Set a Goal (our Way) ! escrita por Agome_Higurashi


Capítulo 13
To say or not to say?


Notas iniciais do capítulo

*Aparece sem alarde e de cabeça baixa* Nem sei o que dizer, essa fic tá tão cheia de poeira ç.ç Mas eu amo muito ela, viu? *falando com as paredes*
Acho que não há muito o que falar, peço muitas desculpas mesmo e aqui está mais um capítulo depois de...já perdi a conta. Hontoni gomenasai T-T



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*Tadaima— disse ainda irritada pelo o ocorrido com o Kei. Quem ele pensava que era para falar daquele jeito comigo?! Justo quando eu estava quase esquecendo do que havia acontecido no começo do dia!

*Okaeri!— respondeu uma voz empolgada que eu reconheci na hora, mas fazia tempo que não escutava!

*Onii-chan!— exclamei, indo em direção à voz.

—Ora, ora, parece que a minha *imouto cresceu um pouquinho – e fui acolhida por uma face gentil e sorridente.

Depois de tudo o que ocorreu durante o dia, ter uma boa notícia realmente me alegrou. Talvez embalada pelo momento, fui correndo em direção ao meu irmão.

—Onii-chan! – meus olhos já lacrimejavam, abraçei ele forte.

—Ok,ok – ele riu, afagando a minha cabeça – Já entendi que você sentiu a minha falta – completou me dando aquele caloroso sorriso.

—Você demorou demais! – reclamei num muxoxo, encarando seus olhos.

—Não era essa reação que eu esperava, mas fico feliz que ainda esteja apegada a mim – e me deu um beijinho na testa.

Afrouxando o meu abraço, lancei um olhar questionador á afirmação do meu irmão, não entendendo direito. Afinal, ele sempre foi o meu maninho querido e fofo, como poderia me desapegar dele? Sem contar que ele era meu porto seguro!

—Não me olhe com esses olhos confusos – ele disse com uma voz transparecendo um pouco de tristeza – Sei que não será a só a minha irmãzinha para o resto da vida.

Lembrando de tudo o que ocorreu hoje, acabei corando.

O que aconteceu não significou nada! Nada mudou. Na realidade mudou, mas... não desse jeito! Eu só estou fazendo novas amizades e o Masaomi... ele é um idiota e isso explica tudo! Então não tenho nada do que sentir vergonha, certo?!

—Ei, Terra para Monami! – uma voz me puxou para a realidade de novo.

—Hã? – perguntei perdida.

—Mesmo que esteja apegada a mim, parece que sua mente já está em outra pessoa – ele suspirou em tom de brincadeira, porém me afetando.

—Não é nada disso! – tentei concertar, gesticulando freneticamente – É que ocorreram tantas coisas! Minha mente está em colapso!

—Ah, sim. Parece que você está em apuras lá na escola – ele comentou, voltando para a pia, onde se encontravam legumes para serem lavados. Foi quando notei o avental de ursinho que ele estava usando. Não consegui deixar de sorrir.

—Você já sabe? – perguntei surpresa, esquecendo do avental – O papai deve estar muito bravo - suspirei

—Eu sei, porque fui eu que atendi o telefone – sua voz continuou calma e inalterada, com suas mãos começando a descascar os legumes. Eu não sabia em que eu prestava atenção, então quando a ficha caiu, só consegui dizer:

—O QUÊ?!

—Não sei do que se trata, mas preferi esperar você voltar para te perguntar pessoalmente antes de contar aos nossos pais.

—Eu.... hã...obrigada, eu acho – fiquei perplexa – Mas como eles acreditaram que você era meu pai?

—Foi só eu dizer que era ele. É claro, para ser mais convincente, fiz essa voz – e falando uma frase aleatória meu irmão imitou nosso pai com uma voz grave e engraçada, que o deixaria vermelho como um pimentão se ouvisse. Com esses pensamentos, não pude deixar de rir —mas também fiquei surpreso por eles terem acreditado tão fácil – completou meu irmão.

—Mas desde quando você chegou? – perguntei, jogando-me em uma cadeira.

—Um pouco depois de você ir para escola – a essa altura ele já colocava para cozinhar os vegetais – Pensei que chegaria a tempo para te dar um oi antes de você ir para escola, mas você saiu mais cedo hoje.

— É – disse em um muxoxo, com um filme trágico e triste rodando em minha cabeça, sendo eu, infelizmente, a estrela principal.

—Então, o que aprontou dessa vez?

Não pude deixar de rir com essa pergunta. Definitivamente não tinha como levá-lo a sério com essa roupa, cozinhando e ainda questionando coisas com esse tom de voz. Parecia que eu estava falando com a minha mãe!

— Por que está rindo? – ele perguntou aturdido, olhando-me de forma perdida.

—É que você está muito engraçadinho com esse avental! – eu não me contive.

—Não é como se tivesse muito aventais nessa casa! – ele disse vermelho – Os outros são todos de coraçãozinho e detalhes mais constrangedores ainda!

—Claro, claro – falei já não escondendo mais o riso – Você ficou muito fofo assim – sorri.

—Obrigado – disse constrangido, voltando ao trabalho no fogão.

Enquanto ele terminava o que estava fazendo, eu o observava, mal acreditando que meu irmão se encontrava na minha frente. Parecia um sonho dentro de um pesadelo. Ficamos assim por um bom tempo, até ele colocar a tampa na panela, secar as mãos e vir em minha direção.

—Então, vai me dar explicações agora? – e levantou uma sobrancelha.

—Você não vai deixar passar, não é? – suspirei, cruzando os braços sobre a mesa e descansando minha cabeça neles.

—Não mesmo. Quero saber o motivo que levou justo a minha irmãzinha a se meter em problemas, ainda mais no primeiro dia de aula – ele puxou uma cadeira e se sentou.

—A vida é injusta e aquela escola é uma máfia de adultos do mal e cruéis – fiz bico.

—Adultos do mal e cruéis? O Uchida realmente ficaria triste de ouvir isso de você – sorriu provocativo.

—Não! – tentei concertar rapidamente. Parecia que a mania do meu irmão de distorcer tudo nunca sumia! – Murakawa-sensei não se inclui nessa lista! Na realidade, a culpa é toda do novo professor responsável e daquela diretora estranha!

—Hum....então a pessoa que ligou era a diretora – ele pensou com seus botões – E que professor responsável? Uchida não é mais responsável pela turma de vocês?

—Não – respondi num muxoxo – Antes fosse, porque assim não precisaria encarar a crueldade em pessoa.

—O que ele fez para você? – a voz do meu irmão estava calma, mas era notável o perigo que escondia por trás. Se ele soubesse o que havia acontecido, o que faria? Não sei se realmente gostaria de saber, já que nas poucas vezes que ele ficava sério, ele realmente mostrava seu lado assustador!

—Ahn...er...aconteceram só alguns imprevistos da vida! – forcei um sorriso, como se estivesse tudo bem – Parece que hoje não foi o meu dia sorte – ri nervosa.

—E qual foi o infortúnio? – pressionou de leve.

Eu tinha que dar um jeito para sair dessa situação e raciocinar direito...”Já sei!”, pensei.

—Ah, parece que o jantar ainda não está pronto – e levantando da cadeira, fiz minha deixa – Acho melhor usar este tempo para tomar um banho!

—Iremos continuar nossa conversa depois – ele afirmou, inflexível.

—Claro! – tentei parecer animada ao passar pela porta, mas tive vontade de desmoronar após ficar longe do campo de visão do meu irmão.

Suspirando, fui à lavanderia e coloquei algumas roupas sujas e o casaco de Furederich para lavar, pois eu tinha que entregá-lo amanhã em prefeito estado! Deixei a minha saia em um canto, pensaria no chiclete depois. Em seguida, subi as escadas para pegar roupas limpas e minha toalha, dirigindo-me ao banheiro para tomar meu merecido e salvador banho.

Parecia que meu irmão ainda não tinha tomado banho, ou o tinha feito mais cedo, porque precisei encher a banheira enquanto me ensaboava no banquinho, sentada. Após jogar a água contida num baldinho de madeira no meu corpo para retirar o sabão, desliguei a torneira e entrei na banheira, aconchegando-me com a água morna e reconfortante.

—Ah! – falei comigo mesma – Está tão bom que não me surpreenderia se acabasse dormindo aqui

Ao perceber o que tinha acabado de dizer, tentei concertar.

—Quero dizer, não é hora para isso, mas está muito bom!

Percebendo como eu estava me deixando levar, arrumei a minha postura, mantendo as minhas costas mais eretas e joguei água no meu rosto. Definitivamente não era hora para devaneios! Eu sabia que o meu irmão estaria me esperando lá embaixo, com as perguntas na ponta da língua. O que eu faria?! Eu queria contar a verdade, mas não sabia se era conveniente ou não. É claro que o pensamento dele indo tomar minhas dores e tirando satisfação com aqueles dois me agradava, porém, qual seriam as consequências? E se depois eles agissem de maneira mais cruel ainda comigo ? Será que eu teria que pedir a ajuda do meu irmão sempre? Ele não iria ficar aqui por muito tempo, logo eu estaria sozinha...

—AHHHHHHHH – exclamei frustrada – Não encontro uma boa solução! – e soquei a água, que logo ocupou o buraco que eu tinha feito quando retirei meu braço.

Após um minuto de silêncio total, suspirei:

—Parece que vou ter que esconder isso dele.

Olhei para o teto, procurando mais respostas. “O que fazer agora?”, era o que eu estava pensando. Primeiro teria que enfrentar o meu irmão, para depois pensar nos outros problemas. Como meu irmão era muito sagaz, era óbvio que ele perceberia se eu mentisse, por isso era melhor escolher as partes da história original para contar. Achei conveniente contar a tragédia do coffee milk, a situação da cerimônia de abertura e o castigo, evitando o máximo de detalhes possíveis.

Ao terminar os últimos arranjos, repassando muitas vezes o que contaria, decidi sair da minha confortável banheira com meu dedos já enrugados.

Abracei a toalha felpuda com cheiro de amaciante e escondi meu rosto nela por uns instantes. Após de me secar, tentei vestir-me rapidamente com minhas roupas casuais “de ficar em casa”: blusa gigante mais shorts desbotado.

Depois de descer, passei na lavanderia e retirei as roupas que já tinham terminado de lavar. Verifiquei o meu casaco, felizmente a mancha tendo sumido. Respirei aliviada, estendendo as roupas no varal e torci para que secassem até amanhã. E após finalizar a ação, com um último suspiro, fui em direção à cozinha para o que me aguardava (além da deliciosa comida).


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Notas finais do capítulo

*Tadaima = "cheguei" ("Estou em casa!)
*Okaeri = "bem vindo de volta"
*Onii-chan = irmão mais velho
*Imouto = irmã mais nova



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