Noite sem Fim escrita por TreinadorX


Capítulo 73
Uma grande decisão - parte 3




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Satsuki e Sara retornaram ao funeral de Momiji, que já tinha acabado com o enterro do seu caixão. Sesshoumaru, acompanhado de Rin, vai até ás filhas.


SESSHOUMARU – Demoraram muito. Onde se meteram afinal?


SATSUKI – Nós encontramos Soten e Tamira e ficamos conversando. Foi isso. (ela olha para Sara) – Não é?


SARA – Isso mesmo, papai.


RIN – Você e Soten conversando?! Isso é meio inusitado levando em conta as circunstâncias, não acha?


SATSUKI – Olha querida madrasta. Nós não brigamos se é o que está pensando. Só esclarecemos alguns pontos. Só isso.


SESSHOMARU – Que seja. (ele observa InuYasha, Kagome e Shippou conversando com Tanuki) – A gente tem coisas para discutir. (ele volta a olhar para a filha mais velha) – Vamos ver o que o pai do seu filho irá dizer.


RIN – Muitas coisas devem ser ditas nessa reunião.


Satsuki estranhou o olhar reprovador de Rin, mas nem desconfiava de que a madrasta sabia da verdade de que o filho que ela esperava não era de Shippou e assim Sesshoumaru e sua família entram no carro do jornalista para irem para casa dele onde seria feita a reunião enquanto Kagome, sendo observada por InuYasha e Shippou, continuava a conversar com Tanuki.


KAGOME – Tem certeza que não pode adiar essa reunião partidária? A irmã da Botan acabou de ser enterrada.


TANUKI – Eu sei disso, Kagome, mas nós já estamos muito atrasados em relação á Ryukosei. Não podemos mais perder tempo. Temos que definir a equipe de campanha.


KAGOME – Já que é assim, eu tenho um nome em mente e... (InuYasha se aproxima dela)


INUYASHA – Kagome. Precisamos ir.


KAGOME – Eu já vou, amor. (ela volta a dar atenção á Tanuki) – Eu tenho uma questão familiar no momento. Depois apareço na reunião, ok?


TANUKI – Ok. Eu vou levar Botan até a casa dela e ficarei lá até chegar uma amiga dela. Não quero deixá-la sozinha em um momento desses.


KAGOME – Tudo bem. (ela pega na mão dele) – Você é um bom amigo, Tanuki.


TANUKI – Eu tento ser.


Tanuki exibe um singelo sorriso e depois Kagome se junta ao marido e filho para irem embora do cemitério com destino á casa de Sesshoumaru e enquanto isso em um escritório no centro da cidade, Ryukosei, acompanhado pela esposa Elisa, estava tendo uma reunião com Hank, um empresário americano que era um dos financiadores de sua campanha política. Os três estavam sentados.


RYUKOSEI – Senhor Hank, não precisa se preocupar. Com a desistência de Gakusajin vai ser mais fácil me reeleger.


HANK – Está muito confiante, não?


RYUKOSEI – Kagome é só uma novata. Não tem a menor chance de vencer uma raposa da política como eu. (sorrindo)


ELISA – Cuidado, querido. Essa Kagome pode ser um adversário mais forte do que pensa. Afinal ela tem baixa rejeição e é uma cara nova que pode agradar os eleitores indecisos.


HANK – A sua esposa tem razão, Ryukosei. (ele se levanta de sua cadeira e da a volta na mesa para ficar no meio do casal) – Tem muita coisa em jogo, meu caro Ryukosei. Precisa se reeleger para ter acesso á informações valiosas para nossa missão de derrubar a Monarquia.


RYUKOSEI – Eu sei disso, senhor.


HANK – Portanto vou dar um jeito de injetar mais dinheiro na sua campanha.


ELISA – Não seria melhor esperar a divulgação da primeira pesquisa de intenção de votos. Caso Kagome ainda esteja lá embaixo, não será necessário gastar mais.


HANK – Tem razão, mas mesmo assim vamos adiantar as coisas para não sermos pegos de surpresa. Vou entrar em contato com outros colegas nossos para discutirmos essa idéia.


RYUKOSEI – Entendo, mas não poderei ficar. Tenho uma reunião política com alguns vereadores. (ele olha para o relógio de pulso) - Mas Elisa pode ficar e me passar os detalhes depois.


ELISA – Confia em mim para isso?


RYUKOSEI – Mas é claro, meu amor. (ele a beija) – Confio em você cem por cento.


HANK – Depois peça ao seu chefe de campanha para entrar em contato comigo.


Naquele momento um dos empregados de Hank aparece no escritório conduzindo Rakusho, secretário de segurança publica, para o local.


RAKUSHO – Senhor Hank. Como vai?


HANK – Vou bem, Rakusho. Mas e você? Ryukosei me contou o que houve com seu neto. Que coisa terrível.


RAKUSHO – Foi terrível sim, mas agora tudo está bem. Infelizmente ele e o pai resolveram sair do país. Acho que eles me culpam pelo que aconteceu. (ele tenta sorrir) – Isso são águas passadas. Temos que seguir em frente. (ele olha para Ryukosei) – Vamos, senhor prefeito? Não vai querer deixar os vereadores esperando.


RYUKOSEI – Ok. (ele volta a olhar para Elisa) – Meu amor. Pode ficar com o carro oficial. Eu vou no carro de Rakusho.


ELISA – Claro.


Ryukosei e Rakusho saem do escritório de Hank deixando-o sozinho com Elisa. Ao ver que eles tinham entrado no elevador, Elisa volta para o interior do escritório e tranca a porta para em seguida sorrir para Hank.


ELISA – Viu como ele não desconfia de nada?


HANK – Eu vi. Você realmente é uma ótima atriz. Foi muito bom tê-la convocado para essa missão. (ele fica sério) – Entre em contato com Natsume.


Elisa pega seu celular e liga para Natsume, mas ao fazer isso ela deixa o aparelho no viva-voz para assim ambos poderem conversar com a ex. amante de Naraku, que naquele momento estava um pouco impaciente andando de um lado para outro e para de fazê-lo com o toque do celular.


NATSUME – Alô.


HANK – Sou eu, Natsume. (ele olha para Elisa) – Está no viva-voz. Elisa está comigo.


NATSUME – Finalmente ligaram. Já estava fazendo um buraco aqui de tanto andar de um lado para outro á espera de notícias. O que tem para mim?


HANK – Ótimas notícias, minha cara. Minha equipe nos EUA conseguiu decifrar o código fornecido por Zuza.


Ao ouvir aquela notícia, Natsume sentiu uma imensa alegria. Os seus esforços e sacrifícios de anos e anos estavam prestem a dar fruto, pois o código fornecido por Zuza era a respeito de um perigoso prisioneiro internacional que só foi descoberto por causa do LPAP que Juroumaru conseguiu cinco anos atrás quando este se associou á Ordem da Espada Morta. Natsume sentia que seus objetivos estavam próximos.


NATSUME – Isso é uma excelente notícia, meu caro. Devemos esperar a Agência Imperial abaixar a guarda para começarmos a agir e...


HANK – Espere Natsume! Tem uma coisa que precisa saber.


NATSUME – O que?


HANK – É a respeito do prisioneiro. Ele chega hoje.


NATSUME – O que?! Hoje?!


HANK – Isso. Para você ver o tamanho da coincidência. Isso atrapalha seus planos?


NATSUME – Um pouco, pois só vamos conseguir libertá-lo no dia da chegado, mas estamos preparados para esses inconvenientes. Ryoma estará á postos e eu mandarei um mensageiro até aí para pegar as coordenadas.


HANK – Certo. Estarei esperando.


Elisa aperta o botão do celular que encerra aquela comunicação e em seguida olha para Hank meio intrigada.


ELISA – Vai ser hoje.


HANK – Sim. (ele esfrega as mãos) – Finalmente Natsume vai conseguir o que tanto quer, irá conseguir aquilo por que tanto lutou.


ELISA – Ela é uma mulher capaz. Foi bom ter se associado com ela.


HANK – Claro. Afinal foi idéia dela de usarmos Ryukosei para nossos objetivos.


ELISA – E sem falar que ela não teve nenhum remorso em sacrificar Kageroumaru depois de descobrir que ele era informante da Agência Imperial.


HANK – Exato. Natsume é uma mulher muito perigosa. Foi bom mesmo ter passado para o lado dela.


ELISA – Acho que além de amante, Naraku também era um bom professor.


HANK – É, mas voltando á falar no prefeito, como um homem como Ryukosei pode ter um sonho de derrubar a Monarquia? Que ingênuo.


ELISA – Ryukosei é só uma criança brincando com o verdadeiro poder. Ele não sabe lidar com o poder e é por isso que vamos usar o esquema dele para nossos objetivos.


Depois dessas palavras, Hank puxa Elisa para si e a beija e ficamos sabendo que além de trabalharem para Natsume, eles eram amantes e tudo isso pelas costas de Ryukosei, que atolado na campanha á reeleição, nem desconfiava daquela traição e enquanto isso Ryoma estava se esgueirando nas redondezas da casa de Roji, seu irmão gêmeo. Ao fazer isso ele percebe que havia um carro, com dois agentes imperiais, estacionado em frente á residência do irmão.


RYOMA – Agora é só ficar esperando o momento certo.


Ryoma observava os agentes saindo do carro e entrando na casa e nesse momento seu celular começa a tocar e ao ver o numero no visor, sabia que se tratava de Natsume.


RYOMA – O que foi?


NATSUME – Mudanças de planos. Você tem que iniciar a operação o mais rápido possível. Ele está chegando hoje.


RYOMA – O que?! Hoje?!


NATSUME – Eu também me surpreendi, mas não podemos fazer nada. Temos que agir agora. Você me disse que consegue.


RYOMA – Eu consigo sim, mas o preço vai ser mais caro e...


NATSUME – Eu já disse que não importa o preço. Eu pago. Essa operação não pode falhar.


RYOMA – Ok. Eu dou um jeito.


NATSUME – Ótimo. Vou mandar Ozai pegar as coordenadas e entregá-las á você. Vê se não falhe.


RYOMA – Como quiser chefa.


Ryoma desliga seu celular e volta a observar a frente da casa do irmão e enquanto isso Sesshoumaru, Rin, Satsuki, Sara, InuYasha, Kagome e Shippou chegavam á casa do jornalista para a tal reunião familiar. A esposa de InuYasha foi a primeira a se manifestar.


KAGOME – Eu tenho uma reunião partidária, portanto não vamos perder tempo.


SESSHOUMARU – Concordo e...


Sesshoumaru para de falar ao perceber algo familiar no colar que estava no pescoço de Kagome e percebendo isso, InuYasha tratou de se manifestar.


INUYASHA – Acho que reconheceu o fragmento da jóia de quatro almas.


SESSHOUMARU – Mas você não disse que a jóia tinha sido roubada?


INUYASHA – E foi, mas quando Onigumo a usou para me curar, um fragmento se soltou dela. Onigumo o deu para mim.


KAGOME – E decidir usar como um colar.


SESSHOUMARU – Não tem medo que isso chame a atenção de Natsume?


INUYASHA – Até parece que não conhece Kagome. É isso que ela quer.


SESSHOUMARU – Que seja. Vamos começar de uma vez. (ele olha para Rin) – Leve Sara para o quarto dela.


RIN – Ela está cansadinha mesmo. (ela estava com a filha no colo) – Eu vou, mas já volto. Quero participar dessa reunião.


Com Sara no seu colo, Rin sobe as escadas que davam acesso ao quarto da menina e em seguida entra nele para colocar a menina em sua cama, mas a esposa de Sesshoumaru não conseguia tirar da cabeça o prontuário médico de Satsuki que provava que o filho que ela esperava não era de Shippou.


RIN – “Eu gosto muito de você, Satsuki, mas não posso permitir que continue com essa farsa”. (pensando)


Rin pensava nisso enquanto colocava a filha, já dormente, na cama. Em seguida, de posse da bolsa onde estava o prontuário, ela sai do quarto da filha para voltar a se juntar aos outros, que estavam na sala e devidamente sentados, menos Shippou que permanecia de pé. Rin percebeu um carro estacionando em frente a casa.


RIN – Que carro é aquele?


KAGOME – É o carro que vai me levar á reunião partidária. Depois que isso acabar, estarei indo para lá. Agora minha vida vai ser assim.


INUYASHA – Nem me fale.


SESSHOUMARU – Podemos começar. (Rin senta ao lado dele) – Acho que todos nós concordamos que esses dois são jovens demais para serem pais, mas não há nada para se evitar isso agora. Então devemos ser práticos.


INUYASHA – E o que sugere?


SESSHOUMARU – Simples. Minha filha não vai ser mãe solteira.


KAGOME – O que?! Está sugerindo que se casem? É isso que eu ouvi?


SESSHOUMARU – Sim e mais. Eu quero que eles vivam aqui, sob meu teto, sob minha responsabilidade.


Kagome realmente ficou surpresa com a proposta de Sesshoumaru e ela não foi a única, pois Satsuki também ficou surpresa, assim como Rin. InuYasha até tentava entender a situação enquanto Shippou permanecia indiferente e calado.


RIN – Olha meu amor, você precisa saber...


KAGOME – Shippou viver aqui?! Isso é uma idéia estapafúrdia. Não tenho que aceitar isso. E sem falar que eles não precisam casar. Podem muito bem viver em suas respectivas casas e...


SESSHOUMARU – Essa sim é uma idéia estapafúrdia. (ele se levanta do sofá assim como o tom de sua voz) – Eu já disse que minha filha não vai ser mãe solteira.


SATSUKI – Acalme-se pai, por favor.


SESSHOUMARU – Não filha! (ele segura os ombros da filha) – Shippou não pode ficar numa boa depois de ter feito isso com você.


INUYASHA – Espere aí, Sesshoumaru. Não foi bem assim que aconteceu. Do jeito que fala até parece que o Shippou abusou da Satsuki e...


InuYasha para de falar ao sentir a mão de Kagome segurando a sua. Olhou para o rosto da esposa que parecia calmo e isso o surpreendeu, pois esperava que ela estivesse possessa com as afirmações de Sesshoumaru.


KAGOME – InuYasha! Seu irmão está certo.


INUYASHA - O que?!


RIN – Hã?!


SATSUKI – Mas tia.


KAGOME – Por que estão surpresos? (ela se levanta do sofá também para encarar o cunhado) – Você está certo, Sesshoumaru. O culpado de tudo isso foi o Shippou, pois ele usou seu poderoso poder mental e conseguiu convencer sua ‘inocente’ filha a ir até em casa. Apesar de Satsuki ter isso lá de livre e espontânea vontade, Shippou de alguma forma a obrigou. (irônica)


SESSHOUMARU – Acho que a vida política te deixou cheia de ironias, mas eu não acho graça nenhuma.


KAGOME – Então dobre a língua quando insinuar que meu filho é o único culpado de tudo isso. Os dois erraram. Os dois. Meu filho e sua filha erraram igualmente.


SATSUKI – A tia Kagome está certa, pai. O Shippou não me obrigou á nada.


RIN – Ou talvez não, Satsuki. Talvez um tenha mais culpa do que o outro.


Satsuki novamente estranhou o modo como a madrasta falava com ela, mas ainda sim nem desconfiava do que Rin sabia. Para a sorte dela, a discussão estava tão intensa que todos ignoraram aquela indireta de Rin para a enteada.


SESSHOUMARU – Tudo bem. Eu aceito isso, mas não abro mão do casamento e deles morarem aqui.


INUYASHA – Isso deve ser discutido e...


KAGOME – Isso não tem que ser discutido coisa nenhuma. Não vou aceitar que meu filho sai de casa.


SESSHOUMARU – Mas aceita que minha filha seja mãe solteira.


RIN – Por que vocês dois não se acalmam e...?


KAGOME – Ser mãe solteira não é o fim do mundo e não há necessidade nenhuma do Shippou morar com vocês.


INUYASHA – Kagome...


SESSHOUMARU – Claro que há. Quero que minha filha continue tendo o padrão de vida que está acostumada.


Sesshoumaru e Kagome continuavam discutindo sobre quem estava certo enquanto Rin e InuYasha tentavam, inutilmente, acalmá-los. Satsuki via, passivamente, toda aquela discussão o que a fazia se sentir mais culpada ainda pela mentira que estava sustentando. Já Shippou, que permaneceu calado durante todo o tempo, revolve se manifestar ao perceber que aquela discussão não teria fim.


SHIPPOU – QUEREM PARAR COM ISSO?!


O grito de Shippou fez com que todos parassem de discutir e olhassem para ele pela surpresa da forma como se manifestou e então Shippou prosseguiu com um tom de voz mais baixo.


SHIPPOU – Eu só aceitei participar dessa reunião por respeito á vocês todos, mas eu já tomei uma decisão.


INUYASHA – Você falou isso mais cedo. Do que está falando, Shippou?


SHIPPOU – Simples. Eu vou me casar com Satsuki.


SESSHOUMARU – Ótimo.


KAGOME – Espere aí, Shippou. Vamos com calma.


SHIPPOU – Sim, vou me casar com Satsuki, mas não porque estou sendo obrigado, mais sim porque quero. (olhando e sorrindo para Satsuki) – Essa é a verdade. (depois ele olha para Sesshoumaru) – Mas eu não vou morar aqui. Não mesmo.


SESSHOUMARU – E onde pensa em morar? No seu pequeno quarto.


SHIPPOU – Também não. (ele se volta para os outros) – Eu pretendo alugar uma pequena casa onde, Satsuki e eu, possamos morar.


KAGOME – Mas que idiotice é essa que está falando?


SHIPPOU – Não é idiotice, Kagome. É minha decisão.


SESSHOUMARU – Acha mesmo que vou permitir uma sandice dessas?


SHIPPOU – Não tem que permitir ou deixar de permitir. Isso não tem nada a ver com o senhor. (ele olha para os outros) – Isso não tem nada a ver com nenhum de vocês.


SESSHOUMARU – Como não?! Satsuki é minha filha e...


SHIPPOU – Com todo respeito, senhor, mas Satsuki é adulta e, portanto, nós resolvemos isso.


KAGOME – Isso é loucura. (ela olha para o marido) – Por favor, InuYasha. Não permita que nosso filho faça essa loucura.


INUYASHA – Kagome. Espere. (ele acalma a esposa para em seguida olhar para o filho) – Ok, Shippou, me responda como pretende fazer isso.


SHIPPOU – Eu vou voltar para meu antigo emprego de instrutor de informática.


INUYASHA – Nós sabemos bem quanto você ganhava naquele emprego. Não vai conseguir sustentar uma família.


SHIPPOU – Mas eu trabalhava meio período, mas pretendo trabalhar em tempo integral. Sem falar que eu tenho algum dinheiro guardado. Vamos ficar bem.


KAGOME – Mas e seus estudos? Como fica a universidade?


SHIPPOU – Terei que trancar a matricula. Isso não pode ser mais importante que meu filho.


KAGOME – Mas Shippou...


SHIPPOU – Não tem mais discussão, Kagome. Essa é minha decisão e ponto final. Vocês todos não tem nada a ver com isso.


Apesar de não concordarem com aquela atitude do filho, tanto InuYasha quanto Kagome estavam surpresos com a determinação dele. Em nenhum momento Shippou estava fugindo de suas responsabilidades. Até Sesshoumaru estava satisfeito. Rin balançava negativamente a cabeça enquanto Satsuki permanecia imóvel diante da coragem do rapaz que ela amava. Coragem porque ele estava abrindo mão de muita coisa para ficar com ela.


SATSUKI – Shippou.


SHIPPOU – Satsuki. (ele se agacha diante dela) – Eu sei que não vai ser como nos seus sonhos, mas eu quero muito me casar com você. Quero que fiquemos juntos para cuidar dessa criança, do nosso filho.


SATSUKI – Mas e o nosso futuro?


SHIPPOU – Eu sei que é assustador. Para mim também é, mas devemos isso á ele. (ele aponta para a barriga dela) – Devemos isso ao nosso filho. Acho que é isso que é serem pais.


SATSUKI – Eu... Eu...


SHIPPOU – Eu sei que no fundo você não liga para essa estória de padrão de vida. Vamos enfrentar dificuldades no começo, mas se permanecermos juntos e unidos. Podemos enfrentar essas dificuldades. (ele segura as duas mãos dela) – Eu te amo, Satsuki e não vou conseguir viver longe de você e do nosso filho.


SATSUKI – Mas Shippou. Isso parece uma loucura como a tia Kagome disse.


SHIPPOU – Loucura vai ser viver aqui sob o teto do seu pai. (Sesshoumaru fica de cara amarrada) - Isso eu não quero. Se quisermos iniciar uma família, devemos fazer isso em um lugar só nosso, onde viveremos sob nossas regras e cometeremos nossos erros. Só nós. (ele se levanta e encara Sesshoumaru) – Não se preocupe com o futuro dela, pois pretendo me esforçar para que ela continue estudando. Satsuki é muito inteligente e terá um grande futuro. Quero me orgulhar da minha futura esposa.


SESSHOUMARU – Está bem. Se for assim, eu até aceito que vocês morem em outro lugar.


SHIPPOU – E não se preocupem se caso eu não possa dar conta disso, engolirei meu orgulho e pedirei ajuda, mas quero tentar fazer isso por mim mesmo.


INUYASHA – Está bem, Shippou. (ele coloca a mão no ombro do filho) – Vou torcer por vocês.


KAGOME – Esperem aí! Vocês vão aceitar uma loucura dessas? Vão deixar essas duas ‘crianças’ brincarem de casinha?


INUYASHA – Kagome! Eu concordo com você que essa decisão é loucura, mas eles não são mais crianças. Não podemos fazer nada a não ser rezar e torcer para que dê tudo certo.


RIN – Olha InuYasha, talvez Kagome tenha razão. (ela olha para a enteada) – Você concorda com isso, Satsuki?


SATSUKI – Eu não sei. Eu estou confusa e...


SHIPPOU – A discussão acabou! Satsuki e eu vamos nos casar e isso já esta decidido.


Diante daquela determinação mostrada pelo filho adotivo, Kagome se sentiu vencida e assim apenas lhe restou se dirigir até ao filho ficando frente á frente com ele.


KAGOME – Escute Shippou. Eu ainda acho que esta fazendo besteira em não aceitar nossa ajuda, mas saiba que mesmo assim estou orgulhoso de você, pois encarou a situação como homem e não fugiu dela como moleque.


SHIPPOU – Obrigado mãe. Significa muito para eu, ouvir essas palavras de você.


INUYASHA – Saiba que faço minhas as palavras que ela acabou de usar.


InuYasha e Kagome abraçam o filho em claro sinal de apoio, como uma família deve se comportar e vendo isso, Sesshoumaru coloca a mão no ombro de Satsuki para mostrar á ela que também irá apoiar aquela decisão. Rin era a única que parecia inconformada.


RIN – Acho que deveriam pensar melhor e...


SHIPPOU – Não tenho mais o que pensar. Não estou falando em me casar amanhã, mas será em breve. (ele respira fundo) – Uma coisa de cada vez. Primeiro vou conversar com o dono da escola de informática para que eu arrume o emprego de que falei.


INUYASHA – Como quiser, Shippou. Eu vou com você e...


SESSHOUMARU – Deixe-o ir sozinho, InuYasha. Temos outras coisas para discutir.


INUYASHA – Ok.


KAGOME – Mas eu não vou poder ficar. Preciso comparecer á reunião partidária. (ela olha para o filho) – A escola é no meio do caminho, portanto te dou uma carona.


SHIPPOU – Ta. (ele volta para junto de Satsuki) – Eu vou fazer que tudo dê certo. (ele a beija) - Vamos ficar juntos.


SATSUKI – Eu nem sei o que dizer.


SHIPPOU – Não precisa dizer nada. (ele se agacha e beija a barriga dela) – Só cuide do nosso filho. (ele se levanta de novo) – Eu vou indo. Ligo-te depois.


SATSUKI – Ta. Eu vou subir para meu quarto. (ela ia se afastando até que Rin se manifesta)


RIN – Espere aí, Satsuki. Eu vou com você. Precisamos ter uma conversinha.


SATSUKI – Ta.


Satsuki não coloca nenhum empecilho na companhia da madrasta, mas quando Rin ia seguir a enteada, Kagome segura seu braço.


KAGOME – Seja o que for que tenha para conversar com ela, deixe para depois. Você vem comigo, Rin.


RIN – Eu tenho que falar uma coisa com Satsuki e...


KAGOME – Seja o que for, tenho certeza que pode esperar, ao contrario do que eu tenho em mente, portanto você vem comigo.


RIN – Ok! Ok! Você venceu, Kagome. (ela olha para Satsuki) – Depois a gente conversa. Fique de olho em Sara caso ela acorde e eu não tenha voltado.


SATSUKI – Ta.


Rin apenas observa Satsuki subindo para seu quarto. Ela achou por bem deixar a conversa com a enteada para depois ao concluir que todos estavam muito ocupados e que teriam que manter a concentração em seus respectivos objetivos e assim acompanhou Kagome e Shippou até o carro do partido trabalhista, mas antes que os três entrassem no veículo, Sesshoumaru se manifestou. Não para a esposa e sim para Kagome.


SESSHOUMARU – Escute Kagome. Eu quero me desculpar se por acaso fui grosseiro com você, mas se tratava da minha filha.


KAGOME – Tudo bem, Sesshoumaru. A gente fica passional quando se trata dos filhos. Eu só queria que a coisas não chegassem a esse ponto, mas como chegou, então não há o que fazer.


SESSHOUMARU – É, mas assim mesmo me desculpe.


KAGOME – Claro.


RIN – A gente se vê mais tarde, amor. (ela dá um beijo nele) – Ligue-me se descobrirem algo.


Assim como Rin se despede de Sesshoumaru, Kagome faz o mesmo com InuYasha. Depois disso as duas entram no carro junto com Shippou. O motorista do veículo parte sob os olhares de InuYasha e Sesshoumaru.


INUYASHA – Bem, agora ficamos nós dois, qual é o assunto que tanto quer falar?


SESSHOUMARU – Vamos ao meu escritório particular. Tem algo que quero te mostrar.


Sesshoumaru e InuYasha voltam para o interior da casa para que o jornalista mostre ao meio irmão algo que pode desvendar a conspiração de Natsume.


 


Próximo capítulo = Uma grande decisão – parte 4


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