Noite sem Fim escrita por TreinadorX


Capítulo 35
Aposta perigosa - parte 2




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/12481/chapter/35

No departamento de polícia de Tóquio, mais precisamente em sua sala, Sango recebia a visita de seu velho mentor, Akira.

SANGO – Está me dizendo que Ryukosei não sabotou a investigação da Segurança Interna sobre o assassinato de Jinenji?

AKIRA – Isso mesmo! A investigação correu normalmente, sem nenhuma ordem contrária ou qualquer acobertamento.

SANGO – Então Ryukosei não tem envolvimento algum com o caso. (ela se levanta de sua cadeira) – Mas se Ryukosei não está por trás, quem está?

AKIRA – Eu não sei, Sango! Só sei que Ryukosei não colocou qualquer obstáculo na investigação.

SANGO – Eu lhe agradeço, senhor Akira.

AKIRA – Não foi nada. (o celular dela começa a tocar) – Eu vou deixá-la a sós para atender.

SANGO – Novamente obrigado, senhor.

Akira sorri e em seguida sai da sala da detetive que atende imediatamente.

SANGO – Alô.

SHIPPOU – Sou eu, Sango! Eu descobri o nome do dono do carro.

SANGO – Espere um pouco. (ela fecha a porta de sua sala) – Pode falar.

SHIPPOU – O furgão preto está no nome de um homem chamado Loki.

SANGO – Eu vou descobrir quem é esse Loki e...

SHIPPOU – Eu já fiz isso, Sango! Ele é dono de uma concessionária de carros chamada Jetcar.

SANGO – Muito bom! Eu sei onde é. Vou ver isso imediatamente. Obrigado, Shippou.

SHIPPOU – Fico feliz por poder ajudar.

Depois de passar o recado para a detetive, Shippou, que ainda estava em seu quarto, desliga seu celular e olha para Genku que estava diante dele.

SHIPPOU – Você me entendeu, não é Genku? Uma das garçonetes do restaurante vai ficar de olho em você.

GENKU – E por que você vai sair?

SHIPPOU – Eu tenho que ajudar um amigo. (ele pega uma mochila que estava no chão) – Eu já vou indo. Cuide-se.

GENKU – Você também, mano.

Shippou se despede do irmão e vai ao encontro de Xolan que estava encostado em seu carro terminando de falar com alguém pelo celular.

XOLAN – Finalmente.

SHIPPOU – Desculpa, mas precisava fazer algo e...

XOLAN – Não precisa entrar em detalhes! Agora vamos e... (ele para de falar ao notar a mochila que Shippou carregava) – O que é isso?

SHIPPOU – Coisas minhas. (ele coloca a mochila nas costas) – Com quem estava falando?

XOLAN – Com Maya. Pedi que ela me encontrasse no banco. Vou contar toda a verdade para ela.

SHIPPOU – Ótimo. (ele vai até á moto de InuYasha)

XOLAN – Vamos no meu carro e...

SHIPPOU – Não! Vamos até o banco. Lá te dou o dinheiro e depois você segue sozinho e eu volto.

XOLAN – Ok! (um pouco contrariado) - Vamos então.

SHIPPOU – Vamos.

Shippou sobe na moto e Xolan entra em seu carro e assim os dois saem dali para irem ao banco onde Shippou tinha dinheiro e enquanto isso na redação do jornal Diário da manhã, Sesshoumaru chegava com Sara no colo, cena que chamou a atenção de Momiji.

MOMIJI – Por que trouxe sua filha para o trabalho?

SESSHOUMARU – Rin está ocupada no momento e por isso vou cuidar dela.

MOMIJI – O local de trabalho não é lugar para crianças. (ela se senta á sua mesa)

SESSHOUMARU – Você está azeda, Momiji. (ele se senta á mesa dele) – Pega leve e...

Sesshoumaru para de falar ao ver Kagome adentrando á redação do jornal e assim ele, com Sara no colo, se levanta para ir até a cunhada.

SESSHOUMARU – Veio me dizer alguma coisa? Podia ter me ligado e...

KAGOME – Eu não vim falar com você, Sesshoumaru. (ela olha para Momiji) – E sim com ela.

SESSHOUMARU – O que?!

Sem responder a pergunta do cunhado, Kagome se afasta dele e vai até á mesa de Momiji, que já observava a conversa.

KAGOME – Olá Momiji. Precisamos conversar.

MOMIJI – Sobre?

KAGOME – Bem... (ela olha para o cunhado e depois volta a olhar para Momiji) – Eu sei de todo plano elaborado por meu marido, Sango e Sesshoumaru para te enganar para que Jinenji verificasse seu apartamento.

SESSHOUMARU – O que está fazendo? (chamando a atenção da cunhada)

KAGOME – Jogando limpo. (ela volta a dar atenção á Momiji) – É disso que quero conversar. E acho que temos objetivos comuns. Derrotar Ryukosei.

MOMIJI – Ok! (ela se levanta da cadeira) - Tem uma lanchonete aqui perto. (ela pega a bolsa dela) - Lá podemos conversar.

Kagome sorri diante das palavras de Momiji e assim as duas se afastam de Sesshoumaru, que, segurando Sara no colo, ficou sem entender as intenções da cunhada e enquanto isso em seu quarto, Satsuki conversava com sua amiga Maya, sobre o telefonema de Xolan.

SATSUKI – Então ele quer que você se encontre com ele? Mas por que em um banco?

MAYA – Eu não sei, mas ele parecia sério.

SATSUKI – Você vai?

MAYA – Eu tenho que ir e quero que venha comigo.

SATSUKI – Olha Maya! Eu não acho isso uma boa idéia e...

MAYA – Vamos amiga. Por favor.

Satsuki não estava muito a fim de ir com a amiga, mas não teve como recusar e acabou cedendo á Maya e enquanto isso Kagome e Momiji já estavam sentadas á uma mesa da lanchonete. A colega de Sesshoumaru estava bastante curiosa sobre o assunto que a esposa de InuYasha queria com ela.

MOMIJI – Antes de começarmos a conversar, saiba que perdôo o que seu marido, sua amiga e também o falecido Jinenji, pois me enganar daquele jeito foi brilhante, sem falar que a culpa foi minha de não ter percebido.

KAGOME – Fico feliz que pense assim.

MOMIJI – Mas não perdôo Sesshoumaru, pois ele brincou com meus sentimentos me beijando e depois dizendo que fez isso com outras intenções.

KAGOME – Apesar de achar que você não foi nenhuma santa nessa história, tenho que concordar com você. O que o Sesshoumaru fez foi errado. Ele brincou com você e magoou Rin, mas eu não vim falar disso.

MOMIJI – Certo. Então está jogando limpo?! Ok! Se for verdade vai me dizer por que, certo?

KAGOME – É simples! Nós achamos que sua fonte tem alguma ligação com as pessoas que estão tentando me matar.

MOMIJI – Espere aí! Não está insinuando que eu tenha algo a ver com isso?

KAGOME – Claro que não! Até porque você odeia Ryukosei, pois ele foi inimigo do seu pai. Eu falo do biológico.

MOMIJI – Mas como você sabe disso? (ela pensa um pouco) – Ah sim! Já sei. Foi Botan, não é?

KAGOME – Sim.

Nesse momento Kagome se lembra da conversa que teve com Botan em uma sala da sede do partido trabalhista antes de se reunir com Ryukosei.

FLASH BACK

Kagome, conversando com Botan, estava curiosa para saber os motivos de Momiji fazer reportagens tão negativas contra o prefeito Ryukosei e a assistente de Gakusajin contou algo pessoal das duas.

KAGOME – Está dizendo que vocês duas não são irmãs?

BOTAN – Isso! Botan foi adotada, mas saiba que nossos pais contaram isso cedo, pois conheciam o verdadeiro pai dela.

KAGOME – Deve ter sido um choque para ela. Ser abandonada

BOTAN – E foi, mas não parou por aí porque depois que descobriu quem era o pai dela e o motivo de ter sido abandonada. Esse é o real motivo de Momiji ter raiva de Ryukosei.

Depois disso Botan contou a Kagome o nome do pai biológico de Momiji, causando grande surpresa á ela.

FIM DO FLASH BACK

KAGOME – Por um momento pensei que sua irmã ia dizer que o próprio Ryukosei era seu pai.

MOMIJI – Kami que me livrasse desse destino.

KAGOME – Foi surpresa para eu saber que seu verdadeiro pai é Takeshi, antigo companheiro de Inutaicho, pai de InuYasha e Sesshoumaru, e também de Rasetsu e Junko, avô e avó de Rin, e membro do grupo ‘Vitoria para a humanidade’.

MOMIJI – Isso mesmo! Botan não devia ter falado nada. (ela respira fundo) – Eu descobri que meu pai me abandonou porque teria que fugir da influência de Ryukosei. Isso não seria fácil com uma criança á tiracolo.

KAGOME – Ele pensou em você, Momiji.

MOMIJI – Eu sei disso e é por isso que odeio o homem que o obrigou a fazer isso. (ela olha bem para Kagome) – Você ainda que saber o nome da minha fonte?

KAGOME – Sim! Ainda mais que Jinenji foi encontrado morto. Certamente alguém ligado á essa sua fonte, pois não queria ser descoberta. Quem é sua fonte, Momiji? O nome dele é Zuza?

MOMIJI – Não conheço nenhum Zuza.

KAGOME – Quem é sua fonte?

MOMIJI – Eu não posso contar. Sabe disso. (ela se levanta á mesa) – Está perdendo seu tempo.

KAGOME – Você pode se complicar.

MOMIJI – Isso é uma ameaça, vereadora?

KAGOME – Não! É só um aviso. (ela se levanta e a encara) – Sua fonte tem ligação com as pessoas que querem me matar e se isso vier a acontecer, você estará encrencada, pois o meu marido não é tão paciente quanto eu.

MOMIJI – Você não me conhece, Kagome! Eu não tenho medo do Ryukosei. Não tenho medo de você e nem do seu marido. Podem vir quentes que eu estou fervendo.

Momiji sorri e começa a se afastar de Kagome para sair da lanchonete, mas antes que isso acontecesse, a esposa de InuYasha se manifesta com algo do interesse da colega de Sesshoumaru.

KAGOME – E se eu localizar seu pai, você me ajuda? (Momiji da meia volta diante daquela pergunta)

MOMIJI – Como pode encontrar meu pai? Ele sumiu do mapa. Ninguém o encontra.

KAGOME – Eu dou meu jeito. Miroku conseguiu falar com ele a cinco anos na China.

MOMIJI – Muita coisa acontece em cinco anos. (ela sorri) – Ta legal, Kagome! Se você encontrar meu pai, digo o nome da minha fonte. Com licença.

Depois desse acordo, Momiji finalmente sai da lanchonete deixando Kagome sozinha no local e quando ela ia sair, seu celular começa a tocar. Ela olha no visor e vê o nome do marido.

KAGOME – Estou ouvindo, InuYasha. Como estão as coisas no hospital?

INUYASHA – É um saco ter que ficar aqui, mas o pior é ter que ver de vez em quando sua mãe me encarando.

KAGOME – esquece minha mãe! Ela é problema meu. (ela sai da lanchonete) – Mas você não me ligou para me falar isso, não é?

INUYASHA – Exato.

KAGOME – Então o que foi, meu amor?

INUYASHA – Por acaso você mandou o Shippou fazer alguma coisa?

KAGOME – Não! Mas por que está me perguntando isso?

INUYASHA – Porque eu liguei para casa e Genku me disse que Shippou o tinha deixado sob os cuidados de uma das garçonetes e que tinha saído para ir até um banco fazer sei lá o que.

KAGOME – Mas que estranho. (ela fica ao lado do seu carro oficial) – Já tentou ligar para o celular dele?

INUYASHA – Claro que já, mas ele deixou desligado.

KAGOME – Não deve ser nada demais, InuYasha. (ela sorri) – Lembra-se da época em que eu me estressava e você tentava me acalmar quando o Shippou escondia algo de nós. Agora está acontecendo o contrário.

INUYASHA – Eu sei. É só um pressentimento. Coisa de pai biológico. (ele resolve mudar de assunto) – Mas vai me contar o que conseguiu com a reunião com Ryukosei?

KAGOME – Logo, Logo você saberá e isso me fez lembrar que tenho que voltar á sede do partido trabalhista imediatamente. A gente se fala depois.

INUYASHA – Ok! Cuide-se querida.

KAGOME – Ta! Eu também te amo.

Kagome desliga seu celular e fica pensando, por alguns instantes, qual seria o motivo de Shippou ter ido ao banco, mas ela não tinha tempo para isso e assim entrou no seu carro oficial e Oli, seu motorista, se manifestou.

OLI – Para onde senhora?

KAGOME – Para a sede do partido trabalhista.

OLI – Sim senhora.

KAGOME – Oli! Você tem filhos?

OLI – Não, senhora.

KAGOME – Então pense bem antes de ter algum, pois saiba que não importa se vieram de dentro de você ou se foram adotados. Filhos só dão dor de cabeça.

OLI – Mas a senhora bem que gosta.

KAGOME – Isso eu não posso negar.

Kagome sorri dela mesma e assim Oli da a partida no carro para saírem dali e enquanto isso, Xolan estava em frente ao banco quando avista um taxi estacionando e de dentro do veículo saem Satsuki e Maya, que imediatamente vai ao encontro do namorado.

MAYA – Xolan.

XOLAN – Maya. (ele olha Satsuki mais adiante) – Satsuki.

SATSUKI – Eu vi para dar apoio á minha amiga.

XOLAN – Entendo. (meio cabisbaixo) – Olha Maya! Precisamos conversar.

MAYA – É para isso que vim aqui. Agora me conte o que tanto quer falar.

Xolan respira fundo, pois sabia que teria que contar a verdade e assim o fez. Contou sobre seu envolvimento com um traficante de drogas e a que fim ele usava as roupas conseguidas com a ajuda dela para traficar essas mesmas drogas para China e Hong Kong. Maya e Satsuki ouviam estarrecidas aquela revelação.

MAYA – Como pode fazer isso comigo? Você, um traficante?

XOLAN – Eu não sou traficante! Eu só entrego as roupas. O que o cara faz com elas não é problema meu e...

MAYA – Como não é, Xolan? Esse cara exporta essas roupas com a marca da loja onde eu trabalhava! E se esse cara for pego, a polícia vai ligar o trafico á loja e aí o gerente vai falar que eu participei disso.

XOLAN – Não se preocupe! Isso não vai acontecer e mesmo que aconteça, assumirei a culpa sozinho.

SATSUKI – Isso não vai fazer diferença! Maya te ajudou pensando que você está vendendo roupas para um concorrente. Ninguém vai acreditar nela se esta história vazar.

MAYA – Satsuki tem razão, Xolan! Você não devia ter mentido para mim. Se eu soubesse de toda verdade, jamais teria te ajudado.

XOLAN – Me perdoe, meu amor. (ele tenta abraçá-la, mas ela se esquiva)

MAYA – Nada de ‘meu amor’. (ela o olhava com reprovação) – Eu nunca pensei que chegasse a fazer isso, Xolan. Você me decepcionou muito.

XOLAN – Eu sei disso. Eu prometo que vou mudar. Só tenho que pagar o cara e saio dessa vida.

SATSUKI – Pagar?

MAYA – Você pegou dinheiro adiantado com esse traficante?

XOLAN – Claro! Como acham que paguei o meu carro? Mas agora não importa, pois não tenho como entregar mais roupas e por isso tenho que devolver o dinheiro.

MAYA – Eu não vou dar nenhum tostão, entendeu?

XOLAN – Não precisa, Maya! Eu já consegui o dinheiro e...

Xolan para de falar, pois naquele exato momento, Shippou saía do interior do banco com um envelope em mãos. Ele fica meio constrangido de ver Satsuki.

SHIPPOU – Pela cara de vocês, Xolan deve ter contado tudo.

MAYA – Você tem participação nisso, Shippou?

SHIPPOU – No rolo do Xolan?! Mas é claro que não! Eu só vim dar o dinheiro que ele precisa. (ele olha para o amigo e dá o envelope á ele) – Aqui está o que precisa.

XOLAN – Valeu amigão. (ele o abraça de novo) – Amigos como você não existem mais.

SATSUKI – Shippou! Você é idiota ou o que? Se pagar esse traficante, ele vai querer mais depois. Isso não vai parar. O que tinha que fazer era chamar a polícia e...

XOLAN – Não se mete, Satsuki.

MAYA – Não grita com minha amiga.

XOLAN – Então fale com sua amiga para ela não se meter nos assuntos dos outros. O dinheiro é do Shippou e ele dá para quem quiser e se ele quiser. Sem falar que você fica enchendo a cabeça da Maya para que ela se separe de mim.

SATSUKI – E acha que não tenho razão de fazer isso?

XOLAN – Ora sua... (Shippou intervém)

SHIPPOU – Já chega dessa discussão, Xolan! O assunto com a Maya você resolve depois, mas agora tem que pagar o cara.

Os dois se afastam de Satsuki e Maya para irem até o carro de Xolan.

XOLAN – Mais uma vez, obrigado, amigão! Nem sei o que faria sem você.

SHIPPOU – Só tem que largar essa vida de crime, Xolan! Isso não leva á nada. Arrume um emprego de verdade e acima de tudo, venda esse carro.

XOLAN – Não! Um carro da estatus para quem o possui e...

SHIPPOU – Olha Xolan! Se gosta de Maya e quer ter alguma esperança de reatar com ela, precisa provar que largou de tudo.

XOLAN – Eu vou pensar.

SHIPPOU – Já é um começo.

XOLAN – Então eu vou indo.

Xolan entra em seu carro e sai dali sob a observação de Shippou que acenava. Depois que o carro sumiu no horizonte, Shippou subiu na sua moto e estava pronto para partir, mas de repente Satsuki fica na sua frente.

SATSUKI – Shippou! Você não pensa na tia Kagome? Se essa história vier á tona pode prejudicar a imagem dela.

SHIPPOU – Não vai prejudicar.

SATSUKI – Vai sim se souber que o filho dela está pagando uma dívida com um traficante.

SHIPPOU – Você está sendo contraditória, Satsuki, pois você mesma queria que eu chamasse a polícia.

SATSUKI – Eu ainda quero e Xolan merece isso, portanto eu vou chamar e...

SHIPPOU – E Maya? Ela também vai se complicar se chamar a polícia. Ou se esqueceu que foi com a ajuda dela que Xolan pegou aquelas roupas?

SATSUKI – Eu tinha me esquecido dela.

SHIPPOU – Mas eu não! Foi pensando nela que resolvi ajudar Xolan. Maya pode ter errado em colaborar com Xolan, mas ela certamente não sabia das reais atividades dele.

SATSUKI – Parece que você sabe até o que tem que fazer.

SHIPPOU – Sei sim.

Nesse momento Satsuki nota a mochila que Shippou carregava nas costas e logo concluiu que deveria ser o uniforme de Motoqueiro Noturno.

SATSUKI – Se trouxe o uniforme é porque vai usá-lo.

SHIPPOU – Claro que sim! E tem mais um laptop aqui comigo. Coloquei um rastreador no envelope e assim posso saber aonde ele vai.

SATSUKI – Quer o dinheiro de volta, não é?

SHIPPOU – Claro que quero! O dinheiro que dei á Xolan são as economias que juntei com meu trabalho somado á um fundo que Kagome e InuYasha abriram para mim.

SATSUKI – E aposto que eles não sabem que você o retirou do banco.

SHIPPOU – Não! E é por isso que deixei meu celular desligado. (eles ficam se olhando por algum tempo até que ele se manifesta) - Agora tenho que ir.

Shippou começa a correr para compensar o tempo perdido com aquela conversa com Satsuki, que apenas observa o primo e ex. namorado sumir de sua vista. Nisso Maya chega por de trás dela.

MAYA – Achei que nunca mais queria falar com ele.

SATSUKI – Eu também, mas gostando ou não somos primos, portanto da mesma família. (ela olha para a amiga) – Não quero que nada afete nem meu pai e nem meus tios.

MAYA – Eu notei a troca de olhares. Acho que ainda se gostam.

SATSUKI – Impressão sua.

MAYA – Eu acho que não. Essa troca de olhares é tão romântica e...

SATSUKI – Devia colocar o romantismo um pouco de lado, Maya. Até parece que está disposta a perdoar Xolan.

MAYA – Não é tão simples assim, Satsuki. Se ele mudar e deixar essa vida de crime, quem sabe?

SATSUKI – Devia se afastar dele. Acredite. Xolan não gosta de você. Acho que nunca gostou.

MAYA – Por que está me dizendo isso?

SATSUKI – Porque sou sua amiga. Agora vamos embora.

Maya ficou sem entender o motivo da bronca que Satsuki tinha com Xolan e enquanto isso Rin terminava a sessão de terapia com a doutora Nodori.

RIN – Obrigada, doutora. Semana que vem eu volto.

NODORI – Eu vou estar esperando.

As duas saem da sala e encontram com o doutor Menoumaru, marido de Nodori e terapeuta de Satsuki.

NODORI – Pensei que já tivesse ido embora.

MENOUMARU – Resolvi esperar a minha esposa para irmos juntos.

RIN – Isso que é amor.

NODORI – Não posso me queixar.

RIN – Então eu vou indo e...

NODORI – Pensei no que falei, Rin.

RIN – Claro que sim. (ela sorri e depois olha para Menoumaru) – Doutor! O senhor não poderia ir lá em casa e falar com Satsuki e tentar convencê-la a voltar e...

MENOUMARU – Ela vim forçada não vai ajudar em nada, Rin. Ela precisa vir por vontade própria. Sugiro que sente com ela e tente convencê-la a vir ás sessões.

RIN – Mas ela anda muito fechada e isso só piorou depois que brigou com Shippou. Eu queria saber quem é esse outro garoto com quem ela está ou estava saindo. O senhor sabe, não é, doutor?

MENOUMARU – Sei, mas eu não posso falar. Sigilo entre médico e paciente.

RIN – Mas o senhor não pode me dar uma pista e...

NODORI – Não insista, Rin! Meu marido não seria profissional se te contasse algo que foi dito em uma sessão de terapia.

RIN – Tem razão! Me desculpe, doutor.

MENOUMARU – Tudo bem. Só está preocupada com sua enteada. É compreensivo.

RIN – E por falar em enteada, isso faz me lembrar da minha filha que está com meu marido, portanto tenho que ir.

Rin se despede do casal de terapeutas e sai do consultório e enquanto isso na prefeitura, Ryukosei retornava ao seu gabinete onde Elisa já estava.

ELISA – Falou com os vereadores que apóiam Kagome?

RYUKOSEI – Sim! Todos eles confirmam o que Kagome disse. Eles vão votar a favor se ela votar a favor também.

ELISA – Você tem que admitir que essa Kagome é boa mesmo.

RYUKOSEI – E admito. (ele a beija) – Está dando tudo certo para mim, pois vou conseguir aprovar meu projeto e ainda vou minar as forças do meu principal adversário. Tudo em uma jogada só.

ELISA – Eu vou falar com o assessor de imprensa para organizar uma coletiva para que anuncie sua intenção de colocar o projeto em votação amanhã mesmo.

RYUKOSEI – Faça isso, meu amor.

Elisa sai do gabinete deixando um Ryukosei muito feliz e enquanto isso Sango e Guy chegavam de carro até á concessionária de carros Jetcar.

GUY – Pode me falar por que não comunicamos essa missão ao capitão?

SANGO – Porque não confio nele. Simples assim.

Sango e Guy saem do carro para em seguida adentrarem a concessionária Jetcar e logo mostram seus respectivos distintivos para um dos funcionários.

FUNCIONÁRIO – Pois não, detetives. O que querem?

SANGO – Queremos falar com o senhor Loki. Ele está?

FUNCIONÁRIO – Ele não está no momento. Teve que resolver um assunto particular, mas que já volta. Não gostariam de esperar?

SANGO – Claro.

FUNCIONÁRIO – Podem esperar na sala dele, se quiserem.

GUY – Obrigado.

Sango e Guy, conduzidos pelo funcionário, entram na sala de Loki aguardando a chegada do mesmo.

FUNCIONÁRIO – Não querem um café? Um suco?

GUY – Não! Obrigado.

FUNCIONÁRIO – Eu tenho que voltar ao trabalho.

SANGO – Fique a vontade.

O funcionário, muito sorridente, sai da sala deixando os detetives á sós e nesse momento ele vai para um lugar mais isolado da concessionária e usa seu celular para ligar para seu patrão.

FUNCIONÁRIO – Alô, chefe.

LOKI – Fale.

FUNCIONÁRIO – Tem uma dupla de detetives aqui querendo falar com o senhor. (ele da uma espiada nos detetives) – E parece urgente, melhor o senhor vir até aqui.

LOKI – Droga! O que será que eles querem. (perguntando para si mesmo) – Ok! Estou voltando. (ele percebe a aproximação de um carro) – A pessoa que estava esperando, chegou. Só tenho que resolver um assunto aqui.

Loki desliga seu celular ao ver o carro de Xolan estacionando. O rapaz sai do seu veículo para ir até Loki, que na verdade é o tal traficante com quem tinha negócios.

LOKI – Bonito carro. Veio me dar?

XOLAN – Não! Eu vim lhe pagar. (ele da o envelope com dinheiro) – Aqui está tudo.

LOKI – Deixe-me ver. (ele pega o dinheiro e fica contando) – Está tudo aqui.

XOLAN – Ótimo! Agora estou indo e...

LOKI – Espere aí, garoto! (segurando o braço dele) – As coisas não são assim não.

XOLAN – O que quer dizer? Já tem seu dinheiro.

LOKI – Acontece que por causa do cancelamento das remessas, que por sinal foi culpa sua, tive algum prejuízo e por isso sua dívida é maior.

XOLAN – Você quer mais dinheiro?

LOKI – Isso! Os juros pelos atrasos são de 50%.

XOLAN – Mas isso é extorsão!

LOKI – E vai fazer o que? Chamar a polícia? (ele da gargalhadas)

XOLAN – Isso não é justo.

LOKI – A vida não é justa! Devia ter aprendido isso, garoto.

XOLAN – Olha cara! Vamos conversar e...

LOKI – Não temos mais nada o que conversar. Arranje o dinheiro ou vou atrás de você, da sua família e de seus amigos. (ele se afasta) – Agora tenho que me ausentar, pois tenho compromissos inadiáveis.

Loki, rindo muito, entra no seu carro para voltar á sua concessionária deixando Xolan arrasado sem saber o que fazer, mas o que nenhum deles sabia era que estavam sendo observados, de binóculo, por Shippou.

SHIPPOU – Ótimo! Agora só tenho que segui-lo e pegar o dinheiro de volta.

Shippou abre seu laptop e na tela aparece um sinal se movendo. Era um minúsculo rastreador que ele tinha colocado no envelope com dinheiro e assim ele saberia aonde Loki iria.

 

Próximo capítulo = Aposta perigosa – parte 3


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Noite sem Fim" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.