Apocalipse; o Começo do Fim. escrita por XYZ


Capítulo 9
30122012 - Orfanato e a volta.


Notas iniciais do capítulo

você



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Não sei se durmi ontem ou não. Clarisse foi quem me pôs na cama. Eu fiquei com uma para mim, ela e Carol com outra, e Travis dormiu no sofá. Mas a divisão não foi realmente seguida. Havia um relógio na cabeceira da minha cama. Lembro que passei o tempo todo olhando apra este evitando fechar os olhos. Minhas costas ardiam, sangravam, e então sentiam uma fincada, era Clarisse, deitada atrás de mim. Minha blusa erguida, revelando o machucado e ela o tratando com algodão e alcool para que não infeccionasse. 

Querido diario. Eu chorei. Chorei em silêncio a noite inteira. "Para que fazer amigos se vamos todos morrer.". Toda vez que eu fechava os olhos para dormir, sua expressão apavorada, com os olhos vazios, a mão estendida na minha direção, e a pele palida, apareciam em minha mente. Ele pediu para que eu correse, e nem isso eu consegui fazer. Se não fosse por causa dela eu estaria morto.

Eu estaria morto mesmo! Teria um fim como a professora, como meus pais, como Max. Eu nem ao menos teria um funeral. Ninguém zelaria por mim. Mas sempre que eu abria os olhos depois de ver seu rosto. Eu sentia. O abraço se apertava. Cla dormira em minha cama, a cabeça apoiada em meu ombro, acho que ela também não chegou a pregar os olhos. Me lembro que no meio da noite, ainda encarando o relógio que marcava 3:38 perguntei a ela.

- Como você sabia?

Eu a percebi rir, aquele som de quando o ar ée sugado e então uma tremidinha atras de mim, o movimento de seus pulmões, e eu a vi em minha mente sorrindo daquele jeito maravilhoso para mim. Senti um beijo sobre meu rosto, delicado e silencioso, como que nossas mães nos dão quando percebem que estamos dormindo.

- Ele tinha desistido.

Não falamos mais nada até o sol raiar. Travis acordou carl e a mandou descer para o cafe, depois veio a cama onde estavamos, e puxou Clarisse a pondo de pé.

- Não devia estar com ele.

-Desculpa, mas alguém tinha de cuidar das costas dele.

Ela reclamava indignada indo atras de Carol para o café da manhã, me sentei na cama sem que me chamasse e o olhei por cima do ombro. Clarisse havia tirado minha blusa com sangue e posto outra, então pelo menos eu não fedia a sangue velho. Mas com toda certeza minha expressão e as olheiras o assustaram, pois ele simplesmente se virou, sem nem me chamar para juntar a eles.

Me pús de joelhos ao pé da cama, puxando minha mochila  e pegando o "obejto" preciso nomea-lo, é muito estranho falar dele assim. Fiquei o olhando por certo tempo queria saber o porque tinha rodado assim, do nada, ontem. Desisti e me juntei aos outros.

fomos ao orfanato, deixamos Carol lá, e Max já ia saindo sem nos, mas eu e Clarisse o seguimos, sabiamos que se ficassemos morreriamos, era melhor estar com lutadores, sempre preparados do que com idiotas esperando pela morte.

- VOCÊS FICAM!

Ele esbravejava inutilmente, falando que tudo o que tinha feito então fora atoa, pois perdera um garoto, e levara só uma menina para o orfanato, enquanto os outros dois agora lhe queriam dar o trabalho de uma viagem de volta. Mas enquanto ele discutia conosco um outro grupo chegou, o da mulher de antes. Ela estava com todos os 4 garotos intactos, mas ela mesma estava destruida, cheio de cortes e arronhões, se apresentou como Megan, e falou que se o travis não nos levasse ela levaria.

O caminho de volta foi mais tranquilo, eramos 6 no total, Megan, Travis, Louis( sobrevivente 1 ), e Raphael (Sobrevivente 2), mais eu e a Cla. Como o monstro estava morto, chegamos ao entardecer de volta no acampamento, e fomos cada um para nosso canto dormir, fiquei de frente para Clarisse no dormitorio agora cheio de redes vazias.

Tomamos banho e jantamos com os outros antes disso, mas agora eu tinha você diario em mãos, o lampião aceso pendurado em um pequeno metal saindo da parede nos iluminando.

- Você realmente não liga Cla?

- O que? Que você matou a professora? Nah.. você fez o certo.

- Não é só isso...

- Porque está tão preocupado? Seus pais morreram e você nem ligou, mas um quase desconhecido faz isso e você fica assim!

- É que eu podia salva-lo...

- Não. E a prova disso é que quase morreu também.

Ela se virou pra o outro lado, o assunto estava encerrado, embora eu não quisesse. Então, peguei uma caneta e comecei a anotar em você querido diario.


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