Noite sem Fim escrita por TreinadorX


Capítulo 22
O retorno da detetive - parte 1




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A imagem que Sango estava vendo, pelo celular de Kagome, era da entrada do departamento de polícia de Tóquio, na verdade era uma entrevista coletiva do prefeito Ryukosei com Azuma do lado dele, Azuma por sinal era quem chamava a atenção da ex. detetive que voltou a falar com Sesshoumaru.

SANGO – Agora eu vi, Sesshoumaru! É ele mesmo.

SESSHOUMARU – Ele é o novo capitão do departamento! Achei que iria querer saber disso.

SANGO – Fez bem, Sesshoumaru. (ela olha para Kagome) – Ah sim! Kagome já está acordada.

SESSHOUMARU – Isso é uma boa notícia! Depois irei visitá-la! Até mais.

Sango desliga seu celular e volta a olhar no visor do celular de Kagome a entrevista coletiva, os outros presentes queriam saber o que tanto tinha chamado a atenção da ex. detetive, mas a viram tão concentrado que decidiram apenas ver também a entrevista coletiva e enquanto isso Ryukosei tentava explicar o assassinato de Jinenji para os repórteres presentes.

RYUKOSEI – Eu quero tranqüilizar a população e avisá-los que todo departamento de polícia está trabalhando para solucionar esse caso. (nisso Momiji se manifesta)

MOMIJI – Momiji do Diário da manhã! O senhor não acha que a morte do ex. capitão Jinenji mostra a fraqueza do departamento?

RYUKOSEI – Não! O departamento está empenhado em achar o responsável por esse crime tão bárbaro.

MOMIJI – Assim como estavam empenhados em achar o estrangulador das meias de nylon? (sendo irônica)

RYUKOSEI – Novamente a repórter Momiji está fazendo campanha política, pois todos nós sabemos que é irmã da assistente do meu principal adversário.

MOMIJI – E novamente o senhor está fugindo da minha pergunta, aliais, como sempre faz.

Ryukosei realmente não era bom em entrevistas coletivas, pois começou a se enervar com as seguidas provocações de Momiji, percebendo isso Azuma tomou a palavra para responder á repórter.

AZUMA – Escute senhorita repórter! Eu sou novo nessa cidade e não sei se o prefeito fugiu ou não de suas perguntas, mas saiba que, como novo capitão desse departamento, eu não descansarei até encontrar esses dois bandidos, o estrangulador e o assassino de Jinenji! Isso é um aviso a esses dois bandidos! Eu vou pegá-los.

MOMIJI – Belo discurso, senhor?

AZUMA – Não é discurso! Eu não sou político! Não dou a mínima para política! Não ligo se minhas atitudes prejudicarem o prefeito! Sou um servidor publico e tenho as minhas responsabilidades! Eu quero que as pessoas dessa cidade tenham orgulho de sua polícia! E elas terão! Isso eu não prometo! Isso eu garanto.

Todos os jornalistas presentes, incluindo Momiji e Sesshoumaru, ficaram espantados com a determinação de Azuma, pegar aqueles dois bandidos era questão de honra para ele e nisso o prefeito se manifestou.

RYUKOSEI – A entrevista acabou, pessoal.

Em meio a revolta dos jornalistas, que continuavam a fazer perguntas, todas ignoradas pelo prefeito que foi acompanhado por Azuma até seu carro, que estava em um local não acessível aos jornalistas.

RYUKOSEI – Azuma! Você falou sério quando disse que não se importava em me prejudicar?

AZUMA – Sim senhor! Tenho que fazer tudo o que me estiver ao alcance para chegar aos meus objetivos! Pegar esses dois bandidos.

RYUKOSEI – Se fizer isso, não está me prejudicando e sim me ajudando! Mantenha-me informado do progresso das investigações.

AZUMA – Senhor.

RYUKOSEI – Sim?

AZUMA – Sobre Koharo...

RYUKOSEI – Isso não está em discussão, Azuma! Koharo vai trabalhar no departamento e pronto.

Depois de dizer essas palavras, o prefeito entra em seu carro oficial e vai embora sob os olhares de Azuma, que volta para o interior do departamento, vendo também o prefeito indo embora, Sesshoumaru se manifestou diante de Momiji.

SESSHOUMARU – Você foi muito sarcástica com ele.

MOMIJI – Ele mereceu. (ela estranha um pouco o colega) – Algum problema nisso?

SESSHOUMARU – Claro que não! Só achei que aquilo foi pessoal! Tem alguma rixa com ele?

MOMIJI – Eu não quero falar nisso, ta legal?

SESSHOUMARU – Ok! Ok! Ok! Vamos voltar para a redação.

Momiji entra no carro de Sesshoumaru que percebeu que a colega não estava de bom humor, ele pensou que isso era por ter sido preterida, mas o jornalista nem imaginava que a colega sabia da armação dele, antes de entrar no veículo, ele pegou seu celular e discou para o telefone de casa, o qual Rin atendeu.

RIN – Alô.

SESSHOUMARU – Rin! Não desligue, por favor! Isso é importante.

RIN – Ta bom! (ela respira fundo) – Fale.

SESSHOUMARU – Eu acabei de falar com Sango! Ela está no hospital e disse que Kagome já acordou.

RIN – Sério?! (ela fica feliz) – Mas que boa notícia.

SESSHOUMARU – Achei que gostaria de saber.

RIN – Claro que sim! Kagome é uma grande amiga! Eu vou visitá-la. (ela faz uma pausa) – Obrigada por me avisar.

SESSHOUMARU – Eu sei que ainda está chateada comigo e...

RIN – Não estou chateada! Estou furiosa! Você me humilhou.

SESSHOUMARU – Eu sei, amor! Não sabe o quanto me arrependo e...

RIN – Não quero falar disso! Já me deu recado, portando adeus e...

SESSHOUMARU – Espere! Tem mais uma coisa.

RIN – O que?

SESSHOUMARU – Satsuki! Ela não atende minhas ligações! Ainda está brava comigo.

RIN – E daí?

SESSHOUMARU – Queria que ligasse para ela e a avisasse sobre Kagome.

RIN – É só isso?

SESSHOUMARU – Sim e...

Rin não deu tempo ao marido de terminar a frase, pois desligou na cara dele, sinal que ainda estava furiosa e assim o jornalista entrou em seu carro e notou o olhar de reprovação de Momiji, que tinha ouvido a conversa.

MOMIJI – Se arrependeu de sair comigo, hein? Você sabe mesmo valorizar uma mulher, Sesshoumaru.

SESSHOUMARU – Não vamos tocar nesse assunto, está bem?

MOMIJI – Claro.

Momiji apenas sorriu colocando o cinto de segurança, Sesshoumaru fez o mesmo para em seguida dar partida em seu carro para saírem dali e enquanto isso no Hospital Memorial, Sango, ainda atordoada pela notícia da morte de Jinenji, era consolada por InuYasha.

INUYASHA – Eu sinto muito, Sango! Jinenji era um grande amigo.

SANGO – Era sim! Foi um brilhante capitão e um grande aliado nosso.

KAGOME – Acha que é a conspiração que enfrentamos cinco anos atrás está por trás disso?

INUYASHA – Escute querida! Não devia pensar nisso agora! Você tem que se recuperar.

SHIPPOU – Ele tem razão, Kagome.

KAGOME – Ta bom! Eu vou fazer o que meus dois homens querem.

INUYASHA – É isso aí! (ele queria mudar de assunto) – Eu fiquei surpreso em saber que o Azuma é o novo capitão. (Sango fica surpresa)

KAGOME – Está falando do marido de Ayumi? (Sango fica ainda mais surpresa)

INUYASHA – Ele mesmo e...

SANGO – Esperem ai! Vocês conhecem o Azuma?

INUYASHA – Sim! Ele é marido de uma antiga colega de Kagome.

KAGOME – Ora Sango! Você que descobriu os endereços das minhas antigas colegas, não sabia disso?

SANGO – Eu só procurei os endereços! Sabia que sua amiga, Ayumi é casada, mas não vi o nome do marido dela. (ela olha para a janela e respira fundo) – O mundo é pequeno mesmo.

INUYASHA – Parece que você conhece o Azuma.

SANGO – Sim! Ele já foi parceiro do meu pai e... (ela faz uma pausa) – E também tivemos um caso.

KAGOME – Sério?!

SANGO – Mas isso foi faz tempo, quando tinha dezessete anos! Durou alguns anos até que meu pai descobriu e acabou tudo.

INUYASHA – Você ficou perturbada, Sango! Ficou alguma pendência entre vocês?

SANGO – Ficou sim. (ela volta a olhar para ele) – Vocês se lembram da história daquela matéria que o Sesshoumaru fez sobre a polícia anos atrás?

KAGOME – Sim! Aquela que Sesshoumaru teve um caso com você para saber se algum policial estava por trás do estupro de uma jovem.

SANGO – Isso mesmo.

INUYASHA – Mas pelo que me lembro, você contou que não foi nenhum policial que fez aquilo e sim que foi uma armação da jovem e do namorado dela, pois ela ficou grávida e não queria contar aos pais, por isso fingiu ter sido estuprada e jogou a culpa em um policial.

KAGOME – Não me diga que o policial acusado era Azuma?

SANGO – Não! Não era ele não, mas foi Azuma que contou ao meu pai que eu era a fonte de Sesshoumaru. (ela volta a olhar pela janela) – Meu pai ficou decepcionado comigo! Ver aquele olhar dele foi como receber uma facada e tudo isso foi culpa de Azuma.

Kagome, InuYasha, Shippou e mais Shiori e Souta ficaram se entreolhando percebendo que Sango guardava grande magoa de Azuma, por sinal essa mesma história Sesshoumaru estava contando para Momiji quando estavam no carro dele, voltando para a redação do jornal.

MOMIJI – Eu não sabia que já teve um caso com Sango.

SESSHOUMARU – Na verdade eu a usei, ato que, por sinal, me arrependo! Não faço mais isso.

MOMIJI – Não mesmo? (ela o olhava de maneira desafiadora)

SESSHOUMARU – Por que está me perguntando isso?

MOMIJI – Não sei! Talvez porque seja difícil ensinar truques novos a um gato velho.

SESSHOUMARU – Se está insinuando que eu te usei, eu...

MOMIJI – Eu não estou insinuando nada. (ela fica de braços cruzados) – Só estou decepcionada por ter me preterido ontem.

SESSHOUMARU – Eu amo a minha esposa! Já disse.

MOMIJI – Sei! Sei! Continua dirigindo.

Pela primeira vez Sesshoumaru desconfiou que Momiji sabia da armação que tinha feito e sabia que se isso fosse verdade, um clima ruim se instalaria entre os dois daqui para frente e enquanto isso no departamento de polícia, Azuma recebia Koharo em sua sala, de onde anteriormente tinha a expulsado.

KOHARO – Falou com o prefeito?

AZUMA – Sim! Eu vou ter que te engolir.

KOHARO – Não precisa ser assim, capitão! Verá que serei útil aqui.

AZUMA – Mesmo?! Como?

KOHARO – Por exemplo, eu sei sobre o pedido que fez ao prefeito! Você pediu a ele que recontratasse Sango para o departamento de polícia.

AZUMA – Ah eu já sei! Foi por isso que ele te enviou aqui! Para que ficasse de olho em Sango, ainda mais que foram apaixonadas pelo mesmo homem, não é?

KOHARO – Isso é mais profundo do que possa imaginar, capitão. (ela sorri maliciosamente) – Sei também que tiveram um caso no passado.

AZUMA – Eu não me importo com isso, mas já que sabe de tudo, fique sabendo também que por isso já vai ser difícil convencer Sango a voltar e só vai piorar quando ela souber que você está trabalhando aqui.

KOHARO – Ryukosei sabe do caso de vocês dois, talvez foi por isso que ele aceitou sua proposta, pois acha que Sango vai recusar, mas eu sei algo sobre o senhor que nem Ryukosei e nem Sango sabem.

AZUMA – Mesmo?!

KOHARO – Sim e por isso vou contar ao senhor porque estou trabalhando com Ryukosei.

Dentro da sala Azuma começou a escutar com atenção as explicações de Koharo, ele demonstrava surpresa com o que ouvia e a partir dali começou a levar a sério Koharo e enquanto isso, Satsuki estava trabalhando normalmente na loja e depois de atender uma cliente, Maya foi até ela.

MAYA – Agora você vai me contar.

SATSUKI – Contar o que?

MAYA – A sua noite com Shippou! Eu quero todos os detalhes.

SATSUKI – Mas não aqui! Estamos trabalhando.

MAYA – O movimento está fraco. (Satsuki olha em volta para se certificar que ninguém a ouviria)

SATSUKI – Ok! Ok! Eu não vou contar os detalhes, mas saiba que foi melhor do que eu esperava. (com um largo sorriso)

MAYA – Eu estou certa! Você voltou a se apaixonar por ele! Deveria abrir o jogo com ele e...

SATSUKI – Não! Eu não posso mais ser levada pela emoção! Você viu no que deu, não viu?

MAYA – Sim.

SATSUKI – Agora preciso agir com a razão.

MAYA – Falar é fácil! Do jeito que foi boa a noite que passaram juntos, quero ver como vai reagir quando encontrá-lo de novo.

SATSUKI – Eu não vou fraquejar! Não posso! Eu tenho um plano e vou segui-lo e tudo vai acabar bem, você vai ver. (ela se afasta um pouco) – Aí depois se tudo se acertar, talvez eu e Shippou possamos voltar.

MAYA – Ai amiga! Acho que está cometendo um grande erro.

SATSUKI – Pode ser, mas vou provar para você que os homens, em geral, não prestam! Apenas que uns prestam mais do que outros.

Maya balançava negativamente a cabeça em sinal de reprovação ás idéias de Satsuki, e naquele momento seu celular começou a tocar.

MAYA – Alô.

RIN – Maya! Sou eu, a Rin.

MAYA – Ah sim! Se não falasse, não reconheceria a voz da senhora. (sorrindo) – Por que está me ligando, senhora?

RIN – Primeiro quero que pare de me chamar de senhora.

MAYA – Desculpe! O que quer de mim, Rin?

RIN – Assim está melhor. (sorrindo) – Estou a algum tempo tentando falar com a cabeça dura da minha enteada, mas ela desligou o celular dela.

MAYA – E por isso ligou para o meu! Já sei o que quer! Espere um minuto, por favor, pois eu vou chamar a Satsuki.

RIN – Obrigada.

Sem desligar seu celular, Maya foi até Satsuki e lhe ofereceu o seu celular, atitude que estranhou a filha de Sesshoumaru.

SATSUKI – O que foi?

MAYA – Sua madrasta no celular.

Mesmo sabendo que ia receber alguma bronca da madrasta, Satsuki resolveu pegar o aparelho das mãos da amiga e atendê-lo.

SATSUKI – Fale, Rin.

RIN – Por que desligou seu celular?

SATSUKI – Isso não é obvio? Porque não quero falar com ninguém.

RIN – Principalmente seu pai, não é?

SATSUKI – Sim! Não quero mais ouvir a voz daquele hipócrita! Eu não sou boazinha como você que já está pensando em perdoá-lo.

RIN – Eu não estou pensando em perdoá-lo coisa nenhuma.

SATSUKI – Não?! Então porque ainda fica no mesmo teto que ele? Por que não sai de casa?

RIN – Simplesmente porque não fujo dos problemas! Eu os enfrento! Coisa que deveria fazer também, Satsuki.

SATSUKI – Rin! Eu gosto muito de você e por isso não quero brigar com você, mas acho que não foi para isso que teve tanto trabalho de achar o numero do celular de Maya! O que foi?

RIN – Sua tia Kagome já acordou.

SATSUKI – Mas que boa notícia.

RIN – Sim, estou te ligando para saber se não quer ir visitá-la.

SATSUKI – Claro! Claro! Eu vou sim e obrigada por me avisar.

RIN – Não agradeça a mim e sim ao seu pai! Foi ele quem me pediu para avisá-la.

SATSUKI – Que seja.

RIN – Olha Satsuki! A minha relação com seu pai é diferente da sua relação com ele! Eu sou momentaneamente mulher dele! Isso pode mudar amanhã ou depois ou nem mudar, mas você não! Você é filha dele e sempre será. (ela respira fundo) – Ele pode ter errado como marido, mas você não pode acusá-lo ser um mau pai, pois isso ele não é! Ele te ama, Satsuki e está sofrendo por sua indiferença.

SATSUKI – Sofrendo? Sei, eu vi o sofrimento dele quando beijou a colega dele.

RIN – Não seja irônica comigo, mocinha! Estou falando sério! Você devia sentar e conversar com seu pai! Se realmente gosta de mim, faça isso por mim então, está bem?

SATSUKI – Ta! Viu Rin como você é boa? Mesmo estando brigada com ele, você ainda pensa nele, se preocupa com ele. (ela respira fundo) – Nisso a minha mãe tinha razão! Os homens nos controlam pelos sentimentos.

RIN – A sua mãe era uma mulher perturbada! Não devia dar ouvido ás idéias dela.

SATSUKI – A gente se vê no hospital, Rin.

Satsuki desligou o celular antes que Rin pudesse argumentar algo, depois disso, ela devolveu o aparelho para a amiga, que tinha ouvido parte da conversa.

MAYA – Vai visitar sua tia?

SATSUKI – Vou sim, mas depois quando acabar o expediente. (ela olha para a amiga) – Pode vir comigo se quiser.

MAYA – Legal! O Xolan vem aqui me pegar, aí ele nos da um carona até lá.

Maya e Satsuki sorriam uma para a outra e depois voltaram para o trabalho delas e enquanto isso no Hospital Memorial, Sango tinha contado tudo sobre sua relação clandestina com Azuma.

SANGO – Então foi isso que houve.

KAGOME – Você o acha uma pessoa ruim?

SANGO – Ruim eu não sei, mas ele não é confiável.

INUYASHA – Por que diz isso?

SANGO – Quando meu pai descobriu nosso caso, Azuma não lutou por ele como me prometeu! Ele parecia mais preocupado em não irritar meu pai! Parecia mais preocupado com outra coisa.

SHIORI – E é por isso que tem raiva dele?

SANGO – Não é raiva! Eu simplesmente não gosto dele, ainda mais agora sabendo que ele substituiu Jinenji e mais ainda sabendo que foi Ryukosei quem o trouxe. (ela olha para Kagome) – Eu sei que ele é marido de sua amiga, mas é o que eu penso.

INUYASHA – Eu não entendo nada de polícia, mas achei estranho Ryukosei trazer um policial de outra cidade para comandar o departamento de polícia daqui.

KAGOME – Mas é suspeito mesmo! Ele e Ryukosei. (ela fica pensativa, o que chama a atenção de Sango)

SANGO – Por que está dizendo isso, Kagome?

KAGOME – Eu não queria, mas me lembrei de algo que aconteceu pouco antes da explosão que me deixou em coma.

INUYASHA – O que, amor?

KAGOME – O Souta estava comigo e acho que se lembra.

SOUTA – O que, mana?

KAGOME – Quando Azuma nos levou até a loja daquele senhor Kin, sabia perfeitamente como chegar lá, sem aviso prévio, como se já estivesse lá outras vezes e também sabia que a loja tinha uma entrada pelos fundos.

SOUTA – Sim, eu me lembro disso, mas e daí?

KAGOME – Como e daí?! Não acha isso tudo suspeito?

SANGO – Kagome tem razão.

SOUTA – Estão paranóicos de novo.

INUYASHA – Isso não é paranóia, Souta! O que vivemos há cinco anos não foi paranóia! Alguém tentou matar Kagome e isso não é paranóia.

SOUTA – Do que estão falando?! A explosão foi para apagar as evidências de um assassinato! O do senhor Kin! Kagome e Yuka só se feriram porque estavam lá! Aquela explosão não foi para ela e...

KAGOME – E quem disse isso? Foi Azuma, que comandou a investigação.

SOUTA – Azuma é marido de Ayumi! Vai dizer essas desconfianças á ela?

KAGOME – Não! Claro que não, mas não podemos descartar a hipótese de Azuma ter alguma participação nesse esquema todo.

SHIPPOU – Isso mesmo.

InuYasha, Shippou e Sango olhavam também com desconfiança para Souta, pois sabiam que ele e a mãe tinham escondido um grande segredo de Kagome, percebendo isso Shiori tentou acalmar os ânimos.

SHIORI – Não precisamos discutir isso agora! Melhor deixarmos Kagome descansar.

INUYASHA – Shiori tem razão.

SANGO – Bem, eu já vou indo! A babá já deve estar me esperando.

SHIPPOU – Eu também tenho que ir para pegar o Genku no colégio.

KAGOME – E depois o traga para cá! Eu estou com tanta saudade do meu pequininho.

SHIPPOU – Ta.

Sango e Shippou saem juntos do quarto de hospital e segundos depois é a senhora Higurashi que adentra no quarto para a alegria de Kagome.

HIGURASHI – Filha! Vim assim que soube. (ela vai até a filha e a abraça)

KAGOME – Que bom ver a senhora também, mãe.

HIGURASHI – Você nem imagina o susto que levei quando soube que estava em coma. (ela começa a chorar)

KAGOME – Ah mãe! Não vai começar a chorar.

SOUTA – A mamãe não muda mesmo. (sorrindo)

HIGURASHI – Eu só estou feliz em não ter perdido minha filha querida. (depois ela percebe a presença de InuYasha e Shiori) – Como vão?

SHIORI – Muito bem, senhora.

INUYASHA – Agora feliz que minha esposa está bem. (ele começa a se afastar) – Vou deixá-los a sós.

KAGOME – Vá com ele, Shiori! Eu quero conversar com minha mãe e meu irmão.

SHIORI – Tem certeza?

KAGOME – Tenho.

SOUTA – Por que fez essa pergunta?

SHIORI – Por nada.

Shiori e InuYasha saem juntos do quarto para deixar aquela família a sós, do lado de fora do quarto eles conversam.

SHIORI – Poxa InuYasha! Achei que ia contar á Kagome sobre o irmão e a mãe.

INUYASHA – Bem que eu queria, mas a Kagome ainda está com a saúde frágil! Ela não pode ter fortes emoções.

SHIORI – Por falar em fortes emoções que Kagome possa sentir, você tem que saber que...

INUYASHA – Eu já sei, Shiori! Kagome me contou da sua confissão quando ela acordou.

SHIORI – Ela ficou brava comigo?

INUYASHA – Não, mas ela deixou bem claro que não quer que você continue a fazer a minha fisioterapia.

SHIORI – É justo.

INUYASHA – Mas e você e Souta? Já contou á ele?

SHIORI – Não e nem sei se vou contar! Talvez eu simplesmente acabe o namoro.

INUYASHA – Você é quem sabe.

Enquanto InuYasha e Shiori conversavam no lado de fora, dentro do quarto Kagome tentava tranqüilizar a mãe, que queria que ela parasse de procurar saber sobre a verdade de sua infertilidade.

HIGURASHI – Mataram um homem! Você não está com medo?

KAGOME – Sim mãe! Estou com um pouco de medo, mas mesmo assim quero chegar á verdade.

SOUTA – Deveria ouvir a mamãe e...

KAGOME – Não! Eu não vou desistir.

Kagome mostrava determinação o que deixavam a senhora Higurashi e Souta muito preocupados, pois a esposa de InuYasha estava chegando muito perto da verdade e acabaria descobrindo a participação do pai nisso tudo, algo que Souta não queria de jeito nenhum e foi aí que ele teve a idéia de usar outro assunto para tirar a atenção da irmã.

SOUTA – Em vez de pensar nisso, deveria pensar em sua carreira política.

KAGOME – O que tem ela?

SOUTA – Acho que seu marido não lhe avisou! Isso é uma pena.

KAGOME – Mas que droga, Souta! Fale de uma vez! O que tem a minha carreira política?

SOUTA – Ela pode sofrer um sério abalo, pois nesse momento o partido trabalhista está prestes a anunciar o nome de Gakusajin como candidato á sucessão de Ryukosei.

KAGOME – Mas e as prévias?

HIGURASHI – Eles acham que você está em coma e...

KAGOME – Isso não vai ficar assim! INUYASHA! INUYASHA!

Kagome fica gritando o nome do marido até ele entrar novamente no quarto e ficar diante dela.

INUYASHA – O que foi?

KAGOME – Por que não me disse nada sobre o partido estar reunido para decidir minha retirada das prévias?

INUYASHA – Então eles te contaram? (ele olha para Souta)

KAGOME – Isso não importa! Eu quero saber por que não me contou?

INUYASHA – Eu não contei porque achei que era o melhor! Você ainda está muito debilitada e talvez sua saída da campanha seja boa.

KAGOME – Você não quer me ver na política mesmo, não é InuYasha?

INUYASHA – Sim, mas não foi por isso que deixei de contar! Estava pensando na sua saúde! Você não sabe o que senti quando te vi inconsciente em uma cama de hospital sem saber se um dia iria acordar.

KAGOME – InuYasha. (ela nota os olhos marejados dele)

INUYASHA – A possibilidade de te perder era algo apavorante para mim.

Kagome percebe o quanto InuYasha sofreu esses dias em que ela estava em coma e assim passou a mão no rosto dele e depois o beija de maneira terna.

KAGOME – Me perdoe por ter brigado com você! Saiba que não queria que passasse por isso e...

INUYASHA – Não tem como, querida! Eu te amo! O que você sofre, eu sofro também. (ele se afasta um pouco e enxuga as lágrimas) – Isso se chama casamento.

KAGOME – Não! Isso se chama amor.

Mesmo estando na presença de Souta e da mãe dele, InuYasha e Kagome não se constrangiam se demonstrar o amor deles que era tão forte que eles podiam se comunicar só com o olhar e foi assim que InuYasha soube do desejo de Kagome.

INUYASHA – Tanuki está agora nessa reunião partidária.

KAGOME – Eu vou ligar para ele.

Kagome pegou seu celular e começou a discar a fim de falar com seu assessor Tanuki.

Próximo capítulo = O retorno da detetive – parte 2


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