantes da família novamente dentro do banheiro. Porém algo saiu errado. Alie se recusava a entrar na banheira e gritou.

             No quarto adjacente o irmão mais velho, Kiro, acordou com o grito da irmã, mais velha. Ele se levantou e correu até o banheiro e ao abrir a porta se deparou seu pai em cima de Alie retirando sua roupa, e sua mãe segurava o irmão mais novo, Jessy.

             Kiro avançou sobre seu pai, o empurrando, porém o homem mais velho o golpeou com um soco no rosto. Gill avançou sobre o filho mais velho, com as mãos em seu pescoço.

— Por que fazem isso?! Por quê?! — vociferava o garoto

— Não é nossa culpa. É mais forte que nós. — disse Gill aproximando a boca da bochecha de seu filho — você é tão lindo meu filho, mas não podemos arriscar ter nosso segredinho à mostra

             O pai colocava língua dentro da boca do filho, forçando um beijo. A mãe segurava o filho do meio, tampando sua boca. Alie apenas chorava em um canto do cômodo.

             O homem mais velho virou seu filho de bruços o imobilizando, ele abriu o fecho de sua calça e começou a se masturbar.

             A mãe, Marine, colocou o filho do meio sentado e foi ajudar seu marido. Os dois pegaram Kiro e o colocaram dentro da banheira, submerso. Ambos seguraram sua cabeça em baixo d’água te que agonia de seu filho mais velho acabasse.

             Alie chorava, chorava alto.

             Na manhã seguinte a notícia correu rápida. O filho mais velho da família Huge havia morrido. Segundo os pais, era de madrugada, o garoto escorregou bateu a cabeça na banheira, lá ficou e morreu afogado.

             No enterro, parentes, vizinhos, amigos, todos desesperados, esperando que a dor se dissipasse. Jessy abraçou Alie, deixando que a irmã chorasse sobre seus ombros. Nos pais se via um semblante impassível, nenhum sentimento era demonstrado.

             A noite logo chegara. O dia não foi tão longo quanto se esperava que realmente fosse. O jantar foi silencioso e torturante.

             Alie levantou no meio da noite e foi na direção do banheiro e ao entrar viu seus pais dentro da banheira com Jessy entre eles.

— Vem Alie, vem com o papai — disse o homem olhando na sua direção e estendendo o braço

— Não... — disse a menina começando a chorar — Não! Eu não quero!

— Pare gritar ou os vizinhos vão ouvir — falou Marine, sua mãe

— Eu vou dar um jeito nela — Gill se levantou saindo da banheira

             Seu coração batia forte. Lembrava-se da noite anterior com clareza e temia ter o mesmo fim de Kiro.

             As lágrimas que escoriam eram violeta. Seus olhos que, um dia, foram verdes, agora tinham o tom violeta. Seu pai apreensivo deu um passo para trás. Alie o olhou de modo diferente, o olhou com ódio, com rancor, era algo destrutivo.

             Alie estendeu a mãe na direção de seu pai. Um brilho incandesceu a mão da jovem, um tiro certeiro no centro do corpo do homem mais velho, tirando-lhe o coração.

             Voltando-se na direção da banheira. Alie deu um único passo. Jessy foi puxado para baixo, logo estava se afogando. Marine começou a flutuar para fora da banheira. A mulher gritava em desespero, ela foi decapitada, sua cabeça foi lançada a metros indo para na cama da vizinha.

             Alguns minutos se passaram e a casa foi invadida pelos vizinhos da rua. Todos ficaram pasmos com o estado do cômodo de onde vinham os gritos. O chão tinha o sangue de Gill, a banheira tinha o sangue de Jessy e as paredes o sangue de Marine decapitada.

             Um homem acertou um golpe de pá na nuca de Alie, fazendo-a desmaiar. A menina foi vendada, amordaçada, e acorrentada. Jogada do alto de um penhasco pelas pessoas apavoradas temendo morrer.

             A garotinha se afogava no mar escuro, ia para o fundo.

— Eu juro me vingar de todos os que me mataram! Juro por você Kiro, o único que tentou me proteger. Eu juro — Exclamou em pensamento enquanto submergia ao fundo

             Todos voltaram às suas casas tranquilos, pois pensavam ter se livrado de um demônio.

             Das águas escuras ela saía. Seus olhos violeta brilhavam, seus pés marcavam a areia. Não era mais a mesma, estava mais alta, diferente de 3 horas atrás.

             Ela passou por toda rua matando cada morador dentro e cada casa. Manchando a rua com o sangue de todos que viviam ali. Por fim todas as residências foram queimadas com fogo azul.

             Um raio a tirou daquele lugar a levando para uma zona obscura e desconhecida.

             Flutuava no meio da escuridão, na sua frente havia um grande molde para espelho, entretanto, no centro havia apenas um caminho onde em seu entorno havia árvores de pessoas mortas. Deste caminho saiu uma mulher.

             Ela era linda, tinha olhos de cores diferentes, um era azul e o outro vermelho. Usava um vestido pouco danificado, e sua pele era branca como a neve.

— Se sente bem Alie? — indagou a mulher — Você matou toda uma comunidade para desfazer um rancor pessoal. Isso é um pecado gravíssimo.

— Foram eles! Eu sou inocente! Não fiz nada de errado, eu apenas...

— Apenas matou seus pais e seu irmão do meio, por que eles mataram seu irmão mais velho.

— Ele foi o único que tentou me protegeu!

— Um fato não justifica o outro. Você não mata só por que mataram alguém importante para você. Isso é errado!

             Alie nada disse, apenas ficou pensativa.

— Não vou te mandar pro inferno. Vai cumprir o que jurou ou mandarei a alma de Kiro para o inferno.

             Alie foi puxada para perto da mulher obscura. A garota foi tocada, vários raios invadiram seu corpo fazendo-a gritar.

— A partir deste momento você será Alie a Demon Master da terceira Devil Key. Irás ao mundo humano e realizará proteções, ache Hell Protectors para te ajudarem. Alie você não pode ser dominada pelos sentimentos. Não mais.

             Os raios se foram, Alie cessou os gritos e ficou um pouco desacordada. Ao acordar, ela tinha os olhos violeta e um colar Devil Key no pescoço.

             Uma luz violeta a envolveu com uma nevoa de mesma cor. Voou na direção da porta que dava acesso ao mundo humano.

             Iniciava assim, então a longa jornada da Terceira Devil Master Alie.


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Notas finais do capítulo

Obrigado à quem lê.



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