Apocalipse; o Começo do Fim. escrita por XYZ


Capítulo 4
26122012 - A caminho do acampamento de verão.




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A última coisa que eu imaginaria aconteceu! Durante toda a minha vida, desde que sei falar eu peço por isso aos meus pais, ACAPAMENTO DE VERÃO, e agora minha tia me pôs em um sem eu nem ao menos pedir. Acho que é para ela se preparar psicolgicamente para cuidar de duas crianças. Eu estou indo para o acampamento da minha escola, e minha irmã pro sitio de uma coléga.

Minha tia separou roupas e afins, eu peguei meus brinquedos e itens especiais, o canivete estava em meu bolso, o objeto estranho escondido no meio das roupas dentro da mala. Eu brincava com o canivete, sentado no último lugar do ônibus, havia sido o primeiro a chegar, com o tempo varias crianças se juntavam a mim, uma garotinha de cabelos pretos e curtos presos em uma maria-chiquinha se sentou ao meu lado e sorriu, eu havia ganhado uma amiga.

Clarisse, era seu nome, se portava com um anjo, sentou quietinha ali,e apenas falava, sorrindo de vez em quando enquanto indicava o resto das pessoas do ônibus, me apresentando, a verdade é que era sim o acampamento de verão da minha escolinha, a que eu entraria quando o ano letivo recomeçasse, a escolinha perto da casa da minha tia, não a antiga.

Nas palavras de Clarisse:

"Max é aquele que está de pé, um macaco, muito irritante, fica puxando o cabelo das meninas, é bom no futebol, mas você não quer se amigo dele.

Rebecca, patricinha e dedo duro, é ótima para descobrir a vida alheia, fofoqueira, tem todas as bonecas da polly que já foram lançadas.

Lucas, ele é o mais bonito e inteligente também, mas a Luiza fica dizendo que não namorados. Ele nem liga, são muito amigos, o melhor para se fazer trabalhos juntos. "

A lista se seguiu até ela ter falado de todos os 13 alunos, 15 contando com nós dois,e então ela perguntou sobre o canivete, pediu pra segurar, concordei o passando pra ela, ensinando como abria e afins. Ela ria, enquanto conversávamos, depois, enquanto brincava com o objeto, me ofereceu balas, e apontou para a bolsa que caia sobre seu ombro, eu mesmo abri e peguei uma quando voltei a prestar atenção do lado de fora da janela.

Não estávamos mais na cidade há certo tempo, as montanhas passavam distante, a fumaça vermelha da terra ficava voando poucos centímetros acima do chão e um pedaço de pano preto, com 3 linhas azuis retas e brilhantes sobre si andava ao lado do ônibus.

- CLARISSE OLHA ISSO! - Exclamei surpreso e não preciso dizer que todos os alunos correram para suas respectivas janelas tentando ver. 

A menina ficou em pé em seu banco e olhou para traz, pela grande janela de fundo do ônibus, seu queixo caiu, e ela repetiu a mesma frase que eu, mas em um tom baixo, ligeiramente assustado. 

"Hey Caleb, olha isso..."

Me pus de pé, virando e entendi o porque da expressão de Clara. O mesmo ocorreu comigo. Nesse ponto, todos dentro do transporte estavam em pânico tentando ver, a professora/ monitora, se aproximou de Nós, olhando na mesma direção.

Mais de um milhão daquelas coisas seguiam nosso ônibus criando um rio negro, brilhante, onde ocasionalmente ondas se formavam por alguns desses bichos atropelando outros. Olhei para Clarisse no que ela fez o mesmo, olhando para mim, nossos olhos se cruzaram, ambos respiramos juntos e...

- AHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHH!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

Saltamos do nossos lugares, pegando nossas coisas, e correndo para a parte da frente do ônibus. Timing perfeito, os panos alcançavam o fundo do ônibus, subindo sobre este, e tampando as janelas, assim revelando a parte que se escondia sob o pano. Varias bolinhas azuis brilhantes, assim como as  3 listras sob seu corpo, cercadas, por presas brancas e afiadas, armadas em mais de um circulo, como as de tubarões, mas que se comportavam como pernas, arranhando o vidro sem parar, até este quebrar, e partindo para cima da monitora, simplesmente a cobrindo, e continuando a avançar em nossa direção.

O motorista freiou, fazendo com que muitas das coisas caíssem para traz saindo do ônibus e eu tive um surto de heroísmo, apertei o canivete em mãos, retirando a navalha para fora e correndo na direção dos bichos que já estavam dentro.

Clarisse gritou, espetei a navalha no primeiro bicho, o liquido azul escorreu, correndo o chão do ônibus e caindo no chão sob o maquinário, era ácido. Eu tremia, provavelmente estava mais branco que um zumbi. Corri em direção a monitora, simplesmente empurrando os mantos, sem me importar com os cortes que as presas faziam nos meus braços, consegui pegar a blusa da professora, e a puxei por ela para junto de nos, chutando os seres que ainda se grudavam sobre ela, ou o que restará dela.

Ela estava vermelha, era possível assistir a pulsação de seus músculos, quase todos, incluindo os faciais, parecia não ter mais pele, tinha apenas meio nariz, e uma das orelhas, faltavam-lhe dedos, e ela tinha apenas uma das pernas, era no mínimo, algo nojento de se olhar.

- Estamos mortos. - Constatou Clarisse em um tom assustadora mente natural. 

Fiz o mesmo que da primeira vez que vi a morte, só que dá ultima vez, estava com minha irmã. Segurei a mão de Clara, dando um sorrisinho forçado, senti pena de Priscilla, quando ela ouvisse a noticia ficaria arrasada, sem pais e sem irmão. Fechei os olhos, acho que todos faziam o mesmo, esperando para serem engolidos por aquele rio negro.

- YAAAAAAAHAAAAAA!!!!! - uma voz cortava o silêncio e a excitação.

Não era um grito de dor, mas divertido, junto a ele ouvia-se o som alto de um motor forte, e então, chamas, não resisti, abri os olhos. O sonho de qualquer criança, um exterminador, ao menos foi assim como eu o nomearia. tinha no máximo 30 anos, os cabelos castanhos, bagunçados ,precisavam de um corte, ele ria sem parar, jaqueta de couro, calça jeans surrada, um lança chamas na mão, montado sobre uma moto, os "panos" que ainda estavam vivos, fugiam, e no que ele terminava o serviço, abaixava a arma a deixando dependurada sobre seu corpo e olhando para nós.

- Tudo bem ai?

Ri, não resisti, não só pela expressão brincalhona dele, mas pela cara pasma de varios dos meus colegas, a reação imediata de Clarisse de soltar minha mão e arrumar o cabelo.

- Você foi demais! - Fui o primeiro a falar alguma coisa, minha mão livre ainda segurava o canivete que salvara a vida da professora... "Meu deus! A professora!"a cor do meu rosto deve ter se esvaido novamente, quando olhei para baixo, o corpo desta, ela respirava, agonizava baixo de dor. - TEM DE AJUDAR A GENTE!

Ele concordou deu a volta em sua moto, contornando o ônibus que a propósito voltava a andar, e conversava com o motorista pela janela, o resto da viagem foi tranqüilo, não haviam músicas de excursão, ninguém respirava diretivo, sentara-se todos próximos, e o corpo da professora ficava no chão, ninguém tinha coragem de toca-lo. E ela não falava, apenas gemia, de dor.

Chegamos a um acampamento, mas com toda certeza não era o de verão, algumas pessoas trouxeram uma maca e a pegaram, sumindo com ela, e o rapaz de antes reaparecia abrindo a porta para descermos.

- É mais seguro ficarem aqui, depois terão de decidir o rumo de vocês ou trabalhar,ninguém se aproveita dos outros aqui.  

Falava como se fossem regras, nos levando para um dormitório que continha apenas redes, onde as crianças ficariam, deu boa noite e saiu, dizendo que daria maiores informações amanhã.

Eu não faço a mínima de que horas são, estou escrevendo a luz de velas e meus braços ardem, acho melhor eu mostrar os cortes pra ele antes que infeccionado, devem ter um hospital ou algo do gênero aqui. Me despeço na tentativa de dormir, a propósito, Clarisse esta na rede ao lado da minha.


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