Lumpus e Rapus escrita por Neko D Lully


Capítulo 15
O resgate.


Notas iniciais do capítulo

E esse é o penultimo cap. A parte da luta final que tdos amam e que eu achei que ficou um pouco fraquinho, mas... Espero que aproveitem!!!



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LUMPUS E RAPUS

O resgate

MAKA POV.

Olhei em volta e vi toda aquela multidão. A cidade inteira estava ali, me observando com surpresa.

Pequei a chave que Ashura havia jogado no chão antes que a porta atrás de mim se fechasse e tirei a molesta coleira. Guardei a chave já que sabia que iria precisar dela depois.

Ashura havia me jogado em uma espécie de coliseu. Era uma construção de pedra arredondada, com paredes altar ate chegar as arquibancadas onde haviam mais ou menos umas três mil pessoas ou mais, todas me mirando surpreendidas e admiradas.

Mirei a todos com determinação ate que meus olhos param em uma pessoa familiar. Kim estava sentada junto a Jaqueline e os pais de ambas. As duas me miravam surpreendidas e impressionadas. Que ironia.

Continuei olhado para a multidão ate parar novamente, só que dessa vez em meus pais adotivos que, ao contrario dos outros, tinham miradas preocupadas e cheias de dor.

- Senhoras e senhoras! – disse Ashura em uma cabine acima de mim. Levantei a cabeça só para mirá-lo com puro ódio. O que esse cara pretendia? – Eu reuni vocês aqui hoje para presenciar o espetáculo do século! Essa criança que vocês vêm no centro desse coliseu, como vocês mesmo pode ver, não é uma criança normal. Ela é na verdade uma criatura criada na floresta que tem a capacidade de se transformar em raposa.

Todos no coliseu se inquietaram. Ashura olhou para mim e sorriu. Já sabia o que pretendia. Queria revelar nossa identidade para todos da cidade, e estava me usando para fazer isso.

- Se acalmem, por favor. – falou Ashura fazendo todos se aquietarem – Sei que é uma coisa surpreendente e que devíamos ter avisado sobre isso, mas é algo que já temos sobre completo controle. Essas criaturas estão vivendo nos arredores da cidade, mas já começamos a capturar algumas e seu numero esta diminuindo rapidamente. Sua segurança é garantida.

Muitos suspiraram aliviados enquanto outros prestavam ainda mais atenção em Ashura. Enquanto a mim. A única coisa que podia fazer era serrar os punhos com força e torcer para que isso acabace logo.

- Hoje, decidimos revelar a vocês o que vem nos espreitando a muito tempo e, por nossos esforços, não tem feito nenhum dano ainda em nossa sociedade. – voltou a falar Ashura. – Vamos oferecer a vocês o espetáculo de ver como essas criaturas são perigosas e ao mesmo tempo formidáveis. – ele voltou a me mirar com um sorriso ainda maior. – Muitos de vocês já devem conhecer essa pequena garota que esta no centro de batalha. Maka. – me chamou. – Por que não mostra para nós o que realmente você é?

- Por que você não mostra o que realmente é? – perguntei desafiante. – Você é igual a muitos dos que você perseguiu e prendeu. Então por que não mostra que você é igual a minha e sua espécie?

- Não sou igual a sua espécie! – gritou com fúria, mas logo se recuperou e voltou a ter aquele sorriso malévolo no rosto. – E se não vai mostrar o que é por bem vai mostrar por mal. Podem soltar!

Ao gritar isso uma das portas que tinha na área onde estava do coliseu se abriu revelando uma garota com o cabelo preto, olhos azuis e pele morena com orelhas e cauda de raposa.

Poderia considerá-la uma Rapus qualquer se em seus olhos não tivessem esse brilho de loucura e desejo de sangue.

Ela me mirou e rosnou para mim, mostrando suas presas afiadas e brilhantes. Para logo depois se transformar em uma raposa negra como a noite, com a ponta da cauda cinza.

- Se acha que eu vou lutar contra ela está totalmente enganado! – falei para Ashura me colocando em uma posição defensiva.

- Você não tem escolha. – rebateu Ashura. – Ou você luta ou você morre. A escolha é toda sua.

A raposa negra se lançou contra mim e eu apenas desviei ouvindo os gritos de varias pessoas dentro do coliseu.

Preparei-me de novo para o próximo ataque, mas o que vinha agora eu não esperava. A cauda da raposa a minha frente começou a balança e, a cada movimento, pequenas chamas começavam a aparecer. Ate que a cauda ficou totalmente em chamas.

Em um pequeno movimento com a cauda ela lançou uma bola de fogo em mim, a qual eu desviei com um pouco de dificuldade.

A raposa continuou a atacar com as bolas de fogo e cada vez era mais difícil para eu escapar. Foi só quando eu havia acabado de desviar de uma que outra já vinha em minha direção eu fiz o que não queria fazer desde o inicio.

Controlei a bola de fogo com meu poder e a mandei de volta para a raposa negra, que desviou com facilidade.

- Esta bem Ashura. – falei meio cansada. – Se quer tanto que eu use meus poderes eu vou usar.

Nesse momento me transformei em raposa. Fiquei frente a frente com a outra e comecei a grunhir, mostrando minhas presas. Ela fez o mesmo e logo saltou em mim. Eu saltei para o lado para logo depois voltar a saltar, só que dessa vez na direção da raposa negra.

Pulei em suas costas e mordi seu ombro para que assim não pudesse andar direito. Ela soltou um guincho de dor e eu saltei para trás.

A raposa negra cambaleou para se virar e ficar de frente para mim. Seu ombro estava sangrando a montes e eu ainda podia sentir o gosto metálico dele em minha boca. Ela ladrou para mim e pulou em minha direção.

Eu apenas me esquivei para o lado para logo depois empurrar a raposa negra com força, fazendo com que batesse na parede do coliseu.

Ela cambaleou um pouco para logo depois cair no chão inconsciente e voltando a sua forma humana com apenas a cauda e as orelhas ficando.

Dois guardas apareceram de uma das portas e foram ate a garota. Colocaram a cólera nela e levá-la para dentro.

Voltei a minha forma humana e olhei para Ashura com raiva.

- Feliz? – perguntei erguendo os braços para o lado. – Fiz o que queria. Mostrei o que realmente sou. Quem é contra? Sou assim e pronto.

O coliseu todo estava calado. Ninguém ousava dizer nem sequer uma palavra.

- Se alguém nesse coliseu idiota tem algum problema é só falar. Já aturei muita coisa para não suportar uma simples critica. – desabafava tudo o que estava segurando. Me haviam obrigado a lutar e ainda queriam mais? – Se esse showzinho idiota é divertido pra vocês, quer dizer que são os maiores covardes e sem coração que já existiram. Não somos uma ameaça e muito menos aberrações. Somos o que somos. E esse tempo todo vivíamos perto de vocês sem causar problemas, então por que agora estão fazendo isso?

Ninguém me respondeu. Muito apenas abaixaram a cabeça em sinal de arrependimento, mas eu não acreditava. Já não acreditava em mais ninguém naquele coliseu a não ser meus pais adotivos.

- E quem se importa. – falou Ashura chamando a atenção de todos. – Todos aqui apoiaram a idéia de ter uma cidade segura. Mesmo que para isso danificassem outras pessoas. São humanos Maka. O que você esperava.

Olhei em volta vendo, vendo cada pessoa que estava naquele lugar, e pude sentir um tremendo aperto.

- É. Eles são humanos. – falei com um tom de voz mais baixo. – Mas não significa que tenham de ser sem coração. Acredito que eles sintam a mesma coisa que eu senti aqui agora quando brigam com alguém que gostam. – falei encarando Ashura. – Posso não conhecer essa garota a qual eu lutei, mas ela era igual a mim. E não merece se machucar.

- Lindas palavras Maka. – falou Ashura aplaudindo. – Mas nem tudo pode ser como queremos. E o que você disse sobre eles sentirem o mesmo é pura ilusão. Eles não sentem nada em relação a nós e nunca vão sentir. Tragam o próximo!

Outra porta se abriu revelando dessa vez um homem de cabelos castanhos, olhos da mesma cor e uma pele morena com orelhas e cauda de lobo.

- Você vai ter que lutar para sobreviver. Não importa que sinta pena. – falou Ashura. – Então por que não pula o sofrimento e morre de uma vez?

Nesse momento o homem se transformou em um lobo marrom e saltou em cima de mim. Não perdi tempo e me transformei em raposa para suportar o ataque.

Ele acabou me derrubando e ficando em cima de mim. Mordeu-me com força no ombro me fazendo guinchar de dor. Podia sentir seus dentes perfurando cada vez mais minha carne.

Minha única saída foi morder seu ombro também e empurrá-lo com as patas. Ele acabou batendo no muro do coliseu, mas, diferente da outra, ele não desmaiou, só ficou um pouco atordoado.

Levantei-me com um pouco de dificuldade e me preparei para o próximo ataque.

Ladrei com força e fiz com que chamas aparecessem em minhas patas. Corri com um pouco de dificuldade ate ele e saltei em suas costas prendendo minhas garras em chamas nas mesmas.

Ele uivou de dor e começou a se chacoalhar para me tirar de cima de se. Mas eu estava muito bem presa.

Voltei meu corpo à forma humana segurando bem em sue pescoço para não cair. O sangue em seu rosto manchava meus braços e minha cara, mas mesmo assim pude fazer com que meu corpo começasse a ser rodeado por chamas, atingindo assim o lobo em baixo de mim que uivou mais uma vez.

Quando achei que já era o suficiente saltei das costas dele ao mesmo tempo em que me transformava em raposa e o empurrava com força na direção da parede, que se quebrou com o impacto e deixou o lobo inconsciente.

Voltei a ser humana e cai de joelhos no chão com a respiração entrecortada. Mas mal tive tempo de recuperar o fôlego, já que logo depois que os guardas tiraram o lobo do coliseu mais um apareceu já me atacando.

O tempo se passou e já havia derrotado mais uns quatro, mas com um preço. Estava cansada e ferida, não sabia por quanto mais tempo ia conseguir suportar.

O coliseu estava completamente em silencio. Em todas as minhas lutas ninguém falava nada.

Depois de derrotar meu sétimo adversário cai no chão, exausta. Meu ombro que foi ferido na minha segunda luta estava doendo junto com a perna direita que havia ferido na quita quando aquela raposa me mordeu. Sem falar que achava que tinha quebrado umas duas costelas quando o lobo da minha sesta luta me tacou na parede do coliseu que já estava quase toda destruída.

- Parabéns Maka. – falou Ashura com um tom de divertimento – Você é mais forte do que eu pensava.

Comecei a tentar me levantar do chão lentamente. Meu corpo estava mais pesado do que qualquer coisa que podia imaginar.

- Acho que ao invés de te matar vou fazer com que se uma a mim. – falou com um sorriso presunçoso no rosto. – Quem sabe assim o Soul não se una mais facilmente a mim.

- Nem em sonhos vou me juntar a você. – falei ríspida, mas com o tom fraco.

- Eu não te perguntei se você queria. – falou Ashura para logo depois aparecerem uns seis ou sete guardas com dardos e seringas na mão com um liquido preto dentro. – Você vai se unir a mim de qualquer jeito.

Os guardas se aproximavam de mim lentamente, já preparados para me fazer tornar uma escrava de Ashura. E eu não podia me defender.

SOUL POV.

Quando chegamos a prisão eu voltei a forma humana e olhei em volta. Não havia ninguém vigiando a entrada.

- Que estranho. – falou Havart chegando perto de mim. – Não tem ninguém vigiando a entrada.

- Todos os guardas devem estar vigiando o local onde esta acontecendo o evento. – falei serio. – Temos que nos apressar ou vamos chegar tarde de mais.

Entramos sem muita dificuldade na prisão e começamos a andar pelos corredores enormes.

- As celas do pessoal da nossa tribo estão para lá. – apontei para o caminha da esquerda. – Vocês vão logo, mas tomem cuidado. Muitos deles não são os mesmos.

- E você Soul? – perguntou Tsubaki preocupada. – A onde você vai?

- Vou ter uma palavrinha com Ashura. – falei para logo depois me transformar em lobo e sair correndo até a cabine de Ashura que dava vista direta para o coliseu, que devia ser onde estava ocorrendo às lutas.

Corri o máximo que podia ate ficar de frente para uma porta de metal. Fiz com que meu poder se expandisse e congelasse totalmente a porta, deixando-a frágil e quebradiça.

Logo depois me lancei contra a porta para que a mesma quebrasse, com sucesso. Logo depois de entrar me transformei novamente em humano.

- Ashura! – gritei logo que o vi em pé perto da janela sem vidro que dava para o coliseu.

Ele se virou e me sorriu com alegria falsa.

- Soul! Que bom te ver. – falou erguendo os braços para o lado. – Que coincidência queria mesmo falar com você.

- Deixa de brincadeira! – gritei furioso. – Onde ela esta?

Ele suspirou para logo depois me mirar com tristeza: - Eu queria mesmo que você não tivesse se acarinhado com aquela garota Rapus.

- Onde ela esta, Ashura? – voltei a perguntar mostrando minhas presas.

- Ela esta lá em baixo. – disse apontando para o coliseu. – Ela realmente luta bem. É muito astuta.

Corri para a janela e olhei para baixo. Maka estava muito ferida e tentava escapar de uns sete guardas que tinham nas mãos seringas com líquidos pretos dentro.

- Maka! – gritei chamando sua atenção.

Ela olhou na minha direção junto com todos os outros que estavam no coliseu. Um belo sorriso apareceu em sua face manchada de sangue, que torcia para que não fosse dela.

- Soul! – gritou para logo depois desviar de um dos guardas. – Você veio!

- E por que não viria te salvar sua boba? – perguntei lhe sorrindo. Ela retribuiu o sorriso para logo esquivar de outra tentativa dos guardas de injetar o liquido negro nela.

- Soul, Soul, Soul. – disse Ashura balançando a cabeça de maneira negativa. – O que você vê nessa garota que é de uma raça tão inferior a nossa?

- Nossa? – perguntei confuso.

- É Soul. Eu também sou um Lumpus. – falou fazendo aparecer duas orelhas de lobo pretas e uma cauda também preta.

- E por que caça gente da sua espécie? – perguntei ainda mais furioso.

- Porque eles estão iludidos com a idéia de se unir aos Rapus. – falou com um deixe de ira. – Sabe? Eu tomei posse dessa organização a dezesseis anos atrás para impedir que você ficasse com aquela garota lá em baixo e para ter o poder para mostrar que somos melhor que os Rapus. Por isso te fiz ficar longe de todos. Para que não se acarinhasse com essa raça tão inferior.

- E quem é você para decidir com quem devo ficar? – perguntei furioso.

- Que pergunta mais irônica. – falou divertido. – te escondi durante tanto tempo e agora você me pergunta nessa situação. - o mirei confuso, mas ele logo jogou a bomba que eu nunca precisava saber. – Eu sou o seu pai.

Meus olhos se arregalaram e minhas pernas ficaram fracas. Isso não era nada cool.

- Não. – neguei com a cabeça varias vezes me afastando dele cada vez mais. – Não. Você não pode ser meu pai.

- Acredite ou não eu sou. – falou com um sorriso divertido.

Já ia negar novamente quando um grito me chamou a atenção. Olhei para o coliseu e vi Maka tirando uma seringa, já vazia, do braço e cambaleando um pouco para logo depois cair no chão inconsciente.

- Maka! – gritei preocupado, mas ela nem se mexeu. Os guardas apenas saíram do lugar enquanto o povo da cidade mirava aterrorizado a Maka caída no chão.

- Qual o problema Soul? – perguntou Ashura se aproximando de mim. – Ela é só uma Rapus. Por que se preocupar tanto?

Apertei com força a borda da janela e pulei em cima dela. Ashura me mirou surpreso.

- Porque eu a amo. – falei para logo depois saltar na direção do coliseu.

Quando aterrissei no chão ileso comecei a ir na direção de Maka, mas nesse mesmo instante ela se levantou e ficou ali, parada, com a cabeça baixa e os cabelos tampando os olhos.

- Maka? – perguntei preocupada.

Uma risada irritante, mas conhecida me chamou a atenção. Ashura estava de volta a beirada da janela com um sorriso divertido.

- Chegou tarde Soul. – disse entre risadas. – Ela agora pertence a mim. Não é mesmo Maka? – ela apenas ficou quieta. – Agora Maka, por que não mostra para o Soul que se unir a mim é bem melhor?

Maka sorriu e levantou a cabeça, mostrando seus olhos cheios de loucura. Ela começou a se aproximar lentamente de mim fazendo com que suas mãos ficassem rodeadas de chamas.

- Maka, por favor, acorda. – falei me afastando um pouco. – Você não precisa seguir as ordens dele.

Mas Maka não parou. Ela se lançou contra mim tentando me dar um murro com suas mãos flamejantes. Eu apenas desviei. Não queria machucá-la não podia fazer isso.

Maka continuou tentando me acertar, mas eu sempre esquivava. Não importava se tentava me chutar com fogo nos pés ou se tentava me socar com as mãos em chamas eu não fazia mais nada alem de me esquiva.

- Por que não ataca Soul? – perguntou Ashura divertido. – Ou talvez queira se render e se juntar a mim.

- Nunca vou me juntar a você. – falei desviando de mais um golpe de Maka.

Mesmo com os ferimentos Maka era muito agiu e era difícil desviar de seus ataques, mas não podia atacá-la. Minha única chance era tentar trazê-la de volta.

- Vamos Maka, você não é assim. – falei tentando fazê-la despertar. – É o Ashura que esta te controlando. Não deixe que ele faça isso com você.

Maka continuou me atacando sem dar indícios de resistência. Ashura riu ainda mais alto.

- É inútil Soul. – falou – Ela esta sobre o domínio do sangue negro. Nada que você disser vai poder trazê-la de volta. Então por que não se junta a mim? Assim você pode ficar perto dela!

- Se é assim só tem uma coisa que posso fazer. – falei com tristeza.

Em um agiu movimento me esquivei de Maka, fiz com que minhas mãos ficassem com uma nuvem gelada em volta delas e segurei uma das mãos de Maka a puxando para mim.

Ela perdeu o equilíbrio e caiu em cima de mim dando a chance perfeita para beijá-la. Meus lábios se encontraram com os dela em um beijo quente e frio ao mesmo tempo.

Nossas mãos entrelaçadas soltavam um pequeno vapor enquanto a minha outra se situava em sua cintura, congelando-a, e a dela em meu peito, queimando-o.

Podia sentir seu corpo ficar tenso no inicio e como seus lábios ficavam estáticos contra os meus, mas logo depois seu corpo relaxou e ela começava a me corresponder.

Suas mãos voltaram ao normal junto com as minhas enquanto o beijo ficava mais intenso. Sua mão que estava em meu peito foi para meu pescoço, se entrelaçando do mesmo e minha mão que estava em sua cintura apertou ainda mais.

Já nada mais importava. Ela estava em meus braços como eu queria e não me importava que milhares de pessoas nos estivessem vendo. Tudo o que queria era estar perto dela. Mesmo que pela ultima vez.

Separamo-nos apenas por falta de ar, mas mesmo assim custei a me separar daqueles doces lábios.

Abri os olhos lentamente – já que os havia fechado – e me deparei com o sorriso de Maka e seus olhos completamente limpos, sem nenhum rastro de loucura, apenas de alegria.

- Soul. – sussurrou com um tom tão doce que quase que me derreto. Sorri-lhe com doçura para logo depois acariciar seu rosto. – Desculpa.

De repente seu corpo amoleceu e, se eu não a estivesse segurando teria caído no chão. Seus olhos se fecharam enquanto a segurava em meus braços e me ajoelhava lentamente.

- Maka! – exclamei preocupado.

- Eu estou bem. – falou docemente voltando a abrir os olhos. – Só um pouco cansada.

- Que bom. – falei sorrindo. Ela me devolveu o sorriso para logo depois se aconchegar em meu peito e voltar a fechar os olhos.

- Não! – gritou Ashura saltando desde a janela até nós, ficando a apenas alguns metros de distancia. – Não vou permitir que fique com uma raça tão baixa. Principalmente com ela.

Ele se agachou ate ficar de quatro e se transformou em um lobo preto com um olho branco e uma grande mancha branca nas costas. Seus olhos eram totalmente vermelhos e cheios de loucura e maldade.

Apertei mais a Maka contra mim para protegê-la com meu corpo e mostrei minhas presas para Ashura que ameaçava atacar. Mas antes que pudesse uma raposa loira de olhos verdes, muito parecida com Maka ficou entre ele e nós, grunhindo com ferocidade enquanto um lobo branco de olhos azuis se aproximou de nós e ficou do nosso lado.

Ashura ameaçou avançar na raposa a sua frente quando nossos amigos chegaram se posicionado na nossa frente. Ashura começou a se afastar lentamente ate que finalmente foi embora passando por uma das portas do coliseu.

Depois que ele foi embora todos a nossa volta voltaram ao normal. O lobo branco virou uma mulher de cabelos longos e brancos, olhos azuis e pele pálida e a raposa loira virou uma mulher muito parecida com Maka a não ser pelo corpo.

De repente o coliseu todo se encheu de gritos de entusiasmo e de emoção. Olhei em volta e pude ver como todos vibravam pela derrota de Ashura.

- Filho. – falou a mulher de cabelos brancos chamando minha atenção.

- O que disse? – perguntei atordoado.

- É isso mesmo que você ouviu. – falou com um sorriso terno e lagrimas nos olhos. – Sou sua mãe.

Ela me abraçou com força para logo depois que me soltou mirar a Maka com tristeza.

- Como vamos tirar o sangue negro dela? – perguntou melancólica.

- Eles devem ter o antídoto caso precisem. – falou Kid esperançoso. – Deve estar nos computadores da sala de controle.

- Assim também podemos ajudar os outros que estão aqui. – falou Ox.

- Mas são muitos, alem de estarem totalmente fora de controle. – falei meio desanimado. – Como vamos fazer todos tomarem o antídoto?

- Nós ajudamos. – falou o pai adotivo de Maka sendo seguido por vários outros.

Entreolhamo-nos e assentimos com a cabeça sorrindo. Com a ajuda deles faríamos isso mais rápido e melhor.

Depois de algumas horas, conseguimos trazer de volta todos ao normal. Ate mesmo Maka, que acordou logo depois de injetarmos o antídoto. Ela ainda estava machucada, mas disse que estava bem e de que não era nada. Não dei muita confiança, mas ela insistiu tanto que não tive outra escolha a não ser deixar isso de lado.

Já era hora de irmos, muitos estavam a nossa espera.

- Se quiseram nos visitar, pode. – falou o pai adotivo de Maka em nome de todos.

- Seria uma honra. – falou Kami, a mãe de Maka.

- Maka. – chamaram Kim e Jaqueline que haviam pedido desculpas a Maka por tudo o que haviam feito.

Maka foi ate elas com um sorriso. Conversaram um pouco para logo depois se despedirem e Maka ir na direção de Ox e Havart. Ela falou alguma coisa com eles que os fez ficar totalmente corados e envergonhados. Logo depois ela veio ate mim e ficou do meu lado.

Quando começamos a andar de volta para o novo acampamento que havíamos feito, por que o outro havia sido destruído com a ultima invasão perguntei a Maka uma coisa que estava me incomodando.

- Ei Maka. – a chamei. Ele me mirou curiosa e eu falei de uma vez. – O que aquelas duas queriam com você?

Maka deu um risinho para logo depois responder com um sorriso travesso:

- Elas queriam saber os nomes do Ox e do Havart. – falou.

- Só isso? – perguntei estranhado. Maka negou com a cabeça.

- Queriam saber também se estavam solteiros. – falou aumentando ainda mais seu sorriso para logo depois olhar em volta. – E pelo visto eles estavam, já que nem aqui estão mais. Já faço uma pequena idéia a onde foram.

Olhei em volta e vi que Maka tinha razão. Eles não estavam aqui. E se o que eu pensava estava certo, eu é que não queria ir procurá-los.

Maka soltou mais um riso chamando minha atenção.

- Eles não são os únicos a arrumar um par. – falou divertida.

Olhei em volta e notei que Black Star andava de mãos dadas com Tsubaki e a mesma com a cabeça em seu ombro, Kid andava abraçado em Chrona e Ragnaroki ia se divertindo com Patty.

Todos estavam tão contentes. E eu ate agora não consegui dizer o que sentia para Maka ainda.

Suspirei. Isso era mais que frustrante.


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Notas finais do capítulo

Olha o plagio de Star Wars: "eu sou seu pai" xDDD, gente ficou muito idiota *ainda bem q admite* ninguem te chamou ¬¬... E eu queria ter alguem que me beijasse daquele jeito igual o soul fez com a maka *-* *e nunca vai ter xDDD* Já falei para ficar calada ou se não vou mandar você para as profundezas de um buraco negro!! E vc sabe que eu posso fazer isso u.ú *ta estressada. Não está mais aqui quem falou*... Voltando ao assunto, espero que tenham gostado do cap por mais que eu ache ue ficou um pouco fraco.

Bjsss e ate o proximo e ultimo cap ^^