Noite sem Fim escrita por TreinadorX


Capítulo 75
O início da missão derradeira - parte 1




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/12481/chapter/75

Ainda muito assustado com a atitude intempestiva de Ryoma, que estava ameaçando sua esposa com uma arma, Roji tranca as portas de sua residência á mando do irmão.


ROJI – O que você quer, Ryoma?


RYOMA – Eu preciso dos seus códigos de acesso da companhia de eletricidade.


ROJI – Para que?


RYOMA – Isso não é problema seu. Dê-me os códigos e nada acontecerá com sua esposa. Você tem a minha palavra.


ROJI – Sua palavra?! Há 15 anos você me deu sua palavra de que não estava envolvido em corrupção na Agência Imperial e depois vimos o que houve. Você foi preso e eu quase perdi meu emprego por isso, portanto sua palavra não vale nada.


RYOMA – Isso não importa. Eu estou com a arma. (apontando contra a cabeça de Joy) – Quer que eu estoure os miolos dela?


ROJI – NÃO!


RYOMA – Então faça o que mandei.


JOY – Socorro, Roji.


ROJI – Calma, meu amor. Tudo vai ficar bem. (ele olha para o irmão) – Olha Ryoma, tem um problema. As coisas mudaram nesses últimos anos. Agora só tem acesso quem trabalha no local, através da digital.


Ryoma ri daquelas palavras para depois jogar Joy para junto de Roji.


JOY – Eu estou com medo, amor. (abraça o marido)


ROJI – Vai ficar tudo bem, amor. Não vou permitir que ele te machuque.


JOY – Eu falei que deveria continuar com os agentes imperiais e...


RYOMA – Calem a boca os dois! (ele aponta a arma) – Silêncio.


Ainda com a arma apontada contra o casal, Ryoma pega seu celular e começa a discar para o numero do celular de Natsume, que naquele momento estava em seu novo esconderijo falando com um grupo de capangas mercenários sobre os detalhes da missão deles. Ela atende o aparelho.


NATSUME – Fale.


RYOMA – Temos um problema.


NATSUME – Qual?


RYOMA – Meu irmão disse que é necessário a digital dele ter acesso á companhia de eletricidade.


NATSUME – Ele é seu irmão. Acha que ele está falando a verdade?


RYOMA – Roji sempre foi o certinho da família. Sim, ele está falando a verdade. Não arriscaria a vida da esposa.


NATSUME – Pode cuidar de tudo?


RYOMA – Posso. É possível que esse empecilho atrase um pouco. Foi por isso que liguei.


NATSUME – Está bem. Ozai já pegou as coordenadas. Vá agora mesmo.


RYOMA – Só tenho que cuidar de algumas coisas e depois vou.


Natsume desliga seu celular e volta a falar com os capangas sobre a missão.


NATSUME – Eu quero que estejam todos á postos para a missão. Esse é o momento decisivo.


Todos os capangas consentiram com a cabeça as palavras de Natsume. Eles eram cerca de vinte homens, todos bem armados. Eles eram mercenários com grande experiência no submundo do crime. Eram antigos contatos de Naraku que Natsume recrutou para a missão e enquanto isso em sua casa, Sesshoumaru acabara de falar, pelo celular com o editor-chefe do jornal onde trabalha enquanto InuYasha estava e frente ao laptop.


SESSHOUMARU – O meu chefe não tem como fornecer essa informação.


INUYASHA – Eu não queria chegar á esse ponto, mas não temos alternativa a não ser contar á Agência Imperial.


SESSHOUMARU – Deve haver outra maneira.


Naquele momento o celular de InuYasha começa a tocar e ao ver o numero no visor, ele não reconhece e acha estranho, mas mesmo assim atende o aparelho.


INUYASHA – Alô.


MIDORIKO – Alô senhor InuYasha. Sou a promotora Midoriko. Acho que se lembra de mim.


INUYASHA – Claro, senhora, mas, com todo respeito, porque está me ligando?


MIDORIKO – Eu fiquei sabendo, através do seu amigo Miroku, que você e seu irmão estão precisando de ajuda para encontrar o nome do dono de conta bancária, não é mesmo?


INUYASHA – Miroku disse isso?


MIDORIKO – InuYasha, me escuta. Eu sei que depois de tudo que você e sua família passaram com o seqüestro de Kagome é compreensível que não confie nas autoridades, mas saiba que quero ajudar. Sei que não querem a ajuda da Agência Imperial por acharem que eles estão escondendo coisas. Saiba que penso o mesmo.


INUYASHA – Vou ter que falar com Sesshoumaru.


MIDORIKO – Não demore, InuYasha.


InuYasha coloca a mão no fone do celular para depois olhar para o meio irmão.


INUYASHA – A promotora Midoriko quer nos ajudar. O que acha?


SESSHOUMARU – Qual o interesse dela?


INUYASHA – Ela pensa o mesmo que nós. Que a Agência Imperial está ocultando algo grave.


SESSHOUMARU – Midoriko sempre foi uma pessoa de comportamento reto e coerente. Acho que podemos confiar nela.


INUYASHA – Ok. (ele volta a falar com ela) - Tudo bem, senhora. Miroku sempre falou bem da senhora.


MIDORIKO – Obrigada pela confiança.


INUYASHA – Saiba que a senhora tem que fazer isso sem passar pelos tramites legais. A Agência Imperial está monitorando tudo.


MIDORIKO – Eu sei disso e também sei como conseguir essa informação sem que a Agência Imperial saiba. Envie os dados da conta para meu fax.


INUYASHA – Sesshoumaru irá fazer isso.


MIDORIKO – Entro em contato quando conseguir algo.


Midoriko, que está guiando seu carro rumo ao seu escritório, desliga seu celular para voltar a se concentrar no volante e enquanto isso na casa do irmão gêmeo, Ryoma só ajeitava o cabelo para ficar com o mesmo penteado do irmão. Roji e Joy, que estavam amarrados, observavam toda a cena.


ROJI – O que você pretende, Ryoma?


RYOMA – Você pergunta muito, Roji.


ROJI – Seu desgraçado. Você envergonhou a memória do papai e...


RYOMA – Cale a boca. Cale a boca. (ele saca a arma e aponta contra a cabeça do irmão) – Não fale do nosso pai. Ele sempre gostou mais de você.


ROJI – A verdade dói, não?


RYOMA – Mas vai doer mais em você, maninho.


JOY – Por que está fazendo isso? Ele é seu irmão. Não tem misericórdia?


RYOMA – Misericórdia?! Ele não teve misericórdia comigo quando a Agência Imperial me expulsou á 10 anos e não quis me ajudar.


ROJI – Você se aliou com um bandido para prejudicar um inocente.


Roji estava se referindo á Onigumo quando falou em bandido e á Kohaku quando falou em inocente lembrando que Ryoma ajudou Onigumo ao incriminar Kohaku sobre um grande desvio do grupo Naraku, mas tudo foi esclarecido co ajuda de InuYasha, como Motoqueiro Noturno, e Miroku como advogado de Kohaku. Todas essas recordações irritavam Ryoma.


RYOMA – Não vim discutir o passado. (ele vai até a janela para ver o lado de fora) – O caminho está livre. (ele aponta a arma contra o irmão enquanto o libertava das cordas) – Tire o carro da garagem.


ROJI – Não vou sair de perto da minha esposa.


RYOMA – Ok! (ele aponta a arma contra a cabeça de Joy) – Diga adeus á sua esposa.


ROJI – Ta bom! Ta bom! Eu vou.


RYOMA – Lembre-se! Sua esposa está comigo.


Roji sai da casa para ir á garagem a fim de tirar o carro de dentro dela. Ryoma olhava tudo através da janela e ao ver o carro saindo da garagem, olhou para Joy, que ficou assustada ao vê-lo colocando um silenciador na arma.


JOY – O que foi?


RYOMA – Adeus, cunhada.


Sem hesitar, Ryoma apontou a arma e atirou contra o peito de Joy, que tem morte instantânea. Como a arma estava com o silenciador, Roji não ouviu o disparo. Ryoma, tranquilamente, sai da casa e vai ao encontro de Roji que nem imaginava o que tinha acontecido com a esposa.


RYOMA – Entre no carro. Vamos ao seu trabalho.


ROJI – Onde está Joy?


RYOMA – Eu a amordacei para não gritar. Preciso só de você. Quando me colocar lá dentro, tudo estará terminado e poderá ligar para sua esposa.


ROJI – Pode me matar, mas não faça nada contra a minha esposa.


RYOMA – Quanto mais cedo me ajudar, mais cedo irá rever sua esposa. Agora vamos. Você dirige.


Ryoma entra no carro se sentando no banco de trás e Roji vai para a direção do veículo e assim partem e enquanto isso Kagome e Rin estavam chegando ao prédio onde estava instalado o comitê eleitoral de sua campanha. As duas eram conduzidas pelos seguranças contratados pela direção do partido até que Tanuki aparece diante delas.


TANUKI – Pode deixá-las comigo. (os seguranças se afastam) – Oi para as duas. (ele se juntas as duas e assim os três caminham pelos corredores)


KAGOME – Tanuki! Como está Botan?


TANUKI – Ainda muito arrasada e inconformada com as acusações que a irmã recebeu.


RIN – Eu tinha uma implicância com Momiji devido á Sesshoumaru, mas devo confessar que é muito estranho esse caso dela com o marido da secretária de Ryukosei.


TANUKI – É, mas não há nada o que se possa fazer.


Os três chegam á sala onde haviam vários correligionários do partido trabalhista que estavam dispostos a preencher os cargos da campanha. Assim que perceberam que se tratava de Kagome, todos começaram a bater palmas para ela por tudo que ela passou no dia anterior, quando foi seqüestrada, mas essas mesmas pessoas se surpreenderam com a presença de Rin entre eles, pois ela não era membro do partido.


KAGOME – Para quem não sabe, essa é minha co-cunhada, Rin.


RIN – Olá á todos.


KAGOME – Pois bem. (ela coloca o braço em volta do ombro da amiga) – Eu quero que saibam que Rin será minha porta-voz na campanha.


RIN – O que?!


Aquela declaração surpreendeu não só a própria Rin como também os outros presentes na sala. Um desses presentes era Ungai, um político ligado ao grupo de Gakusajin.


UNGAI – Escolher sua co-cunhada como porta-voz é um tanto inusitado. A direção do partido já preparou uma lista de indicação para todos os cargos.


KAGOME – Essa reunião é para definir a equipe de campanha, não é mesmo? Eu indico Rin para esse cargo e ponto final.


UNGAI – Escute, Kagome. (ele da a volta na mesa para ficar frente a frente com Kagome) – Não duvido da competência da sua amiga, mas ela não tem experiência política.


KAGOME – Há cinco anos eu também não tinha experiência política, mas isso não me impediu de ser eleita vereadora e, além disso, estamos falando de um cargo não político. Rin terá apenas que informar os jornalistas sobre os detalhes da campanha, agendar entrevistas e responder questionamentos em meu nome. Ela é perfeitamente capaz.


UNGAI – Faltam dois meses para a eleição. Estamos muito atrás de Ryukosei e não devemos arriscar nossa campanha com favorecimentos familiares e...


KAGOME – Senhor Ungai! Com todo respeito o senhor sendo vice na minha chapa, tem todo direito de argumentar o que quiser, mas lembre-se que sou eu que encabeça a chapa, portanto minha opinião tem mais valor.


UNGAI – Eu também queria que lembrasse que só foi escolhida candidata porque Gakusajin desistiu das prévias. Sabe tanto quanto eu que não venceria a disputa.


Kagome ficou um pouco irritada com aquela argumentação de Ungai, mostrando que a convivência com seu vice seria algo um pouco complicado. Percebendo o clima pesado, Tanuki resolve se manifestar ficando entre os dois.


TANUKI – Já chega disso. (ele olha para Ungai) – Não importa em que circunstância Kagome foi escolhida. Ela é nossa candidata e devemos apoiá-la. A escolha ou não de Rin para o cargo será discutido. É para isso que estamos aqui.


UNGAI – Está bem.


TANUKI – Obrigado. (depois ele olha para Kagome) – O questionamento de Ungai é pertinente e válido. O fato de querer contratar sua co-cunhada pode levantar a suspeita de que você privilegiará parentes caso seja eleita.


KAGOME – Não estou escolhendo Rin porque é minha co-cunhada e sim pela sua competência.


TANUKI – Eu sei disso. Todos aqui sabem disso, mas estamos falando dos eleitores. Você sabe muito bem que um político tem que ser como a mulher de Cesar. Não basta ser séria, tem que parecer séria.


KAGOME – Eu sei, mas se tratarmos isso de forma transparente, não restará dúvidas nos eleitores. E aqueles que criticarem é porque já são eleitores de Ryukosei.


TANUKI – Como quiser. Vamos nos sentar a mesa.


KAGOME – Ta. (ela olha para Rin) – Eu quero que você sente do meu lado.


RIN – Ta bom.


Rin se sentia meio desconfortável em ver que Kagome estava enfrentando pressão partidária por causa dela e enquanto isso Sango e Guy estavam acabando de retornar ao departamento de polícia onde são recebidos por Azuma.


AZUMA – Chegaram bem na hora. Vamos logo. (ele anda para sua sala)


SANGO – O que está acontecendo, Azuma?


Sango e Guy seguem Azuma e assim os três entram na sala onde podiam ver um telão que estava conectado á um link digital. Azuma resolve responder a pergunta de Sango segundos atrás.


AZUMA – Haverá uma teleconferência entre as várias agências de investigação.


GUY – É sobre Natsume?


AZUMA – Não me adiantaram detalhes, mas acredito que sim. Achei que estariam curiosos em assistir, mas peço que fiquem calados. Abi pode não gostar.


SANGO – Será que a pegaram?


Antes que a pergunta de Sango pudesse ser respondida, apareceram dois quadros de imagem. Uma de Abi, direto da Agência Imperial, e a outra de Rambari, novo chefe da Segurança Interna. Os dois mais Azuma estavam interligados pelo link digital.


ABI – Senhor Azuma, senhor Rambari. Obrigado por me atenderem.


RAMBARI – Qual a natureza dessa ligação?


ABI – Tentarei ser breve. Meia hora atrás estivemos no esconderijo de Natsume, mas ela não estava mais lá. Encontramos apenas corpos de dois homens. Um deles era de Kageroumaru, um de nossos informantes.


AZUMA – Desculpe-me, mas se não me engano, Kageroumaru era um foragido igual á Natsume.


ABI – Mas Kageroumaru foi beneficiado com o programa de delação premiada. Ele entrou em contato com a gente para delatar os planos de Natsume e em troca receberia redução da pena.


RAMBARI – Ele contou alguma coisa?


ABI – Não muito. Acredito que ele estivesse barganhando para conseguir o perdão, mas o Imperador era contra o perdão.


AZUMA – A senhora disse que acharam dois corpos. De quem é o outro?


ABI – De Takeshi. Antigo membro do ‘Vitória para a humanidade’ e pai de Momiji. Esse é um dos motivos que entrei em contato com o senhor, capitão. Preciso que envie para nós os relatórios sobre o assassinato de Momiji.


AZUMA – Então acha que tem alguma ligação com a morte de Takeshi?


ABI – Se tem ou não é algo que pretendo descobrir. Senhor Rambari.


RAMBARI – Sim?


ABI – Achamos também que Natsume está tendo ajuda de estrangeiros. Pelo menos foi isso que Kageroumaru nos adiantou. Acho que Natsume descobriu isso e o sacrificou sem piedade explodindo o esconderijo. Quero que o senhor me faça uma lista de todos os estrangeiros que adentram nosso país nos últimos meses e verifique se algum deles tem ligação com grupos terroristas. Depois envie o que descobrir para mim.


RAMBARI – Será feito?


AZUMA – O mesmo digo sobre os relatórios do assassinato de Momiji.


ABI – Obrigado aos dois. Sei que não estou compartilhando informações, mas posso assegurar que faço isso pela segurança nacional.


O link digital é desfeito e assim Sango e Guy podem se manifestar.


SANGO – Vai enviar os relatórios do assassinato de Momiji?


AZUMA – Não tenho escolha. Nesse caso estão acima de nós.


GUY – Mas eles já não estavam com esses relatórios?


SANGO – Sim, mas quando não descobriram nada, mandaram de volta. Agora eles o querem de novo.


AZUMA – Guy, pode cuidar disso para mim. Eu tenho que ligar para o prefeito.


SANGO – O que?! Vai falar com Ryukosei?


AZUMA – Sango! Eu sei que não gosta dele, mas ele ainda é o prefeito dessa cidade, portanto meu chefe. Ele vai saber dessa decisão cedo ou tarde.


SANGO – Mas...


GUY – O capitão está certo, Sango. Vamos.


Conformada, Sango sai da sala junto com Guy deixando Azuma sozinho para fazer a ligação para o prefeito. Do lado de fora da sala Sango ainda estava inconformada.


SANGO – Azuma deveria pressionar mais Abi a fim de que ela contasse o que a Agência Imperial está escondendo.


GUY – Eu já lhe disse que é sobre a segurança do Imperador. Pelo menos foi isso que Abi falou no meu interrogatório.


SANGO – Mas eu não acho que seja só isso. Tem mais alguma coisa.


GUY – Seja como for, Azuma está de mãos atadas. A Agência Imperial está no controle dessa investigação e...


Guy para de falar ao ver Koharo entrando no departamento vindo em sua direção. Mesmo com o constrangimento evidente, ela resolve falar com eles.


KOHARO - Como vão?


SANGO – Bem.


GUY – O que veio fazer aqui?


KOHARO – Pegar minhas coisas pessoais.


GUY – Ok.


KOHARO – Guy. Espere. Podemos conversar?


GUY – Não! Estou muito ocupado no momento. Tenho muito que fazer.


Guy se afasta para fazer o que Azuma lhe pediu minutos atrás deixando Koharo e Sango sozinhas. A detetive resolve se manifestar.


SANGO – Não foi uma boa hora para falar com ele.


KOHARO – Eu sei. Ele ainda tem raiva de mim. E por que não teria? Por minha causa ele foi preso e torturado.


SANGO – Dê um tempo á ele. Eu conheço muito pouco Guy, mas pelo pouco que conheci, ele é um homem razoável.


KOHARO – Sim, ele é um bom homem. (ela sorri) – Eu vou pegar minhas coisas e...


SANGO – Koharo.


KOHARO – Sim?


SANGO – Você vai ver Miroku hoje?


KOHARO – Mais tarde. Ele me ligou dizendo para encontrá-lo no fim da tarde na casa dele. É algo sobre a educação de Soten. Depois que pegar minhas coisas, vou falar com algumas escolas que tem supletivo para que Soten não fique muito atrasada nos estudos, afinal ela ficou cinco anos em um templo. (sorrindo)


SANGO – E o Miroku pediu que você cuidasse disso? Ele confia bastante em você para pedir uma coisa dessas.


KOHARO – Sango. Não é o que está pensando. Miroku só me vê como uma grande amiga. (ela fica com um olhar triste) – Acho que no fundo sempre foi assim, mesmo quando chegamos a ter um relacionamento mais íntimo. Uma amiga.


SANGO – Sei.


KOHARO – É verdade, Sango. E tem mais. Tenho certeza que ele ainda te ama, mas as coisas são meio confusas quando se fica cinco anos separados. Devia seguir seu próprio conselho. Dê um tempo á ele.


Depois de falar essas palavras, Koharo se afasta deixando Sango pensativa sobre aquelas palavras e enquanto isso em um bairro nobre de Tóquio, mais precisamente em um restaurante de luxo, Ryukosei acabara de se reunir com um grupo de vereadores, que confirmaram o apoio a sua reeleição. Isso deixou Ryukosei bem alegre e satisfeito. Naquele momento, Rakusho apareceu diante dele para se manifestar.


RAKUSHO – Tem um minuto, senhor prefeito?


RYUKOSEI – Claro. A reunião acabou mesmo. (ele olha para o grupo de vereadores) – Aproveitem o almoço.


Todos os vereadores do grupo sorriram para o prefeito, consentindo na sua afirmação e assim Ryukosei se levanta á mesa para ir junto com Rakusho para um canto mai isolado do restaurante.


RYUKOSEI – Consegui mais apoio. Isso me dará mais tempo na TV. Meu tempo será mais do que o dobro do que o de Kagome.


RAKUSHO – Isso é muito bom senhor prefeito, mas acabo de receber um telefonema do capitão Azuma.


RYUKOSEI – O que ele disse?


RAKUSHO – Segundo Azuma, a Agência Imperial encontrou o esconderijo de Natsume, mas ela não estava lá, mas os agentes encontraram dois corpos. Um de Kageroumaru e o outro de Takeshi.


Ryukosei ficou de costas, pois não era surpresa para ele, já que foi o próprio Ryukosei que matou Takeshi. Ele não queria falar com Rakusho sobre sua aliança com Natsume, mesmo que tivesse intenção de dar a volta nela.


RYUKOSEI – Então Takeshi estava mesmo com Natsume? (fingindo surpresa)


RAKUSHO – Sim. A Agência Imperial pediu de volta o relatório sobre o assassinato de Momiji. Querem ligar os dois casos. Isso pode nos prejudicar, senhor já que foi Ling, sua secretária, quem matou Momiji.


RYUKOSEI – Acha que isso pode abalar minha campanha?


RAKUSHO – Claro que pode! Acho que devemos montar uma estratégia de defesa e...


RYUKOSEI – Não! Não vamos ficar na defesa. Devemos jogar no ataque.


RAKUSHO – No ataque?! O que o senhor sugere?


RYUKOSEI – Esse caso de Ling com Momiji é algo difícil de chegar até a mim, mas mesmo assim é melhor prevenir do que remediar. Kagome é nossa maior adversária. Vamos procurar qualquer coisa que desabone a campanha dela. Caso esse assunto Momiji e Takeshi chegue a mim, usaremos o que descobrimos sobre Kagome.


RAKUSHO – Acho que essa é a melhor estratégia mesmo.


Precavido quanto á sua campanha, Ryukosei não queria dar sopa para o azar e assim buscaria qualquer coisa que pudesse ser usada contra Kagome e enquanto isso Miroku chegava no prédio da promotoria de justiça enfrentando olhares curiosos dos vários promotores presentes, que estranhavam a presença dele ali.


MIROKU – “Acho que vai ser difícil recuperar minha reputação”. (pensando)


Embora sentisse um pouco aquela rejeição, Miroku preferiu ignorar todos os olhares e foi direto para a sala de Midoriko, que naquele momento tinha acabado de falar com alguém pelo telefone enquanto escrevia um nome em um pedaço de papel.


MIDORIKO – Obrigada. (desligando o telefone e depois olhando para Miroku) – Chegou em boa hora. (ela se levanta á mesa)


MIROKU – Descobriu algo, promotora?


MIDORIKO – Sim. (ela tranca a porta para ninguém pudesse interrompê-los) – Eu consegui o nome do dono da conta. (ela entrega o pedaço de papel á ele) – Ligue para seu amigo enquanto tento encontrar o endereço desse sujeito.


Midoriko volta a se sentar a mesa onde começa a mexer no seu computador enquanto Miroku, depois de ler o nome, começa a usar seu celular para ligar para o celular de InuYasha, que naquele momento estava com Sesshoumaru.


INUYASHA – Alô.


MIROKU – Sou eu, InuYasha. Estou aqui na sala da Midoriko. Ela conseguiu descobrir o nome do dono da conta.


INUYASHA – Espere. Vou colocar no viva-voz para que Sesshoumaru possa ouvir também. (ele aperta um botão e deixa o aparelho em cima da mesa) – Pode falar Miroku.


SESSHOUMARU – Quem é o dono da conta?


MIROKU – É um homem chamado Ozai.


SESSHOUMARU – Ozai?! Não pode ser.


INUYASHA – Quem é ele, Sesshoumaru?


SESSHOUMARU – É o faxineiro do jornal. Eu não acredito que essa conspiração foi tão longe.


MIROKU – Midoriko está tentando encontrar o endereço atual dele, pois o que ele deu no jornal é falso.


INUYASHA – Ok, Miroku. Ligue-me quando descobrirem o verdadeiro.


InuYasha desliga seu celular para depois observar Sesshoumaru que ainda estava surpreso com aquela revelação e enquanto isso dirigindo seu carro, Roji passava pela segurança da companhia de eletricidade, que nem desconfiava que Ryoma estava no banco de trás. Depois dessa passagem, o carro entrou no estacionamento e assim ambos saíram do carro.


RYOMA – Ótimo, maninho. Fez bem em não me delatar.


ROJI – Eu já te trouxe aqui. Agora quero saber sobre minha esposa.


RYOMA – Sua esposa?! (ele sorri diabolicamente) – Sua esposa está morta. (ele saca sua arma) - Assim como você.


ROJI – O que?! Mas...


Roji nem tem tempo de terminar a frase porque foi acertado por um tiro disparado morrendo instantaneamente. Lembrando que a arma continuava com um silenciador o que impediu que o disparo fosse ouvido pelos outros funcionários da companhia. Tendo apenas o cuidado de não ser visto pelas câmeras de vigilância, ele tira o uniforme do irmão para que ele mesmo usasse. Assim todos os funcionários pensariam que se tratava de Roji. Depois disso, Ryoma abre o porta-malas do carro e coloca o corpo de Roji lá dentro, mas antes de fechar o porta-malas, ele tira uma faca do bolso.


RYOMA – Ainda falta algo, maninho.


Sem hesitar, Ryoma, com a faca, corta o dedo polegar de Roji para depois fechar o porta-malas. Depois disso, ele sai do estacionamento e vai para o setor estratégico da companhia e ao chegar na porta, ele usa o dedo polegar do irmão para efetuar a identificação digital a qual a porta pedia. Como a digital era de Roji, o acesso foi autorizado e assim Ryoma estava dentro da companhia.


 


Próximo capítulo = O início da missão derradeira – parte 2


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Noite sem Fim" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.