Amor, Reflexo de Ação escrita por pehdrah
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— Gostou mesmo do show? – Ela me abordou.
— Sim gostei. Músicas muito bonitas, e sua voz estava incrível.
— Todo mundo aplaudiu. Como era muito diferente achei que não ia ter uma boa receptividade. A maioria das músicas foram compostas por mim e pelo Gi.
— Ser diferente não significa ser ruim.
— Mas é normal o público não aceitar.
— Então considere-se uma ótima cantora e compositora.
— Ah! Eu devo isso tudo a um amigo meu.
— Mas sem sua influência provavelmente não seriam o que são agora.
Ela recitou algo para si.
— O que disse?
— É... – Ela estava extremamente hesitante.
— O que foi?
— É que...
Gesticulei para que continuasse. Ela então gentilmente abaixou um pouco a máscara e eu pude ver seus olhos. Tenho certeza de que ja os vi antes. Ela os levantou novamente e perguntou:
— Compreende agora?
— Peraí... Você é... – A imagem dos olhos foi se moldando ao rosto e aos poucos foi formando alguém. – Você...
— Shhhhh. Mais baixo.
— Opa. – Reduzi meu volume. – Perdão. Mas... Kamai!?
— Eu mesma, Jolly!
Fechei minha boca com as mãos devido a surpresa.
— Surpreso em me ver?
— Mas é claro Kamai. Eu não sabia que você vinha cantar aqui.
— Eu ja tinha sido chamada faz duas semanas. Eu ia te chamar pra cá esse final de semana.
— Mas então... Então a Hannah te mostrou meu caderno inteirinho.
— Na verdade não. Quando a Hannah deixou o caderno sobre a mesa dela, eu peguei. Quando você estava distraído e ela não estava mais na sala. Quando você saiu, eu li a última página brevemente, e simplesmente gravei de tão bonita e estranha que era.
— Tá brincando. Que você gravou justo a poesia que menos tem de poesia.
— Jolly. Você poeta restringindo a poesia! Ela está ótima. Eu só tomei a liberdade de acrescentar uns versos. Eu tinha uma linha melódica, mas eu não tinha uma letra. Até que eu li aquilo.
— Nossa. Que coincidência. O Gibraltar daqui a pouco vai voltar.
— Jolly, ele tá na mesa lá atrás. Eu que chutei ele pra ele ir ao banheiro. Queria falar com você em particular.
— Diga, sou todo ouvidos, especialmente agora.
— Continuando o que eu estava falando. Bem, muitos dos trechos foi graças a você também. Sempre que você mostrava o seu projeto. Eu dava uma olhada e ficava com a trilha sonora na cabeça. Que eu sabia que era toda feita por você.
A Kamai tava começando a me assustar, ela sabia coisa demais a meu respeito. Prestava atenção demais em mim. Em cada passo.
— E a propósito, eu não gosto da Hannah. Ela fica te controlando. Te levando para um lado e para o outro. Eu detesto ver quando ela te pede pra fazer um serviço com aquela cara de carente.
— Ah, Kamai, eu e a Hannah somos da mesma turma da faculdade, já nos conhecemos muito bem, eu de vez em quando faço umas caras de carente pra convencer a Hannah também.
— Que por sinal eu adorava. Você devia fazê-la mais vezes.
— Kamai, fala sério, desde quando você passou a reparar em mim assim?
— Há algum tempo quando o chefe disse que eu iria programar. Antigamente eu só fazia o que o Chris me pedia. Quando ele disse que me queria programando também eu passei a ver melhor os programadores da empresa.
— Mas, você canta tão bem, você não precisava estar na empresa.
— Pelo fato de eu gostar de cantar, eu ficava atraída pelas melodias que você fazia pro seu projeto. E no dia seguinte me pegava cantando-as. Até o dia que ele me disse que eu ia treinar com você. Aos poucos eu fui te conhecendo melhor, e acho que deu nisso. – Ela abaixou a cabeça. Não sei com que intenção, mas eu fiz questão de levantá-la.
— Não fique assim. Acho que você conseguiu o que você tanto queria.
— Jolly eu acho que eu vou pra casa, eu tô quase chorando, e eu não quero chorar.
— Kamai, eu te levo até em casa.
Saí, sem o consentimento da Hannah. Junto com a Kamai.
— Você vai pra casa como, Kamai?
— Ah eu vou andando, por sorte a minha casa é aqui perto. Como quase tudo é nesta região. É tudo uma coisa pertinho da outra.
— Verdade. Se bobear minha casa é perto da sua.
— Deve ser sim.
Fizemos silêncio até chegarmos a praça, que era bem iluminada.
— Podemos fazer uma parada rápida antes, Kamai?
— Aonde?
— Ali. Na praça.
— Sim, tudo bem.
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