Dia 1 de setembro, finalmente! Eu e minha tia fomos até a estação King’s Cross e ela me deixou lá, somente com a minha passagem... Na qual estava escrito 9 ¾ ...

  Fui empurrando meu carrinho aonde estava o meu malão (Nossa, quanta roupa Liza!)... Plataformas 1 e 2, 3 e 4...

  BAM!

  Bati com o carrinho de alguém. Levantei, ajeitei minha roupa e quando vi, era o Harry Potter:

  - Olá Harry! – exclamei – nossa, que bom te ver! – sorri.

  - Bom te ver também, Elizabeth! – ele retribuiu o sorriso enquanto se ajeitava.

  - Por favor, me chame de Liza... Ou Beth, como preferir – recomeçamos a andar.

  - Hum... Liza. – decidiu ele e parou para pedir informação – com licença, o senhor sabe aonde fica a plataforma 9 ¾ ?

  - Plataforma 9 ¾ ? Só pode estar de brincadeira – debochou o guarda.

  Voltamos a andar, 5 e 6...:

  - Vamos, a plataforma 9 ¾ é por ali – falou uma senhora gorducha e ruiva, seguida de três garotos, um menino e uma menininha, ruivos como ela.

  Eu e Harry nos entreolhamos e começamos a segui-los, 7 e 8... Eles pararam e nós também paramos, bem na frente da coluna entre as plataformas 9 e 10:

  - Com licença – pedimos – aonde fica a plataforma 9 ¾ ? – perguntei enquanto Cassandra, minha coruja, apelidada Cassie, piou para a coruja do Harry.

  - Como chegar a plataforma? – ela deu um risinho e nos mirou – primeiro ano em Hogwarts? – assentimos – Rony também está no primeiro ano – e ela apontou para o menino.

  Rony era ruivo e tinha sardas no rosto, sorriu timidamente para nós:

  - Estão vendo aquela coluna entre as plataformas 9 e 10? – assentimos novamente – bom, vocês tem que passar no meio dela... Podem ir correndo se estiverem nervosos.

  Harry foi primeiro, chegou perto da plataforma e sumiu. Fui logo atrás, correndo claro, passei pela coluna e me tateei, eu estava viva! Me belisquei fortemente, eu estava acordada!

  Deixei meu malão e minha coruja e subi rapidamente, comecei a procurar uma cabine... Cheia, cheia, cheia:

  - Posso me sentar com você, Harry? – perguntei.

  - Claro! – sentei-me a sua frente, ao lado da janela.

  Ficamos calados por um tempo, quem quebrou nosso silêncio foi Rony, pedindo para sentar conosco também e deixamos, eu sentei ao lado de Harry e Rony sentou a sua frente:

  - Prazer, sou Ronald Weasley! – se apresentou.

  - Sou Harry, Harry Potter – Rony olhou surpreso para Harry.

  - Puxa vida! Então é verdade que você tem aquela...

  - O que?

  - Cicatriz? – eu estava boiando.

  - Ah, claro – Harry afastou a franja e apareceu uma cicatriz fina em forma de raio.

  - Uou! – eu e Rony falamos em coro.

  - E você? – perguntou Rony, indiscreto.

  - Elizabeth Griffindor.

  - Caramba! Estou com duas celebridades! – brincou Rony e todos rimos.

  Conversa vem, conversa vai...:

  - Querem alguma coisa queridos? – perguntou uma velhinha com um carrinho de doces.

  - Não, obrigado, trouxe de casa... – falou Rony desanimadamente, segurando um sanduíche.

  - Fico com tudo – disse Harry tirando do bolso vários galeões, sicles e nuques!

  Rony sentou ao meu lado e nosso banco ficou cheio de doces (até enchemos metade do banco da frente!). Comi Tortinhas de Abóbora (uma delícia!) enquanto Harry e Rony comiam Lesmas de Gelatina. Peguei uma caixa de Feijõezinhos de Todos os Sabores:

  - São de todos os sabores mesmo? – perguntei indiscretamente, abrindo o pacote.

  - Sim, meu irmão Percy jura que já pegou um de vomito!

  - Nojento... Mas vou experimentar... – coloco um na boca – Poeira?! – engoli somente para não cuspir fora.

  - Sapo de Chocolate – falou Harry – é sapo de verdade?

  - Não, mas o que interessa mesmo é a figurinha... – Rony afirmou, parecia até um guia turístico!

  Depois de muita conversa e doces, eu deitei no banco da frente e decidi dormir... Estava com muito sono...

  Quando me acordaram, uma garota de cabelos castanhos e ondulados estava fechando a porta:

  - Liza, já está na hora de nos trocarmos – informou Harry –não vejo a hora de ver a Edwiges novamente...

  - Sua coruja? – perguntei timidamente, enquanto sentava.

  - Sim...

  Depois de todos trocados, chegamos ao nosso destino, Hogsmead... Eu, Harry e Rony descemos juntos e nos encontramos com o gigante barbudo do Beco Diagonal:

  - Olá Harry! Olá Elizabeth!

  - Só Liza, ou Beth... Por favor... – pedi.

  - Ah, claro – ele sorriu – ALUNOS DO 1º ANO AQUI, POR FAVOR!

  Vários principiantes de juntaram e nós seguimos Rúbeo até um grande lago com botes. Eu, Harry, Rony e um menino gordinho ficamos no mesmo, contemplando e paisagem e logo, um grande castelo!

  Quando chegamos a margem, os dois me ajudaram a sair e fomos andando para dentro, o castelo era lindo! Eu estava maravilhada, e parecia que eu conhecia todos os lugares, apontava para todos os cantos e sussurrava para Harry o que ficava ali... Isso era bem estranho.

  Subimos algumas escadas de mármore e nos deparamos com uma bruxa com turbante verde-esmeralda:

  - Sejam bem-vindos! – saudou-nos e começou com várias explicações.

  Ela saiu para ver se estava tudo pronto para nossa chegada, então a garoto loiro – apelidado sonserino –  da loja da Madame Malkin:

  - É verdade então? Harry Potter veio para Hogwarts! – exclamou e vários murmúrios surgiram na escada – Juntamente com a Elizabeth Griffindor! – mais murmúrios apareceram e ele se aproximou de nós – Meu nome é Malfoy, Draco Malfoy.

  Rony deu uma risadinha e Draco lhe lançou um olhar mortal:

  - Acha o meu nome engraçado? – perguntou indignado – Nem preciso perguntar o seu... Cabelo ruivo, vestes de segunda mão, você deve ser um Weasley.

  Rony corou, Draco apresentou Crabbe e Goyle, dois grandes meninos que mais parecem ter quinze anos...

  - Posso lhe ensinar como escolher as pessoas certas como amigos – e estendeu a mão para Harry.

  - Eu sei muito bem quem é a pessoa certa – Harry respondeu friamente, e Draco falou a mesma coisa para mim.

  - Faço as palavras do Harry as minhas.

  Ele nos olhou feio e a McGonagoll (a bruxa do turbante verde-esmeralda) nos chamou.

  Ela abriu uma grande porta e deparamos com um salão enorme, “o teto é enfeitiçado para parecer o céu a noite, eu li sobre isso em ‘Hogwarts, uma história’”, falou uma garota atrás de mim... Haviam quatro grandes mesas, uma para cada casa... Chegamos na frente de uma pequena escada aonde tinha uma quinta mesa, cheia de adultos (professores) e o – suposto – diretor, um homem de grandes cabelos e barba brancas:

  - Quando eu chamar seus nomes, dêem um passo a frente, colocarei o Chapéu Seletor em suas cabeças, e ele os selecionara para suas casas – falou McGonagoll, segurando um chapéu bem velho ao lado de um banquinho – Ana Abbout!

  Eu estava distraída conversando com os meninos, estávamos sussurrando de tão baixo:

  - Hermione Granger!

  A menina do trem foi animada para colocar o chapéu que cobriu os seus olhos, eu olhei para ela e sussurrei “Grifinória”, Harry e Rony olharam para mim, e o chapéu gritou o mesmo, então os olhares deles ficaram muito surpresos... Após um tempinho:

  - Elizabeth Griffindor! – sou eu? Chegou a minha vez?

  Fui muito animada para colocar o chapéu, sentei no banquinho e ela colocou o chapéu que tapou os meus olhos, sua voz começou a entrar em meus ouvidos:

  - Uma Griffindor? Já estava com saudades desse sobrenome... – eu ri – GRIFINÓRIA!

  McGonagoll tirou o chapéu da minha cabeça e eu fui saltitante e sorridente para a mesa da Grifinória, todos apertaram as minhas mãos.

  Fiquei olhando atenta para a seleção, até que...

  - Harry Potter!

  Ele foi temeroso até o banquinho, se sentou e sua cabeça foi envolta pelo chapéu... Fazendo uma simples leitura de lábios, ele não queria ir para a Sonserina (aposto que é pelo Malfoy), finalmente, a decisão foi tomada:

  - GRIFINÓRIA!

  Harry veio todo sorridente até a nossa mesa e foi cumprimentado por todos e sentou ao meu lado, nós dois ficamos a olhando a seleção até chamarem o Rony, que também foi colocado na Grifinória, quando chegou todos as bocas se abriram em um sorriso, tímidos e alegres.

  O – suposto – diretor se levantou, nos deu as boas vindas e falou sobre algumas proibições da escola, como o 3º andar e a Floresta Proibida... Então, ele bateu palmas e vários pratos e variadas comidas apareceram sobre as mesas.

  Rony começou a comer feito um leão, eu peguei um pouco de frango e fui comendo tudo bem devagar, eu tinha me empanturrado de doces!

  Após a sobremesa e a aparição e demonstração do Nick-Quase-Sem-Cabeça (Sr. Nicolas):

  - E agora, antes de irmos para a cama, vamos cantar o hino da escola! – exclamou Dumbledore, que fez uma longa fita dourada aparecer, que esvoaçou para o alto das mesas e se enroscou como uma cobra formando palavras.

  Todos começaram a cantar em coro:

  Hogwarts, Hogwarts, Hoggy Warty Hogwarts,

  Nos ensine algo por favor,

  Quer sejamos velhos e calvos

  Quer moços de pernas raladas,

  Temos cabeças precisadas

  De ideias interessantes

  Pois estão ocas e cheias de ar,

  Moscas mortas e fios de cotão.

  Nos ensine o que vale a pena

  Faça lembrar o que já esquecemos

  Faça o melhor, faremos o resto,

  Estudaremos até o cérebro desmanchar. 

  Todos se aplaudiram e levantaram, nosso monitor, Percy Weasley (ficou um chato depois que recebeu a carta! – avisou Rony), nos levou até nosso Salão Comunal, que ficava no finzinho de um corredor, a porta era um retrato de uma mulher gorda vestida de rosa:
  - Senha? – pediu.

  - Cabeça-de-Dragão – falou Percy, estufando o peito.

  Ela abriu e nós entramos, era um aposento redondo cheio de poltronas fofas:

  - O dormitório das meninas fica na escada da direita e dos meninos, fica na da esquerda – falou Percy, profissional – seus pertences já foram levados aos seus dormitórios.

  Eu me despedi de Harry e Rony e logo subi, eu estava muito cansada, dei boa noite à Cassie e me joguei em uma cama perto de uma janela aonde dava para ver a Lua e logo dormi.