Noite Incomum escrita por monitch


Capítulo 1
Insanidade?


Notas iniciais do capítulo

Essa é uma One que simplesmente surgiu em minha cabeça.

É a primeira vez que eu posto uma história então eu tive algumas dificuldades de me acertar com o Nyah hahaha mas enfim, opinem por favor ok?

Boa leitura!



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Eu? Sou uma garota comum, com uma vida chata e comum... Ou nem tanto, às vezes acho que sou um pouco paranóica com tudo. Mas eu vou explicar um pouco como minha mente funcionava.

Honestamente, eu não gostava de sair, sentia-me deslocada, como se aquele mundinho das noites não fosse o meu lugar. Não me identificava muito com pessoas, na verdade eu tinha e tenho ainda, apenas 3 amigas verdadeiras, de resto eram todos estranhos que eu não podia  (e nem queria) confiar, porque como vocês sabem, quantidade não é qualidade, e eu prefiro viver com 3 pessoas, do que 5484 que não me conhecem, sabem meus gostos ou dramas.

Confesso que sou vulnerável e muito passional, mas antigamente eu costumava ter medo de me aproximar das pessoas, era como se a qualquer momento alguém pudesse me machucar e eu não queria pagar pra ver o preço disso, então ficava bem quieta com o meu receio, o que lógico, superava a vontade de ser livre então, consequentemente eu vivia em um mundo paralelo.

Houve uma época em que eu até criei vínculos fortíssimos com pessoas virtuais, porém igual a tudo em minha vida, essa fase de “sou feliz, meus amigos de verdade estão online” logo passou, e a fase que eu costumo chamar de “solitariamente só” reapareceu.

Além de problemas emocionais, eu tinha sérios problemas em aceitar meus pensamentos. Não conseguia me decidir, meus ideais divergiam de minhas vontades, o que não deveria acontecer certo?

Mas enfim, agora, com 18 anos nas costas, uma faculdade de Jornalismo prestes a ser iniciada e uma vida nova toda pela frente, eu Isabella Swan sentia-me completamente perdida. Não sentia aquele ânimo que a maioria dos jovens na minha idade sentia, o que predominava em mim era o medo, de que tudo desse errado, de ficar sozinha, de enlouquecer. Acreditava também que o amor era pura ilusão, principalmente em minha idade, afinal, quem amaria de verdade aos 18 anos?

Ah, por favor né...

Mas o que eu não sabia, era que tudo estava prestes a mudar, e bastou uma noite, para que eu mudasse meus conceitos de vida.

--//--

Era sexta feira e eu estava em casa ouvindo minha música na humildade, como é de praxe para mim, afinal eu havia, mais uma vez, recusado um convite de minhas amigas para sair e curtir a noite loucamente. Primeiro porque eu sou muito chata, segundo, porque eu definitivamente não me sentia bem ao lado de 3 garotas lindas como Alice, Rosalie e Angela, era como seu eu fosse o homem rocha do “Quarteto Fantástico”... é, tenso assim mesmo. Mas isso não vem ao caso, o fato é que eu preferia ficar na paz do meu lar, doce lar.

Já estava até de pijamas, isso porque eram 19hrs da noite, é eu sei deplorável, mas uma delícia, e tudo o que eu queria era conforto. Eu estava praticamente dormindo no meu sofá maravilhoso, quando escutei o estardalhaço da chegada de minhas queridas, amadas e nada exageradas – sintam a ironia -  tia e prima, ou como eu e minha mãe, Renné, costumamos chamá-las “As loucas do Agê”, isso porque elas eram loucas apaixonadas pelo cantor Agenor Boa-Pinta , e não me perguntem o porquê e nem como isso é possível.

E naquele momento, eu sentia a minha paz, saindo por cada poro do meu corpo, afinal para as loucas, Jude – minha tia e Lilly – minha prima, estarem ali, boa coisa que não era, e a julgar pela linda camiseta do fã clube do Agenor que elas estavam usando, aquilo não só seria ruim, como seria horrendo também e eu tinha certeza de que iria odiar.

Ouvi durante, prestem atenção, 2 horas, DUAS HORAS, coisas como; “Você precisa se divertir”, “Você é muito nova para ficar em casa uma em sexta-feira à noite”, “Você parece uma velha”, “Com 18 anos eu já conhecia todos os bares, baladas, pubs e etc dessa cidade... conhecia as línguas também hihi”, e desse nível, só tendeu a piorar, e eu sabia que isso só iria parar quando eu aceitasse. E foi o que eu fiz, que fique bem claro que foi a contragosto, mas poxa, elas não calavam a boca e eu estava cansada de ouvir tanta merda.

Coloquei uma roupa qualquer e lá fui com as “Loucas do Agê”, é, quem diria, euzinha no show do Agenor Boa-Pinta, ou o cantor palhaço, como vocês quiserem chamá-lo. Minha vontade era de me jogar janela a fora, com o carro em movimento mesmo.

Sabem aquela sensação de que você vai morrer de tanta depressão? Pois é, foi assim que eu me senti ao chegar na Blanket House, o casarão de shows mais famoso de NYC, tive que entrar né, eu não tinha escolha.

Mas graças ao bom Deus a BH era enorme, com várias áreas diferentes e separadas, então eu inventei uma desculpa qualquer e dei um PT* nas LAgê e fui dar uma volta, e acreditem ou não, eu achei uma coisa que se salvasse aquele dia. Encontrei o show da “Forever Alone”, minha banda favorita, em uma das áreas, e é obvio que eu fiquei por lá mesmo.

Sentei em um canto qualquer, fechei os olhos e resolvi curtir o show assim, sentindo a música e a melodia entrando por cada poro do meu corpo, com letras que eram capazes de penetrar em minha alma. E deu certo durante um tempo, até que no meio da música “Sempre Assim” um idiota resolveu me incomodar e me deu um cutucão, de primeira preferi nem ligar, só fiz uma careta pra ver se a pessoa se tocava e me deixava em paz. Por um momento achei que tinha sido o suficiente para me deixarem em paz, mas é obvio que não foi o que aconteceu.

Os cutucões se repetiram mais algumas vezes, até que eu decidi olhar logo pro desgraçado, mas quando abri os olhos, pronta pra mandar o infeliz pras profundezas do inferno, eu juro que não consegui. Não com aqueles olhos tão expressivos, eu não conseguia nem falar, muito menos mandá-lo embora, aliás, acho que a única coisa que saiu de mim foi a sanidade, e um pouco de baba.

--//--

Sério, alguém me diz como uma pessoa pode ter olhos tão intensos e com essa coloração tão peculiar, meio mel, meio esverdeado? E ainda tinha aquela expressão de interrogação muito sexy, acho que fiquei uns 5 minutos de boca aberta encarando aquele cara, que certamente me achava louca. Só saí desse transe maluco porque o carinha me chacoalhou com força, mas eu juro que mais um pouco e eu saberia o numero de poros que havia em seu rosto, e não ria, porque eu estou falando sério.

- Caramba, o que você usou de tão forte menina? Ou você é só tapada mesmo? – Juro que no instante em que ele acabou de falar, eu senti a fúria crescendo dentro de mim, não só pelas palavras, mas também por causa daquele sorriso semi torto muito sacana que apareceu nos lábios dele.

Eu quis socar a cara dele, mas como eu possuo um bom autocontrole, só sorri da mesma forma que ele e perguntei de maneira educadíssima o que ele queria.

- Só queria saber se você estava viva, porque você está há meia hora sentada no meio da pista e com os olhos fechados em um show de rock, e isso não é muito normal – respondeu com um tom de voz que demonstrava claramente suas dúvidas em relação a minha sanidade mental.

- Se você se preocupa tanto, saiba que eu estava ótima, apenas sentindo a vibe da música e eu não preciso olhar o show pra sentir isso. Estava né, porque você me irritou.

Não obtive resposta, a única coisa que ele fez foi sentar-se ao meu lado e fechar os olhos, ainda com aquele, antes sexy, agora maldito, sorriso no rosto. Bufei e estava me levantando quando senti uma mão me puxando para baixo de novo e ainda de olhos fechados aquele lindo e irritante estranho me disse para continuar o que estava fazendo antes, fechar os olhos e sentir a música. Fiquei olhando meio incrédula para ele, mas por fim resolvi fazer isso mesmo, só que dessa vez eu não conseguia relaxar, pois estava bem consciente de que havia uma presença tão imponente ao meu lado, e assim foi o resto do show.

Nos últimos acordes da música “Não tão só”, abri os olhos e me deparei com aquele olhar intenso, mas agora curioso. O encarei por um minuto, esperando que ele falasse alguma coisa, mas ele somente continuou a me olhar, como se tentasse me decifrar ou algo do tipo.

Levantei-me pronta para ir embora, e ele seguiu meus movimentos, virei-me dando um passo mas novamente ele me puxou, mas dessa vez eu resolvi contestar, afinal o show já havia acabado e eu acho que não parecia tão maluca... ou parecia? Ah enfim.

- De verdade, eu nem te conheço e você já tocou em mim mais do que meus amigos jamais fizeram e eu realmente tenho que encontrar as pessoas que estavam comigo e você meio que está me atrapalhando, então tchau, tenha uma boa vida. –Disse e me virei de novo, eu já estava preocupada e se ele fosse um psicopata bem louco que encanou comigo e agora está tendo o desejo muito forte de me torturar até a morte? Ok estava começando a entrar em pânico.

- Sabe, - disse ele passando seu braço em meus ombros – meu nome é Edward, e eu realmente acho que você precisa relaxar afinal eu não sou nenhum maluco procurando uma vítima. E também, eu posso te ajudar a encontrar sua companhia, mas enquanto isso se libere e me fale um pouco sobre você. E não seja mal educada e me fale seu nome. – Ele simplesmente despejou isso em cima de mim, enquanto tentava me manter andando junto a ele.

No momento em que ele acabou de falar eu estanquei e dei uma boa olhada naquele maluco que nem me conhecia e já estava se sentindo no direito à intimidade, ele automaticamente bufou.

- E porque eu faria isso? – Foi tudo o que eu me limitei a perguntar.

- Eu acho, - ele começou meio hesitante – aliás tenho certeza de que você precisa de um pouco de emoção em sua vida, ou pelo menos conhecer umas pessoas novas – afirmou confiante, me puxando para andar novamente – suas expressões demonstram que você é quieta, mas se sente solitária, só porque quer, então uma vez na vida, faça o que você quiser e não se contenha, às vezes as vontades são mais interessante do que o que é convencional a sociedade. E veja bem, não estou falando para você quebrar todas as regras, mas fazer coisas sem noção nenhuma de vez em quando, faz bem a saúde. E me diga logo o seu nome. 

--//--

 - Isabella – respondi quando me recuperei do choque inicial – Meu nome é Isabella!

- Então Bells, – me arrepiei quando ele me chamou por esse apelido, que eu geralmente odeio, mas vindo dele, acho que gostei – me diga quem e aonde precisamos ir procurar.

- Ahm, minha tia e minha prima – rolei os olhos ao lembrar aonde – no show do Agenor.

Edward me olhou com uma das sobrancelhas erguida e começou a rir, e eu o segui, afinal aquilo era ridículo mesmo.

- Agenor? Agenor Boa-Pinta? - perguntou ele quase sem fôlego de tanto rir – Tem certeza que você quer ir procurá-las? Quer dizer, isso é muito sofrimento. 

Eu parei por um momento e olhei pensativa para ele, o que o fez parar também e me encarar de maneira séria, quase como se estivesse tentando desvendar meus pensamentos.

- Quer saber? Não quero ir a procurar ninguém, vamos simplesmente sentar por ai e conversar. – Disse a ele sorrindo.

Ele me olhou surpreso, mas logo começou a sorrir também e me puxou para andarmos, e dessa vez eu fui sem resistência nenhuma. Encontramos um lugar relativamente vazio fora do casarão e começamos a conversar, e incrivelmente eu não me sentia mal, nem com vergonha, contei a ele praticamente tudo sobre a minha “emocionante” vida, e até como eu me sentia mal e todo aquele mimimi que vocês já estão cientes. Quando terminei, ele estava sorrindo e balançando a cabeça negativamente, mas antes que eu perguntasse qualquer coisa ele começou a me contar sobre sua vida.

Descobri que Edward Cullen (sim esse era o nome completo do estranho) tinha 21 anos e era estudante de Administração na NYU, nasceu e cresceu em Dallas, no Texas, mas se mudou pra New York quando foi aceito na faculdade, jurou de pé juntos que preferia Dallas e toda (nas palavras dele) aquela caipirice do Texas e que tudo lá era bem animado, até mais animado que NYC... vai entender.

Resumindo, éramos completamente diferentes, do tipo opostos mesmo, mas eu realmente não estava ligando naquele momento, pois finalmente, eu estava permitindo que alguém que não fosse minha mãe, me conhecesse de verdade.

Após algum tempo eu já estava com dor na barriga de tanto rir da cara dele e dos seus micos nos primeiros dias em NYC, quando percebi que meu celular não parava de vibrar (perceber, eu já tinha percebido antes, só estava ignorando mesmo hihi), mas enfim resolvi olhar, e pasmem, eram avisos de 65 ligações perdidas e 40 mensagens das Loucas do Agê, notei também que já eram 2:30 da manhã, mas não liguei muito. Retornei a ligação e até quem estava à 10m de mim conseguiu ouvir os gritos que minhas amadas malucas deram quando perceberam que era eu, minha intenção era apenas dizer que eu estava bem e estava me divertindo como elas mesmas falaram pra eu fazer, mas elas falavam tanto blábláblá que após uns 10 minutos eu ainda estava no celular com elas, rolei tanto os olhos que achei que ia ficar vesga, mas quando olhei pro caipira de olhos verdes só prestei atenção nas palavras sem som que ele sibilou pra mim, “Vem comigo”, e, por pura inconseqüência ou não, eu simplesmente desliguei aquele telefone, literalmente, e fui até ele.

Saímos da Blanket o mais rápido possível para que evitássemos de encontrar as LAgê, e fomos andando pela Times Square, vimos algumas coisas bizarras – leia-se pessoas – até entrarmos em uma Starbucks qualquer.

--//--


- Considere-se uma pessoa muito especial, ou eu deveria dizer estranha? – ele me olhou confuso – Nem com minhas amigas eu consigo falar tanto tempo assim seguido, quero dizer, após uns 40 minutos eu desisto de falar com elas e coloco um fone de ouvido para ignorá-las, mas veja só, já estamos nisso a horas. – Ele simplesmente sorria (e que sorriso) – Não sei se você está tentando estudar o comportamento de pessoas estranhas, ou se nós apenas nos demos bem.

- Acho que estou estudando sua estranheza mesmo – disse rindo da minha cara – mas também porque você realmente é interessante, e eu devo admitir que fiquei surpreso por você ter se aberto comigo, achei que após um tempo você simplesmente iria cansar, mas você não se conteve, como provavelmente faz com suas amigas.

- Como você consegue me ler tão bem? – Sério mesmo, alguém me explica de onde ele saiu? Como alguém que eu conheci há umas 4 horas me entendia tanto assim?

Ainda sorrindo ele disse que simplesmente entendia e que não era difícil, é obvio que eu não concordava com isso, mas decidi não discutir.

- Bells, – estremeci de novo – faça a primeira coisa que passar pela sua cabeça, sem pensar, só aja!

Fiquei tensa, afinal, obviamente a primeira coisa que eu pensei foi “QUERO TE BEIJAR”. Olhei bem pra ele que estava sentado do meu lado e me perguntei se deveria fazer ou não, mas quase entrei em transe quando ele segurou meu queixo e repetiu: “Sem pensar!”.

Então eu simplesmente o beijei...

OK.

Na verdade foi um selinho com a boca entreaberta, super delícia isso, mas qual é? Vai que ele não quisesse, eu não queria ser humilhada.

Quando abri os olhos ele me olhava com uma sobrancelha arqueada, com um olhar indecifrável e um sorriso bem irônico nos lábios.

- Só isso Swan? Achei que você era uma pessoa mais intensa.

Encarei-o inicialmente séria, mas logo retribui o sorriso com a mesma intensidade de ironia.

- E você acha que sabe muito bem das coisas né Cullen? – perguntei me aproximando dele – Mas quer saber de uma coisa? Você não me conhece tão bem assim. - E dito isso, eu o beijei, mas dessa vez, de verdade.

Confesso que no começo fiquei meio tensa, mas logo me tranqüilizei (ou devo dizer derreti?), e com isso o beijo só se tornou mais profundo, porém ainda calmo. Mas isso foi só no começo porque logo que eu senti sua língua em contato com a minha e parecia que tudo iria explodir. Edward colocou uma de suas mãos em minha cintura e me puxou pra mais perto ( se é que isso ainda era possível) e a outra colocou em meu pescoço para intensificar o beijo, enquanto eu, em minha vasta experiência só queria afundar minhas mãos naquela bagunça acobreada que era o cabelo dele.

Acho que não teríamos parado tão cedo, nem os gritos de “arrumem um quarto” nos atrapalhava, na verdade nós só riamos e nos esforçávamos mais ainda pra deixar aquele beijo memorável, mas vocês sabem como é minha vida... Duas malucas entraram gritando o meu nome na lanchonete e naquele momento eu odiei compartilhar os mesmos genes que elas.

Eu torci muito para que eu estivesse imaginando, mas no momento que eu abri os olhos tudo o que eu pude ver foi, duas loiras com camisetas amarela, rosa e roxo, as cores oficiais do fã clube do Agê.

Antes que as LAgê me vissem ou o Edward falasse qualquer coisa eu dei um selinho nele, dizendo um “muito obrigada” e fui até elas, que quase me deixaram surda de tantos gritos, falando que estavam preocupadas e mimimi... Aham, com aquele cheio de álcool elas deveriam estar bem preocupadas, senta lá né Claudia.

Estava saindo da lanchonete mas dei uma ultima olhada para Edward que estava sentado no mesmo lugar com uma expressão bem relaxada e AQUELE sorriso.

Depois de brigar muito com a dupla Agê, eu as convenci que me deixassem dirigir, afinal eu prezo pela minha vida, ainda mais depois dessa noite nada convencional.

Dirigi para minha casa e fiz um esforço enorme pra colocar as LAgê, que já estavam praticamente desmaiadas, no meu quarto. Tomei um banho, e fui pra sala pensar um pouco na maluquice daquela noite, que já tinha tendência de ser estranha desde o início, mas ficou no mínimo interessante. Após um tempo eu apaguei no sofá mesmo.

--//--


Acordei me sentindo estranhamente calma e feliz, o que era bem anormal pra mim, primeiro porque eu não acordo de bom humor, nunca, e segundo porque era 8hrs da manhã, o que significava que eu havia dormido umas 3 horas no máximo. Fui até o meu quarto ver como as LAgê estavam, mas para minha surpresa não havia ninguém lá, e a cama estava arrumadinha, estranhei e muito isso, desci e fui até a cozinha perguntar a minha mãe, onde elas estavam, a expressão que minha mãe fez foi de como se ela tivesse descoberto que eu era maluca mesmo, e disse que eu apaguei no sofá naquela noite e ninguém havia vindo nos visitar.

Fiquei em choque.

Tipo, em choque mesmo, olhei a garagem pra ver se o carro ainda estava ali, mas eu só encontrei o nada, comecei a ficar em desespero, tentei ligar pra elas inúmeras vezes e nem uma das duas atendia. Comecei a achar que eu era muito perturbada e que tudo aquilo havia sido apenas imaginação.

Resolvi ir pra casa da Ali, (eu não queria ficar pensando na minha possível falta de sanidade) e é obvio que ela prontamente convocou Rose e Ang para uma reunião das meninas. Naquele dia eu finalmente me abri com elas, houve muito choro, alguns gritos histéricos, lições de moral e abraços. A única coisa que eu ocultei foi a experiência da noite passada, afinal, como contar uma coisa que nem eu sabia se havia sido real?

Naquela noite cheguei em casa e simplesmente me joguei no sofá, não queria fazer nada, nem pensar, então peguei o fone de ouvidos e coloquei a música no último volume para que eu nem conseguisse pensar.

Acabei pegando no sono, acho que já era de madrugada quando isso aconteceu e quando despertei, foi somente por causa de meu celular que não parava de vibrar. O número era privado, o que me deixou muito irritada e por um momento pensei em jogar o aparelho na parede e voltar a dormir, mas resolvi ler a mensagem de uma vez por todas. Devo ressaltar que não acreditei no que li...

“Tenho certeza absoluta que você já me chamou de infeliz e quase jogou o celular na parede, mas como ainda resta um pouco de racionalidade nessa sua cabeça perturbada ai você resolveu ler :) Você é bem desligada, saiu sem me dar seu número, mas eu tenho meus contatos  e até que foi fácil te achar... apesar de ter levado um dia inteiro. Acho que a gente deveria se encontrar de novo, pode até ser num show da Forever Alone, sentindo as músicas deles... ou apenas sentindo aquela intensidade que há entre nós. Amanhã eu te ligo e a gente marca, você sabe que eu não aceito “não” como resposta e que você está louca pra me ver de novo, então não fique irritada.

Edward”



E agora, aqui estou eu, tentando entender se eu fiquei louca mesmo, ou se eu só sou uma tapada que está estranhando essa fase nova, que eu denominei “aproveitando a vida com estranhos de olhos lindos, sorriso sexy e cabelo acobreado”, acho que não estou louca, afinal ainda estou olhando pra mensagem. Mas de uma coisa eu tenho certeza, realidade ou ilusão meus conceitos foram virados de cabeça para baixo por um caipira que finalmente me fez seguir meus instintos, e essa mudança, eu tenho certeza que não é ilusão.











Ou é?


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Notas finais do capítulo

* PT = Perdido Total



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