Set a Goal (our Way) ! escrita por Agome_Higurashi


Capítulo 7
Veredict!


Notas iniciais do capítulo

Fui impulsionada a continuar escrevedo, arigatou The Living Wife o/ Eu dedicaria esse capítulo a você,se ele tivesse ficado a altura de uma dedicatória 'e.e



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Ela olhou para Ryu tentando passar uma postura séria, mas qualquer perceberia o sorrisinho que ela tentava, inutilmente, camuflar.

–O que aconteceu dessa vez então? – ela perguntou, como se fosse uma pergunta rotineira.

–Ele foi injusto em suas decisões.

–Que decisões?

–De culpar a Monami por algo que ela não fez por quer.

Meu coração deu um salto quando ele pronunciou o meu nome. Não estava acostumada com ele dizendo-o, muito menos sem sufixo algum.A diretora parecia ter percebido a minha reação e notei uma curiosidade brotar em seus olhos.

–Hum... -ela disse, voltando os olhos para mim – Então você deve ser a Monami. Vejo que está sem o uniforme...Tem alguma relação com o problema,Ryu?

–Sim – ele respondeu friamente.

–E o rapaz ao lado dela? – ela desviou o olhar para o Furederich, tendo seus olhos logo adquirido um olhar penetrante, quase tão perfurador quanto o do sensei. Mas parecia ter algo de diferente...

–Ajudei-o a defendê-la - se auto-justificou o meu colega de cabelos cor de caramelo.

A diretora sorriu e voltando novamente ao semblante brincalhão, caçoou da situação.

–Pelo visto você está cheio de heróis, Monami.

Eu corei novamente. Logo que ela percebeu como eu me encontrava desconcertada, uma risada de deboche foi abafada pelas suas mão. E com uma voz como de quem continuava achando graça da situação, começou a ditar o que iria acontecer conosco.

–Bem,o Ryu já sabe o que vai acontecer, mas vocês parecem ser novos nisso. Pelo visto, teve muitas testemunhas durante o acontecido e como precisamos continuar mantendo a ordem nesse colégio, vou ter que aplicar a primeira detenção do ano - senti um aperto enorme no meu coração com as últimas palavras, já imaginando a expressão de desapontamento da minha mãe - Vou explicar como isso funciona – ela disse se inclinando sobre a mesa, apoiando os dois cotovelos nela e pousando seu delicado queixo sobre as mão entrecruzadas – Vocês terão que comparecer após as aulas e ficar até o final do dia fazendo alguma atividade extra com o professor responsável. Dependendo do comportamento apresentado durante esse período,vocês podem acrescentar mais três dias com essa mesma rotina. E é claro, seus pais saberão que vocês estão devidamente no colégio.

O chão começou a girar em volta de mim, eu não estava acreditando no que eu tinha acabado de escutar.

Além de suportar a decepção da minha mãe, eu teria que passar o resto do meu dia ao lado daquele monstro e ainda por cima passar por essa situação durante mais três dias (já que eu sabia que ele iria inventar algo para eu continuar nessa tortura)!

Olhei ao meu redor e vi que tanto Ryu quanto Furederich também não gostaram nadinha disso.

–Bom - continuou a diretora, como se nem ligasse para o nosso tormento pessoal – eu preciso saber com detalhes o que aconteceu, para que a situação não se repita. Como não tolero mentiras, vou interrogar um por um enquanto os outros voltam para sala de aula. Esperem serem chamados para retornarem até a minha sala. Vou começar com alguém que já é a muito o meu conhecido – e como se estivesse escolhendo uma alvo para atirar, ela apontou para Ryu – Não é mesmo?

Saí da sala com Furederich logo atrás de mim. Antes dele fechar a porta da sala, vi um relutante Ryu sentar na cadeira que ficava de frente para a mesa daquela mulher cheia de segredos, com uma expressão fechada, como se já soubesse o que viria pela frente.

Durante o caminho de volta, não trocamos nenhuma palavra. Assim que chegamos á frente da porta da sala, ele deu um passo adiante e a puxou para o lado, entrando logo em seguida. Entrei depois dele e cabisbaixa fechei a porta. Como esperado, as pessoas voltaram-se para nós. Vi, dentre tantos olhares, olhos cheios de curiosidade, pena e até raiva.

Por um momento a sala ficou silenciosa. Em seguida alguém fez uma pergunta:

–Cadê o Ryu?

Meu coração se fechou e eu prendi a respiração; não sei o porquê, mas eu sentia que ele estava em maus lençóis.

–Ele ainda está na diretoria – respondeu Furederich.

Consegui soltar a respiração depois que ele respondeu á pessoa que tinha perguntado, poupando-me de ter que responder. Mas o aperto não havia passado.

Gradualmente os cochichos recomeçaram

Eu sentei no meu lugar, esperando o professor seguinte aparecer. Queria que esse dia definitivamente acabasse logo, para poder dormir e ver se esquecia todo esse pesadelo.

O professor que se seguiu era Murakawa-sensei. Ele era o meu professor preferido do ano passado, meu e do resto da turma. Tanto que quando ele entrou foi recebido com muito barulho. Ele sorriu diante de tanta comoção por parte do seu retorno e explicou para os alunos que não o conheciam que já tinha sido o nosso professor responsável ano passado. Tendo em seguida alguém gritado:

–Sensei, não quer voltar a tomar conta da gente?

Uma onda de exclamação de concordância tomou a sala, todo mundo tendo a mesma opinião, inclusive eu.

Ele sorriu, o que deu uma aparência jovial a ele, dizendo:

–Eu acho que eu ainda preciso de mais tempo para me recuperar do ano passado.

Todos riram do comentário feito, afinal, a sala tinha a fama de ser o terror dos professores.

O professor já ia começar a passar matéria, quando alguém bateu na porta.

Ele foi ver quem era e voltou um pouco pálido.

–Bem, parece que vocês terão mais um colega – ele limpou a garganta antes de continuar – Ele aparentemente errou de sala... – um onda de risadas eclodiu da sala, fazendo o professor ter que parar para acalmar os ânimos daquela turma tão agitada. Depois que conseguiu, prosseguiu com a apresentação – De qualquer forma, espero que vocês se deem bem com ele.

Então aquele garoto entrou, tomando toda a vida que antes a sala possuía. As pessoas antes com sorrisinhos debochados, querendo saber quem era o lesado que entrou na sala errada, ficaram com expressões de puro terror. Ele se arrastou até o quadro, fazendo as pessoas da primeira fileira prenderem a respiração. Pegou em seguida um giz e escreveu o seu nome, virando-se depois e dizendo com a voz mais sombria e melancólica que se podia esperar vindo dele:

–Meu nome é Ryugami Sousuke, *Yoroshiku Onegai Shimasu – e pendeu o seu corpo para frente. O que era para ser uma forma de cumprimento, mais parecia um ataque na nossa direção, tanto que ao fazer isso as pessoas automaticamente se encolheram.

–Então Ryugami-kun, vamos ver aonde você irá sentar! – exclamou o professor logo em seguida, tentando desfazer aquela aura de tensão com um tom alegre, mas ele falhou em sua tentativa.

A sala automaticamente ficou em pânico, vendo se havia algum lugar próximo que poderia favorecer aquela criatura de sentar perto deles. Então eu gelei. Eu não queria que o pensamento que tinha passado pela minha cabeça se concretizasse, mas o professor confirmou o que eu pensei:

–Encontrei um lugar! Você pode sentar atrás da Monami-san, tem um lugar sobrando ali.

É, pelo visto havia conseguido mais uma pessoa estranha perto de mim. Nem deveria estar mais surpresa com coisas assim. Mas eu estava!


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Notas finais do capítulo

*Yoroshiku Onegai Shimasu - prazer em conhecê-lo(s)