Noite sem Fim escrita por TreinadorX


Capítulo 28
Voltar á andar - parte 3




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/12481/chapter/28

Dirigindo o carro de Onigumo com destino ao prédio residencial, InuYasha pegou seu celular e começou a discar para o celular de Sesshoumaru, que estava sentado do lado de Genku, assistindo TV.

SESSHOUMARU – Alô.

INUYASHA – Sou eu. (ele faz a curva com o carro) – Preciso que fique mais um pouco com o Genku.

Diante daquele pedido, Sesshoumaru se levantou do sofá e indo para o escritório, a fim de conversar mais á vontade com o irmão, depois de trancar a porta, o jornalista voltou a falar.

SESSHOUMARU – O que está acontecendo, InuYasha?

INUYASHA – Depois eu falo! Pode ficar com o Genku mais um pouco ou não?

SESSHOUMARU – Por mim tudo bem, mas por que não manda o Shippou buscá-lo?

INUYASHA – Estou tentando falar com ele, mas Shippou deixou o celular desligado! Também não atende ao telefone de casa! Não sei o que está acontecendo.

SESSHOUMARU – Olha InuYasha! Eu posso levar o Genku até sua casa e aproveito para ver o que está acontecendo.

INUYASHA – Eu agradeço se fizer isso! Agora tenho que desligar.

InuYasha desliga o celular e acelera a velocidade do veículo que estava dirigindo e enquanto isso depois de falar com o irmão, Sesshoumaru saiu de seu escritório particular indo até Genku.

SESSHOUMARU – Se apronte! Vamos para sua casa.

GENKU – Era meu pai no celular?

SESSHOUMARU – Sim! Ele quer que eu te leve para casa, pois não estava conseguindo falar com seu irmão.

GENKU – O que meu pai e o mano Shippou estão fazendo? (desligando a TV)

SESSHOUMARU – Isso você vai ter que perguntar á eles.

Sem mais demoras, Sesshoumaru e Genku vão para a porta a fim de saírem da casa, mas antes que fizessem, o jornalista sentiu ser observado, ele se virou e viu a esposa descendo as escadas da casa.

RIN – Vai sair?

SESSHOUMARU – Vou levar o Genku para a casa dele! Se Satsuki chegar, diga isso á ela.

RIN – Espere! Eu queria falar algo com você.

Sesshoumaru notou o olhar sério da esposa e por isso mandou que Genku fosse á frente, dizendo que depois o alcançaria, o menino obedeceu ao tio e assim deixou o casal á sós.

SESSHOUMARU – As meninas estão dormindo?

RIN – Já.

SESSHOUMARU – Ótimo! O que quer falar?

RIN – Eu queria saber como vai ficar a nossa situação depois do que aconteceu.

SESSHOUMARU – A dúvida é só da sua parte, pois eu não tenho dúvida nenhuma! Eu ainda te amo, Rin! Eu faço o que você quiser para não te perder.

RIN – Eu sei disso, Sesshy, mas é que sinto que algo se quebrou em nossa relação! E não estou falando do beijo que deu em Momiji, mas em tudo! O beijo fez apenas enxergar melhor a situação.

SESSHOUMARU – E qual é a situação?

RIN – Eu me sinto vazia! Incompleta! Entende?

De certa forma, Sesshoumaru entendia o que estava acontecendo ao se lembrar das palavras de Satsuki sobre a madrasta, ela, definitivamente, não estava satisfeita com a vida de dona de casa.

SESSHOUMARU – Talvez devesse fazer algo diferente! Voltar a estudar ou arranjar um emprego de meio período, pois Sara tem três anos e ainda necessita de seus cuidados.

SARA – Eu vou pensar.

SESSHOUMARU – Olha Rin! Desculpe-me por não percebe o que estava passando. (ele olha para o lado) – Quando o Grupo Naraku foi dissolvido e você ficou sem emprego, pensei que não ligasse, principalmente depois que ficou grávida.

RIN – Sesshoumaru.

SESSHOUMARU – Como fui machista. (ele volta a olhá-la) – Achei que estava satisfeita apenas por ser minha esposa! Eu deveria ter pegado InuYasha como exemplo, pois ele, mesmo não gostando de política, sempre apoiou a carreira de Kagome. (ele acaricia o rosto dela) – Você é tão madura para sua idade que ás vezes esqueço que é dezesseis anos mais nova do que eu e que tem muitos sonhos a realizar.

RIN – Isso não tem nada a ver. (ela segura a mão dele a qual acariciava seu rosto) – E não importa a idade! Todos nós temos sonhos.

Sesshoumaru usa a outra mão para que junto com a primeira, segurassem o rosto da esposa, fazendo-a olhar para ele. O jornalista se inclina para juntar seus lábios aos lábios da esposa, mas Rin, de olhos fechados, se manifesta antes.

RIN – Não, Sesshy. (ela abre os olhos) – Não estou preparada ainda.

SESSHOUMARU – Entendo. (assim ele beija a testa dela) – Espero o tempo que quiser! O tempo que precisar para receber seu perdão.

Sesshoumaru da outro beijo na testa da esposa para em seguida ir ao encontro de Genku a fim de levá-lo para casa e enquanto isso Shippou, sem o uniforme de Motoqueiro Noturno, estava em um posto de gasolina perto de casa falando com o frentista.

FRENTISTA – Aqui está. (dando o galão á ele)

SHIPPOU – Obrigado. (pegando o galão e depois pagando) – Acho que é o suficiente.

Depois de pagar, Shippou se afastou do posto para voltar para casa, mais precisamente para onde a moto de InuYasha estava e começou a colocar a gasolina na moto.

SHIPPOU – Se eu soubesse que essa moto não tinha gasolina, teria ido á pé mesmo.

Depois de ficar reclamando e preocupado com o tempo perdido, Shippou pega seu celular para olhar as horas e nota que o aparelho estava desligado. Ele tinha desligado o aparelho para que nada atrapalhasse a transa com Satsuki, fazendo-o se lembrar imediatamente do que com a prima e ex. namorada enquanto colocava o uniforme de Motoqueiro Noturno.

SHIPPOU – Acho que ela vai me odiar para sempre. (depois de vestir o uniforme ele sobe na moto) – Talvez seja melhor assim.

Shippou da a partida na moto, saindo dali e enquanto isso, InuYasha estacionava o carro de Onigumo perto do prédio residencial e, mesmo sem nenhum disfarce, observa o local que parecia calmo, mas ao se aproximar nota que o vigia do local estava desmaiado.

INUYASHA – Vamos ver. (ele examina o vigia e percebe um dardo no pescoço dele) – Ele está vivo! Só foi dopado.

InuYasha conclui que devia ser obra do tal mascarado, mas não podia imaginar o que ele queria com Yura e enquanto isso, sem saber de nada, Yura estava em seu apartamento, mais precisamente em sua cama aos amassos com um homem qualquer deitados na cama, mas de repente ela cessa as carícias íntimas ao ouvir um ruído.

YURA – Espere.

HOMEM – O que foi?

YURA – Eu acho que ouvi alguma coisa.

HOMEM – Não ouvi nada! Vamos voltar a nos divertir e...

YURA – Dá um tempo.

Yura se levanta e imediatamente pega sua arma que estava em cima da cabeceira da cama para em seguida carregá-la, assustando o homem.

HOMEM – O que pensa em fazer?

YURA – Cale-se.

Depois de carregar sua arma, Yura abre a porta do quarto de maneira cuidadosa e em seguida aponta a arma, mas não tinha ninguém, mesmo assim ela tinha certeza que ouviu um barulho vindo de dentro do apartamento, por isso verificou cômodo por cômodo, o último era a cozinha, mas, como nos outros cômodos, não encontrou nada.

YURA – Eu devo estar ficando louca mesmo.

Yura respirou fundo, guardou sua arma e em seguida voltou para o quarto na esperança de continuar a diversão com o homem com quem saía, mas ao entrar no cômodo, ela nota que o homem estava desmaiado, um sentimento de desespero tomou conta dela, sabia que havia mais alguém no local e antes que pudesse sacar sua arma, Yura foi acertada por um dardo tranqüilizante no pescoço, igual ao que InuYasha tinha encontrado no pescoço do vigia.

YURA – Quem é você? (começando a ter a vista turva)

X – Seu pior pesadelo.

O mascarado, facilmente, consegue desarmar Yura que em seguida, sob os efeitos do dardo, cai inconsciente ao ver isso, o mascarado usa seu comunicador eletrônico para entrar em contato com Natsume, que estava no seu esconderijo.

X – Já peguei o pacote.

NATSUME – Ótimo! Kageroumaru chegará de helicóptero, portanto vá para o topo do prédio e espere sua chegada.

X – Certo.

O mascarado desliga o comunicador, pega Yura no colo para levá-la dali até o elevador a fim de irem até o topo do prédio, chegando lá, o mascarado coloca Yura no chão e fica olhando ao redor enquanto esperava a chegada do helicóptero e de repente sente a presença de alguém.

X – Eu sei que está aí! Apareça!

O mascarado se coloca em posição de luta mirando para a grande caixa d’água de onde sentiu a presença e de repente de trás dessa caixa surgiu uma figura de cabelos prateados deixando-o surpreso em ver quem era.

X – InuYasha?!

INUYASHA – Isso mesmo! Não devia estar surpreso, pois da última vez que falou comigo, me disse que não devia mandar um garoto fazer o trabalho de um homem, pois bem, estou aqui.

X – Não devia estar em uma cadeira de rodas.

INUYASHA – Eu não tenho que falar nada. (ele olha para Yura caída no chão) – Não sei o que quer com ela, mas não vai levá-la. (ele volta a olhar para o mascarado) – Eu não vou deixar.

X – Você e que exercito? (sorrindo ironicamente)

INUYASHA – Vou mostrar como se luta de verdade.

InuYasha partiu para cima do mascarado que ficou surpreso com a agilidade do adversário, não conseguia entender como alguém que tinha acabado de voltar a andar, fosse tão hábil, mas mesmo assim conseguiu evitar a maioria dos golpes do marido de Kagome.

X – Foi um bom aquecimento.

INUYASHA – Eu digo o mesmo! Agora é pra valer.

InuYasha novamente tomou a iniciativa, mas desta vez foi mais veloz do que antes e assim consegue acertar vários golpes no mascarado, fazendo-o cair no chão e continuando a atacar e enquanto isso, Shippou, de moto, chegava ao prédio e viu o vigia desacordado.

SHIPPOU – O mascarado deve estar aqui e...

Mesmo estando em baixo, Shippou nota a briga que estava ocorrendo no topo do prédio e convicto de que se tratava do mascarado, ele adentrou o local para ir ao confronto, subindo pelo elevador, ao chegar lá, ele se surpreende com a cena que vê. InuYasha lutando com o mascarado.

SHIPPOU – “O que ele está fazendo aqui?” (pensando)

Shippou preferiu se manter fora de vista dos dois, que continuavam a lutar com clara vantagem para InuYasha.

INUYASHA – Vejo que não está tão confiante.

X – “Droga! Ele está mais forte do que pensava! Como pode ser tão forte? Mas eu não posso falhar”. (pensando) – Desculpe, meu caro InuYasha! Tenho compromissos que são inadiáveis.

Desta vez é o mascarado que toma a iniciativa de lutar e mostra-se mais veloz do que antes e assim equilibrando a luta com InuYasha até o ponto de um segurar o soco do outro onde ambos mediam força e escondido, Shippou torcia pelo pai.

SHIPPOU – “Isso InuYasha! Você consegue”. (pensando)

Mas para a tristeza de Shippou, ele percebe que o mascarado estava ganhando, pois InuYasha estava ficando de joelhos, parecia que estava perdendo a força, mas era pior, pois o que estava acontecendo era que o marido de Kagome estava perdendo a sensibilidade nas pernas, ou seja, o efeito da jóia de quatro almas estava indo embora.

INUYASHA – Agora não! (gritava)

X – É seu fim, meu caro.

O mascarado da um chute em seu adversário jogando-o longe e percebe que InuYasha não se levantava, pois de fato tinha perdido toda a sensibilidade das pernas e quando o mascarado estava pronto para reiniciar o ataque, é acertado por uma voadora de Shippou.

SHIPPOU – Fique longe do meu pai!

Depois do golpe que recebeu, o mascarado olha incrédulo para Shippou que estava em posição de luta ao lado de InuYasha.

X – Eu ouvi bem? Você o chamou de pai?

SHIPPOU – Isso mesmo! (ele olha para InuYasha que estava caído ao seu lado) – Você está bem?

INUYASHA – Por que você veio? Eu não disse para deixar paras depois e...

SHIPPOU – Não fale, InuYasha! Você lutou bem, mas eu assumo daqui. (ele volta a olhar para o mascarado) – Prepare-se.

X – O que pensa em fazer? A surra do outro dia não foi o suficiente?

Shippou nada responde e permanece em posição de luta, deixando o mascarado surpreso, pois conseguia ver a confiança em seus olhos, mesmo sabendo que era superior, nisso o mascarado olhou para o alto e se lembrou que Kageroumaru já devia estar chegando, portanto não poderia perder mais tempo.

X – Vou me divertir só um pouco com você, garoto.

SHIPPOU – Vamos ver quem vai se divertir.

Shippou se colocou em posição de defesa e assim coube ao mascarado tomar a iniciativa e confiante de que não teria problemas com seu adversário, lembrando da luta anterior, mas para sua surpresa, assim que deu um golpe, Shippou se desviou com enorme facilidade para em seguida dar um soco em seu adversário.

X – Você não era tão veloz como antes. (limpando o sangue da boca) - Como fez isso?

SHIPPOU – Não tenho que lhe dar satisfação.

Shippou foi para cima do mascarado mostrando uma velocidade surpreendente, tão surpreendente que chamou a atenção de InuYasha, que via incrédulo a desempenho do filho.

INUYASHA – Mas quando o Shippou ficou tão forte? Ele está mais forte do que eu.

De fato Shippou mostrava uma velocidade muito superior á de InuYasha e também á do mascarado, que percebendo a desvantagem evidente, ele foi até InuYasha para agarrá-lo, o marido de Kagome não podendo andar, foi presa fácil.

SHIPPOU – O que está fazendo? (observando o mascarado retirar uma faca e deixá-la mirada no pescoço de InuYasha)

X – Melhor ficar onde está, garoto.

INUYASHA – Shippou! Ele quer levar Yura por algum motivo! Você não pode deixar isso acontecer! Não se importe comigo e... (ele leva um golpe nas costas)

X – Cale-se! (ele volta a olhar para Shippou) – E aí, garoto? Como vai ser?

SHIPPOU – Por que Zuza quer matar Kagome? Por que está trabalhando para um sujeito como ele?

X – Acredite, garoto! Eu tenho os meus motivos e vou cumprir a minha missão! Depois de levar Yura, irei ‘cuidar’ da sua mãe.

INUYASHA – Não vai encostar o dedo nela, seu maldito, nem que isto custe a minha vida.

SHIPPOU – InuYasha tem razão! Eu nunca vou permitir isso também.

O mascarado viu o quanto Kagome significa para aqueles dois adversários, que estariam dispostos a se sacrificar por ela e naquele momento ele avista o helicóptero se aproximando.

INUYASHA – Quem será?

X – O show acabou, rapazes.

SHIPPOU – Não vai sair daqui e...

Shippou para de falar ao ver o mascarado arrastando InuYasha para a beirado do topo do prédio e em seguida deixa-o pendurado, sendo segurado pela mão dele.

X – É simples, garoto! O que é mais importante para você? Salvar seu pai ou impedir que eu leve Yura.

INUYASHA – Não ligue para mim, Shippou! Se não capturá-lo, ele poderá matar Kagome em outra oportunidade! Não pode deixar que isso aconteça! Isso é uma ordem, Shippou.

SHIPPOU – Mas...

X – Ok! Eu vou deixar isso mais interessante.

O mascarado larga a mão de InuYasha fazendo-o o mesmo cair, levando-o Shippou ao desespero e antes que, cheio de ódio, atacasse o mascarado, o mesmo aponta para baixo e Shippou nota que InuYasha está pendurado em um mastro horizontal.

SHIPPOU – InuYasha! Ainda bem que está vivo.

X – São só as pernas dele que não funcionam.

INUYASHA – Não ligue para mim, Shippou! Precisa pegar esse mascarado.

SHIPPOU – Mas...

X – Ele é forte, mas não vai agüentar muito tempo! Eu não sei como ele voltou a andar, mas seja o que for, o deixou mais fraco.

Rindo ironicamente, o mascarado começou a andar á direção do corpo de Yura, que ainda estava desacordada, Shippou até fez menção de impedi-lo, mas se lembrou das palavras do mascarado.

SHIPPOU – “Se eu lutar com o mascarado, InuYasha irá morrer, mas se eu deixá-lo escapar, colocarei a vida de Kagome em risco, pois ele voltará a atacá-la”. (pensando)

Shippou fica observando a aproximação do helicóptero, que acabara de pousar no topo do prédio, depois Shippou observa o mascarado mexendo no corpo de Yura.

X – O que vai fazer, garoto? (com Yura no colo)

INUYASHA – Não o deixe ir, Shippou! (gritando de onde estava) – Precisa capturá-lo antes que ele consiga seus objetivos.

Shippou ficou ouvindo os apelos do pai, mas estava diante de um impasse e percebendo a indecisão do rapaz, o mascarado se manifesta.

X – Vocês ficam falando tanto que se sacrificariam por Kagome, mas acho que se esqueceram do que ela pensaria sobre sua decisão.

SHIPPOU – Hã.

As palavras do mascarado despertam Shippou da indecisão e assim ele vai para a beirada do prédio ajudar InuYasha e assim amarra uma corda para se pendurar a fim de resgatar seu pai.

INUYASHA – Não devia fazer isso.

SHIPPOU – Já chega, InuYasha! Se apóie em mim de uma vez.

Mesmo humilhado diante daquela situação, InuYasha faz o que Shippou pediu agarrando-se em suas costas e assim Shippou começa a escalar e ao chegarem ao topo, ambos vêem o mascarado já dentro do helicóptero acenando á eles.

X – Nos veremos de novo, pois isso não acabou.

O helicóptero sobe e em seguida some no horizonte diante dos olhos de Shippou e InuYasha que se apoiava no filho.

SHIPPOU – Tem razão, mascarado! Isso não acabou.

INUYASHA – Por que fez isso, seu moleque? Não devia tê-lo deixado fugir e...

SHIPPOU – Eu fiz isso pela Kagome! Ela nunca me perdoaria se algo tivesse acontecido com você eu pudesse evitar.

Diante daquela verdade incontestável, InuYasha ficou calado, mas isso não tinha acabado, pois sabia que o filho exigiria alguma explicação, só que não era nem hora e nem lugar para aquela conversa.

INUYASHA – Precisamos ir embora.

SHIPPOU – Você tem muito que explicar. (ele o coloca em suas costas) – Mas vamos fazer isso lá embaixo.

Shippou já era forte o suficiente para levar um homem adulto nas costas e enquanto isso, no helicóptero guiado por Kageroumaru, ele falava com o mascarado que verificava o estado de Yura.

KAGEROUMARU – Ela está bem?

X – Ela só está desacordada.

KAGEROUMARU – Como InuYasha e Shippou aparecerão?

X – E eu sei lá! Isso não é problema meu. (ele se aproxima de Kageroumaru) – Que história é essa do InuYasha ser pai do Shippou?

KAGEROUMARU – Pergunte isso á Natsume.

O mascarado parecia interessado naquela informação e assim eles seguiram para o esconderijo onde estava Natsume e enquanto isso Sesshoumaru estava na casa de InuYasha, pois tinha trazido Genku, mas não havia ninguém na casa.

GENKU – Onde está o mano Shippou?

SESSHOUMARU – Eu não sei, talvez lá em cima.

Sesshoumaru e Genku subiram as escadas que davam acesso ao andar superior da casa onde ficava o quarto de Shippou e ao chegarem lá, vêem a porta, do quarto, aberta e olham seu interior.

SESSHOUMARU – E eu que pensei que o Shippou fosse organizado. (olhando a cama desarrumada)

GENKU – Mas que bagunça. (ele se afasta) – Ele deve estar no porão do restaurante.

SESSHOUMARU – Pode ser e...

Sem chamar a atenção de Genku, Sesshoumaru para de falar ao ver algo familiar e por isso adentra o quarto de Shippou e pega uma tiara no chão, ela era da cor vermelha.

SESSHOUMARU – Mas essa tiara é de Satsuki.

Sesshoumaru apenas observou a cama, imaginando o que teria acontecido naquele lugar, mas para ele, aquilo não fazia sentido e por isso o jornalista ficou meio atordoado e saiu do quarto, voltando para o andar inferior e naquele momento o seu celular começa a tocar, ele vê o numero do celular de InuYasha no visor e por isso ele atende logo.

SESSHOUMARU – InuYasha! Já estou em sua casa com o Genku.

INUYASHA – Ótimo! Sesshoumaru! Se não for pedir muito, quero que fique aí com ele até Shippou retornar.

SESSHOUMARU – Shippou?! Ele está aí com você?

INUYASHA – É uma longa história que depois eu te explico. (ele olha Shippou chegando com Onigumo que veio de taxi para o prédio) – Estou indo para o Hospital Memorial! Encontre-me lá, entendido?

SESSHOUMARU – Ta! Vou para lá assim que Shippou chegar aqui.

InuYasha, que estava sentado e encostado na recepção, desliga seu celular para em seguida tentar voltar a andar, mas é contido por Shippou e Onigumo.

SHIPPOU – Não senhor.

ONIGUMO – Melhor não se esforçar, InuYasha.

INUYASHA – Eu posso sentir minhas pernas de novo.

SHIPPOU – O que fez foi loucura! Poderia ter morrido. (InuYasha olhava para o chão não querendo encarar o filho)

INUYASHA – Por favor, Shippou, levar sermão de filho é demais para minha cabeça. (ele levanta o olhar) – Ir para o hospital já não é suficiente?

SHIPPOU – Acho que é. (ele o ajuda a ficar de pé) – Deixe que o sermão a Kagome dá. (sorrindo) – Disso não vai escapar.

INUYASHA – É! Acho que mereço isso.

ONIGUMO – Mas e o vigia?

INUYASHA – Sem o dardo logo, logo ele acordará, portanto vamos embora.

ONIGUMO – Vou abrir a porta do meu carro.

Onigumo abre a porta do carro e Shippou coloca InuYasha no banco do carona, mas antes que o rapaz fosse embora para cuidar do irmão, InuYasha se manifestou.

INUYASHA – Shippou! Eu tenho uma coisa para falar.

SHIPPOU – Sim?

INUYASHA – Você lutou muito bem, mas muito bem mesmo.

SHIPPOU – Obrigado. (ele sorri) – Isso significa muito para mim.

INUYASHA – Mas me diga uma coisa! Você levou uma surra daquele sujeito outro dia, como conseguiu evoluir tão rápido?

SHIPPOU – Ah sim! (ele coça a cabeça) – Isso é uma coisa que me deixa meio envergonhado.

INUYASHA – Por quê?

SHIPPOU – Quando peguei seu uniforme sem sua autorização, não sabia que você tinha colocado pesos extras nele e...

INUYASHA – Espere aí! Está dizendo que quando lutou com aquele mascarado da primeira vez, fez isso com um peso extra de vinte quilos?

SHIPPOU – Esse era o peso dos enchimentos? (ele coloca a mão para trás e sorri) – Puxa! Era pesado mesmo.

ONIGUMO – Vamos para o hospital.

Onigumo da a partida no carro para saírem dali, nisso, InuYasha ficou olhando Shippou subindo em sua moto indo em direção contrária, ele não tinha imaginado que o filho tinha ficado tão forte e enquanto isso, Satsuki acabava de chegar em casa e logo vai subindo as escada para ir ao seu quarto, no meio do caminho encontra com Rin.

RIN – Xiiii! (pedindo silêncio) – Sara e Tamira estão dormindo, portanto não faça barulho.

SATSUKI – Ok! Ok! (ela passa pela madrasta) – Quero esquecer o dia de hoje.

RIN – Quer conversar?

SATSUKI – Não! Obrigada. (ela chega na porta do quarto) – E meu pai?

RIN – Foi levar o Genku para casa, pois o Shippou não respondia! Á pedido do seu tio, seu pai foi até lá ver o que houve e...

SATSUKI – E espero que o Shippou tenha morrido.

Depois de dizer essas palavras tão ‘singelas’, Satsuki entrou em seu quarto e o trancou, ela não queria ser incomodada, queria esquecer aquele dia, mas a raiva que estava sentindo de Shippou era muito grande e por isso ela, deitada na cama, chorava a cada lembrança dos momentos íntimos que tiveram e também das palavras dele, mas naquele momento, Satsuki sai de seus pensamentos ao ouvir o toque de seu celular.

SATSUKI – Alô.

SESSHOUMARU – Sou eu, querida.

SATSUKI – Pai?! (ela se levanta da cama) – A Rin me contou que o senhor foi levar o Genku para casa do tio.

SESSHOUMARU – Isso mesmo! Shippou não está aqui no momento! Estou esperando ele chegar para depois ir ao hospital, pois parece que aconteceu algo com InuYasha.

SATSUKI – O tio Inu está bem?

SESSHOUMARU – Acho que não é nada grave, pois foi ele mesmo que me ligou, mas não queria falar disso, querida.

SATSUKI – Então queria falar do que?

SESSHOUMARU – Quando saiu de casa, você me disse que ia resolver alguns assuntos pendentes. (ele respira fundo) – Por acaso resolveu esses assuntos?

SATSUKI – Sim. (se lembrando do que aconteceu entre ela e Shippou) – Tudo resolvido.

SESSHOUMARU – Ótimo! Eu confio em você, querida. (ele percebe a aproximação de uma moto) – Tenho que desligar, querida! Eu te amo.

SATSUKI – Também te amo, pai.

Sesshoumaru que estava na frente da casa do irmão, desliga o seu celular ao perceber que quem dirigia a moto era Shippou e por isso foi até o sobrinho.

SHIPPOU – Senhor. (descendo da moto e ficando bem em frente á ele)

SESSHOUMARU – Seu irmão está lá dentro.

SHIPPOU – Obrigado por ficar com ele! Eu tive que sair, mas vai saber de tudo quando InuYasha contar o que aconteceu. (ele sorri) – Foi uma loucura.

SESSHOUMARU – É, parece que houve muita loucura por aqui, não é mesmo?

Shippou não estava entendendo o que Sesshoumaru queria dizer com aquilo, o rapaz nem podia imaginar que o jornalista já sabia o que tinha acontecido entre Satsuki e ele.

SESSHOUMARU – Eu vou indo ao hospital.

SHIPPOU – Ta.

Sesshoumaru vai até seu carro, mas antes de entrar, lança um olhar enigmático para Shippou e em seguida entra em seu veículo, partindo dali, Shippou, por sua vez, ficou com a sensação de que o jornalista estava escondendo algo, mas como o dia tinha sido ‘cheio’ preferiu ignorar aquela sensação e entrou em casa para cuidar de Genku.

 

Próximo capítulo = Voltar á andar – parte 4


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Noite sem Fim" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.