Noite sem Fim escrita por TreinadorX


Capítulo 24
O retorno da detetive - parte 3




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Diante da pergunta da esposa, o novo capitão do departamento de polícia, Azuma, se manteve calmo e resolveu contar a verdade.

AZUMA – Aquela moça se chama Sango! Eu a conheço desde que me tornei parceiro do pai dela e também tivemos um relacionamento.

AYUMI – Foram namorados?

AZUMA – Sim! No começo foi escondido, pois ela tinha somente dezesseis anos e durou até a época que ela entrou na academia de polícia, pois o pai dela descobriu, ficou nervoso e nos separamos.

AYUMI – Azuma! Por que não me disse isso antes?

AZUMA – Por que tudo isso aconteceu antes de eu te conhecer! Eu não fico te perguntando sobre seus namorados antes me casar comigo, fico?

AYUMI – Não!

AZUMA – Exato! Então qual é o problema?

AYUMI – É que acabo de perceber que, apesar de estarmos casados há mais de dez anos, sei pouco sobre seu passado! Há muita coisa que obscura.

AZUMA – Obscura é uma palavra meio pejorativa, não acha? Olha Ayumi! Se eu deixei de contar coisas a você foi para te proteger, pois não quero misturar minha vida pessoal com a profissional.

Azuma parecia um pouco apreensivo com a súbita curiosidade da esposa, que voltou a falar sobre Sango.

AYUMI – Eu vi vocês discutindo, tem alguma coisa pendente entre você e ela?

AZUMA – Depois que nos separamos, ainda tivemos uma história mal resolvida, mas não tem nada haver com relacionamento! Era algo em relação á polícia mesmo! Outra hora eu lhe explico, querida.

AYUMI – Tudo bem, mas seja o que for, ela parecia nervosa! O que ela faz aqui?

AZUMA – Estou tentando convencê-la a voltar a trabalhar aqui no departamento.

AYUMI – Por quê?

AZUMA – Olha querida! Isso é um assunto de trabalho. (ele se levanta e segura a mão da esposa) – O que houve entre eu e Sango, ficou no passado! Eu juro.

AYUMI – Ta!

AZUMA – Já que resolvemos isso, me diga o que a trouxe aqui.

AYUMI – É o colégio de Okko. (ela tira um papel de dentro da bolsa) - Preciso de sua assinatura para efetuar a transferência dele.

AZUMA – E ele e Yuri? (assinando o papel) – Reagiram bem á mudança? (ele entrega o papel á ela)

AYUMI – Yuri nem ligou, mas Okko não gostou muito, já que teve que se despedir de muitos amigos.

AZUMA – Eu podia deixar você em Yokohama até o final do ano, mas eu quero vocês comigo, me sentiria muito sozinho.

AYUMI – Eu sei. (ela guarda na bolsa o papel que o marido acabou de assinar) – Eu vou indo. (ela se levanta) – Ah sim! Eu vou dar uma passada no hospital para ver Kagome.

AZUMA – Ela não está em coma?

AYUMI – Segundo a tal Sango, Kagome já acordou e por isso vou até lá.

AZUMA – Ta!

Ayumi da um beijo, estilo selinho, no marido para em seguida ir embora e enquanto isso no Hospital Memorial, o médico responsável por Kagome entrou no quarto de sua paciente.

MÉDICO – Agora já chega! A minha paciente precisa descansar, portanto voltem em horário de visita.

INUYASHA – Mas doutor...

MÉDICO – Nada de mas, senhor! Já abri muita exceção ao deixar essa gente toda aqui.

O médico se referia ao próprio InuYasha, mas também á Satsuki, Maya, Xolan, Genku, Souta, Shiori e a senhora Higurashi, vendo isso, Kagome não podia deixar de concordar com o médico.

KAGOME – Ele está certo, InuYasha.

INUYASHA – O senhor venceu. (ele se afasta e olha para o resto do pessoal) – Vamos embora gente.

KAGOME – Depois eu quero falar sobre Shippou! Eu o achei meio estranho.

INUYASHA – Claro. (ele segura a mão dela) – Descanse, amor.

InuYasha deposita um beijo nos lábios da esposa para em seguida pedir que Genku se sentasse em seu colo e assim os dois saem do quarto, pois os outros já tinham feito isso.

MÉDICO – Deveria seguir os conselhos de seu marido e descansar.

KAGOME – Se eu conseguir. (sorrindo) – É tanta coisa acontecendo comigo! Política! Atentados contra minha vida! Filhos que só me deixam preocupada.

MÉDICO – Eu compreendo! Também tenho filhos. (sorrindo) – Você saiu recentemente de coma, portanto vou deixá-la descansar por uma hora e depois vou mandar uma equipe médica fazer alguns exames no seu cérebro para ver se ficou alguma seqüela. (ele ia saindo, mas ela se manifesta antes)

KAGOME – Ah sim doutor! Alguém do partido trabalhista vai querer ver os resultados dos exames, portanto eu já autorizo o senhor a mostrar.

MÉDICO – Como quiser.

O médico saiu do quarto para deixar Kagome descansar e enquanto isso na recepção do hospital, InuYasha observou Shiori, Souta e a senhora Higurashi indo embora em um taxi e ficava pensando como a esposa se sentiria se descobrisse a verdade sobre o envolvimento do próprio pai no resultado de sua infertilidade.

INUYASHA – “O que eu faço?” (pensando)

InuYasha estava tão concentrado em seus pensamentos que acabou chamando a atenção de Genku, que estava em seu colo.

GENKU – Papai.

INUYASHA – Sim? (voltando a realidade)

GENKU – O senhor está se sentindo bem?

INUYASHA – Claro que estou me sentindo bem! Seu pai está em ótima forma. (ele fez Genku sorri)

GENKU – Mas e a mamãe?

INUYASHA – A sua mãe está bem também! Ela só precisa descansar.

GENKU – Descansar?! Mas ela dormiu esse tempo todo! Como pode querer descansar?

InuYasha sorriu diante da pergunta inocente do filho postiço, pois não conseguiria explicar as complexidades da situação de Kagome que exigia cuidados e nesse momento Satsuki, que ouviu parte da conversa, se aproxima deles.

SATSUKI – Genku! Os médicos iram fazer alguns exames na tia Kagome para ver se não ficou nenhuma seqüela.

GENKU – Seqüela?! (ele olha para InuYasha) – O que é uma seqüela?

INUYASHA – Deixe me ver. (ele fica pensativo em como responder a pergunta do menino) – Bem, você sabe que um homem muito mau me machucou anos atrás, pois bem, graças a isso, eu fiquei sem poder andar! Isso é uma seqüela.

GENKI – Mas a mamãe não vai ficar sem andar.

INUYASHA – Não vai não! Acredite, Genku! Sua mãe vai ficar boa e vai voltar a pegar no seu pé para que continue estudando.

InuYasha fazia cócegas em Genku que não parava de rir e em seguida olhou para a sobrinha, que continuava ali do lado deles.

INUYASHA – O que aconteceu entre você e Shippou?

SATSUKI – Eu não quero falar disso, tio, por favor.

INUYASHA – Ta bom! Ta bom! Mas eu só espero que o que tenha acontecido entre vocês dois tenha algo haver com a implicância que tem com seu pai.

SATSUKI – Shippou te falou alguma coisa?

INUYASHA – Não, mas eu não sou cego! Percebo as coisas! Seja o que for que esteja sentindo em relação ao seu pai não deixe que isso envenene sua alma. (ele segurou a mão da sobrinha e depois piscou para ela)

SATSUKI – Vou pensar.

InuYasha viu um sorriso se formar no rosto da sobrinha e por isso se deu por satisfeito e em seguida avistou Shippou, do lado de fora, na entrada do hospital e levando Genku, no colo, e depois de se despedir da sobrinha, foi até ao filho.

INUYASHA – Não acha que está sendo infantil evitando Satsuki?

SHIPPOU – Não.

INUYASHA – Vai me contar o que aconteceu entre vocês?

SHIPPOU – Não.

INUYASHA – Ok! Ok! Já vi que não quer conversar! Vamos embora então.

InuYasha, com Genku ainda em seu colo, foi á direção do ponto de taxi, já Shippou ficou parado por um tempo olhando para a ex. namorada, que também olhava para ele, nessa troca rápida de olhares, ambos podiam sentir que estavam muito distantes um do outro, como jamais haviam sentido e assim Shippou abaixa o olhar e segue InuYasha deixando Satsuki para trás.

SATSUKI – “Por que estou me sentindo assim? Que poder é esse que Shippou exerce em mim depois daquela noite? Será que Maya está certa? Será que me apaixonei de novo por ele? Não pode ser, eu não posso fraquejar e...” (pensando)

Satsuki interrompe seus pensamentos ao sentir a mão de alguém em seu ombro esquerdo, era a mão de sua amiga Maya.

MAYA – Devia falar com ele.

SATSUKI – Nós já falamos disso, Maya! (ela olhava para Shippou entrando em um taxi) - Eu não vou voltar atrás.

MAYA – Tem certeza que é isso que quer?

SATSUKI – Sim. (ela olha para a amiga) – É isso o que eu quero.

XOLAN – Do que vocês estão falando?

MAYA – Assunto de garotas.

XOLAN – Nem quero saber o que é. (ele queria mudar de assunto) – Vamos sair por aí?

MAYA – Claro! (ela olha para a amiga) – Vem com agente?

SATSUKI – Não quero segurar vela.

XOLAN – Vem com a gente! Você vai se divertir. (ele começa a se afastar) – Vou tirar o carro do estacionamento.

Xolan saiu correndo deixando Maya e Satsuki á sós, nisso a filha de Sesshoumaru tenta alertar a amiga.

SATSUKI – Não devia ouvir tanto Xolan! Ele é homem e vai te decepcionar.

MAYA – Está falando assim porque brigou com o Shippou. (ela segura a mão da amiga) – Vem com agente, amiga.

SATSUKI – Deixa para outra oportunidade! Vou ficar por aqui até.

MAYA – Ta bom! Então até amanhã.

Maya da um abraço na amiga e em seguida sai do hospital para se juntar ao namorado deixando a filha de Sesshoumaru para trás, Satsuki por sinal pega seu celular e liga para Rin que naquele momento estava no consultório da doutora Nodori, antiga terapeuta dela.

SATSUKI – Alô Rin! Sou eu.

RIN – Oi Satsuki! Aconteceu algo com Kagome?

SATSUKI – Não! A tia Kagome está bem! Ela vai passar por uma bateria de testes e só poderá ser visitada á noite, por isso estou te ligando.

RIN – Obrigada.

SATSUKI – O tio Inu disse que você foi ver sua antiga terapeuta.

RIN – Sim! Estou no consultório dela nesse momento, mas já estou de saída para voltar para casa! Visito Kagome amanhã.

SATSUKI – Ok! Então eu vou andar por aí antes de ir para casa! Até mais.

RIN – Até.

Rin desliga seu celular e volta a olhar para a doutora Nodori que naquele momento estava segurando Sara no colo, mas não deixou de prestar atenção na conversa telefônica.

NODORI – Sua amiga está bem?

RIN – Está sim! Isso é um alívio. (ela se levanta e pega a filha do colo da terapeuta) – Então estamos combinadas?

NODORI – Sim! Eu posso te incluir na minha agenda! Você vai ver, vai ser bom conversar e desabafar comigo.

RIN – Eu também acho. (sorrindo e olhando para a filha)

NODORI – Sua filha é uma graça! Ela se parece com você.

RIN – Acha mesmo?! Eu acho que ela se parece mais com o pai. (ela fica pensativa) – Mas quem se parece com o pai mesmo é Satsuki! Os dois têm o gênio difícil! São dois cabeças-duras. (ela se curva para a terapeuta) – Eu já vou indo, doutora! Muito obrigado.

NODORI – Não a de que.

Carregando Sara no colo, Rin sai do consultório e Nodori a acompanha até o elevador, onde elas acabam encontrando Menoumaru, marido de Nodori e terapeuta de Satsuki.

MENOUMARU – O que faz aqui, senhora Rin?

NODORI – Ela vai voltar a se consultar comigo. (sorrindo) – Isso não é o máximo.

MENOUMARU – Claro! (ela olha para Rin) – Nodori é muito boa, mas acho que já sabe disso.

RIN – Sei sim. (ela sorri) – Vou deixá-los a sós.

Rin entra no elevador com Sara para voltarem para casa e enquanto isso no departamento de polícia, Sango acabava de ler o relatório sobre o caso do estrangulador aprovado por Jinenji, o detetive Guy, que fez o relatório, estava presente na sala.

GUY – Leu tudo?

SANGO – Sim. (ela estava visivelmente contrariada) – Azuma tinha razão! Esse relatório está cheio de erros crassos.

GUY – Não sabe o quanto me envergonho disso! Acho que não sou talhado para o serviço.

SANGO – Você trabalhou o tempo todo sem parceiro! Jinenji não estava concentrado e a culpa não deixa de ser minha, o que quer dizer que, em nome do meu amigo, tenho que limpar essa sujeira.

Sango juntou os papeis do relatório que acabou de ler, se levantou e em seguida saiu da sala para ir á sala de Azuma, que estava com um sorriso vencedor no rosto ao perceber a presença da ex. detetive.

AZUMA – O que achou?

SANGO – Estava certo! Isso aqui foi um trabalho bem ‘porco’, mas acredite! Isso não foi culpa apenas de Jinenji! Eu também tenho culpa e é por isso que aceito a sua proposta, caso ela ainda esteja de pé.

AZUMA – Claro que está. (ele abre a gaveta e tira um distintivo de dentro dela) – Tome. (ele entrega o distintivo á ela) – Vai precisar disso.

SANGO – Eu quero mais duas coisas.

AZUMA – Está pedindo muito para quem está recebendo um favor, mas diga assim mesmo! Que duas coisas são essas?

SANGO – Uma é que eu quero o relatório sobre Zuza.

AZUMA – Está cometendo o mesmo erro de Jinenji em dividir sua atenção! Deveria se concentrar no...

SANGO – Não é para mim.

AZUMA – Para quem então?

SANGO – A pessoa já está a caminho! Isso é importante para mim.

AZUMA – Ok! Agora qual é a outra coisa que quer?

SANGO – Eu quero estar a par do caso do assassinato de Jinenji.

AZUMA – Isso nem precisava pedir. (ele se levanta) – O legista já fez o exame no corpo dele! Vou te levar até lá.

Azuma sai da sala e é seguido por Sango, posteriormente se juntam a Guy e assim os três descem pelo elevador até chegarem ao andar onde ficava o necrotério, chegando lá, os três viram um corpo deitado em uma mesa e totalmente coberto por um pano branco, Sango retira o pano e vê o corpo sem vida do amigo.

SANGO – Eu sinto muito meu amigo.

GUY – Ele sofreu muito antes de morrer.

Guy falava assim, pois o corpo de Jinenji exibia vários hematomas, sinais claros de tortura, Sango percebe algo que chama sua atenção, era um corte no pescoço do ex. capitão.

SANGO – Ele morreu enforcado.

AZUMA – Não!

SANGO – Como não?! E esse corte no pescoço?

AZUMA – Segundo o relatório do legista, o corte foi superficial.

GUY – Então o que o matou?

AZUMA – A pancada na cabeça! Provavelmente feita por algum objeto contundente! Uma barra de ferro ou um taco de beisebol.

SANGO – Mas e o corte no pescoço.

AZUMA – Eu já vi isso! Isso é coisa de máfia e é a nossa pista.

SANGO – Não entendi.

AZUMA – Um corte superficial como este não mata ninguém, mas dependendo da perícia de quem fez, o corte pode provocar uma dor quase que insuportável.

SANGO – Uma tortura de um mafioso?

AZUMA – Isso! Um corte assim provoca dor e medo. (ele cobre novamente o corpo de Jinenji) – Quem fez isso faz parte do crime organizado. (ele olha para Sango) – Seja o que for quem Jinenji estava investigando, essa pessoa o pegou primeiro.

SANGO – Concordo.

AZUMA – Por acaso esse Zuza tem algo haver com tudo isso?

SANGO – Pode ser.

AZUMA – Então sabe que não posso te dar o relatório sobre Zuza! Ele é uma peça importante na investigação e...

SANGO – Você me prometeu.

AZUMA – Estou falando em encontrar o assassino de um policial.

SANGO – E eu estou falando de cumprir a palavra e você me deu a sua de que entregaria o relatório e não se esqueça também que apesar de ter aceitado voltar ao departamento, ainda não confio em você.

AZUMA – Porque eu fui indicado por Ryukosei.

SANGO – Exato.

AZUMA – Tudo bem. (ele entrega o relatório a ela) – Eu posso conseguir outro mesmo. (sorrindo)

SANGO – Só que isso vai demorar a chegar. (sorrindo também)

GUY – Acho que entramos em um acordo.

Sango e Azuma se encaram para em seguida saírem do local, Guy foi atrás deles, quando voltaram para o andar onde trabalhavam, acabaram encontrando Sesshoumaru, ao que parece ele estava esperando.

SESSHOUMARU – Demoraram, hein?

AZUMA – Olha só se não é o jornalista que quase arruinou a reputação de policiais honrados.

SESSHOUMARU – Estou vendo que se lembra de mim.

AZUMA – E como poderia te esquecer! Eu te vi na coletiva hoje mais cedo, mas não fez nenhuma pergunta.

SESSHOUMARU – Não precisava.

AZUMA – Sei. (ele olha para Sango) – Deixa-me adivinhar! Ele é a pessoa que você vai entregar o relatório?

SANGO – Isso mesmo.

AZUMA – Tem coisas que não mudam mesmo. (ele olha para Sango) – Você começa amanhã.

SANGO – Não! Eu vou começar hoje mesmo! Não quero perder mais tempo. (ela olha para Guy) – Eu quero que me leve ao local onde foi encontrado o corpo de Jinenji.

GUY – Bem... (ele olha para Azuma)

AZUMA – Pode levá-la se ela quer tanto! Ela é sua superior agora.

GUY – Ok!

SANGO – Eu volto aqui depois.

Azuma vai para sua sala e Guy o segue enquanto isso Sango e Sesshoumaru saem do departamento e ela da a ele o relatório de Zuza feito pela Interpol.

SESSHOUMARU – Esse é o relatório sobre Zuza que me falou por telefone?

SANGO – Sim! Quero que se junte aos outros e tente descobriu alguma ligação entre Zuza e Ryukosei.

SESSHOUMARU – Mas e você?

SANGO – Eu não vou me envolver nisso diretamente! Tenho que limpar o nome de Jinenji.

SESSHOUMARU – Do que está falando? Você voltou a ser detetive?

SANGO – Sim, mas isso é uma longa história e depois eu te explico! Só leve isso para a reunião e tentem achar alguma ligação.

SESSHOUMARU – Ok! Mas e quanto á Azuma?

SANGO – O que tem ele?

SESSHOUMARU – Ele foi indicado por Ryukosei! Acha que pode confiar nele?

SANGO – Não, mas vou ficar assim mesmo.

Os dois saem do departamento de polícia e cada um vai para seu carro, mas antes de entrar no seu, Sesshoumaru usou seu celular para ligar para o celular de InuYasha que naquele momento estava em um taxi junto com Shippou e Genku.

INUYASHA – Alô.

SESSHOUMARU – Sou eu, InuYasha.

INUYASHA – O que foi?

SESSHOUMARU – Eu tenho uma novidade! Sango voltou para o departamento de polícia.

INUYASHA – Mesmo com Azuma sendo capitão?

SESSHOUMARU – Eu não sei bem os detalhes, mas parece que Azuma convenceu Sango de que Jinenji falhou no caso do estrangulador, ou algo parecido, por isso ela voltou para assumir o caso, mas em troca ele teve acesso á um relatório sobre Zuza que Jinenji tinha pedido junto á Interpol. (ele entra no seu carro) – Eu estou com ele agora! Vamos fazer uma reunião e discutir o assunto.

INUYASHA – Ótimo! Eu também tenho algo que pode ajudar! Então vamos fazer outra reunião extraordinária hoje á noite na sua casa.

SESSHOUMARU – Ok! Combinado! Vou reunir o pessoal e falar da reunião.

Sesshoumaru desliga seu celular e da a partida no seu carro para ir embora e enquanto isso, depois de falar com o irmão, InuYasha percebeu que o taxi em que estava junto com Shippou e Genku tinha chegado ao seu destino, ou seja, sua casa, e assim os três saíram do veículo depois de pagar a corrida.

INUYASHA – Finalmente em casa. (movendo sua cadeira de rodas) – Depois de passar a noite em um hospital é bom voltar ao lar.

GENKU – Papai! Eu estou com fome.

INUYASHA – Vai lá dentro lavar as mãos, pois eu vou preparar algo para nós.

Genku ficou todo feliz ao ouvir aquelas palavras que foi correndo para dentro de casa deixando InuYasha e Shippou a sós.

SHIPPOU – Acho que quer me dizer alguma coisa, pois usou de um pretexto para fazer Genku nos deixar sozinhos.

INUYASHA – Sim! Eu quero que me mostre os detalhes de todas as informações que Soten lhe enviou.

SHIPPOU – Ok! Está tudo em HD.

INUYASHA – Ótimo! Eu quero comparar esses dados com o relatório de Zuza que Sesshoumaru possui.

Os dois entram em casa depois de uma manhã cheia de surpresa que foram desde a recuperação de Kagome até a volta de Sango ao departamento de polícia.

MAIS TARDE

Sango já tinha retornado ao seu apartamento e com Tamira no colo, ela contou a novidade para o namorado, inclusive o seu relacionamento com Azuma.

ZAKIRA – Você voltou mesmo?

SANGO – Sim.

ZAKIRA – Mas eu pensei que não iria querer e...

SANGO – Eu preciso fazer isso pelo meu amigo Jinenji, você me entende?

ZAKIRA – Confesso que não, mas a decisão é sua.

SANGO – Voltar ao departamento vai ser uma solução para mim, pois com o salário garantido, posso pagar uma babá para Tamira. (ela sorri ao ver o rosto alegre da filha) – Ela está tão bem. (depois olha para Zakira) – Você cuidou bem dela! Espero que não tenha dado trabalho.

ZAKIRA – Que nada! Quando você precisar, e eu puder ajudar, não hesite em pedir minha ajuda.

SANGO – Claro que não.

ZAKIRA – Agora tenho que retornar á clinica. (ele da um beijo nela) – Até amanhã, minha noiva.

Depois de dizer aquelas palavras, Zakira saiu do apartamento deixando Sango sozinha com a filha, quando ela ouviu a palavra ‘minha noiva’, um sentimento estranho invadiu seu coração, fazendo-a lembrar de Miroku e por isso, carregando Tamira no colo, ela entrou em seu quarto, abriu a gaveta do criado mudo de onde tirou um anel, mas não era um anel qualquer, era o anel que Miroku tinha comprado quando queria se casar com ela e que Sango guardou esses anos todos.

TAMIRA – A senhora está vendo esse anel de novo.

SANGO – É sim, filha.

TAMIRA – Por que a senhora vê esse anel se isso a faz chorar?

SANGO – Eu não sei.

Sango já disse a si mesma que ela tinha que se livrar daquele anel, mas faltava coragem para isso, Tamira já estava acostumada a ver aquela cena, como era pequena, ela não entendia direito aquele sentimento da mãe em relação ao anel, apenas sabia que vê-lo, a deixava triste e enquanto isso, já em seu carro, Zakira estava falando com Natsume mais uma vez.

ZAKIRA – É isso que você ouviu mesmo! Sango voltou ao departamento.

NATSUME – Droga! Isso nos força a adiantar nossos planos.

ZAKIRA – É bom mesmo.

NATSUME – Obrigada por me avisar.

Natsume desliga seu celular e vai ao encontro de Zuza e Kageroumaru, que conversavam.

NATSUME – Precisamos adiantar a operação.

KAGEROUMARU – O que houve?

NATSUME – Sango voltou ao departamento de polícia. (ela olha para Zuza) – Isso quer dizer que ela pode chegar perto de você.

ZUZA – Isso pode estragar tudo, não é?

NATSUME – Sim! Pode sim e é por isso que devemos adiantar a operação. (ela começa a se afastar) – Vamos dar as instruções á arma X para iniciarmos amanhã mesmo.

KAGEROUMARU – Não está sendo rápida demais? Ainda não sabemos como eles descobriram que o arma X iria matar Kagome! Precisamos saber quem está nos sabotando e...

NATSUME – Não podemos perder mais tempo e, além disso, caso não saiba, eu estou no comando por aqui.

KAGEROUMARU – Ok! (ele começa a se afastar) – Vou pegar os esquemas de invasão.

NATSUME – Ótimo! (ela olha para Zuza) – E você vai ajudá-lo

Diante dessas ordens, Zuza segue Kageroumaru e enquanto Natsume vai para uma das salas do enorme esconderijo e lá dentro encontra com o misterioso mascarado, de codinome arma X.

NATSUME – Amanhã você inicia a seqüência de roubos e todos têm que ser feito no mesmo dia, entendeu?

X – Como quiser! Quais são os locais que devo atacar?

NATSUME – Na hora você vai descobrir.

X – Eu não devia planejar as invasões antes?

NATSUME – Sim, mas eu quero evitar a todo custo uma nova surpresa como a que você teve quando foi matar Kagome, portanto daqui para frente vamos lhe informar a missão poucos segundos antes de iniciá-la.

X – Está bem.

Natsume sorri para o mascarado e depois sai da sala, ainda não era possível saber que operação eles iriam iniciar, mas seja o que for, parecia do mal.

Próximo capítulo = O retorno da detetive – parte 4


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