Noite sem Fim escrita por TreinadorX


Capítulo 59
Aliança do mal - parte 2




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Vendo que não tinha outra escolha, Miroku decidiu falar com a filha.

MIROKU – Koharo! Coloque no viva-voz.

KOHARO – Ta!

Sabendo o que tinha que fazer, Koharo coloca seu celular no viva-voz e o leva até Tamira, que ainda estava meio assustada com a situação em que se encontrava.

KOHARO – Querida! Eu quero que preste bastante atenção. (ela mostra o celular) – Tem uma pessoa que quer falar com você.

TAMIRA – Quem? (enxugando as lágrimas)

KOHARO – É seu pai.

TAMIRA – A mamãe disse que o papai não está mais com agente. Que ele está muito longe daqui e...

KOHARO – De certa maneira ele estava, mas não está mais. Ele quer falar com você. Pode falar. Ele vai te ouvir.

TAMIRA – Mas...

MIROKU – Tamira.

TAMIRA – Quem está falando?

MIROKU – Sou eu. Seu pai. Fui eu quem pediu á Koharo paras trazê-la até aí.

TAMIRA – Isso é mentira. Você não pode ser meu pai. Minha mãe dizia que eu só poderia encontrá-lo nos sonhos e...

MIROKU – Tamira é o nome da minha madrinha. Ela foi casada com meu padrinho Mushin e era a pessoa mais doce que conheci na vida, por isso muito antes de você nascer, eu já tinha decidido esse nome. Tenho certeza que sua mãe já lhe contou essa história, não?

De fato isso era verdade, pois Sango contava quase que diariamente a escolha daquele nome da filha, pois Miroku vivia dizendo á ela que queria ter uma menina primeiro. Aquele relato foi o suficiente para Tamira acreditar nas palavras do pai.

TAMIRA – Papai. É o senhor mesmo? Isso não é mentira.

MIROKU – Não é não, filha. (ele enxuga as lágrimas por também estar emocionado) – Escute, querida. Precisa confiar nessas pessoas.

TAMIRA – Mas papai...

MIROKU – Tem algo dentro de você que a faz ficar doente toda hora. Você não quer poder brincar, correr, tomar sorvete como as outras crianças?

TAMIRA – Quero.

MIROKU – Você vai poder fazer tudo isso depois da operação. Olha Tamira! Você vai dormir, mas quando acordar, eu prometo que a primeira pessoa que verá será sua mãe. Então? Vai ficar mais calma para fazer a operação?

TAMIRA – Ta! Eu faço, mas o senhor tem que fazer uma coisa para mim.

MIROKU – Qualquer coisa, querida.

TAMIRA – Se eu ficar boa, quero tomar um sorvete bem grande de chocolate com o senhor. O senhor me leva?

MIROKU – Está combinado. Agora faça o que o doutor mandar.

TAMIRA – Ta.

Tamira deu um sorriso que era um sinal claro de confiança e assim o doutor Kuno a levou para a sala de operação que tinha nos fundo da casa e

Koharo pega o celular e o tira do viva-voz para poder conversar com Miroku.

KOHARO – Foi emocionante.

MIROKU – Foi sim. E eu te agradeço por isso, Koharo. Sei que está se arriscando muito.

KOHARO – Você já fez muito mais por mim.

MIROKU – Eu sei, mas mudando de assunto, o link digital está pronto?

KOHARO – Sim.

MIROKU – Então aguarde.

Miroku desliga a comunicação com Koharo para em seguida usar o celular novamente para desta vez ligar para Natsume, que naquele momento estava em seu esconderijo, olhando para Takeshi e Gatenmaru.

NATSUME – Finalmente ligou, Miroku.

MIROKU – Sim. A pessoa que vai operar minha filha já está de posse do antídoto.

NATSUME – Eu sei. Você foi esperto, Miroku. Aquele plano de fazer meu subordinado atirar no trem foi coisa de gênio mesmo.

MIROKU – Chega de elogios. Sabe bem por que estou ligando.

NATSUME – Claro. (ela faz gestos para Kageroumaru se aproximar dela) – Kageroumaru passará o link com o subordinado que o instruirá na operação.

MIROKU – Mas sem truques, Natsume. Se minha filha não ficar boa, eu não matarei Kagome, mas sim Zuza. Algo que você não vai querer.

NATSUME – Claro. Sem truques.

Natsume da o celular para Kageroumaru para que este falasse com Miroku na sala de informática enquanto ela tinha algumas coisas para falar com Takeshi e Gatenmaru.

GATENMARU – Acha mesmo que Miroku vai matar Kagome? Eles são muito amigos.

NATSUME – A amizade deles é grande, mas é menor que o sentimento de pai. Se ele não matar Kagome, a filha morre.

TAKESHI – Você é louca.

NATSUME – Isso é tudo culpa sua, seu velho idiota. Tenho certeza que, de alguma forma, ajudou Miroku a nos enganar e somado isso ao fato de sua filha também esconder coisas da gente, ela vai ser descartada.

TAKESHI – Não faz isso com minha filha e...

NATSUME – Tarde demais. Isso acontece com quem me engana, mas não deveria ficar preocupado com ela e sim com você mesmo. Quando Ryukosei encontrá-lo, vai querer matá-lo com as próprias mãos.

Natsume se afasta rindo do desespero de Takeshi, que gritava toda hora por medo do que podiam fazer com Momiji, mas tudo aquilo era inútil.

TAKESHI – Minha filha vai morrer e é tudo culpa minha. Por que Natsume não quer mais o segredo de Ryukosei?

GATENMARU – Você ainda não entendeu, seu velho? Não é que ela não quer o segredo e sim que ele é inútil agora, pois de alguma forma sua filha está recebendo informação de outra pessoa. Por isso vão matá-la.

TAKESHI – Eu não tenho como entrar em contato com ela e...

GATENMARU – Você tem meios de entrar em contato com alguém de fora?

TAKESHI – Se eu tiver o código de acesso dessa pessoa, sim.

GATENMARU – Então eu posso te ajudar nisso.

TAKESHI – O que?! Você?! (ele olha com incredulidade) – E por que alguém como você me ajudaria?

GATENMARU – Não se engane. Não virei um bom moço ou algo parecido. Eu quero poder escapar daqui, pois tenho certeza que Ryukosei vai querer me matar também.

TAKESHI – Você quer que eu te ajude a fugir?

GATENMARU – Sim. Na hora que Ryukosei aparecer aqui, toda atenção será em você, então quero que os distraia para que eu fuja.

TAKESHI – Você conhece alguém que pode ajudar minha filha?

GATENMARU – Conheço alguém que não só pode ajudar sua filha, mais também protegê-la. E então, vai me ajudar?

TAKESHI – Pela minha filha, eu faço tudo, mas tem que ser agora mesmo. Eu dou a minha palavra que farei de tudo para te ajudar a fugir daqui.

GATENMARU – Ótimo. Como você entrar em contato com o exterior?

Diante daquela pergunta, Takeshi nada diz para ficar olhando ao redor a fim de certificar que estavam sozinhos e assim ele tira o calço falso do sapato esquerdo e de dentro dele tira um pequeno transmissor.

GATENMARU – Como conseguiu entrar aqui com isso?

TAKESHI – Quando desligado, não pode ser rastreado, mas em contrapartida o limite de uso é muito restrito, portanto quem quer que seja a pessoa que vai ajudar minha filha, vai ter que entender o recado curto.

GATENMARU – Me mostre como funciona, rápido.

Takeshi mostra á Gatenmaru como usar o transmissor e naquele momento na sala de informática, Natsume se aproximou de Kageroumaru que naquele momento estava falando com Zakira através do link digital.

ZAKIRA – Já recebi o sinal do link, passarei as instruções agora mesmo.

KAGEROUMARU – Temos que fazer o que Miroku mandou, pois ele está com Zuza.

NATSUME – Zakira! Quanto tempo para o antídoto fazer efeito?

ZAKIRA – Dependendo do manuseio pode chegar de uma hora á uma hora e meia.

NATSUME – Faça com que demore o máximo possível. Não quero facilitar a vida de Miroku.

ZAKIRA – Sim senhora.

NATSUME – Ryoma já chegou?

ZAKIRA – Ainda não. Ele está demorando.

NATSUME – Ele está de posse da jóia de quatro almas. Ele deve estar despistando perseguidores ou algo assim. Quando ele chegar peça para ele ligar.

Natsume desliga a comunicação com Zakira para em seguida olhar para Kageroumaru.

NATSUME – Já falou com Ryoma sobre o que ele tem que fazer com Zakira?

KAGEROUMARU – Sim. Ele vai cuidar de tudo.

NATSUME – Ótimo. (ela se afasta) – Quero que cuide de tudo por aqui enquanto vou ao encontro com Ryukosei.

KAGEROUMARU – Acha boa idéia ir pessoalmente? Ryukosei pode chamar a polícia e...

NATSUME – Ele não fará isso. Ele tem muito a perder. Fique a postos para qualquer eventualidade já que Tikaru e Bujin foram pegos pela Agência Imperial.

Natsume se afasta para sair do esconderijo e ir ao encontro de Ryukosei e enquanto isso no Instituto Petros, o interrogatório de InuYasha tinha sido interrompido porque o líder dos agentes foi chamado por um de seus subordinados para verificar algo urgente. Ele estava reunido em uma sala com outros agentes enquanto InuYasha esperava do lado de fora.

INUYASHA – “Espero que tenha dado certo.” (pensando)

Naquele momento o líder dos agentes, muito sorridente, sai da sala para falar com InuYasha.

AGENTE – Temos boas notícias para sua amiga, senhor InuYasha. Nós encontramos o CD que procurávamos. Ele estava perto da garagem do Instituto. Demoramos um pouco para fazer a autenticação, mas é o CD original.

INUYASHA – Que bom. Então quer dizer que Shiori não vai ser presa?

AGENTE – Eu vou ligar agora mesmo para a superintendente Abi a fim de que sua amiga seja liberada.

INUYASHA – E eu? Posso sair também? Já que tenho certeza que não poderão falar nada sobre o andamento das investigações.

AGENTE – Claro senhor InuYasha. Não vamos mais segurá-lo aqui.

INUYASHA – Ótimo. Então tchau. (ele ia se afastando até que o agente se manifesta)

AGENTE – Senhor InuYasha.

INUYASHA – Sim?

AGENTE – Vamos encontrar sua esposa.

INUYASHA – Espero que sim.

InuYasha se vira de costas para o agente imperial e sai sorrindo dali porque seu plano deu certo. Ao sair do Instituto Petros, ele encontra com Sango, que o aguardava do lado de fora.

INUYASHA – Deu tudo certo, Sango.

SANGO – Eu sei. (ambos vão em direção á seus respectivos carros)

INUYASHA – Está com a cópia?

SANGO – Está na minha bolsa, mas infelizmente só deu para baixar 30% dos dados.

INUYASHA – Melhor do que nada. Agora vamos sair daqui, chamar Shippou e ir á um lugar onde podemos verificar esses dados e...

SANGO – Antes disso, InuYasha, acho que você deve algumas explicações á mim e á nossos amigos.

INUYASHA – Do que está falando?

SANGO – Estou falando de você e Onigumo saberem da jóia de quatro almas. (ela o encara) – Melhor nós falarmos disso depois. Sesshoumaru está nos esperando perto daqui.

Depois de falar isso, Sango entra em seu carro deixando InuYasha surpreso com o fato dela saber dessa história e também do fato de Sesshoumaru estar ali perto e enquanto isso Shiori, conduzida por dois agentes imperiais, acabara de chegar á sede da Agência Imperial e vendo isso, Abi imediatamente vai até ela.

ABI – Podem deixá-la comigo, agentes. (os dois agentes se afastam)

SHIORI – O que vão fazer comigo? Eu não peguei CD nenhum e...

ABI – Sabemos disso agora. O CD foi encontrado e por isso pedimos desculpas pelo inconveniente que tenhamos causado.

SHIORI – Então eu posso ir embora?

ABI – Claro, mas acho que quer ir ao hospital visitar seu namorado. Um dos agentes irá levá-la até lá.

SHIORI – Ver Souta é o que mais quero no momento.

Abi faz um sinal para outro agente imperial a fim de levar Shiori e assim ela volta até a sala de interrogatório onde o detetive Guy estava bastante debilitado devido ao interrogatório médico pelo que passou, o que o levou ao desmaio. O homem de terno preto, que era o responsável pela a introdução de drogas no interrogatório, se manifestou.

HOMEM – Ele pode não agüentar outra dose.

ABI – Tudo bem. Deixe-o sob vigília e vamos cuidar dos outros prisioneiros. Tenho certeza que eles serão mais condescendentes ao seu interrogatório.

Abi estava se referindo á Bujin, chefe da segurança do Instituto Petros, e Tikaru, pesquisador responsável pelo desenvolvimento do projeto DDM-145. Ambos, presos, estavam á caminho doa Agência Imperial e enquanto isso os carros de Sango e InuYasha chegavam ao local onde estavam Sesshoumaru, Rin, Genku e a senhora Higurashi. Ao sair do seu carro, InuYasha foi recebido por Genku com um abraço.

GENKU – Que bom que está aqui, papai.

INUYASHA – É bom vê-lo também, mas o que está fazendo aqui?

GENKU – Isso é uma longa história.

INUYASHA – Depois você me conta.

InuYasha dá um beijo na testa do menino e depois olha para seus amigo e imediatamente percebe os olhares reprovadores dos outros, tendo a plena consciência de que ouviria muitas cobranças de todos.

INUYASHA – Eu sei que estão bravos comigo e...

SESSHOUMARU – Bravos não, InuYasha! Estamos furiosos. Você sabe perfeitamente o que a gente e todas as pessoas próximas de nós passaram por causa dessa jóia.

INUYASHA – Eu sei disso e é por isso que não contei nada.

RIN – Me diga uma coisa, InuYasha. Você usou a jóia para poder voltar a andar?

INUYASHA – Sim.

SESSHOUMARU – Isso foi muito egoísmo seu.

INUYASHA – Está enganado. O poder da jóia é tão grande que preferi deixá-los de fora a fim de protegê-los. Eu nunca fiz isso com a intenção de voltar a andar. Eu só usei o poder da jóia para que Shippou não lutasse no meu lugar para proteger Kagome e no final das contas foi tudo inútil.

SESSHOUMARU – Eu só não entendo uma coisa. Como conseguiu a jóia?

INUYASHA – Eu sei que não vão gostar de ouvirem isso, mas foi Kanna que me deu e...

SANGO – O que?! Kanna?! InuYasha, como você teve coragem de procurar essa maldita. Ela foi responsável pela morte de Kohaku e de todo sofrimento que passamos á cinco anos.

RIN – Como pode fazer isso com a gente, InuYasha?

INUYASHA – Viu? É por isso que mantive vocês de fora esse tempo todo. Somente eu, Kagome e Shippou sabíamos. Contei a Onigumo para que ele me ajudasse a voltar a andar. Com o envolvimento do Instituto Petros tenho certeza que foi assim que Natsume soube que eu estava com a jóia e por isso mandou atacar o restaurante hoje cedo.

SANGO – Então ele pegou a jóia?

INUYASHA – Não. Depois que usei o poder da jóia, deixei-a com Onigumo. Está tudo seguro e...

SESSHOUMARU – Acho que temos um problema. A senhora Higurashi falou com Houjo. Ele estava atrás de Eri e foi até a casa de Onigumo, mas não encontrou ninguém e apenas uma mensagem. Uma mensagem para você.

INUYASHA – Mensagem?

SESSHOUMARU – A mensagem dizia que ele acabaria com a jóia e que você não precisaria se preocupar mais com ela. Foi assim que soubemos que sabiam da jóia.

INUYASHA – Acabar com a jóia?! O que Onigumo quis dizer com isso? (ele pega o celular) – Vou ligar para ele e...

SESSHOUMARU – Já tentei isso, InuYasha. Não tem sinal. Aconteceu alguma coisa.

HIGURASHI – Houjo me disse que falou com os vizinhos de Onigumo, mas ninguém viu nada de mais. (ela respira fundo) – De todas as pessoas daqui, eu sou a menos indicada para lhe cobrar algo, InuYasha. Por isso vou fazer de tudo para ajudar. Vou até onde Houjo está e...

INUYASHA – Acho melhor não, senhora. Precisa ir ao hospital. (ele respira fundo) – A senhora não sabe, mas seu filho foi baleado.

HIGURASHI – O que?!

InuYasha contou com detalhes o que houve no Instituto Petros onde Souta foi ferido tentando proteger Shiori, que tinha sido levada pela Agência Imperial. Logicamente ao saber desses detalhes, a senhora Higurashi queria ir ao hospital imediatamente.

HIGURASHI – Isso é demais para uma mãe agüentar. Uma filha seqüestrada e um filho baleado.

SESSHOUMARU – Sango! Você poderia levar a senhora Higurashi para o hospital?

SANGO – Claro! Certamente Shiori deve estar á caminho de lá depois de ser liberada.

INUYASHA – Concordo.

SANGO – Ah! Quase me esqueci. (ela abre a bolsa e tira um CD de dentro dela) – Tome aqui. São os dados do projeto DDM-145, mas estão incompletos. (Sesshoumaru pega o CD)

SESSHOUMARU – Vamos ver mesmo assim.

RIN – Sango! Leve também Genku. Não será bom ficar com a gente em um momento desses.

GENKU – Eu quero ficar com meu pai e...

INUYASHA – Você vai com ela sim. (ele olha para a sogra) – A senhora concorda?

HIGURASHI – Claro. É o mínimo que poderia fazer. Vamos Genku.

GENKU – Mas...

INUYASHA – Nada de mas! Vai com ela.

Mesmo contrariado, Genku obedece as ordens do pai adotivo e segue com a senhora Higurashi para o carro de Sango que levaria os dois para o Hospital Memorial onde Souta estava internado. Vendo o veículo da detetive indo embora, InuYasha, Sesshoumaru e Rin ainda tinha muito que fazer.

INUYASHA – Eu sei que estão chateados com a história da jóia, mas precisamos concentrar em outras coisas.

SESSHOUMARU – Ok InuYasha! Vamos começar comparando os dados que Sango baixou no Instituto com os dados que Momiji conseguiu sobre o DDM-145. (ele dá o CD para Rin) – Abra os arquivos.

RIN – Ta.

INUYASHA – Não seria melhor chamar essa Momiji para vir para cá e...?

RIN – Ela estava aqui com a gente no começo, mas deve que ir embora. (ela pega o laptop do marido para inserir o CD)

INUYASHA – Vocês precisam saber também que Kagome não é a única pessoa que temos que encontrar.

SESSHOUMARU – Se está falando do Miroku, não podemos fazer nada se ele se tornou um bandido e...

INUYASHA – Não é do Miroku. É de Tamira.

SESSHOUMARU – O que?!

Diante da surpresa do irmão, InuYasha contou que Tamira tinha sido raptada por Koharo e que esse ato tinha alguma ligação com o seqüestro de Kagome e enquanto isso no parque industrial, Miroku falava com Koharo pelo celular.

MIROKU – O subordinado de Natsume já entrou em contato com vocês?

KOHARO – Já! Temos um link em tempo real. Ele vai instruir o uso do antídoto. O doutor Kuno já anestesiou Tamira para iniciar a operação.

MIROKU – Então operação ainda não começou?

KOHARO – Não! Eu só liguei para te informar disso. Eu tenho que voltar a sala de operação para auxiliar o doutor Kuno.

MIROKU – Está bem, Koharo. Ligue-me de novo quando ela acabar. Preciso ter absoluta certeza de que Tamira vai ficar bem.

KOHARO – Claro.

Miroku desliga o celular para em seguida olhar com desprezo para Zuza, que estava ansioso com aquela situação.

ZUZA – Não sei o que está aprontando, mas seja o que for, não vai dar certo.

MIROKU – Cale-se. (apontando a arma contra ele) - Não suporto ouvir sua voz.

ZUZA – Mas terá que me ouvir muitas vezes.

Zuza, mesmo sob a mira de uma arma, não deixava de achar graça no desespero de Miroku e naquele momento ambos ouvem a voz de Kagome chamando por alguém e assim Miroku vai até a porta da sala em que a esposa de InuYasha estava algemada. Kagome estava muito suada devido ao calor.

MIROKU – O que foi?

KAGOME – O que está fazendo, Miroku? Isso é loucura.

MIROKU – Você não me chamou para perguntar isso. O que quer afinal?

KAGOME – Está bem. (ela faz uma pausa) – Eu poderia tirar essa roupa de soldado? Estou com ela desde que você me seqüestrou e está muito calor aqui e...

MIROKU – essa é sua preocupação? Com o calor? (ele sorri ironicamente) – Essa deveria ser sua última preocupação. (o celular dele começa a tocar) – Com licença.

KAGOME – Por que está fazendo isso comigo, Miroku?

Kagome gritava essa pergunta várias vezes e Miroku se afastou para não ter que encará-la, pois sabia que estava fazendo a amiga sofrer. Não só ela, mais também InuYasha e Shippou, mas não tinha escolha. Ele tinha que pensar no bem estar da filha e assim ele atendeu o celular. Era Natsume que naquele momento estava dentro de seu carro em um estacionamento clandestino.

MIROKU – O que você quer agora, Natsume?

NATSUME – Acho que sabe que meu subordinado iniciou a instrução para o médico que está operando sua filha.

MIROKU – Sim, eu já sei e nem tente localizar o endereço, pois não vai conseguir.

NATSUME – Você deve estar morrendo de raiva de mim por ter feito isso com a pequena Tamira, não?

MIROKU – O que você fez, com minha filha, foi monstruoso. Meu desejo era que ardesse no inferno, mas me contento em salvar minha filha.

NATSUME – Sim, foi monstruoso, mas não será menos monstruoso o que fará com sua amiga. (ela percebe a chegada de um carro) - Mas agora eu tenho que desligar. Compromisso, sabe como é, não?

Natsume, ainda dentro de seu carro, desliga o celular para em seguida sair do veículo e ficar observando o outro carro e de dentro dele saiu Ryukosei.

NATSUME – Vejo que veio sozinho mesmo.

RYUKOSEI – Esse não é seu esconderijo.

NATSUME – Claro que não! Acha que sou burra?

RYUKOSEI – O que você quer de mim?

NATSUME – Sabe bem o que eu quero. Preciso de um novo esconderijo onde possa continuar a minha operação. Logicamente isso vai envolver uma espécie de parceria.

RYUKOSEI – Parceria?

NATSUME – Eu não sei bem o objetivo da sua organização, mas duvido que vá se confrontar com minhas ambições, portanto não vejo problema algum sermos aliados.

RYUKOSEI – Escute aqui. (ele a encara bem de perto) – Eu sei quem você quer libertar. Não sei como vai conseguir isso, mas se conseguir fazer poderá me complicar.

NATSUME – Se você for meu aliado, não terei interesse em complicar sua situação com seus outros aliados. Nenhum deles precisa saber do nosso acordo. (ela solta um sorriso diabólico) – Sem falar que você não tem muita escolha. (ela entra no carro dela)

RYUKOSEI – Ok. (ele também entra se sentando no banco do carona) - Vamos discutir os termos do acordo então.

Natsume e Ryukosei começariam a estabelecer os termos para aquele acordo um tanto inusitado e enquanto isso, depois de saber sobre o rapto de Tamira mais cedo, Sesshoumaru e InuYasha discutiam outras peculiaridades enquanto Rin, um pouco mais afastada, comparava os arquivos.

SESSHOUMARU – Tem certeza que o noivo de Sango está envolvido nisso?

INUYASHA – Shippou o viu conversando com Ryoma na frente do restaurante. Ele é quem deve ter avisado que Sango estava chegando, sem falar que ele também deve ter dedurado que Shiori estava com os arquivos do DDM-145.

SESSHOUMARU – Sango não acreditou muito, não?

INUYASHA – Claro que não. Ele disse que Zakira não tinha porque estar envolvido no rapto de Tamira já que ele estava com ela antes disso.

SESSHOUMARU – Isso ela tem razão.

INUYASHA – Eu sei. É difícil para ela acreditar. (ele respira fundo) – Como também é difícil para eu saber que o pai de Kagome tinha envolvimento com esse projeto.

SESSHOUMARU – Tudo isso está ligado de alguma forma e...

RIN – Venham aqui, rapazes!

Diante do chamado de Rin, os irmãos foram até ela para saber o que a mãe de Sara tinha descoberto.

INUYASHA – O que foi, Rin?

RIN – O que Sango conseguiu salvar não é muito, mas deu para descobrir algo interessante.

SESSHOUMARU – Chega de suspense, Rin.

RIN – Não seja chato comigo. Isso é meu charme. (bem humorada) – Eu descobri que a mãe de Kagome estava falando a verdade quando disse que o marido dela foi contra o projeto porque ele descobriu um meio de inverter o processo.

INUYASHA – Como assim?

SESSHOUMARU – A senhora Higurashi nos contou que o marido dela descobriu que o DDM-145 nas mãos de pessoas do mal, seria usado para fazer o contrario do que foi programada, ou seja, em vez de curar uma pessoa, faria com que ela ficasse doente e... (ele se tocou de algo)

RIN – O que foi, Sesshoumaru?

SESSHOUMARU – Acho que estou começando a perceber o que está acontecendo.

INUYASHA – O que?

SESSHOUMARU – Quando ouvi falar no DDM-145, pensei que o grupo de Natsume iria usá-lo para algum ataque ou algo parecido, mas acho que ele já foi usado.

RIN – Como assim?

SESSHOUMARU – Pensem bem. Usar o DDM-145 para deixar uma pessoa doente a seu bel prazer, a hora que quiser. Quem do nosso circulo de convivência está passando por uma situação dessas?

O questionamento de Sesshoumaru fez com que InuYasha e Rin pensassem bem na resposta a qual InuYasha não demorou muito a chegar.

INUYASHA – Tamira.

 

Próximo capítulo = Aliança do mal – parte 3


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