Noite sem Fim escrita por TreinadorX
Depois de ficar sabendo de toda a verdade, por InuYasha, sobre os segredos de sua família que tinham relação com sua infertilidade, Kagome, chorosa, ainda não podia acreditar no que ouvia da boca do marido.
KAGOME – Isso não pode ser verdade, InuYasha! Diz-me que isso não é verdade.
INUYASHA – Infelizmente é. (ele se afasta um pouco) – Eu e Sesshoumaru não temos mais os documentos porque o devolvemos para Momiji, conforme o combinado.
KAGOME – Por quê?
INUYASHA – Ela não quis expor sua fonte, mas eu posso garantir, Kagome, os documentos eram autênticos.
KAGOME – Então só há um jeito de descobrir a verdade.
Kagome sai do hospital com InuYasha indo atrás dela, ao chegarem à entrada do hospital, viram Tanuki conversando com Shippou e Genku.
TANUKI – Que bom que está bem, Kagome! Tenho boas notícias! O partido trabalhista manterá as prévias. (ele sorri) – Ao que parece ficaram satisfeitos com os resultados dos seus exames.
KAGOME – Isso é bom, Tanuki.
TANUKI – A sua presença na sede do partido vai reforçar essa convicção e é por isso que vim aqui levá-la para lá e...
KAGOME – Não vai dar, Tanuki! Tenho outros assuntos á resolver.
TANUKI – Mas o que pode ser mais importante do que seu futuro político?
KAGOME – O futuro da minha família. (ele olha para Shippou) – Eu quero que pegue um taxi e leve Genku para casa e fique lá.
SHIPPOU – Mas...
KAGOME – Nada de ‘mas’! (ela tira algum dinheiro da bolsa e da á ele) - Faça o que eu disse, Shippou. (depois ela olha para InuYasha) – Você vem comigo.
INUYASHA – Para onde?
KAGOME – Eu iria para a casa de minha mãe, mas não preciso sair da cidade para chegar á verdade. (ela encara o marido) – Vamos para o apartamento de Souta que fica aqui em Tóquio mesmo.
TANUKI – O que está acontecendo aqui? Podem me explicar?
KAGOME – Depois Tanuki! (ela coloca as duas mãos no ombro de seu assessor) – Quero que vá á sede do partido trabalhista e fale por mim.
Depois disso, Kagome vai até o carro, o qual Shippou veio dirigindo, entra no veículo e InuYasha, podendo andar, entra facilmente no carro sentando no banco do carona, ato que surpreende Tanuki.
TANUKI – InuYasha voltou a andar?
SHIPPOU – Mais ou menos! Ele ainda via ficar sob observação, mas tenho fé que essa melhora é definitiva. (ele olha para Genku) – Vamos pegar um taxi.
GENKU – Ta.
Ao mesmo tempo em que Shippou e Genku se afastavam de Tanuki, o carro de Kagome saía dali com destino ao apartamento de Souta e enquanto isso no departamento de polícia, Sango conversava com Rin em sua sala enquanto observavam Tamira e Sara, suas respectivas filhas, brincando no local.
SANGO – Muito obrigada por ter tomado conta de Tamira. (ela volta a olhar para a amiga) – Nem sei como agradecer.
RIN – Já disse que faço isso de bom grado.
SANGO – Mesmo assim é muito abuso da minha parte. (ela volta a olhar para a filha) – Preciso contratar outra babá.
RIN – Está dizendo que a babá de Tamira pediu demissão?
SANGO – Não é isso! Ela me disse que vai ficar só mais duas semanas e que depois disso vai viajar para uma cidade no interior. (ela respira fundo) – O problema é que essa babá é a única cujas despesas cabem no meio orçamento.
RIN – Mas e o seu salário aqui no departamento?
SANGO – Acontece que estou de ‘sursis’(punição preventiva) e por isso recebo metade do salário que ganhava antes de ser demitida, ainda assim é um pouco mais do que ganhava como detetive particular.
RIN – Por que não usa o dinheiro da herança de Miroku?
SANGO – Eu não quero mexer nesse dinheiro! Ele é de Tamira.
RIN – E de Soten! Não se esqueça que agora ela também é filha de Miroku.
SANGO – Eu sei disso, mas seja como for, não vou tocar nesse dinheiro a não ser por extrema necessidade e...
Sango para de falar ao perceber a entrada de Koharo na sala, fato que não a deixava nada feliz.
SANGO – O que você quer?
KOHARO – Eu preciso que assine o relatório de transferência de evidências para a Agência Imperial. (ela exibe um papel e Sango o pega)
SANGO – Só isso?
KOHARO – Sim! Depois que assinar, leve-o para minha mesa e eu passarei por fax com a Agência Imperial. (ela olha para Tamira) – Oi Tamira. (sorrindo)
TAMIRA – Oi. (sem entender porque daquele cumprimento)
KOHARO – Sabia que se parece muito com seu pai e...?
SANGO – Não quero que dirija á palavra á minha filha! Estamos entendidas?
KOHARO – Ok! Como quiser.
Depois de simplesmente ignorar as presenças de Rin e Sara no local, Koharo sai da sala de Sango, que não escondia a indignação pela presença de Koharo no departamento de polícia.
SANGO – Mas que sujeitinha petulante.
RIN – Como que o capitão Azuma aceitou a presença dela aqui no departamento?
SANGO – Porque eles são farinha do mesmo saco. (ele lê o relatório antes de assinar e algo chama sua atenção) – Mas que merda!
RIN – Sango. (chamando a atenção da amiga para a presença das meninas)
TAMIRA – Mamãe está falando palavra feia de novo.
SARA – Palavra feia.
SANGO – Eu quero que as duas esqueçam o que falei.
RIN – Agora é um pouco tarde demais, não acha, Sango? (sendo irônica) – Mas o que houve que a deixou tão nervosa?
SANGO – Koharo! Mas disso cuido eu. (ela se levanta) – Preciso que leve Tamira para minha casa e fique lá até a babá aparecer.
RIN – Claro.
Rin percebeu que o assunto que chateou Sango era sério e por isso pegou as meninas e saiu da sala para ir embora do departamento, nisso, Sango foi até a mesa onde Koharo trabalhava.
SANGO – O que isso significa? (jogando o relatório em cima da mesa dela)
KOHARO – É a transferência de evidê...
SANGO – Eu sei o que isso é um documento de transferência de evidências!
KOHARO – Então por que pergunta?
SANGO – Não se faça de sonsa, Koharo, pois isso você não é. (ela a encara) – Estou falando da inclusão da terceira digital que o perito encontrou no apartamento de Yura! Eu deixei ordens claras de que essa evidência devia ficar em separado.
KOHARO – Infelizmente para você, isso não é decisão sua. (ela se levanta á mesa) – Para sua informação, fiz isso á pedido do capitão Azuma.
SANGO – Ora sua...
KOHARO – Mas qual é o medo, Sango? Acha mesmo que esse mascarado tem alguma ligação com Ryukosei?
SANGO – Pelo visto tem, já que você recebeu ordens expressas de Azuma para incluir essa digital. (ela se afasta um pouco) – Eu sei que ambos são aliados de Ryukosei.
KOHARO – A mesma ladainha de sempre. (ela pega o relatório) – Melhor assinar antes que se meta em encrenca. (ela o oferece de novo á Sango)
SANGO – Isso não vai ficar assim.
Mesmo contrariada, Sango pega o relatório, assinando-o para em seguida voltar á sua sala, Koharo observava isso com um sorriso vitorioso até que Guy chegou por trás dela.
GUY – Ela não gosta de você mesmo, hein? Melhor ter cuidado.
KOHARO – Cão que ladra, não morde. (ela volta a se sentar á sua mesa para passar o relatório por fax) – Tenho coisas mais importantes á fazer do que me preocupar com Sango. (ela olha para ele) – E você também, detetive, pois tem que pegar aquele estrangulador.
GUY – Ok! (ele ia se afastando, mas acaba ficando e manifestando-se) – Essa briga de vocês é por aquele tal de Miroku por quem eram apaixonadas?
KOHARO – Na verdade é outra coisa. (ela sorri para ele) – Por que o interesse? Ciúmes?
GUY – Curiosidade! (ele se afasta falando algo) – Sentir ciúmes dos mortos é ridículo.
O detetive Guy vai para sala de Sango para que continuassem a investigação sobre o estrangulador, ao vê-lo indo, Koharo não deixa de dar um sorriso diante da situação, ela já tinha percebido a afeição que despertou no jovem detetive e enquanto isso, Satsuki e Maya acabavam de chegar á loja em que trabalhavam, durante o caminho, a filha de Sesshoumaru contou á amiga o que houve na noite anterior, desde a nova transa com Shippou até o fato do pai dela ter descoberto tudo. Elas continuam a conversa enquanto organizam as roupas da loja.
MAYA – Eu estou surpresa por seu pai não ter feito nenhum escândalo.
SATSUKI – Eu também, mas eu devo admitir que gostei, pois meu pai me tratou como adulta.
MAYA – Mas você sabe muito bem que isso não acabou, então deveria falar a verdade com seu pai e...
SATSUKI – Não! Eu não posso! Eu preciso resolver isso do meu jeito.
MAYA – E Shippou?
SATSUKI – Nem me fale o nome desse aí! Eu estou com tanta raiva.
MAYA – Já sei! Já sei! Os homens não prestam e...
SATSUKI – Não! Eu não penso mais assim! Há homens que prestam sim! Meu pai, meu tio Inu, são bons exemplos e o Shippou? Bem, o Shippou é um falso.
MAYA – Não está sendo muito injusta com ele? Afinal quem começou a guerrinha foi você.
SATSUKI – Se vai ficar defendendo o Shippou, pode ficar com ele, que eu não ligo.
MAYA – Você está nervosa mesmo. (ela sorri) – A proposta é tentadora, pois o Shippou é um gato assim como seu pai e seu tio, mas eu já tenho meu gato.
SATSUKI – Sei.
MAYA – Por falar no Xolan, ele me disse que te deu uma carona ontem.
SATSUKI – Sim, mas não quero falar nisso.
MAYA – Por quê?
Antes que Satsuki pudesse responder, o gerente da loja aparece diante delas, pedindo, com gestos, que ambas fossem mais rápidas na organização e enquanto isso, depois de ser seqüestrada pelo mascarado, finalmente Yura desperta e para seu desespero, ela percebe que estava sendo observada por Gatenmaru, ainda acorrentado.
GATENMARU – Bom dia, flor do dia. (sorrindo)
YURA – O que?! (ela se afasta) – O que faz aqui?
Yura se levanta e percebe que está em uma espécie de cela, a porta estava trancada, batendo nela várias vezes e pedindo igualmente que a deixassem sair dali, Gatenmaru ria de tudo aquilo, até que a porta se abre, Natsume e Kageroumaru aparecem diante dela.
KAGEROUMARU – Afaste-se, Yura. (ele estava apontando uma arma para ela)
YURA – O que vocês querem comigo? Por que me seqüestraram?
GATENMARU – Fizeram isso por mim. (Yura olha para ele) – Ou se esqueceu do que me fez no passado, querida? (ele, ainda acorrentado, se levanta) – Eu tenho uma coisa que eles querem.
YURA – E eu sou o preço dessa coisa.
NATSUME – Exato! Chega de papo furado. (ela olha para Gatenmaru) – Já conseguimos o que nos pediu! Agora vamos á sua parte do trato.
GATENMARU – Claro. (ele volta a se sentar no chão) – A prova que tanto querem está em um cofre.
NATSUME – Ótimo! Depois que nos entregar a prova, Yura é toda sua! Poderá fazer o que quiser com ela.
YURA – Mas ele vai me matar.
NATSUME – Eu sei, mas isso já não é problema meu.
Yura estava apavorada e quando ia se manifestar, é acertada na nuca por um golpe desferido por Kageroumaru, desmaiando em seguida e assim, Kageroumaru a pega no colo para tirá-la dali e enquanto isso, dirigindo seu carro, Kagome, na Cia. de InuYasha, chega ao prédio onde ficava o apartamento de Souta, estacionando o veículo em seguida.
KAGOME – Chegamos finalmente. (ela olha para o marido) – Você sabe o que deve fazer, não sabe?
INUYASHA – Eu sei, mas ele é seu irmão. (ele parece apreensivo) – Tem certeza que quer que eu faça isso.
KAGOME – Sim. (seco)
INUYASHA – Deveria se acalmar, Kagome e...
KAGOME – Como quer que me acalme depois de descobrir tudo que Souta e mamãe me esconderam durante esses anos?
INUYASHA – Eu sei, mas o assunto é delicado.
KAGOME – É sim! É muito delicado, o que justifica meu nervosismo. (ela ia saindo do carro e InuYasha segura seu braço)
INUYASHA – Como seu marido, é meu dever zelar por seu bem estar. (ele acaricia o rosto da esposa) – Eu só não quero que faça algo que irá se arrepender depois, pois quer queira, quer não, eles são sua família.
InuYasha tentava acalmar a esposa, mas via no olhar dela toda a decepção, toda a magoa, todo ressentimento, pois ela, durante um período, passou anos e anos sem falar com a mãe, pois essa a acusara de ser responsável pela morte do marido. Fato que só aumentava o ressentimento com a família.
KAGOME – InuYasha. (ela segura a mão que acariciava seu rosto) – Eu estou brava e nervosa, mas não estou descontrolada. (ela sai do carro) – Eu só quero saber o motivo, razão, causa ou circunstância para terem escondido isso de mim por tantos anos.
INUYASHA – Ok! Então vamos.
E assim Kagome e InuYasha vão até ao elevador para chegarem ao andar onde ficava o apartamento de Souta. Ao chegarem á porta do local, o casal percebe gritos vindos do interior do apartamento, que significavam uma grande discussão.
INUYASHA – É a voz do seu irmão.
KAGOME – Hunf! (ele bate na porta) – Souta! Abra a porta.
Imediatamente a discussão cessa com a voz de Kagome e depois de alguns segundos, a porta se abre fazendo Souta aparecer diante do casal, mas não diz nada e apenas, com gestos, pede para ambos entrarem que ao fazerem, vêem que a pessoa com quem Souta gritava era Shiori.
SHIORI – Vocês aqui?!
INUYASHA – O que está acontecendo?
KAGOME – Souta.
SOUTA – Eu soube da sua recuperação e estava pensando em visitá-la, mas houve imprevistos. (ele respira fundo olhando para o teto) – Mas foi bom vocês virem até aqui. (ele fecha a porta do apartamento e depois olha para a irmã) – Sabe o que descobri, mana? (ele aponta para Shiori) – Que essa daí está apaixonada pelo seu marido. (depois apontando para InuYasha)
KAGOME – Sei.
SOUTA – Sei?! É tudo que vai dizer?
KAGOME – Você descobriu que sua namorada nutre uma paixão secreta pelo meu marido? Pois digo que já sabia. (ela olha para Shiori) – A própria Shiori me contou.
SOUTA – E você aceita essa situação?
INUYASHA – Eu, sua irmã e Shiori já esclarecemos essa situação.
A raiva de Souta por descobrir que Shiori era apaixonada por InuYasha o tinha deixado com tanta raiva que só depois ele percebeu que o cunhado estava andando normalmente.
SOUTA – Parece-me bem, InuYasha! Vejo que as várias sessões de fisioterapia surtiram efeito. (ele se senta no sofá) – Fico imaginando qual seria o tratamento.
INUYASHA – O que está insinuando?
SOUTA – Não estou insinuando nada e sim afirmando! Shiori cuida dessas sessões há anos e quem me garante que nunca houve nada.
SHIORI – Eu garanto, Souta! Nunca houve nada! InuYasha soube dos meus sentimentos há alguns dias.
SOUTA – Eu não acredito mais em você, Shiori! Você me traiu! Nunca deveria ter aceitado meu pedido de namoro se gostava de outro.
SHIORI – Eu sei que errei, Souta! Não deveria ter te dado esperança, mas é...
SOUTA – Mas é que se me namorasse, ainda estaria perto dele, não é?
KAGOME – Já chega, Souta! Essa discussão não vai levar a lugar nenhum até porque Shiori não é a pessoa aqui que deve explicações.
SOUTA – Do que está falando, Kagome?
KAGOME – Venha até aqui e você vai ver.
Souta se levanta e vai até Kagome, que imediatamente olha para InuYasha e pede á ele, com um olhar, que faça o que tinham combinado e assim InuYasha se aproxima do cunhado e dar-lhe um soco que de tão forte o faz cair no chão, chamando a atenção de Shiori.
SHIORI – InuYasha! O que está fazendo?
KAGOME – Não se meta, Shiori.
SHIORI – Mas...
Shiori estava tão perturbada depois que contou á Souta que gostava de InuYasha, que ela quase tinha se esquecido do segredo que o namorado escondia da irmã e só aquele motivo seria justificável para que Kagome permitisse algo assim.
Estando com o nariz quebrado, Souta é colocado, por InuYasha, sentado em uma cadeira e olha incrédulo para a irmã enquanto InuYasha amarrava as mãos dele na cadeira.
SOUTA – O que significa isso, Kagome? Está louca ou o que? Seu marido quebrou meu nariz e...
KAGOME – Você vai viver. (ela encara o irmão) - Eu já sei de tudo, Souta.
SOUTA – Sabe do que?
KAGOME – A fabrica de chocolate que o papai tomava conta era na verdade um laboratório secreto do governo japonês responsável pela pesquisa sobre a jóia de quatro almas a fim de usar os usuários dos chocolates como cobaias dos efeitos da jóia. (uma lágrima percorre seu rosto) – Eu descobri que foi isso que me deixou infértil. (ela enxuga a lágrima)
SOUTA – Quem te disse isso?
INUYASHA – Eu e Sesshoumaru ficamos sabendo dessas informações através de uma jornalista. (ele volta para junto da esposa) – Ela nos deu documentos irrefutáveis que confirmam tudo que Kagome acabou de falar.
SOUTA – Documentos?! (ele ficou apavorado) – “Mas que droga! Agora é o fim”. (pensando)
KAGOME – Infelizmente não temos mais esses documentos, pois a jornalista não quer arriscar a vida de sua fonte e por isso pegou de volta os documentos antes que eu própria pudesse ver. (ela encara o irmão) – Como você e a mamãe puderam esconder essa verdade de mim por tantos anos?
SOUTA – Kagome! Eu sei que é muito difícil de entender e...
KAGOME – Claro que é difícil de entender! Não precisa falar isso para mim! O que quero saber é o grau de participação de Ryukosei nessa história! O que ele fez para você e mamãe, manterem esse segredo?
SOUTA – Não devia mais se meter nisso, Kagome! Não viu o que te aconteceu em Yokohama? Você pode ser morta.
KAGOME – Caso não saiba, Souta! Já tem alguém querendo me ver morta! É um americano chamado Zuza! Eu quero saber se o conhece.
SOUTA – Espere aí! Está achando que eu e mamãe sabemos de alguma coisa do cara que está tentando te matar?
KAGOME – Sim.
SOUTA – Isso é injusto! Eu sou seu irmão! Teria várias oportunidades de matar você se quisesse.
KAGOME – Está me dizendo que não sabe de nada sobre a morte do senhor Kim e a misteriosa explosão na loja dele?
SOUTA – Não sei de nada! Eu já disse que não sei de nada.
Souta olhava com determinação para Kagome que não tirava o olhar nos olhos do irmão menor, ela começava a enxergar quem de fato era Souta e assim ela olha para InuYasha.
KAGOME – Preciso que me deixe á sós com ele.
INUYASHA – Mas do que está falando?
KAGOME – O que você ouviu! Agora leve Shiori lá para baixo.
INUYASHA – O que vai fazer com seu irmão?
KAGOME – Deixa isso comigo. (ela da um beijo nele) – Agora vá.
Mesmo não compreendendo as intenções da esposa, InuYasha faz o que ela pediu e assim leva Shiori, ainda muito assustada com a cena, para fora do apartamento, deixando os irmãos á sós.
SOUTA – Você deve confiar muito no seu marido para deixá-lo sozinho com uma garota que diz estar apaixonada por ele.
KAGOME – Eu confio no meu marido, mas não é dele e nem de Shiori que quero falar e sim de você, da mamãe e principalmente de Ryukosei.
SOUTA – Não há nada com Ryukosei e...
KAGOME – Souta! Você ainda não percebeu? Acabou! A verdade irá aparecer uma hora ou outra, portanto comece a falar.
SOUTA – “Acho que acabou mesmo! Não tem jeito”. (pensando) – Para começar, quando você, trabalhando na Segurança Interna, me pediu ajuda há cinco anos, eu ainda não sabia de nada dessa história do papai com essa fabrica de chocolate e muito menos sabia da ligação de Ryukosei.
KAGOME – Mas depois você descobriu e ao invés de me contar, preferiu se aliar á um patife como Ryukosei.
SOUTA – Não é tão simples assim, Kagome. (ele respira fundo) – Antes disso, eu levei essa informação até mamãe, pois não sabia da ligação do papai com Ryukosei, mas mamãe me convenceu a não te contar nada, já que, apesar de muito triste e cruel, nada mudaria o fato de ser estéril.
KAGOME – Isso é tudo?! Você e mamãe não me contaram porque acharam irrelevante para mim? Eu não acredito, pois acho que fizeram isso para proteger alguém. (ela o encara) – Eu quero saber quem é e...
SOUTA – Foi pelo papai! Mamãe e eu não queríamos que o nome dele fosse jogado na lama por causa desse escândalo. (ele começa a chorar) – Na época o exercito japonês ainda estava influenciado pela Segunda Guerra Mundial e por isso usaram a fabrica de chocolate como disfarce para uma operação que tinha como base a jóia de quatro almas para usar humanos como cobaias. (ele olha para ela) – Na época isso era até considerado patriota.
KAGOME – Mas acontece que eu e minhas amigas comemos alguns chocolates dados pelo senhor Kim e acabamos estéreis.
SOUTA – Você e suas amigas não deviam ter comido aqueles chocolates e...
KAGOME – Isso Souta! Esse é o resumo de tudo! A culpa é minha e de Yuka, de Ayumi e também de Eri! Todas nós no auge de nossos bem vividos noves anos de idade já tínhamos a obrigação de sermos responsáveis pelos nossos atos. (sendo irônica e depois pegando o irmão pelo colarinho) – Já chega de papo furado! Diga-me agora o acordo que fez com Ryukosei para que não me contassem nada.
SOUTA – Está bem. (ela o larga) – Ryukosei sabe que não pode ser preso se essa informação sabe tornar pública, mas sabe que sua reputação ficará abalada e sua carreira política arruinada, então quando soube que você me pediu ajuda, ele se adiantou e veio falar comigo.
KAGOME – O que é que ele queria?
SOUTA – Ele queria alguém para ajudá-lo dentro do exercito japonês para uma missão muito especial.
KAGOME – Que missão é essa?
SOUTA – Tem a ver com o que aconteceu com seu marido e aquela sua amiga há cinco anos.
KAGOME – InuYasha e Sango?! Fale de uma vez, Souta! Que missão era essa?
SOUTA – Lembra-se dos líderes da Ordem da Espada Morta?
KAGOME – Claro! Bankotsu e Jakotsu! Os dois foram mortos por um membro do exercito japonês e... Não me diga que conhece esse soldado?
SOUTA – Não! O segredo não era esse e sim que na verdade o soldado não era do exercito japonês, na verdade ele nem era japonês e sim americano.
KAGOME – Americano.
Kagome começou a achar que havia alguma ligação entre esse soldado, mencionado por Souta, e Zuza, que também era americano.
KAGOME – Eu sei que Ryukosei mandou esse soldado matar Bankotsu e Jakotsu, mas o que não sei é por que ele não queria que ninguém soubesse que esse soldado não era americano, você sabe de algo?
SOUTA – Provavelmente ele não queria que ninguém soubesse que o soldado é um ex. agente da CIA que foi expulso pelo seu governo, pois se isso se tornasse publico, poderia afetar as relações entre os dois países.
KAGOME – Ok! (ela desamarra as mãos do irmão) - Eu preciso ter acesso aos dados desse soldado! Talvez ele tenha alguma ligação com Zuza.
SOUTA – Você ainda vai querer se meter nisso? (com a mão no nariz que foi quebrado por InuYasha)
KAGOME – Claro que vou! Onde posso conseguir os dados?
SOUTA – No quartel! Mas eu preciso ir junto para ter acesso. (ele tinha dificuldade para respirar) – Eu preciso ir á um hospital e...
KAGOME – Depois você vai, mas antes precisa me levar ao quartel.
Souta, que respirava pela boca, foi até seu quarto para pegar o cartão de acesso e enquanto isso na recepção do hotel, InuYasha conversava com Shiori, que ainda estava assustada com a briga dos irmãos e também com medo do futuro deles.
SHIORI – Eu sinto muito ter causado isso.
INUYASHA – Você não causou nada! Foi Souta e a senhora Higurashi! São eles que devem explicações á Kagome.
SHIORI – Mesmo assim o clima vai ficar muito ruim entre nós. (ela olha para o corpo dele) – Ainda mais que fui designada para acompanhar seus exames diários.
INUYASHA – Então foi por isso que veio falar com o Souta?
SHIORI – Sim, pois se eu fui designada pelo seu médico, tinha a obrigação de contar para Souta o que sentia por você. (ela olha para o chão) – Não queria mais enganá-lo.
INUYASHA – Entendo.
SHIORI – Espero que Kagome não se zangue por eu ter sido designada a acompanhar seus exames.
INUYASHA – Ela não vai se zangar e...
InuYasha para de falar ao ver Kagome e Souta saindo do elevador e por isso vai até a esposa e o cunhado, que estava com um pano no nariz.
SOUTA – Olha o estrago que você me fez, InuYasha.
KAGOME – Você merecia isso e muito mais.
SHIORI – Olha Kagome! Eu sei que seu irmão errou ao não te contar, mas não pode deixá-lo ir assim. (falando do nariz quebrado)
KAGOME – Ok! Ok! (ela olha para o marido) – Pode dar um jeito nisso.
INUYASHA – Posso tentar. (ele se aproxima do cunhado)
SOUTA – O que vai fazer? Quebrar meu nariz já não foi suficiente?
INUYASHA – Confie em mim! Isso vai melhorar.
Sem dizer mais nada, InuYasha puxa, estrategicamente, o nariz de Souta de uma maneira com que ele sai um pouco do lugar. Souta, sob protestos, gritava de dor e depois InuYasha o solta.
INUYASHA – Acho que melhorou, não é?
SOUTA – É! (ele respirava melhor) – O que fez?
INUYASHA – Coloquei seu nariz de volta! Ainda sim deve ir ao hospital, mas já poderá respirar melhor.
KAGOME – Obrigada, amor! (ela olha para o irmão) – Agora vamos.
INUYASHA – Aonde vocês vão?
KAGOME – No quartel! Depois eu te ligo contando os detalhes, está bem?
INUYASHA – Ta!
KAGOME – Eu vou no carro do Souta, portanto volte com a Shiori para o hospital.
InuYasha consentiu com a cabeça e depois Kagome olhou para Shiori, que fez o mesmo gesto que InuYasha e assim a jovem vereadora saiu com o irmão rumo ao quartel do exercito japonês a fim de descobrir se existia alguma ligação entre Zuza e o ex. agente da CIA que matou Bankotsu e Jakotsu.
Próximo capítulo = Revelações – parte 2
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