Apocalipse; o Começo do Fim. escrita por XYZ
Notas iniciais do capítulo
você
Não sei se durmi ontem ou não. Clarisse foi quem me pôs na cama. Eu fiquei com uma para mim, ela e Carol com outra, e Travis dormiu no sofá. Mas a divisão não foi realmente seguida. Havia um relógio na cabeceira da minha cama. Lembro que passei o tempo todo olhando apra este evitando fechar os olhos. Minhas costas ardiam, sangravam, e então sentiam uma fincada, era Clarisse, deitada atrás de mim. Minha blusa erguida, revelando o machucado e ela o tratando com algodão e alcool para que não infeccionasse.
Querido diario. Eu chorei. Chorei em silêncio a noite inteira. "Para que fazer amigos se vamos todos morrer.". Toda vez que eu fechava os olhos para dormir, sua expressão apavorada, com os olhos vazios, a mão estendida na minha direção, e a pele palida, apareciam em minha mente. Ele pediu para que eu correse, e nem isso eu consegui fazer. Se não fosse por causa dela eu estaria morto.
Eu estaria morto mesmo! Teria um fim como a professora, como meus pais, como Max. Eu nem ao menos teria um funeral. Ninguém zelaria por mim. Mas sempre que eu abria os olhos depois de ver seu rosto. Eu sentia. O abraço se apertava. Cla dormira em minha cama, a cabeça apoiada em meu ombro, acho que ela também não chegou a pregar os olhos. Me lembro que no meio da noite, ainda encarando o relógio que marcava 3:38 perguntei a ela.
- Como você sabia?
Eu a percebi rir, aquele som de quando o ar ée sugado e então uma tremidinha atras de mim, o movimento de seus pulmões, e eu a vi em minha mente sorrindo daquele jeito maravilhoso para mim. Senti um beijo sobre meu rosto, delicado e silencioso, como que nossas mães nos dão quando percebem que estamos dormindo.
- Ele tinha desistido.
Não falamos mais nada até o sol raiar. Travis acordou carl e a mandou descer para o cafe, depois veio a cama onde estavamos, e puxou Clarisse a pondo de pé.
- Não devia estar com ele.
-Desculpa, mas alguém tinha de cuidar das costas dele.
Ela reclamava indignada indo atras de Carol para o café da manhã, me sentei na cama sem que me chamasse e o olhei por cima do ombro. Clarisse havia tirado minha blusa com sangue e posto outra, então pelo menos eu não fedia a sangue velho. Mas com toda certeza minha expressão e as olheiras o assustaram, pois ele simplesmente se virou, sem nem me chamar para juntar a eles.
Me pús de joelhos ao pé da cama, puxando minha mochila e pegando o "obejto" preciso nomea-lo, é muito estranho falar dele assim. Fiquei o olhando por certo tempo queria saber o porque tinha rodado assim, do nada, ontem. Desisti e me juntei aos outros.
fomos ao orfanato, deixamos Carol lá, e Max já ia saindo sem nos, mas eu e Clarisse o seguimos, sabiamos que se ficassemos morreriamos, era melhor estar com lutadores, sempre preparados do que com idiotas esperando pela morte.
- VOCÊS FICAM!
Ele esbravejava inutilmente, falando que tudo o que tinha feito então fora atoa, pois perdera um garoto, e levara só uma menina para o orfanato, enquanto os outros dois agora lhe queriam dar o trabalho de uma viagem de volta. Mas enquanto ele discutia conosco um outro grupo chegou, o da mulher de antes. Ela estava com todos os 4 garotos intactos, mas ela mesma estava destruida, cheio de cortes e arronhões, se apresentou como Megan, e falou que se o travis não nos levasse ela levaria.
O caminho de volta foi mais tranquilo, eramos 6 no total, Megan, Travis, Louis( sobrevivente 1 ), e Raphael (Sobrevivente 2), mais eu e a Cla. Como o monstro estava morto, chegamos ao entardecer de volta no acampamento, e fomos cada um para nosso canto dormir, fiquei de frente para Clarisse no dormitorio agora cheio de redes vazias.
Tomamos banho e jantamos com os outros antes disso, mas agora eu tinha você diario em mãos, o lampião aceso pendurado em um pequeno metal saindo da parede nos iluminando.
- Você realmente não liga Cla?
- O que? Que você matou a professora? Nah.. você fez o certo.
- Não é só isso...
- Porque está tão preocupado? Seus pais morreram e você nem ligou, mas um quase desconhecido faz isso e você fica assim!
- É que eu podia salva-lo...
- Não. E a prova disso é que quase morreu também.
Ela se virou pra o outro lado, o assunto estava encerrado, embora eu não quisesse. Então, peguei uma caneta e comecei a anotar em você querido diario.
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