Blood Brothers escrita por XYZ
- Dorme lá em casa hoje Jota? -Perguntava Michael se sentando sobre a mesa ao lado, apoiando os pés na cadeira e explicando, enquanto acenava com a cabeça para um grupo de outros 5 garotos. - Vamos fazer um corujão.
-Desculpe, não posso, tenho compromisso.
Respondia o rapaz de cabelos negros e lisos que caiam soltos e leves, pouco acima de seu ombro. Guardando as coisas na mochila, era o fim do ultimo horário de uma sexta feira, estava faminto, e embora tentado a passar a tarde e depois a noite com os amigos da escola, realmente tinha coisas melhores para fazer naquela noite.
- Vai ver sua namorada secreta? - Michael perguntava, xereta como sempre, fazendo uma expressão safada como se estivesse imaginando encontros secretos envolvendo Jota e a menina imaginaria.
Como já era esperado de Jota, seu rosto enrubesceu, adquirindo uma leve tonalidade rosácea. Sempre fora um dos meninos mais extrovertidos da classe, conversador, sem vergonha e piadista. Conversava com todos, meninas e meninos sem pensar duas vezes, mas quando o assunto se tornava relacionamentos amorosos, o resultado era sempre o mesmo. Ficava vermelho, gaguejava, hesitava e desviava o olhar, no geral, evitava. Punha a mochila nas costas e sustentava o olhar de Michael falando de forma ligeiramente rispida, para comensar o seu rubor.
- Eu não tenho namorada.
Ninguém nada disse, estava claro que Jota bateria no próximo que tocasse naquele assunto, então ele deixou a sala, sem ser incomodado por ninguém, exceto por Elisa, a ruivinha da sala, que gostava dele, o desejando timidamente um "Bom fim de semana", ganhando um beijo no rosto, próximo aos lábios, um sorriso e um aceno como recompensa pela gentileza.
Saia da escola, pegando o celular, e discando na chamada rápida, dois números os colocando na mesma linha. "Bê" e "Dê" atenderam quase que ao mesmo tempo, mas claramente Dê estava acompanhando, pois pedia para alguém esperar antes de realmente dar atenção ao telefone.
- Quem é ela? - Jota perguntava.
- Ninguém. - Dê falava com descaso.
- Se não é ninguém você não vai se importar de nós apresenta-la. - Era a vez de Bê
- Se o Jota não se importar, levo ela e umas amigas pra nossa festinha hoje a noite. - Dê falava com um tom ligeiramente malicioso.
- Já disse, eu libero o lugar, Bê cuida das bebidas, e agora... Dê da nossa companhia.
Riram, e continuaram a conversa pra outro rumo, o que queriam beber, o que fariam, a que horas podiam chegar, e quais eram as precauções. Esse era o motivo de não poder ir no corujão, seus irmãos dormiriam na sua casa, em uma festinha particular, durante todo o fim de semana, já que seus pais haviam viajado.
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