Noite sem Fim escrita por TreinadorX


Capítulo 41
A identidade da arma X - parte 1




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Ainda no mesmo dia dos acontecimentos do capítulo anterior, Sesshoumaru já estava em sua casa ajudando Rin a tomar conta da filha Sara e mais de Tamira e Genku, mas ele ainda estava chateado com a conversa que teve com o editor-chefe do jornal.

RIN – Não precisa ficar tão chateado. Você sabe melhor que ninguém que o jornalismo é assim mesmo.

SESSHOUMARU – Eu sei disso, mas é que esse ombudsman só fala das minhas matérias. (Nesse momento Sara pula no colo dele)

RIN – Você é o jornalista mais famoso do jornal. (Rin acaricia o rosto da filha) - É natural que seja o mais visado.

SARA – Papai! O que é obudima?

Sesshoumaru se espanta pela curiosidade da filha e depois olha para a esposa como se pedisse ajuda para responder aquela pergunta, mas ela apenas sorri antes de se manifestar.

RIN – Você mesmo disse que não basta ser pai, tem que participar. Mãos á obra, meu amor.

SESSHOUMARU – Ok! (ele olha para a filha) – Primeiro não é obudima e sim ombudsman e segundo um ombudsman é uma espécie de ouvidor e crítico com independência para criticar os colegas e ser um canal entre a empresa e seus consumidores.

SARA – Hã?!

RIN – Ah Sesshoumaru. A Sara só tem três anos. Ela não vai entender uma explicação tão técnica. (ela pega a filha no colo) – Olha Sara! É simples. Um ombudsman é uma pessoa que fica dizendo para os outros se o papai está fazendo o trabalho direito.

SARA – Mas o papai faz o trabalho direito, não é mamãe?

RIN – Faz sim.

Rin da um beijo no rosto da filha que a cada dia se mostrava mais curiosa, demonstrando sua veia jornalística da família e naquele exato momento Genku adentra correndo na sala.

GENKU – Tia! Vem rápido. A Tamira está passando mal.

RIN – Essa não.

Rin coloca Sara no chão e depois segue Genku que a conduz até a cozinha onde estava Tamira, que parece estar tendo um ataque de asma. Rin se agachou ao ficar perto da menina.

RIN – O que você tem, querida?

TAMIRA – Eu não estou conseguindo respirar direito, tia.

RIN – Você já teve isso?

TAMIRA – Não.

RIN – Acalme-se, querida. Vai ficar boa. Respire com calma.

GENKU – Ela vai ficar bem mesmo, tia?

Rin sorriu para Genku tentando demonstrar otimismo, mas a preocupação era grande e enquanto isso no departamento de polícia de Tóquio, Sango estava relendo o inquérito do caso do estrangulador das meias de nylon para ver se perdeu alguma coisa, pois a investigação não andava, mas fora interrompida por Azuma.

AZUMA – Você, na minha sala.

SANGO – Estou ocupada, não está vendo?

AZUMA – Vamos participar de uma teleconferência com o prefeito.

SANGO – Essa não! Lá vem bronca.

AZUMA – Nem me fale. Vamos de uma vez.

Azuma conduz Sango até a sua sala onde já estava Koharo, que estava ajeitando o telão para o início da teleconferência.

AZUMA – Pronto, Koharo?

KOHARO – Sim.

Azuma aperta um botão que liga o telão e nele aparecem as imagens de Ryukosei sentado na cadeira de prefeito.

AZUMA – Senhor prefeito.

RYUKOSEI – Capitão Azuma! Eu me lembro que o senhor prometeu capturar o estrangulador em uma semana. Uma semana passou e o que vejo é só fracasso em cima de fracasso.

AZUMA – Eu assumo total responsabilidade nisso.

RYUKOSEI – Mas é claro que vai assumir. (ele respira fundo) – Eu vou dar mais uma semana de prazo e caso isso não tenha solução, cabeças vão rolar, entendeu capitão?

AZUMA – Sim senhor.

RYUKOSEI – Qual é a evolução do caso? (Azuma olha para Sango que se manifesta)

SANGO – Estamos entrevistando os mais de cem suspeitos, mas as pistas são frágeis e se um deles for culpado, escapará da condenação tranquilamente.

RYUKOSEI – Em outras palavras, estamos no mesmo estágio de uma semana atrás. Na estaca zero.

SANGO – É o melhor que podemos fazer com os poucos recursos que dispomos.

RYUKOSEI – Então detetive, seu melhor não é o suficiente para mim. Trate de se empenhar mais.

Sango, sabendo tudo que Ryukosei fez no passado, olha para o prefeito com desdém e quando ia dar uma resposta á àquela provocação, seu celular começa a tocar. Ela olha o numero da casa de Sesshoumaru no visor do aparelho.

SANGO – Com licença. É particular.

Sem esperar qualquer tipo de permissão para se ausentar, Sango sai da sala e do lado de fora atende o aparelho.

SANGO – Alô.

RIN – Sango.

SANGO – Aconteceu alguma coisa com Tamira?

RIN – Ela teve um ataque de asma. Ela já teve isso antes?

SANGO – Não! Ela nunca teve isso. (ela estava ficando nervosa) - Ela está bem?

RIN – Ela está melhor, mas achamos por bem a levarmos até á clínica de Zakira. Sesshoumaru está tirando o carro da garagem nesse momento.

SANGO – Boa idéia. Faça isso. Leve-a para Zakira e ele saberá o que fazer.

RIN – Seria bom você vir também. Tamira está um pouco assustada.

SANGO – Olha Rin! Nesse momento estou presa em uma reunião e...

RIN – Sango! Estamos falando de sua filha. O que é mais importante?

SANGO – Tem razão. Eu já estou indo até aí.

RIN – Nos encontramos na clínica.

Sango, ainda um pouco abalada por aquela notícia, desliga seu celular, respira fundo e volta para a sala de Azuma onde estava acontecendo a reunião, via teleconferência, com Ryukosei.

RYUKOSEI – Que bom que voltou a se juntar á nós, detetive. Vou traçar os novos parâmetros da investigação e...

SANGO – Sinto muito, mas tenho que me ausentar.

RYUKOSEI – Não vai se ausentar coisa nenhuma! Vai ficar aqui e me ouvir. Eu sou o prefeito. Exijo respeito.

SANGO – Sabe muito bem que não tenho respeito nenhum pelo senhor. Não me importa se é o prefeito ou o Imperador.

AZUMA – Sango! (ele vai até ela) - O que está acontecendo?

SANGO – Minha filha! Ela está sendo levada á clínica do meu noivo. Não precisam da minha presença. Guy está por dentro de todo o inquérito. Pode tirar qualquer dúvida.

AZUMA – Mas Guy está no hospital, se esqueceu?

SANGO – Olha Azuma! Você é pai e sabe bem que não posso ficar aqui enquanto minha filha está passando mal. Tenho que ficar com ela.

RYUKOSEI – Se sair dessa sala, considere-se demitida... Mais uma vez.

SANGO – Vai á merda!

Sango sai pela porta deixando um clima tenso no local e Koharo sai atrás dela e correu até alcançar a detetive ficando á frente dela, impedindo sua progressão.

KOHARO – Espere, Sango.

SANGO – Saia da minha frente.

KOHARO – Me escuta, por favor.

SANGO – Eu não tenho nada para escutar. Minha filha está me esperando.

KOHARO – Você não pode ser demitida. Não hoje. Hoje não.

SANGO – Por que essa preocupação com meu emprego? Ah! Já sei! Você está trabalhando aqui para me vigiar, mas se eu for demitida, você perderá sua utilidade para Ryukosei.

KOHARO – Não é nada disso e...

SANGO – Eu quero que você, Azuma, Ryukosei e todos daqui se danem.

Vendo que Koharo não saía da frente, Sango a empurrou, fazendo-a cair no chão e depois seguiu seu caminho para ir até a clínica de Zakira a fim de ver a filha. Nisso Koharo volta até a sala de Azuma onde o telão já estava desligado.

KOHARO – Ryukosei se desconectou?

AZUMA – Sim. Ele está furioso.

KOHARO – Capitão! Tem que convencer Ryukosei a não demitir Sango. O senhor sabe muito bem porque.

AZUMA – Eu não posso fazer nada, Koharo. Viu a forma desrespeitosa como Sango o tratou. Ele não vai voltar atrás. (ele olha para a preocupação dela) – Olha Koharo! Vá ao hospital e traga Guy para cá.

KOHARO – Mas Guy ainda deve estar muito ferido e...

AZUMA – Eu preciso dele aqui. Eu vou pensar em algo para que Ryukosei não demita Sango.

KOHARO – Ta! Vou ver o que posso fazer.

Koharo sai da sala para fazer o que o capitão pediu. Por alguma razão, ainda desconhecida, Koharo queria que Sango permanecesse no departamento e enquanto isso na prefeitura, depois da mal fadada teleconferência com o departamento de polícia, Ryukosei conversava, por telefone, com Rakusho, seu secretário de segurança publica.

RYUKOSEI – Maldita hora que Azuma me convenceu a recontratar Sango.

RAKUSHO – Precisa se acalmar e...

RYUKOSEI – Eu não quero me acalmar! Eu quero Sango demitida. Ela não pisa mais no departamento e se depender de mim não será nem guarda de transito, mas não foi por isso que te liguei. A Segurança Interna já descobriu algo sobre Gatenmaru?

RAKUSHO – Nada, senhor. Eles não têm nenhum rastro dele.

RYUKOSEI – Está bem. Rakusho! Quero que tome meu lugar e vá até o departamento de polícia. Eu quero pressão naquela gente.

RAKUSHO – Farei isso imediatamente. É só isso, senhor prefeito?

RYUKOSEI – Sim. A gente se fala depois.

Ryukosei coloca o telefone de volta no gancho e se levanta da cadeira para andar de um lado para o outro. Ele tinha várias preocupações que iam desde a queda nas pesquisas de intenção de voto até o sumiço misterioso de Gatenmaru, que tinha informações comprometedoras contra ele e enquanto isso depois de falar, pelo celular, com Ryukosei, o secretário de segurança publica, Rakusho estava dentro do seu carro oficial, observando a entrada do clube em que seria a festa de comemoração, na qual iriam Satsuki, Maya e Xolan. O secretário observava vários jovens entrando no clube até que um desses jovens o olhou de volta e foi até ao carro do secretário.

RAKUSHO – Akin.

AKIN – O que o senhor está fazendo aqui, vovô?

RAKUSHO – Eu só vim te ver para lhe dar os parabéns por ter passado no vestibular.

AKIN – Como soube que eu ia estar aqui?

RAKUSHO – Apesar de seu pai e eu não nos darmos bem, ele me pediu ajuda para que alugasse esse clube para sua comemoração e...

AKIN – É só isso?! Já me desejou os parabéns. Agora pode ir. (ele ia se afastando o que faz o secretário sair do carro)

RAKUSHO – Akin! (vai até o neto) – Você é meu neto. Filho da minha filha. (ele abaixa a cabeça) – Desde que ela morreu, prometi cuidar de você.

AKIN – O meu pai já faz isso e muito bem. Eu não sei o que deu na cabeça dele de te pedir ajuda para alugar esse clube.

RAKUSHO – Ele só quer que nos aproximemos de novo. Eu sinto sua falta, ainda mais na minha idade e...

AKIN – Olha vovô! Eu vou pensar, mas não prometo nada, ok?

RAKUSHO – Está bem. (ele olha para o relógio de pulso) – Eu tenho que ir para resolver assuntos do prefeito (ele volta a olhar para o neto) – A gente conversa depois, mas agora, divirta-se. Você merece.

AKIN – Sim.

RAKUSHO – Lembre-se Akin. No que me toca, você é a pessoa mais descente que conheço. A sua mãe, minha filha, se estivesse viva, ficaria muito orgulhosa de você.

Aparentemente Akin tem uma relação distante com seu avô, mas mesmo assim, depois daquelas palavras, um sorriso, ainda que tímido, aprece no rosto do jovem, que observa o avô entrando no carro oficial e indo embora e enquanto isso em um complexo militar, que era o seu esconderijo, Natsume estava observando Kageroumaru em frente ao computador tentando ouvir o arquivo de áudio que tinha no CD de Gatenmaru.

NATSUME – Não conseguiu nada?

KAGEROUMARU – Infelizmente não. Os códigos estão muito bem protegidos. (ele olha para ela) – Por que não fazemos um acordo com Gatenmaru?

NATSUME – Não! Gatenmaru é um patriota. Os objetivos dele são diferentes dos nossos. Ele está tentando ganhar tempo para alguma manobra que ainda não percebi.

KAGEROUMARU – E Zuza?

NATSUME – Desse eu mesma cuido. (seu celular toca) - Continue trabalhando no CD. Eu já volto.

Natsume sai da sala de informática para poder atender a ligação. Era Zakira, que naquele momento estava em sua clínica.

NATSUME – O que foi agora, Zakira?

ZAKIRA – A filha de Sango passou mal de novo.

NATSUME – E daí?!

ZAKIRA – Daí que ela teve um ataque de asma. Isso não estava programado.

NATSUME – O que quer dizer?

ZAKIRA – O organismo da menina está começando a apresentar sintomas inesperados. Assim não da para controlar.

NATSUME – Mas tem que dar. É para isso que te pagamos. Foi para isso que montamos essa clínica. Agora faça seu serviço e cuide da menina.

ZAKIRA – Eu faço meu trabalho, mas se esse descontrole continuar, Sango voltará com aquela idéia de levar Tamira para ser examinada por um médico no exterior e aí será o fim dos nossos planos.

NATSUME – Então cuide para que isso não aconteça. Você vai ser o padrasto dela. Convença sua noiva.

Natsume desliga seu celular e quando ia voltar para a sala de informática, vê Zuza dobrando o corredor e por isso vai até ele.

NATSUME – Zuza! (chamando a atenção dele) – Eu não pedi que ficasse vigiando Takeshi? O que está fazendo fora da sala?

ZUZA – Ele está em uma sala, trancado. Não fará nada.

NATSUME – A questão não é essa e sim que não está me obedecendo. Aonde vai? Posso saber?

ZUZA – No banheiro. Quer um relatório sobre o que vou fazer? (sendo irônico)

NATSUME – Vai de uma vez. Eu fico com Takeshi.

Zuza sorri e se afasta de Natsume que imediatamente vai para a sala onde Takeshi estava trancado.

TAKESHI – Aquele maluco não soube me responder. O que quer de mim agora?

NATSUME – Eu queria mesmo saber o motivo de você nunca ter contado todo o esquema de Ryukosei e ter preferido fugir, mas disso falamos depois. Por hora que sua colaboração em outro caso.

TAKESHI – Não vou ajudá-la em nada.

NATSUME – Vai sim, mas vamos esperar um telefonema e aí eu te conto o que quero que faça. Só posso adiantar que tem a ver com sua filha.

Takeshi arregala os olhos e fica preocupado com aquela revelação e Natsume sorri sem parar observando sua preocupação, mas ela tinha também que se preocupar, pois ao contrario do que disse á ela, Zuza não foi ao banheiro e sim á parte do complexo militar onde ficava a cela de Gatenmaru.

GATENMARU – E aí, Zuza? Conseguiu descobri algo?

ZUZA – Sim. Um homem chamado Takeshi é o prisioneiro misterioso.

GATENMARU – O que?! (assustado) – Não pode ser.

ZUZA – Quem é ele?

GATENMARU – É um inimigo de Ryukosei. Fez parte de um grupo chamado ‘Vitória para a humanidade’ que pregava o fim da pena de morte. Ele estava foragido há pelo menos dez anos.

ZUZA – Sabe qual a importância desse Takeshi?

GATENMARU – Ele tem segredos que podem destruir Ryukosei.

ZUZA – Mas espere aí! Se ele é inimigo mortal de Ryukosei e tinha uma informação que pode destruir a carreira dele então porque ele ficou calado esses anos todos? O que ele está esperando?

GATENMARU – Eu não tenho a menor idéia, mas isso eu vejo depois. E aí? Vai me ajudar ou não?

ZUZA – Vou. (ele olha ao redor) – Eu soube que Loki morreu na China e assim mesmo Natsume não fez nada para matar Kagome. Sinal de que ela não quer matá-la como você mesmo disse. Preciso voltar antes que ela perceba.

GATENMARU – Zuza! Eu conto com você. Tira-me daqui e eu mato Kagome.

ZUZA – Ta! Vou trabalhar nisso.

Zuza se afasta da cela para voltar para junto de Natsume. Ele já tinha percebido que, por algum motivo, ela não iria matar Kagome e enquanto isso em um beco no subúrbio de Tóquio, Momiji estava olhando para seu relógio de pulso. Já eram seis horas da tarde. Hora marcada por Elisa, que finalmente aparece no beco e vai ao encontro da jornalista.

ELISA – Sabe muito bem que devemos nos encontrar somente em caso de emergência.

MOMIJI – Eu preciso falar com meu pai. Você disse que sabe onde ele está.

ELISA – Eu só falei isso porque você iria me entregar á Kagome.

MOMIJI – Eu só quero saber se meu pai está bem. Não me importo nem com você e nem com Kagome.

ELISA – Está sendo muito injusta comigo, Momiji. Graças á mim, você se tornou a jornalista numero um do seu jornal. Com minhas informações sobre os podres de Ryukosei, você conseguiu matérias muito boas. Vai até concorrer ao prêmio de jornalista do ano.

MOMIJI – Ok! Desculpe-me por ser tão agressiva. Eu sou muito agradecida pelo que me fez, mas é que preciso saber se meu pai está bem.

ELISA – Eu vou tentar dar um jeito, mas caso eu consiga, tem que me prometer que será leal á mim. Se Kagome encontrar seu pai, ele corre sério risco de vida ou se esqueceu que Ryukosei está atrás dele?

MOMIJI – Claro que não! Consiga com que eu fale com meu pai e prometo o que quiser.

Elisa abre um sorriso vencedor para depois se afastar um pouco a fim de usar seu celular para falar com Natsume, que estava na sala com Takeshi.

ELISA – Ele está pronto?

NATSUME – Aguarde na linha.

Sem desliga seu celular, Natsume olha para Takeshi, que ainda custava a acreditar que eles sabiam da existência da filha dele.

TAKESHI – O que quer de mim?

NATSUME – Saiba que sua filha se tornou uma grande jornalista. Eu quero que fale com ela e diga que está bem e que está escondido para não ser capturado por Ryukosei.

TAKESHI – E se eu não fizer isso?

NATSUME – Bem, aí teremos que tomar atitudes mais drásticas em relação á sua filha.

TAKESHI – Não ouse a tocar em um fio de cabelo dela, se não...

NATSUME – Se não o que? Você é só um velho inútil que tem uma informação útil. Não ameaçamos sua filha para conseguir essa informação, pois a participação dela, minando a reputação de Ryukosei, é de nosso interesse, mas depois disso, ela é descartável.

TAKESHI – Ok! Eu faço o que me pediu.

NATSUME – É assim que se fala, meu velho. (ela volta a usar o celular) – Elisa. Pode colocá-la na linha.

ELISA – Ta.

Depois disso Elisa volta para junto de Momiji, que andava de um lado para o outro tentando controlar a ansiedade de poder falar com seu pai biológico.

ELISA – Momiji. (ela dá o celular) - Seu pai está na linha.

Momiji olha para o celular e fica um pouco hesitante, mas depois cria coragem e atende o aparelho.

MOMIJI – Pai.

TAKESHI – Sim, Momiji. Sou eu.

MOMIJI – Por que o senhor ainda está escondido? Por que não aparece?

TAKESHI – Eu não posso, querida. Ryukosei está atrás de mim e vai me matar se conseguir me achar. Por isso para sua própria proteção, não deve se encontrar comigo.

MOMIJI – Mas eu tenho tantas coisas para falar com o senhor.

TAKESHI – Eu sei, querida. Sabe Momiji? Ter deixado você para trás foi uma das coisas mais difíceis que tive que fazer, mas era preciso. Era viúvo e não podia criar uma criança sendo um foragido. Não queria essa vida para você.

MOMIJI – Eu sei disso, pai. As pessoas para quem o senhor me deu, foram muito boas. Tive alguns desentendimentos, mas nada grave. Até tenho uma irmã.

TAKESHI – Que bom que teve uma infância feliz. Um dia quando tudo isso acabar, vamos poder conversar mais sobre isso, mas não no momento.

MOMIJI – Pai. O senhor está seguro mesmo?

TAKESHI – Estou.

MOMIJI – Não se preocupe. Ryukosei vai pagar por tudo que está fazendo. Isso é uma promessa.

TAKESHI – Ok querida, mas tome cuidado. Essa gente é perigosa. Se Ryukosei descobrir que é minha filha, irá atrás de você.

MOMIJI – Pode deixar.

TAKESHI – Agora tenho que desligar.

MOMJI – Ta. Eu te amo, pai. Mesmo nunca ter o visto, eu sei da sua história, da sua luta. É por isso que te amo.

TAKESHI – Eu também te amo.

Elisa pega seu celular de volta e Momiji fica um pouco emocionada depois de falar com o pai chegando a derramar algumas lágrimas que foram enxugadas rapidamente.

MOMIJI – Cumpriu o que prometeu. Por isso vou ajudá-la.

ELISA – Ótimo. Só mais uma coisa antes de ir embora.

MOMIJI – Sim?

ELISA – Kagome certamente não conseguirá nenhuma informação valiosa sobre seu pai e como está desesperada por se sentir ameaçada, ela deverá inventar alguma ligação minha com o desaparecimento do seu pai.

MOMIJI – Pode deixar. Não vou dar ouvidos á ela se por acaso ela mencionar isso.

ELISA – Obrigada.

MOMIJI – Mas Kagome não corre risco de vida, não é?

ELISA – Claro que não. Kagome ficará bem. Estamos fazendo isso para incriminar Ryukosei.

MOMIJI – E Jinenji? Aquilo foi preciso?

ELISA – Nós já discutimos isso, Momiji. Quando capturamos Jinenji, ele foi levado á uma instalação militar e acidentalmente descobriu o paradeiro do seu pai e queria falar com os amigos dele. Meus homens tiveram que intervir e infelizmente o matamos. Como esposa de Ryukosei, sei que ele tem espiões no grupo de amigos dele.

MOMIJI – Koharo?

ELISA – Ela mesma. Se aquela informação vazasse seria o fim do seu pai. Não tivemos escolha e...

MOMIJI – Já entendi. Eu só não me sinto bem em saber que um homem morreu por causa do meu pai.

ELISA – Seu pai é uma pessoa com informações importantes.

MOMIJI – Entendi. Eu vou voltar ao jornal.

Momiji sai do beco deixando Elisa convicta de que ela acreditou naquela mentira e enquanto isso Sango acabava de chegar á clínica médica do noivo e encontra com Rin e Sesshoumaru na sala de espera juntamente com Genku e Sara.

RIN – Ainda bem que chegou, Sango.

SANGO – Cadê a Tamira?

SESSHOUMARU – Zakira está a examinando.

SANGO – Será que vai demorar muito? Preciso ver minha filha.

RIN – Acho que não vai demorar. (ela coloca a mão no ombro da amiga) – Calma Sango. Tamira já estava um pouco melhor.

SANGO – Eu devia ter seguido o conselho de Onigumo e usar o dinheiro daquela conta secreta de Miroku para levar Tamira para ser examinada no exterior.

GENKU – Vai levar Tamira para fora do país?

SANGO – Sim. Preciso saber o que acontece com essa menina. Preciso saber por que ela fica toda hora doente. Chega de ser uma mãe negligente.

RIN – Você não é uma mãe negligente, Sango.

SANGO – Sou sim. (ela se senta no banco e começa a chorar) – Eu fiquei tão feliz em poder voltar a ser detetive que nem pensei que isso iria me afastar de Tamira.

Naquele momento Zakira sai da sala carregando Tamira no colo. A menina estava sorrindo e ao ver a filha Sango corre para pegá-la no colo.

SANGO – Ai meu amor. A mamãe ficou tão preocupada.

TAMIRA – Eu to bem, mamãe. O tio Zakira cuidou de mim.

ZAKIRA – Ela vai ficar bem, Sango.

SANGO – Zakira! Eu preciso ter certeza. Afinal de contas, descobriu o que minha filha tem? Sabe por que ela fica doente com tanta freqüência?

ZAKIRA – Os exames dela não apontam nada de anormal.

SANGO – Mas sabe que minha filha tem algo anormal, não é?

RIN – Calma Sango. (tentando acalmar a amiga)

SANGO – Eu não quero me acalmar, Rin. (ela volta a olhar para o noivo) – Fique sabendo Zakira, que vou levar Tamira para ser examinada por um médico no exterior. O melhor que o dinheiro de Miroku puder pagar.

ZAKIRA – Acho que nós já tínhamos conversado de que eu seria responsável por isso e...

SANGO – Sim. Conversamos, mas eu mudei de idéia. Quero a opinião de outro profissional já que você não consegue descobrir o que minha filha tem.

ZAKIRA – Está sendo injusto comigo, Sango. Somos noivos e...

SANGO – Isso não tem nada haver com a gente, Zakira. Estou falando da saúde de Tamira. Ela é a pessoa mais importante na minha vida.

ZAKIRA – Olha Sango! Vamos discutir isso com calma e...

SANGO – Não há o que discutir, Zakira. (ela se afasta dele) - Tamira é minha filha e eu, somente eu, que decido que devo fazer com ela.

ZAKIRA – Ok Sango. (ele respira fundo) – Pode pelo menos ficar até que saia os resultados dos exames que mandei fazer?

SANGO – Não vai demorar muito?

ZAKIRA – Vai ser rápido.

Zakira volta para sua sala e vendo que o clima estava ficando mais tranqüilo, Rin e Sesshoumaru se aproximam do casal.

RIN – Nós já vamos, amiga.

SANGO – Claro Rin. (ela a braça a amiga) – Obrigada por tudo.

RIN – Quando quiser, estarei ás ordens.

SESSHOUMARU – Faço minhas as palavras da minha bela esposa. (sorrindo)

SANGO – Obrigada de novo.

RIN – Vamos crianças? (ela olhando para Genku e Sara)

GENKU – Tchau Tamira.

SARA – Tchau Tamira.

TAMIRA – Tchau aos dois.

Sango observa o casal indo embora com as duas crianças e acaba se lembrando de algo.

SANGO – Ah sim! Eu fiquei tão preocupada com Tamira que me esqueci de perguntar sobre Satsuki no vestibular.

SESSHOUMARU – Ela passou.

RIN – Está comemorando em algum clube.

SANGO – Ela merece.

Depois dessas palavras Sesshoumaru e Rin saem da clínica levando Genku e Sara com eles e enquanto isso Zakira, em sua sala, não estava olhando os exames de Tamira e sim falando, através do seu celular, com Natsume.

ZAKIRA – Ouviu bem? Eu não tenho como convencer Sango a não levar a filha para o exterior.

NATSUME – Você é um incompetente mesmo, não é, Zakira?

ZAKIRA – O que está acontecendo não é culpa minha. O organismo de uma criança é muito frágil. Tamira pode ter outras complicações. (ele tranca a porta para não ser incomodado) – Se Tamira for examinada por outro médico, ele descobrirá a bactéria nanológica que implantei na menina.

NATSUME – Eu vou tentar arrumar um médico no exterior que seja fiel á nossa causa e aí você o recomenda para Sango. É o máximo que podemos fazer. (Kageroumaru aparece diante dela e parecia nervoso) – Vou desligar. Kageroumaru quer falar algo.

ZAKIRA – Ok.

Natsume desliga seu celular ao notar o nervosismo de Kageroumaru.

NATSUME – Fala homem. O que foi?

KAGEROUMARU – Temos problemas com a arma X.

NATSUME – O CD de Gatenmaru tem algo haver com a arma X?

KAGEROUMARU – Não é isso. (ele respira fundo) - Quando estava trabalhando no CD, deixei um canal aberto com as informações das várias inter-agências de investigação e...

NATSUME – Vá direto ao assunto, homem.

KAGEROUMARU – Venha comigo e veja você mesma.

Natsume segue Kageroumaru que a conduziu até a sala de informática onde ele estava trabalhando no CD de Gatenmaru, mas ele foi mostrar outra coisa no computador.

KAGEROUMARU – Olha o informe da Agência Imperial.

NATSUME – Não pode ser. (ela olha o informe na tela) – Mas como eles descobriram?

KAGEROUMARU – Segundo o relatório, havia uma digital no apartamento de Yura que não era dela, nem do namorado. Foi através dela que chegaram á verdade.

NATSUME – Droga! Isso não estava nos planos.

KAGEROUMARU – O que faremos?

NATSUME – Estou pensando. (ela fica pensativa por alguns segundos) – Quanto tempo essa informação chegará ao departamento de polícia?

KAGEROUMARU – Entre uma hora ou duas. Não tem como impedir.

NATSUME – Fazer o que? (já conformada) – Deixa como está. Vamos ter que improvisar. Eu quero que me faça um favor.

KAGEROUMARU – Diga.

NATSUME – Preciso que encontre alguém na Europa que se passe por um médico. Talvez não precisemos usá-lo, mas é melhor prevenir do que remediar.

KAGEROUMARU – Você é quem manda. E a arma X?

NATSUME – Eu cuido disso também.

Kageroumaru foi para outro computador fazer o que Natsume pediu. A ex. amante de Naraku estava com um mau pressentimento em relação ao mascarado, que atendia pelo codinome arma X.

 

Próximo capítulo = A identidade da arma X – parte 2


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