Esquecendo Um Uchiha escrita por Tina Granger, Vanellope Doll


Capítulo 2
Capítulo 2




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Sakura entrou em casa, tirando os sapatos, deixando-os ali mesmo perto da porta. Um meio gemido de alivio surgiu, pouco antes de Sayuri, a gata da sua melhor amiga, desde a infância, companheira de apartamente, surgisse em sua frente. Sayuri possuía os pêlos do corpo, totalmente negros.

Um meio sorriso surgiu nos lábios da Haruno, antes da gata, miando, se enroscar em suas pernas, quase fazendo a jovem cair.

- O que aconteceu, Say? A Hinata foi chamada com urgência para o hospital, deixando você sem comida novamente?

Um novo miado, que provavelmente devia ser de concordância, fez que Sakura risse. Foi até a pequena lavanderia, com a gata no seu encalço. Depois que Sakura trocou a água e colocou comida no pequeno pote, a gata ocupou-se em saciar suas necessidades. Sakura foi entao ao quarto, se despindo para tomar banho.

Deixou que a água molhasse seus cabelos, em seguida seu corpo, por alguns minutos.  A raiva que ainda sentia de Sasuke era enorme. Ela tinha vontade, de, como já ouvira alguém falar, mas não lembrava-se quem, no momento, enfiar Sasuke dentro de um moedor de carne e depois usa-lo para fazer pizzas, almôndegas e... Ela não lembrou-se do terceiro prato mencionado.

Ela já percebera, a muito tempo, que Sasuke não mudaria. Ela estava cansada dos pequenos favores pessoais, como Sasuke os chamara. Eram humilhantes, machucando seu coração.

Pegou o xampu e começou a lavar os fios que chegavam a altura dos ombros. A dor que estava em seu peito, era grande demais para ser expressa em lagrimas. Desde que a mãe morrera, poucos meses antes de ir trabalhar para Sasuke, ela não conseguia chorar.

Ela estava farta de ficar fazendo o papel praticamente de alcoviteira para o moreno. Kami, como ele era tao... Tao... um palavrão saiu, quando o xampu entrou no seu olho direito. Ela jamais deveria ter comecado a faze-los. Mas quem resistiria a aqueles olhos, quando ele falava em “favores pessoais”?

Tudo havia comecado, cerca de seis meses depois que ela comecara a trabalhar. Naruto Uzumaki, o loiro mais tagarela que ela conhecia, era responsável por ela ter permanecido no emprego. Sasuke lhe informara, após o primeiro encontro, quando Naruto comecara a acordar do golpe do vaso, que ela estava demitida. Aquelas palavras pareceram acordar Naruto de vez, pois o loiro dissera que era a melhor coisa que Sasuke podia fazer.

Pois se ela estivesse desempregada, ele tinha o emprego perfeito para ela. Quando lembrado que já tinha uma secretaria, Naruto exibira o seu sorriso charmoso pela primeira vez.

- Mas não é para secretaria que eu quero ela. É para minha esposa.

Sasuke revirara os olhos.

- Ela nao me parece estar tao desesperada assim para ter que aceitar esse castigo o resto da vida.

Naruto ficara irritado, retrucando algo que ela fazia questão de esquecer, e em questão de minutos, os dois estavam aos  socos no escritório. E ela, muito espantada, sentara-se, assistindo a luta.

Algumas horas depois, e finalmente devidamente avisada que se os amigos entrassem brigando, apenas deveria ignorar, Sakura encerrara o seu primeiro dia de expediente. Alguns meses depois, sasuke chegara certo dia, irritado. Muito irritado.

Ele passara reto, sem cumprimenta-la. Por sorte, todas as atividades de rotina já haviam sido cumpridas. A térmica com café preto forte, sem açúcar, já estava ao lado da xícara de Sasuke, as correspondências urgentes, já haviam sido postas  no topo da pilha.

Normalmente, Sakura apenas entrava quando chamada, o que aconteceu quase no final na manha. Sem encara-la, escrevendo algo no computador, Sasuke lhe pedira a queima-roupa, se ela tinha algum compromisso para aquele dia, no almoço.

Quando, abismada, ela não lhe respondera, Sasuke, lhe encarara firmemente.

- Entao? Você marcou alguma coisa com alguém?

- Na-não, mas...

- Ótimo. Entao termine o que quer que esteja fazendo, guarde suas coisas, que você vai vir comigo. E você não vai voltar por tempo indefinido.

- O que foi que eu fiz de errado?

Sasuke revirara os olhos, em seguida, bufando.

- Tenho alguns assuntos pessoais, que não posso resolver aqui. Sakura, eu... – pela primeira vez, ela o via hesitar. Comprimiu os lábios, por alguns instantes, antes de voltar a falar. – Minha mãe está querendo dar uma festa, daqui a algumas semanas. E infelizmente, ela quer a sua ajuda para isso.

- Eu não possuo qualquer qualificação para...

Sasuke fez um gesto de desdém.

- Se você consegue aturar Naruto com um sorriso nos lábios, garanto que minha mãe não vai ser nenhum dragão que você tenha que matar.

- Senhor Sasuke, eu tenho que voltar a insistir que...

- Provavelmente, a única coisa que você vai ter que fazer, é aturar a minha mãe indecisa nos arranjos de flores. A essência da festa, já está organizada, pelo pessoal que trabalha conosco, desde antes de eu nascer. – Sasuke voltou sua atenção para o computador. – Embora você vá me fazer falta, não vou morrer por alguns dias  se você não vier.

- Escute, senhor uchiha... – Ela comecara hesitante.

- Sakura, eu sei que você foi contratada para trabalhar para mim. Mas minha mãe, é a única pessoa do mundo que eu amo tanto que arrancaria o fígado se ela fizesse esse mínimo desejo. – Sasuke comprimiu os lábios novamente. – Ela me pediu para que a levasse almoçar com ela, e se ela gostasse de você, se eu a emprestaria para que você a ajudasse na organização da festa.

- Como eu lhe disse, senhor Sasuke...

- Se ela lhe aprovar, Sakura, lhe pago  o dobro do seu salário, para que você a ajude.

- Ela é tao terrível assim? – Ante o ar chocado que o seu chefe fez, Sakura quis morder a língua.

- Se você vier comigo, vai poder julgar por si própria.

Sakura voltou ao presente, balançando a cabeça. Mikoto Uchiha transmitira os genes autoritários ao filho caçula, sem sombra de duvida. Desligou o chuveiro, entao, saiu do banheiro, enrolada em uma toalha vermelha. Depois que colocou a roupa intima, sentou-se numa banqueta, que tinha em frente a um espelho. Olhou-se por algums momentos.

Ela tinha a estatura média, poucas curvas... Seu cabelo, era  estranhamente rosa. Ela pintara o cabelo, por cerca de dois anos. Sasuke jamais saberia que ela tinha uma cor de cabelo tao incomum, se ela não tivesse sido obrigada a viajar com o chefe, a dois anos.

Ela tingira os cabelos e, por mais que tivesse tentado um outro cabeleleiro para cuidar de suas mechas,  as raízes rosas haviam aparecido. Na volta, antes que eles pudessem ter um dia decente de trabalho, haviam sido convocados pela mãe de Sasuke a se apresentarem no quartel uchiha, como a babá dos filhos de Sasuke se referia a casa centenária.

A sobrinha de Sasuke, ficara apaixonada pelas raízes rosas... E apenas quando ela confessara que tinha os cabelos daquela cor, e não castanho escuros como Sasuke achava que eram, o moreno apenas erguera uma sobrancelha indiferente.

Mikoto pedira com um sorriso, que a jovem parasse de pintar os cabelos, pois provavelmente, os seus, deviam ser de uma cor extraordinária... A senhora uchiha passara a frequentar o escritorio do filho, reinterando o pedido varias vezes.

Quando Sakura por fim, decidira parar de pintar as madeixas, informando em uma conversa informal, a sua decisão, Mikoto sorrira de uma maneira estranha.

- Provavelmente foi a melhor decisão que você tomou na vida querida. Cabelos extraodinarios não devem ser escondidos embaixo de tintura comum...

Sakura teve seus cabelos acariciados pela mulher, que entao lhe sorrira novamente, agora um sorriso que ela reconhecia, sendo muito parecido com o que sua mãe, costumava lhe dar, quando Sakura resolvia fazer algo que a agradasse.

- Sabe, você pode achar seus cabelos um tanto espafalhatosos, mas garanto que quem tem cabelos comuns, como os meus, os seus são maravilhosos.

Os cabelos de Mikoto Uchiha estavam longe de serem comuns. Eram tao negros como os dos filhos, e embora alguém invejoso jurasse que eram resultado de tintura, Sakura tinha a opiniao que Mikoto não tinha problemas para admitir a idade que tinha. Sendo avó três vezes, não tinha um único fio branco, possuindo apenas algumas linhas de expressão. Era como se fosse uma pessoa que tivesse um ritmo muitíssimo lento para envelhecer.

Ela quase podia imaginar o seu chefe, dali a uns vinte anos. E embora a imagem fosse agradável, ela não sentia vontade de ficar se auto consumindo em sofrimento pela quantidade de foras que teria que dar nas namoradas do patrão.

Colocou o vestido leve que havia escolhido anteriormente. Embora no dia seguinte tivesse que trabalhar, naquela noite ela se daria o direito de se divertir. E uma boa dançada na boate que o primo de Hinata trabalhava, era o que ela precisava para recarregar as energias, para ignorar os olhares maliciosos, os comentários ligeiramente sem graça e as ordens que Mikoto lhe daria a partir do dia seguinte, enquanto ajudava a organizar mais uma festa para a viúva Uchiha.


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Notas finais do capítulo

oi pessoal!

tem alguem acompanhando essa historia, alem das coitadas que eu sarneio no msn?Bem, se tiver... poderia me dizer o que achou desse cap?

eu fiz ele, em praticamente uma hora... nao sei de onde saiu tanta inspiracao!
E antes que me matem por conta de fugindo, se tudo der certo no sabado... Domigno tem capitulo! nem que seja pra dizer, qual foi o dom que Kami deu para as mulheres!

bjs