Noite sem Fim escrita por TreinadorX


Capítulo 92
Um longo adeus - parte 1




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Com uma enorme dor de garganta, por causa do estrangulamento que sofreu, Haruy começa a recobrar os sentidos e percebe que estava sentado no banco de seu carro com Gatenmaru, apontando uma arma, ao lado dele.

GATENMARU – Finalmente acordou.

HARUY – Então foi você que me pegou, seu desgraçado filho...

GATENMARU – Olha o palavreado! (exibindo o revolver) - Não está vendo que eu estou com a arma? (ele coloca a mão em seu curativo)

HARUY – Parece que Konshu e Hideki não fizeram um bom trabalho em você.

GATENMARU – Fizeram sim, se levarmos em conta as circunstâncias, mas eu não vim falar disso. Quero saber por que está atrás daquela moça.

HARUY – Não tenho que te falar nada. Pode me matar se quiser.

GATENMARU – Eu sei que Hideki só ajudou Konshu a me medicar para poder ir à casa dele, mexer nas coisas da irmã e pegar algo importante. Eu quero saber o que é.

HARUY – Prefiro morrer a te ajudar.

GATENMARU – Eu sei disso, mas percebi outra coisa. O envolvimento da primeira dama nessa conspiração é algo surpreendente. Não sei o que é, mas seja o que for é muito importante para ela que você tenha sucesso em sua missão ou arruinará os planos dele, e por tabela, os do marido dela. Você é um soldado e não liga para sua vida e sim para o sucesso da missão.

HARUY – Por que está tão interessado em saber os detalhes? (ele olha bem para Gatenmaru, que suava muito) – Eu aposto que Konshu falou algo para você. Aposto que sabe que o que estamos procurando tem a ver com sua prima, não?

GATENMARU – Kanna não tem nada a ver com isso e...

HARUY – Mentira! Conheço seu currículo. Para você família é tudo. Principalmente depois que seu tio Toukaijin se matou deixando apenas você para tomar conta da ‘doce’ filha dele e... (Gatenmaru aponta a arma contra a cabeça de Haruy)

GATENMARU – Melhor calar a boca se não quiser morrer.

HARUY – Escute Gatenmaru. Você deve saber que Hideki está trabalhando para Natsume. Deve imaginar também que ela deseja o mal de Kanna por tudo que ela, você e Toukaijin fizeram com Naraku.

GATENMARU – Estou sentindo cheiro de proposta de acordo.

Com uma arma apontada contra si, Haruy respirou fundo ao perceber que teria que entrar em um acordo com Gatenmaru diante da situação e enquanto isso no Hospital Memorial, mais precisamente no quarto onde Sesshoumaru estava internado, o jornalista recebia as visitas da esposa e da filha mais nova, que estavam visivelmente felizes com a recuperação dele.

SARA – Que bom que acordou, papai.

SESSHOUMARU – Bom é ver seu rostinho, querida. (acariciando a cabeça dela e depois olha para a esposa) – Estou feliz por vê-las novamente.

RIN – Todas nós estávamos muito preocupadas.

SESSHOUMARU – Sinto muito por tê-las preocupado e... (ele olha ao redor) – Onde está Satsuki?

RIN – Ela ficou esperando comigo até pouco tempo, mas ela foi ver algo que Maya falou. Não sei bem o que?

SESSHOUMARU – E isso é mais importante do que ver o pai dela? (meio indignado)

RIN – Eu também achei estranho, mas ela falou que na volta irá contar. Ela tem muita coisa para falar com você.

SESSHOUMARU – Muita coisa é? Aposto que sabe e aposto mais que não vai me contar, certo?

RIN – Converse com sua filha quando ela voltar. (ela pega na mão de Sara) – Querida, eu quero que fique com uma das enfermeiras só um pouquinho, pois a mamãe precisa conversar com o papai.

SARA – Mas eu quero ficar e...

SESSHOUMARU – Obedeça a sua mãe, princesa.

SARA – Ta bom.

A enfermeira, que estava no quarto, pega na mão de Sara e a leva para fora do quarto deixando Rin á sós com Sesshoumaru, que estranhou um pouco aquela atitude.

SESSHOUMARU – O que você quer me contar que não pode ser na frente de Sara?

RIN – Você precisa saber as terríveis novidades que surgiram enquanto estava inconsciente, meu amor.

Rin começou a falar sobre a incrível notícia de que Naraku ainda estava vivo e que planejava algum tipo de vingança contra seus inimigos. O jornalista escutava atônito todas as revelações proferidas pela esposa e enquanto isso Kagome usa seu celular para ligar para o celular de Shippou, que naquele momento estava trabalhando como instrutor de um curso de informática. Ele não atendeu imediatamente, pois estava ajudando um aluno do curso. Em seguida ele olha para o relógio.

SHIPPOU – O tempo acabou, pessoal. Todos dispensados.

Os alunos do curso, cuja maioria era composta por jovens de 12 anos, se levantaram de suas respectivas cadeiras para sair da sala e assim Shippou aproveita para atender seu celular.

SHIPPOU – Kagome.

KAGOME – Por que demorou a atender?

SHIPPOU – Talvez porque eu esteja no meio do meu trabalho. Não posso ficar atendendo o celular a hora que eu quiser.

KAGOME – Mas agora pode falar, não?

SHIPPOU – Sim. Agora é intervalo, mas daqui alguns minutos outra turma chegará. Por que está me ligando?

KAGOME – Eu preciso que pegue o Genku para mim.

SHIPPOU – Mas eu pensei que você ia pegá-lo e...

KAGOME – Eu ia, mas apareceu um imprevisto. A reunião partidária foi antecipada e não vai dar para eu pegar o Genku.

SHIPPOU – Mas Satsuki marcou de se encontrar comigo para falar algo importante. O InuYasha não pode fazer isso? O restaurante permanece fechado.

KAGOME – Seu pai está em missão especial em Yokohama. Não. Ele não pode fazer isso. Vai ter que ser você.

SHIPPOU – Ta! Eu posso arranjar um tempo para pegá-lo, mas e depois? Eu ainda tenho que voltar ao trabalho.

KAGOME – Ih! É mesmo. (ela fica pensativa) – Esse seu trabalho está atrapalhando meus planos e...

SHIPPOU – Meu trabalho não está atrapalhando nada. Você sabia que eu iria trabalhar.

KAGOME – Me desculpa, Shippou. Você tem razão. Eu só estou chateada porque os acontecimentos mudaram a minha agenda. Já devia me acostumar, pois se for prefeita, vai ser pior.

SHIPPOU – Por que não pede para alguém buscá-lo e levá-lo até você ou até uma creche.

KAGOME – Boa idéia. Ah sim, Shippou! Já examinou aquele vídeo da Natsume?

SHIPPOU – Quando tiver um tempo, vou fazer isso. (ele vê movimentação do lado de fora da sala) – Tenho que desligar. A outra turma está chegando. Tchau.

KAGOME – Tchau.

Kagome desliga o celular vendo que se aproximavam da sede do partido trabalhista e resolve falar com Tanuki, que estava sentado ao seu lado no banco de trás do carro oficial.

KAGOME – Tanuki, eu preciso que você arranje alguém para pegar meu filho e o traga para cá.

TANUKI – Eu posso arranjar isso, mas desde já acho que seria bom você contratar uma babá para ficar com ele em tempo integral.

KAGOME – Eu sei. Queria ficar mais tempo com o Genku, mas minha vida política não permite. Eu não me sinto segura também em contratar uma desconhecida para cuidar do meu filho.

TANUKI – Há agências de babás muito confiáveis. Muitas possuem cartas de recomendação de várias profissionais. (o carro para) – Já chegamos.

Segundos depois o chofer sai do carro e abre a porta traseira para que Kagome e Tanuki saíssem do veículo. No caminho para entrar no prédio onde era a sede do partido trabalhista, eles voltaram a conversar sobre uma babá para Genku.

TANUKI – Se não sente segura em relação á uma desconhecida porque não contrata a Soten?

KAGOME – Mas essa é uma boa idéia. Afinal ela já cuidou do Genku cinco anos atrás. Quando eu encontrar o Miroku, vou falar com ele á respeito.

TANUKI – Ok! Eu vou arranjar alguém para pegar seu filho. A gente se encontra lá em cima.

KAGOME – Obrigada, Tanuki.

Tanuki toma outro caminho enquanto Kagome segue até o elevador para subir até ao andar onde seria realizada a tal reunião partidária e enquanto isso em seu gabinete, Ryukosei, sentado, recebia Rakusho, ainda de pé. O prefeito revelava a totalidade de sua aliança com Naraku e Natsume, fato que não agradou muito Rakusho, pois eles foram responsáveis pelo seqüestro de seu neto tempos atrás.

RAKUSHO – O senhor está ajudando essa gente?!

RYUKOSEI – Eu sei que está bravo, Rakusho, mas você tem que entender minha posição e...

RAKUSHO – O senhor que deveria entender minha posição, senhor prefeito! Ajudar essa gente seria uma desonra á minha família. Nunca mais verei meu neto por conta dessa gente. (ele fica de costas para o prefeito) – Quando contei sobre a primeira dama, pensei que romperia de vez, mas o senhor me surpreende se aliando com essa gente.

RYUKOSEI – São negócios, Rakusho. Como militar deveria saber disso. Temos um projeto de destruir a Monarquia e precisamos da ajuda de Naraku e...

RAKUSHO – Eu não o estou reconhecendo mais, Ryukosei. (permanecia de costas) - Parece que perdeu a noção de realidade, dos limites. A união com Naraku nunca vai trazer nada de bom. (ele se vira) – Eu ainda quero a republica para esse país, mas não á qualquer custo.

RYUKOSEI – Nós já fomos longe demais para voltarmos atrás. (ele se aproxima de seu secretário) – Escute Rakusho, não pense que sou ingênuo em acreditar inteiramente em Naraku. Sei perfeitamente que não se pode confiar nele, mas essa união é necessária e...

RAKUSHO – Eu não quero saber, senhor prefeito. Não quero saber de nada que seja relacionado á essa união espúria. Mas em nome da nossa amizade vou conseguir a informação que quer. Com minha demissão, reativarei minha patente militar para conseguir essa informação.

RYUKOSEI – Obrigado, amigo.

RAKUSHO – Sinceramente senhor prefeito, não sei se poderei chamá-lo de amigo de novo. Com licença.

Rakusho se afasta do prefeito e, em seguida, sai pela porta deixando Ryukosei sozinho, mas não por muito tempo, pois segundos depois, para seu descontentamento, Elisa entra no gabinete.

RYUKOSEI – O que faz aqui?

ELISA – Tenho um assunto urgente para te contar, mas antes disso me diga uma coisa. Rakusho concordou em ajudar?

RYUKOSEI – Sim. (seco) – Rakusho é um homem de palavra. Ele vai me ajudar, mas acho que é o fim de nossa amizade.

ELISA – E aposto que me culpa por isso e...

RYUKOSEI – Não quero discutir isso com você! Sua obrigação é apenas me manter informado sobre á procura de Hideki.

ELISA – Vou cuidar disso.

RYUKOSEI – Então diga o que veio me falar e depois saia da minha frente. (ele volta a se sentar) – Tenho que resolver o que fazer com o estrago político que a demissão de Rakusho provocará.

ELISA – Infelizmente você vai ter preocupações maiores do que a demissão de Rakusho.

RYUKOSEI – O que quer dizer?

ELISA – Daqui a pouco você vai receber uma ligação do departamento de polícia e aí vai saber. Com licença.

Ciente do desprezo que o marido sentia por ela, Elisa sai do gabinete do prefeito sem dizer a ele o que ela sabia e enquanto isso no Hospital Memorial, Rin tentava, inutilmente, impedir que Sesshoumaru saísse do quarto. O jornalista estava meio transtornado depois de saber das ameaças de Natsume e Naraku contra seus inimigos. Ele estava particularmente preocupado com Satsuki.

RIN – Sesshoumaru, volte para o quarto. Você ainda não está bem.

SESSHOUMARU – Eu preciso saber da minha filha.

RIN – A Satsuki não corre perigo. A ameaça não é real.

SESSHOUMARU – Você tem certeza disso? Pode me assegurar que é 100% seguro?

RIN – As autoridades já estão trabalhando nisso. Até o InuYasha está ajudando a Agência Imperial. Kagome me garantiu que tem informações de que essa ameaça seja apenas um blefe para esconder algo.

SESSHOUMARU – Então porque Satsuki não está atendendo o celular?

RIN – Até parece que ela nunca fez isso, amor. Ela está bem.

Naquele momento um médico aparece no corredor e vai em direção ao jornalista.

MÉDICO – O senhor tem que voltar para seu quarto.

SESSHOUMARU – Eu já estou bem.

MÉDICO – Pode até ser, mas tem que ficar sob observação e...

SESSHOUMARU – Eu quero sair daqui imediatamente. Não pode me obrigar a ficar.

MÉDICO – Senhora. (olhando para Rin) – Está ouvindo seu marido.

RIN – Ele é cabeça dura mesmo. (ela olha para o marido) – Amor, você sobreviveu a uma explosão. Isso é grave. Seu estado médico pode piorar. Pense em mim, Sara e Satsuki. Pense em nós se você piorar.

SESSHOUMARU – Eu não posso ficar aqui e...

Sesshoumaru começa a passar mal e, de repente, desmaia fazendo com que Rin se desespere e o médico chame os enfermeiros para que levassem Sesshoumaru de volta ao quarto para ser examinado e medicado. Rin, aflita, apenas observava a cena e, de repente, seu celular começa a tocar. Ao olhar o visor ela vê o numero do celular de sua enteada e por isso atende imediatamente.

RIN – Satsuki! Por que não atendeu o seu celular?

SATSUKI – Eu estava no meio de uma conversa importante e não podia interromper.

RIN – Que conversa é essa? Onde você está? Seu pai está louco para te ver. Até desobedeceu a ordens médicas e tentou sair sem receber alta.

SATSUKI – Eu já resolvi aqui, mas quanto ao meu pai por que ele fez isso?

RIN – Preocupação ora bolas! Eu contei sobre as ameaças publicas de Natsume e apesar de explicar que as agências de segurança asseguraram que as ameaças não são coisas eminentes, seu pai acha que você corre perigo.

SATSUKI – Está bem. Eu estou indo me encontrar com Shippou para contar tudo a ele. Depois eu volto para o hospital, certo?

RIN – Ok, volte assim que puder.

Rin desliga seu celular e vai até ao quarto onde Sesshoumaru estava internado. Ele estava sendo examinado pelo médico. Rin foi até ele.

RIN – Como ele está, doutor?

MÉDICO – Bem se ele ficar aqui. A pressão arterial subiu um pouco. Ele não pode mais se estressar desse jeito, pois o quadro dele pode piorar

RIN – Isso foi por causa da filha dele.

MÉDICA – Está falando da sua filha pequena que está com o enfermeiro?

RIN – Não. Estou falando da mais velha. Ela está passando por uma fase difícil. Tem alguns problemas a resolver e depois vem para cá. É tanta preocupação que preferi não dizer para ela que o pai voltou a desmaiar.

MÉDICA – Fez bem, quando ela chegar é provável que seu marido já esteja bem.

RIN – Obrigada, doutor.

MÉDICA – Agora me deixe ir porque tenho outro pacientes.

O médico se afasta de Rin, que apenas ficou observando seu marido, que estava deitado e inconsciente, mas seguro. A jovem esposa de Sesshoumaru deixou o quarto para ir ao encontro de Sara que estava no corredor e enquanto isso Sango retornava ao departamento de polícia e o local estava um corre-corre de policiais e por isso ela para a sala do capitão Azuma.

SANGO – O que está acontecendo?

AZUMA – O estrangulador atacou de novo.

SANGO – Essa não. Outra mulher?

AZUMA – Sim, com as mesmas características das vítimas anteriores. Guy já foi para o local iniciar a investigação. Não vai demorar muito para a imprensa ficar por dentro dos fatos. Eu ainda preciso ligar para o prefeito.

SANGO – Tudo bem.

AZUMA – Mas me fale. O que conseguiu com Konshu?

SANGO – O corpo dele já está sendo examinado pelo legista, mas segundo os exames preliminares, ele foi executado.

AZUMA – Entendo. Hideki ou Gatenmaru! Seja quem for quem executou Konshu não estava disposto a deixá-lo como testemunha. Eu ainda não recebi autorização para ver os arquivos militares de Yuri.

SANGO – Mas como não?! Pensei que isso ia ser fácil por causa das ameaças de Natsume.

AZUMA – A cúpula do exercito ainda não está convencido de que isso esteja ligado as ameaças de Natsume, mas acho que é receio de mostrar algo comprometedor contra alguém poderoso, pois nem mesmo a Agência Imperial está se esforçando para isso.

SANGO – Mas diante da situação não vão segurar por muito tempo. O problema é a demora.

AZUMA – Eu sei, mas essa demora não é a única coisa estranha que estamos enfrentando. Eu pedi aos técnicos que conseguissem achar o filho de Hideki, mas por mais incrível que possa parecer, ele sumiu da Terra. Não há sinal algum dele até duas semanas atrás.

SANGO – Estranho. Já era para terem conseguido achá-lo.

AZUMA – Minha experiência me diz que ele deve ser um espião altamente treinado ou quem sabe esteja em um programa de proteção de testemunha.

SANGO – Ainda sim para ‘sumir’ ele deve contar com ajuda de alguém. Não um alguém qualquer, mas um alguém com muita influência. Vou entrar em contato com as outras agências e ver se consigo algo.

Sango deixa a sala de Azuma para ir até sua mesa, mas antes que chegasse lá seu celular começa a tocar. Era InuYasha no outro lado da linha.

INUYASHA – Sango?

SANGO – Estou ouvindo.

INUYASHA – Alguma noticia do filho de Hideki?

SANGO – Nada. Isso é muito estranho. Não há registro da existência dele nas ultimas duas semanas. Estou tentando verificar se ele está em algum programa de proteção a testemunha ou coisa parecida. E você? Conseguiu localizar Hideki?

INUYASHA – Ainda não, mas conseguimos encontrar o local de onde veio àquela ligação para a casa de Konshu. É uma casa no nome de um homem chamado Suke.

SANGO – Alguma informação sobre ele?

INUYASHA – Zuko está trabalhando nisso. (observando Zuko falando no celular)

SANGO – Pode pedir a ele que ajude a forçar o exercito japonês a liberar informações militares de Yuri.

INUYASHA – Pode deixar.

InuYasha desliga seu celular ao perceber que Zuko fez o mesmo e assim vai até ele.

INUYASHA – Conseguiu algo?

ZUKO – A Agência está processando para termos informações sobre esse Suke.

INUYASHA – Ei Zuko! Em vez de prendermos Suke talvez fosse melhor segui-lo. Quem sabe ele nos leve até Hideki ou Gatenmaru.

ZUKO – Já tinha pensado nisso. Ainda bem que alugamos um carro.

INUYASHA – Tem um carro estacionado em frente á casa. Ele ainda deve estar aí. Vamos esperar ele sair.

Ambos voltam para o carro que tinham alugado com Zuko na direção e InuYasha no banco do carona. O marido de Kagome aproveita para tocar em outro assunto.

INUYASHA – Eu telefonei para a minha amiga, a detetive Sango. Ela acha que a Agência Imperial não está se esforçando para conseguir a liberação dos dados militares de Yuri.

ZUKO – Está falando da esposa do tal Konshu que foi assassinado?

INUYASHA – Não me enrole. Você sabe que é dela que estou falando.

ZUKO – Os dados serão liberados, InuYasha. Essa demora é um procedimento normal. Existem muitos interesses, mas se for para ajudar a esclarecer toda essa conspiração os dados serão liberados cedo ou tarde.

INUYASHA – Eu preferia cedo. Achei que vocês eram mais ágeis. Acho que me enganei.

Zuko até pensou em responder aquela provocação, mas naquele exato momento seu celular tocou novamente. Ele atendeu e ficou ouvindo com muita atenção até soltar um sorriso para em seguida desligar.

ZUKO – Acho que vai mudar de idéia quando a nossa lentidão, InuYasha.

INUYASHA – O que foi?

ZUKO – Segundo a Agência Imperial, Suke está em uma lista de suspeitos de ser um dos antigos colaboradores de Naraku. Um dos poucos que não foram condenados. Falta de provas.

INUYASHA – Qual a ligação?

ZUKO – Ele cuidava das finanças de uma subsidiária do Grupo Naraku.

INUYASHA – Mas a ligação com Naraku é real?

ZUKO – Parece que é. Acho que achamos a pessoa que movimentava secretamente o dinheiro para a operação que Natsume realizou.

INUYASHA – Bem, esse Suke parece ser apenas um burocrata. O assunto dele só pode ser referente á dinheiro.

ZUKO – Agora só cabe esperar.

E assim InuYasha e Zuko ficam de tocaia perto da casa de Suke e enquanto isso na sede do partido trabalhista, mais precisamente em uma sala reservada para ela, Kagome estava, sentada á mesa, lendo um resumo da pauta a ser discutida até que naquele momento a porta da sala se abre aparecendo Miroku, que já foi logo entrando.

MIROKU – Olá.

KAGOME – Oi. (ela para de ler e se levanta para cumprimentá-lo) – Que bom que veio, amigo.

MIROKU – Eu me encontrei com Tanuki lá embaixo. Soube que ele mandou alguém pegar Genku para trazer aqui para você.

KAGOME – É sim. InuYasha e Shippou estão ocupados. A minha vida será assim daqui para frente. Cada vez menos tempo para meus filhos. Acho que devo seguir o conselho do Tanuki e contratar um babá.

MIROKU – Isso ajudaria muito.

KAGOME – Mas eu também disse que não gostaria de uma desconhecida e por isso pensei que Soten poderia ocupar esse cargo. O que acha?

MIROKU – Sinceramente Kagome, não sei se é boa idéia.

KAGOME – Já sei! Aposto que está se referindo ao constrangimento dela ter que tomar conta do irmão do ex- namorado dela e...

MIROKU – Isso não tem nada a ver, Kagome. Estou me referindo aos estudos dela. Soten está cinco anos atrasada e por isso terá que estudar em tempo integral.

KAGOME – Eu compreendo.

MIROKU – Mas essa é minha opinião. Você pode perfeitamente falar com ela. Soten já tem 18 anos e ela decide como quer seguir a vida. Sou apenas um espectador. (ele olha no relógio) – Ela deve estar em um encontro nesse momento. Mas nossos filhos não são o assunto pelo que me trouxe aqui, não é?

KAGOME – Exato! Você me conhece bem, Miroku. Sou uma mulher direta, portanto sem rodeios. (ela respira fundo) – Eu quero que seja o chefe da minha campanha.

MIROKU – Olha Kagome, eu fico lisonjeado com seu pedido, mas acho que não é uma boa idéia se lembrarmos que eu até te seqüestrei. Eu nem sei se é bom eu me manter filiado ao partido e...

KAGOME – Eu sei que nem depende de mim, mas minha vontade tem muito valor por ser a candidata oficial. Ouça Miroku, eu preciso que assuma esse cargo para que minha campanha não seja sabotada.

MIROKU – Está falando de Ungai?

KAGOME – Sim. Eu estava lendo a pauta da reunião e nela deixa muito claro que ele é a favor de uma campanha mais agressiva. Essa tendência é apoiada até por Gakusajin.

MIROKU – Não vejo nenhum absurdo nisso, Kagome. Eu já participei de várias campanhas e isso é bastante normal. O fato de a maioria apoiar uma tendência não significa necessariamente que ela será usada. Depende de como está nas pesquisas de opinião.

KAGOME – Mas é por todo seu conhecimento e experiência que te quero como meu chefe de campanha.

MIROKU – Ok Kagome, eu coloco meu nome a disposição, mas meu nome tem que ser aceito pela cúpula. Não vou trabalhar sem apoio, correto?

KAGOME – Correto! É justo.

Naquele momento Tanuki abre a porta aparecendo diante dos dois.

TANUKI – Já está na hora.

KAGOME – Já estamos indo.

Depois disso, os três saem da sala para irem até a reunião partidária e enquanto isso ainda dentro de seu carro, mas ainda sob a mira de uma arma por parte de Gatenmaru, Haruy falava com Elisa.

ELISA – O que ele quer exatamente?

HARUY – Ele quer garantias de que não machucaremos nem ele, nem Kanna e o filho dela.

ELISA – Haruy! Coloque no viva-voz. Quero falar com Gatenmaru.

HARUY – Ok.(ele olha para Gatenmaru) – Vou colocar no viva-voz porque ela quer falar com você.

Gatenmaru faz um sinal positivo com a cabeça e assim Haruy, cuidadosamente e sem fazer movimentos bruscos, aperta um botão no seu celular colocando o aparelho no viva-voz.

GATENMARU – Estou ouvindo.

ELISA – Gatenmaru, você saber perfeitamente que você e sua prima não nos interessam. Vocês são inimigos de Naraku.

GATENMARU – Mas pelo que soube, vocês são aliados agora.

ELISA – Aliados por conveniência, mas não foi planejado. E também não é uma aliança leal, pois desconfiamos de que Hideki esteja vendendo algo para alguém ligado a Naraku. Provavelmente algo ligado á sua prima.

GATENMARU – Eu sei. Yuri fez o parto de Kanna. Seja o que for que Hideki pegou na casa de Konshu tem a ver com Kanna.

ELISA – E você sabe o que é?

GATENMARU – Não sei ao certo, mas deve ser algo que implica todos vocês. Daí vem o interesse de Naraku.

ELISA – Ok, vamos ao acordo. Não posso prometer que não farei nada contra você ou sua prima, mas não posso deixar que a informação que Hideki descobriu sobre Kanna seja entregue a Naraku, portanto fica estabelecido que Haruy vai te ajudar a recuperar essa informação.

GATENMARU – Saiba que se essa informação for o que penso, eu vou te chantagear.

ELISA – Melhor você do que Naraku.

GATENMARU – Essa oferta está boa demais para acreditar.

ELISA – Ou aceita isso ou será caçado por Naraku e Natsume. Sua prima também vai virar uma caça, ou acha que Naraku esquecerá o que ela foi uma das responsáveis por sua prisão.

GATENMARU – Acho que não tenho escolha. Vou arriscar.

Nesse momento Haruy desliga o celular e Gatenmaru abaixa a arma. Nesse momento Haruy saca a arma dele e aponta contra a cabeça de Gatenmaru.

HARUY – Agora você vai morrer.

GATENMARU – Você não vai atirar, pois se fizer isso vai jogar no lixo a chance de pegar Hideki.

HARUY – Eu já estou na cola dele sem sua ajuda. Não preciso de você.

GATENMARU – Tem certeza? Se estiver se referindo a seguir a mulher que trabalha nesse local, saiba que você já foi enganado. Provavelmente ela nem mais esteja aí.

Ao ouvir aquilo Haruy, á princípio, não acreditou nas palavras de Gatenmaru, mas diante da fisionomia confiante deste, começou a desconfiar. Por isso ele resolveu algemar Gatenmaru no carro, para que este não fugisse, e depois entrou na confecção de roupas e lá dentro ele tentou avistar Runy, mas não conseguiu encontrá-la. Ela não estava mais no local.

 

Próximo capítulo = Um longo adeus – parte 2


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