Amor, Reflexo de Ação escrita por pehdrah


Capítulo 6
Coincidência.




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— Chegamos. – Paramos em frente a um bar, com música ao vivo.

— Oras mas era no Taurino, Hannah? Podia ter me avisado. Seria bem mais prático.

— Negativo, já falei porque não ia te avisar onde era. Vamos entrando pra arrumar uma mesa logo.

Entramos num ambiente extremamente requintado. Apesar da proposta ser um ponto para as pessoas beberem e conversaram. O local era bem construído, parecendo quase um restaurante, mas era bem menor que um restaurante, eles não poderiam fazer uma cozinha grande como a de um restaurante com o pequeno espaço do edifício. As cadeiras eram acolchoadas, as mesas bem limpas feitas de uma madeira de qualidade, e no fundo havia um palco, pois tinha música ao vivo todo o final de semana ali no Taurino. Era realmente um ambiente bem agradável.

Nos sentamos mais para a direita, não muito distante do palco. Pedimos uma rodada de chopp, e começamos a trocar conversa.

— Sabe quem vai tocar hoje, Hannah?

— Não, não sei. Espero que seja bom.

— A Hannah tem um bom gosto musical – Disse Roberto – Acredito que ela saiba o que esteja fazendo.

— A propósito, perdão pela pergunta, mas você me trouxe aqui pra segurar vela, Hannah?

— Claro que sim... Opa! Que não. Hehehe – Ela disse rindo consigo mesma. Só acho que você precisa sair um pouco de casa.

— Admiro muito a sua preocupação por mim Hannah, mas acho que o Roberto ja deve lhe preocupar o suficiente, não acha?

— No nosso caso, sou eu quem cuido da Hannah. Acho que por se preocupar tanto ela precise de alguém que cuide dela, não acha? – Alguém subiu no palco então para anunciar alguma coisa.

— “Boa noite, senhoras e senhores. Venho anunciar a presença de uma nova banda no Taurino. Hoje prestigiaremos a estréia de “Flower Sound”. Um dueto com uma proposta de trazer aos ouvidos mais simples, um significado mais simples da bela harmonia das músicas complexas. Com vocês então, sem mais demoras, “Flower Sound”.

Uma menina usando uma máscara cobrindo seus olhos, e um vestido chinês, fez uma mesura ao público, agradeceu aos primeiros aplausos, ao público. Atrás havia um violonista apenas, cumprindo um papel importante, pois ele faria toda a harmonia das musicas sozinho. A menina começou a cantar com uma voz extremamente suave. Realmente, não sei se foi efeito da bebida ou foram meus ouvidos, mas o dueto soava tão suave como uma flor.

— Então como eu ia dizendo. A Hannah precisa de alguém pra relaxar, não acha.

— Concordo plenamente, Roberto. Eu queria poder fazer mais pela Hannah.

— Mas faz! Todos aqueles algoritmos, se não fosse por você eu estaria perdida!

— Duvido muito, Hannah...

Não sei se eu estava enganado, mas parecia que eu conhecia algo a mais naquela banda, eu nunca fui muito de beber, então a princípio coloquei a culpa na bebida e dei uma parada antes da 3ª rodada de chopp. A Hannah e o Roberto estavam mais acostumados a isso.

— Ja parando na terceira bebida, camarada? – Perguntou Roberto.

— Pois é, acho que ja estou começando a perder parte dos reflexos. - Respondi

— Liga não, Roberto, o Jolly não ta acostumado. – Hannah concluiu.

Algo me parecia realmente similar com alguma outra coisa. Mas o que? O que seria? Até que meus pensamentos foram cortados por um anúncio da menina.

— “Obrigado a todos. Muito obrigado” – Ela disse fazendo mesuras bem fundas. – “Mas isso não seria possível se eu não estivesse sendo acompanhada pelo Gibraltar no violão. Por favor, uma salva de palmas para o Gibraltar.” – O público aplaudiu o violonista calorosamente.

— “Eu também quero dizer que eu não vou tirar essa máscara tão cedo. Talvez eu não a tire até eu me deitar.” – Disse ela rindo junto com o público – “Mas a máscara simboliza a proposta das músicas que eu compus. É claro, o Gibraltar também trouxe algumas composições deles, mas as minhas estão centradas na temática de que, a essência das coisas se reflete aqui no mundo, mas ela está escondida atrás de uma máscara.”

— Então tira a máscara pra gente conhecer a essência, oras! – Alguém do públicou gritou em resposta.

— “Pedrão gente, mas os reflexos, nesse caso as músicas, são as pistas pra conhecer a essência. Hoje a essência não se revela diretamente. Só no segundo CD. Hihihi” – Disse ela rindo com todos. – “Agora sem mais demoras, vamos continuar o show.”

Eu realmente não sei quanto ao público, mas ela realmente conseguiu me cativar. Cada nota que ela emitia fazia soar melhor aos meus ouvidos. Era realmente incrível. E como se eu já tivesse escutado tudo, ja tivesse sentido tudo o que ela estava cantando naquele momento.

 

 

 

O que você vê

É um reflexo do que não se pode  ver.

É um reflexo de parte de você.

É uma projeção do que é viver.

Além do que se pode ter.

 

Sinta essa projeção em si

Até que em um momento você se diz

Que refletir a projeção lhe faz feliz

 

Mas quando sua reflexão

Não repercurte em nenhuma ação

Melhor avaliar a sua rotação

 

O que se pode ver

Não chega nem  a um décimo do mundo

Não passa nem do raso para o fundo

É mermanete uma bajulação.

 

É uma mistura em outros planos

Mostrada a nós em apenas três cantos

Ao nossos pequenos olhos humanos

 

E pouco a pouco tateando as dimensões

Temos de descobrir as essências

Do que nós vemos e das imaginações

Além das imensas coincidências

 

É muto mais que uma simples curva

A descontinuidade que oscila nessa linha

É a compreensão do pouco que nós vemos

É o quanto andamos por essa trilha

 

Então não se preocupe em achar a essência

Apesar de só conseguirmos ver a máscara

Deixe que os reflexos te levem até ela

Desconhecer não é uma imensa lástima

Mas desconsiderar a essência é insolência.”

 

 

Eu sabia que havia algo que eu conhecia nessa música, parte dessa canção estava escrito na última página do meu caderno! Quem quer que fosse o violonista, ou a cantora, teria tocado no meu caderno. É coincidência demais para um local tão pequeno, e há momentos em que é impossível desconfiar das coincidências.


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