O que Acontece em Vegas, Fica em Vegas escrita por tamirisweinert


Capítulo 3
Capítulo 3


Notas iniciais do capítulo

Olá, queridos forences!
Prontos para o natal dos nossos CSI's? Tragam todos o seu amor, afinal é natal. ;D
Remesmee021



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Desceram da viatura policial.

Apesar da manhã apenas estar começando, o sol ainda se escondia no horizonte, a iluminação de Vegas era apenas uma luz pálida que ás vezes parecia tremular com o vento frio. As luzes das viaturas paradas em frente a cena do crime pareciam trazer ao cenário algo ainda mais sobrio. Alguns vizinhos e uma pequena multidão de curiosos cercava a casa, tentando ultrapassar o perímetro do local; uma das pessoas se esgueirando para ver algo na janela.

Porém, entre todo o caos, algo lhe chamou a atenção.

Não era algo, era alguém. Um garotinho, na faixa etária de três anos, sentado no meio-fio, os joelhos comprimindo o peito e, os dedos entrelaçados sobre os joelhos, a face com certo rubor, e os olhos fixos ao asfalto, trajado de pijama, certos momentos esfregando os olhos. O mais curioso: o garotinho não havia derrubado uma lágrima sequer.

Abaixou na altura dos olhos da criança, ajoelhando-se no asfalto.

- Ei, amigão. - Greg disse, sorrindo amarelo.

Demi havia notado a criança há alguns segundos antes que Greg, e sabia que o extinto maternal insistia em lhe acompanhar nos casos. Talvez, fosse pelos dias em que com apenas dez anos, havia cuidado de sua irmã recém-nascida até sua mãe retornar do trabalho. Se ela se deixasse levar por isso, provavelmente teria abraçado o garotinho e dito que logo iriam o levar para sua mãe. Ela sempre fora tão emotiva.

Repetiu o gesto de Greg, mas, ao invés de ajoelhar-se sentou-se ao lado do menininho, antes fitou Greg e piscou de maneira discreta.

- Qual é o seu nome, querido? - Querida era a forma de que a mãe a chamava.

O meninho levantou os olhos para Demi.

- Dan. - Disse sem ânimo.

- Dan. - Ela murmurrou. - Por que está de pijamas?

- Papai me colocou para dormir, depois que mamãe chegou aqui. - Dan disse suspirando em seguida. - Mamãe brigou com papai. Depois, disso a tia Kate veio me buscar, e disse que o papai estava dormindo.

Greg e Demi franziram a testa.

- A vizinha? - Greg perguntou.

O garotinho apenas assentiu.

Demi o olhou novamente. Estava tão só. O pai havia morrido, e a mãe era o tipo de socialite falida da qual ninguém suportava. Passou uma das mãos nos cabelos negros de Dan, tentando trazer algum conforto em meio a confusão. Suspirou e se colocou de pé.

- Dan, tem alguma coisa que quer que eu pegue da casa, e traga para você? - Demi perguntou, enquanto Greg se levantava.

O garotinho esboçou um sorriso fraco.

- Paul! - Dan exclamou.

- Certo. - Demi olhou para Greg em busca de explicações. - Paul.

~~ x ~~

- Não acredito que ficou como minha babá. - Sara disse, bebericando o soro fisiólogico que Grissom insistiu em lhe dar.

Ela estava na sala do supervisor, não, melhor: ela estava na sala do Grissom. As paredes foradas por imagens de anatomia humana ou animal, um recorte de jornal ou outro entre tantos papéis. Olhava atenta a todos os recortes e imagens ali presentes.

Grissom apenas a observava. Tinha que confessar, estava folhando um dos livros de anatomia sem ao menos saber se realmente se tratava daquele assunto, seu interrese estava na mulher que tinha um copo descartavel nas mãos e observava uma espécie rara de borboleta enquadrada na parede.

Sem haver tempo de virar mais uma página do livro, Sara se virou bruscamente.

- Anatomia revessa? - Disse Sara, sorrindo.

Reversa? Deus, o livro estava virado ao contrário e só agora ele havia percebido seu erro. Enrubresseu um pouco, e se levantou indo em direção a Sara.

Colocou a palma da mão sobre a testa da forence.

- Está com febre. - Grissom disse, um tanto preocupado.

~~ x ~~

- Cathy. - Nick chamou enquanto estava perto da porta de entrada.

Catherine se moveu e logo viu o por que ele a havia chamado.

Depois que Grissom e Sara haviam saído da cena do crime, Warrick havia ficado com o andar de cima, enquanto Catherine e Nick ficaram no andar de baixo. A situação era caótica. Além de terem uma mulher morta no andar de cima, sem nenhum vestígio de sangue, o térreo da casa era um caos. Pétalas de rosas espalhadas no piso de linóleo, respingos de sangue no tapete lilás, janelas quebradas... Aquilo se resumia á um campo de batalha.

- Olhe. - Disse Nick, pegando um pétala de rosa no chão. - Há rosas no jardim?

- Não. - Catherine diz. - Espere um pouco. Warrick! Há espinhos nos pés da vítima? - Gritou ainda no andar de baixo.

O grito ecoou pelo local.

- Sim. - Warrick respondeu no mesmo tom de voz. - E há folhas de petúnia.

- Petúnias? - Catherine e Nick disseram em uníssimo.

- Vou checar no jardim. Nick disse, guardando a pétala como evidência e saíndo porta afora.

Catherine se abaixou diante a trilha de pétalas de rosas, a trilha seguia até a escada do porão e parava, as pétalas completamente secas. Mas, onde estaria o caule da flor? Ouviu passos vindo da escada, e em seguida, Warrick se ajoelhar ao lado de Cathy.

- Eu não entendo. - Cathy suspirou em seguida.

Warrick levantou a sobrancelha.

- Como foi o natal com a Lindsay? - Perguntou enquanto tirava a câmera do pescoço e batia algumas fotos.

- Após o sermão que ela me deu foi ótimo. - Não pôde deixar de sorrir ao responder aquilo.

Ele queria perguntar algo, e não sabia como.

- O que vai fazer hoje?

Bingo!

- Nada. Provavelmente Lindsay vai sair com o 'namorado' dela.- Fez aspas com os dedos, agora encarando Warrick.

- Quer jantar comigo?

Quase caiu para trás após ouvir a pergunta, segurou-se no ombro de Warrick para evitar a queda, depois, piscou inúmeras vezes tentando acreditar no que ouviu, precisou de alguns segundos para digerir aquilo tudo.

- Como amigos, claro. - Warrick Brown, Catherine pensou, pare de se dar desculpas.

- Claro.

Warrick não pôde deixar de voltar a respirar.

~~ x ~~

- Você é a Kate? - Greg disse, com uma caderneta em mãos e a caneta em outra.

Uma garota jovem, estava à sua frente, ela rondava o perímetro de vez em quando à procura de algo. Os olhos estavam inchados e vermelhos, provavelmente pela morte do homem que estava estirado na sala. Demi havia entrado e agora observava o corte feito no pescoço que havia o matado, enquanto Greg interrogava a babá que Dan tinha citado há minutos atrás.

Tudo bem. Ela estava em choque, eminente. Mas, havia uma dor a mais em seu rosto. Era como se tivesse perdido... Como se tivesse perdido não apenas, seu patrão, seu melhor amigo... Seu amante.

- S-sim. - Disse ainda perturbada. - Onde está Dan?

Greg fitou a viatura.

- Está com a assistente social agora.

A garota fechou os olhos, e virou a cabeça para os lados, os cabelos loiros escorridos chicoteando o vento.

- Não! - Kate gritou, finalmente descruzando os braços. - Não podem levá-lo para a mãe dele!

Greg arqueou a sobrancelha.

- Me dê uma razão para isso. - Desafiou, ainda anotando algo na caderneta.

- Te dou até mil razões. - Ela esclareceu. - A senhora Muller é louca! O George, - Kate disse, se referindo ao homem morto. - era sócio de um clube de stripper, e se ele morresse as ações seriam dela, a guarda de Dan também seria. - Agora ela tinha lágrimas nos olhos, colocou a mão sobre a boca. - Desculpe, não posso continuar.

- Só mais uma pergunta... Quem é Paul?

~~ x ~~

Sara estava enrolada em cobertor, as chamas da lareira estalando em sua frente, uma xícara de chocolate em suas mãos estava com a pontinha do nariz vermelha, os joelhos em encontro ao peito. Ouviu um compasso de passos rápidos e logo viu o cão, Hank.

- Ei, Hank. - Ela disse, quando o cachorro deitou-se ao seu lado no sofá.

Grissom havia insistido, melhor, havia implorado para que Sara ficasse sobre seus cuidados, em sua casa, e pela vez naqueles anos, ambos havaim pego uma licença de dois dias. Claro, que não deixariam os casos em aberto, porém, disseram que estariam á disposição da equipe assim que tivessem uma nova evidência ou conclusão.

A primeira palavra de Bras ao ouvir aquilo foi: 'Repita' E em seguida: 'Acho que não ouvi direito.'

Gilbert sentou-se entre Hank e Sara, também com uma xícara nas mãos e acariciou o rosto de Sara com uma das mãos.

- Feliz natal. - Murmurrou, e em seguida depositou um beijo na testa de Sara.

Ela sentiu uma corrente elétrica passar pelo seu corpo, assim que ele pressionou os lábios em sua testa. Tremelicou.

- Feliz natal. - Retrebuiu, sorrindo.

~~ x ~~

- Que horas são? - Catharine perguntou, enquanto pegava um pouco da água na sala de convivência.

- Uma e quarenta. - Warrick respondeu, entretido com uma revista em mãos. - A manhã passou rápido.

Disse, finalmente tirando os olhos da revista e veno Cathy sentar-se ao seu lado. O laboratório estava vazio, exceto por algumas pessoas que andavam com relatórios e pilhas e papéis indo diretamente para a sala de arquivos. Ok, estavam sozinhos no laboratório fora, Nick e David que analisavam os ferimentos da vítima.

Mas, estavam longe demais para ouvirem o que ela diria:

- O tempo passa rápido quando estamos com quem amamos.


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Notas finais do capítulo

Críticas e sugestões nos comentários.
Remesmee021



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