Noite sem Fim escrita por TreinadorX


Capítulo 15
O vestibular e o plano maluco - parte 1




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/12481/chapter/15

No dia seguinte aos acontecimentos dos capítulos anteriores, InuYasha estava cuidando dos ferimentos de Shippou, passando alguma pomada nele, já o jovem, sentado em uma cadeira recebendo os devidos cuidados, não conseguia tirar da cabeça a verdadeira surra que levou do mascarado, deixando seu orgulho visivelmente abalado.

SHIPPOU – Me desculpe.

INUYASHA – Por que está pedindo desculpas?

SHIPPOU – Eu falhei em minha primeira missão.

INUYASHA – Kagome está bem e...

SHIPPOU – Está! (ele se levanta) - Mas não por minha causa! Foram aqueles policiais que salvaram Kagome, não eu! Eu me sinto tão inútil.

INUYASHA – Não se sinta assim! Não se pode vencer todas.

SHIPPOU – Mas não foi uma simples derrota! Será que não entende?! Ele poderia ter me matado, mas não me matou! Aposto que ele achou que eu não valia a pena. (ele volta a se sentar olhando para o chão) – Eu nem sequer encostei o dedo nele! Seja quem for ele é muito bom. (ele volta a olhar para InuYasha) – Tão bom quanto você.

INUYASHA – Procure não pensar nisso. (o vendo colocando a camisa) – Agora trate de se arrumar ou se esqueceu que hoje é o dia do vestibular? Tem que entrar na universidade se ainda quer que eu o treine.

SHIPPOU – Pode deixar. (ele ia se afastando até que se lembrou de uma coisa) – Ah sim! Eu reparei algo no meio da surra que levei.

INUYASHA – Olha Shippou! Não precisamos falar mais dessa luta se não quiser e...

SHIPPOU – Ele não era só tão bom quanto você, mas lutava como você.

INUYASHA – O que?! Está querendo dizer o que com isso?

SHIPPOU – Ele usa uma técnica muito parecida com sua técnica de lutar.

INUYASHA – Tem certeza?

SHIPPOU – Pelo pouco que lutei com ele e pelo nos antigos treinamentos, posso afirmar com convicção que muitos dos movimentos são similares.

INUYASHA – Mesmo?! (ele se afasta um pouco para pensar) – Esses movimentos eu adquiri quando treinei com o Mestre Zhi na China.

SHIPPOU – É possível que esse mascarado tenha treinado com seu mestre?

INUYASHA – Mestre Zhi não aceita bandidos como discípulo! (ele volta a olhar Shippou) - Embora quando eu cheguei á China, soube que ele tinha expulsado alguns alunos por usarem indevidamente seus ensinamentos.

SHIPPOU – É provável que o mascarado seja um desses alunos! Ele até me chamava de garoto, sinal que deve ter o mínimo sua idade.

INUYASHA – Não importa quem ele seja! Vamos pegá-lo na próxima oportunidade, pois ele não desistirá e...

InuYasha para de falar pela súbita entrada de Genku no local, mas ele não veio sozinho, pois Sango e Tamira vieram atrás.

SANGO – Olá aos dois.

INUYASHA – Olá! O que faz aqui?

SANGO – Eu soube que a Kagome foi transferida para cá depois do que houve ontem.

INUYASHA – É! (ele pede para ela se aproximar mais) – Melhor não falarmos muito disso! O Shippou ainda está chateado. (falando baixo)

SANGO – Claro. (falando baixo também e depois ela olha para Shippou) – Hoje é o grande dia, não é Shippou?

SHIPPOU – É sim! Hoje tenho que ir bem de qualquer jeito.

SANGO – Não quer uma carona até ao local da prova?

SHIPPOU – Não precisa! Xolan e Maya vêem me buscar para irmos juntos.

INUYASHA – E Satsuki também. (sorrindo)

GENKU – Hei mano Shippou! Eu me lembrei de algo que vi ontem.

SHIPPOU – O que você viu ontem? (acariciando a cabeça do menino)

GENKU – A Sara estava com os brincos que você deu para Satsuki.

SHIPPOU – É?! (meio triste com aquela revelação)

GENKU – A tia Rin até chamou a atenção dizendo que não devia ter dado aquilo para Sara, mas Satsuki disse que dava a Sara as coisas que não usava e...

INUYASHA – Já chega, Genku! Por que não vai mostrar para Tamira seus novos brinquedos?

GENKU – Ta! (ele estende a mão para a filha de Sango) – Vamos, Tamira? (ela olha para a mãe)

SANGO – Pode ir, filhinha! Mamãe te pega depois.

TAMIRA – Ta mamãe.

Depois de dar um beijo no rosto da mãe, Tamira foi acompanhar Genku até o quarto dele deixando os outros as sós para conversarem mais á vontade.

INUYASHA – Shippou! Não fica chateado com o que...

SHIPPOU – Não precisa falar isso, InuYasha! Eu e Satsuki não somos mais namorados! O presente é dela! Ela faz o que quiser com ele.

Shippou se afastou deles e estava visivelmente triste depois de ter ouvido aquilo, Sango e InuYasha perceberam isso.

SANGO – Ele ficou chateado mesmo.

INUYASHA – Mas é claro que ficou! Mas se eu soubesse dessa história do brinco antes, teria pedido para o Genku não falar nada.

SANGO – Esquece InuYasha! Já era. (ela fica um pouco triste) – Ele não é o único chateado! Soube do capitão Jinenji?

INUYASHA – Não! O que houve?

SANGO – Ryukosei o demitiu porque, de alguma maneira, ele descobriu que Jinenji descobriu uma manipulação da investigação contra Gatenmaru.

INUYASHA – Mas que droga! Agora que Jinenji estava tão perto.

SANGO – Mas eu falei com ele ontem mesmo, por telefone! Ele me disse que não vai desistir e que prender Ryukosei é questão de honra para ele.

INUYASHA – Para todos nós.

SANGO – É! Agora vamos ao hospital Memorial! Jinenji e Sesshoumaru falaram que estão indo para lá também.

Sango empurra a cadeira de rodas de InuYasha para que ambos saíssem do porão e enquanto isso no departamento de polícia de Tóquio o detetive Gay acabara de entrar na sala de Jinenji quando o vê arrumando suas coisas.

GUY – Capitão! O que está fazendo?

JINENJI – Não está vendo? Arrumando minhas coisas. (ele para com o que estava fazendo) – Eu fui demitido.

GUY – O que?! Demitido? Mas por que, capitão?

JINENJI – Política, detetive! Política.

GUY – Mas não podem demiti-lo! O senhor tem sido a pessoa mais correta, mais trabalhadora e mais esforçada que já vi.

JINENJI – Obrigado, detetive! Suas palavras significam muito para mim.

Jinenji aperta a mão de Guy para em seguida voltar a esvaziar a gaveta com suas coisas pessoais e quando Guy pensou em sair da sala, se lembrou do motivo que o levou até lá.

GUY – Ah sim! (ele exibe um pedaço de papel) - Nós conseguimos encurtar a lista de suspeitos de ser o estrangulador! Preciso que de uma olhada.

JINENJI – Mas isso agora não é comigo! Fale com o novo capitão.

AZUMA – Isso mesmo! (ele estava escorado na porta e tinha ouvido parte da conversa deles) – Eu pensei que já tinha ido embora! É por isso que o departamento está tão lento.

Jinenji preferiu ignorar a ironia de Azuma e continuou a arrumar suas coisas colocando-as em uma caixa de papelão, sob os olhares de Gyu.

JINENJI – Pronto. (ele tinha acabado de pegar tudo que era dele) – Agora posso ir embora.

AZUMA – Ótimo! Eu assumo daqui por diante.

JINENJI – Boa sorte.

AZUMA – Obrigado.

Jinenji, carregando uma caixa, sai da sala e se despede de todos os funcionários do departamento, nisso Azuma vai ao centro da sala, começa a bater palmas até que chamar a atenção desses mesmos funcionários.

AZUMA – Escute todos! (falando em tom bem alto) - Meu nome é Azuma e sou o novo capitão do departamento de polícia de Tóquio! Jinenji foi demitido! Não cabe a eu explicar os detalhes, só peço a mesma dedicação e respeito com que tiveram com ele! A prioridade não mudou! Ela ainda é de capturar o estrangulador das meias de nylon e não vamos descansar até pegarmos esse bandido. (ele volta a falar em tom mais baixo) – Podem voltar ao trabalho.

Depois dessa apresentação Azuma pede, com gestos, que Guy o acompanhe até a antiga sala de Jinenji que agora era dele, o detetive obedece.

GUY – Pois não?

AZUMA – Você é o detetive encarregado do caso do estrangulador, não é?

GUY – Isso mesmo.

AZUMA – Deixe me ver a lista que fez. (Guy da a lista á Azuma que lê atentamente) – Quatro nomes! (ele volta a olhar para Guy) – Eles já foram investigados?

GUY – Sim! Era isso que ia mostrar ao capitão Jinenji e...

AZUMA – Eu sou o capitão daqui para frente, detetive! Não se esqueça disso.

GUY – Claro! Desculpa-me, capitão.

AZUMA – É bom assim! Agora continue.

GUY – Como ia dizendo, eu ia mostrar isso ao ex. capitão para que ele desse uma solução já que todos os nomes dessa lista tinham álibi para as datas e horas de todos os crimes.

AZUMA – E você ia pedir conselhos á Jinenji sobre isso? Ora detetive! Está na cara que nenhum desses nomes é do estrangulador, ou seja, essa lista foi mal feita! Agora me como chegaram á esses nomes.

GUY – O estrangulador não deixa vestígios! Só um profissional conseguiria isso e é alguém bem calmo e treinado por isso achamos que é um ex. agente ou ex. policial! Foi assim que chegamos á esses nomes.

AZUMA – E Jinenji aceitou esse argumento sem questionar?

GUY – Sim.

AZUMA – Sinal que ele estava com outras coisas na cabeça! Detetive! Não precisa ser um profissional para não deixar vestígios! Essas coisas se aprende na internet! A sua lista já está maculada, portanto faça uma nova.

GUY – E como faremos isso?

AZUMA – Simples! Pelo que li nos relatórios sobre o estrangulador, só as primeiras vítimas usavam meias de nylon que ele tirava delas para depois estuprá-las e matá-las com essas mesmas meias, mas as outras não usavam necessariamente meias de nylon.

GUY – Correto.

AZUMA – As vítimas tinham mais de trinta anos e estavam na internet á procura de relacionamento são as únicas coisas em comum.

GUY – O que faremos, senhor?

AZUMA – Começar do zero! Você e Jinenji fizeram um serviço bem ‘porco’! Agora vamos tentar recuperar o tempo perdido! Agora me traga os endereços em que cada vítima foi encontrada e também onde morava! Precisamos comparar para ver se achamos algo que nos leve ao estrangulador.

Embora achasse o novo capitão muito arrogante, Guy teve que obedecer e por isso saiu da sala para fazer o que Azuma mandou e enquanto isso em seu quarto, Satsuki estava conversando com sua melhor amiga, Maya, sobre aquele dia tão importante.

MAYA – É hoje que nosso futuro se define, amiga.

SATSUKI – Não acha que está botando muita pressão em si mesma?

MAYA – Acha que isso é pressão? Devia ser os meus pais! Eles estão mais nervosos do que eu. (rindo e depois ficando séria em ver a expressão triste da amiga) – O que foi, Satsuki?

SATSUKI – Não é nada! Só pensando na vida.

MAYA – Eu sei que está nervosa e...

SATSUKI – Eu não estou nervosa! Pelo menos não com o vestibular.

MAYA – Já sei! Deve ser o tal namorado misterioso que tem, não é?

SATSUKI – Esse papo de novo?

MAYA – Esse papo sim! Eu sou sua melhor amiga e até agora você não me disse o nome desse gatinho que está tirando sua atenção.

SATSUKI – É muito complicado, Maya! Nem queira saber e...

Ela para de falar ao ouvir batidas na porta e em seguida Rin aparece diante delas.

RIN – Melhor irem, meninas! Não querem se atrasar, não é?

MAYA – Ainda é cedo, senhora Rin.

RIN – Não precisa me chamar de senhora! Pode me chamar pelo nome.

MAYA – Claro! É costume! Respeito.

Rin viu a ansiedade de Maya por causa do vestibular e isso a fez se lembrar da época que prestou vestibular junto com Kanna.

RIN – Quando eu fiz o vestibular, também fiquei apavorada, mas ‘tirei de letra’ a prova.

MAYA – A Satsuki me falou que a senh... Quer dizer, você! Que você se formou em jornalismo! Por que não seguiu carreira?

RIN – Bem que queria, mas primeiro atendi um pedido de uma amiga, que não se mostrou tão amiga assim. (falando de Kanna)

MAYA – Entendo.

RIN – E depois tive a Sara! Portanto tenho que pensar em minha família! É por isso que não segui carreira.

MAYA – Isso não é um pouco frustrante?

RIN – É sim, mas na vida nós fazemos escolhas o tempo todo! Acredite! Esse vestibular é apenas o primeiro de muitos desafios que vão enfrentar! Com licença.

Rin sai do quarto deixando as amigas a sós.

MAYA – Sua madrasta é muito legal! Nem lembra as madrastas das histórias de contos de fadas.

SATSUKI – Ah sim! Rin é bem legal! Como ela é somente dez anos mais velha que eu, nos damos muito bem, embora nem sempre fosse assim! No começo achei que ela queria roubar o meu pai de mim! Até minha mãe biológica me jogava contra ela, mas com o tempo passei a respeitar e admirar Rin.

MAYA – Típica história da filhinha da mamãe. (sorrindo)

SATSUKI – E você acha graça? Em compensação á Rin, meu pai é um chato de galocha! Vive pegando no meu pé! Achei que quando Sara nasceu isso ia mudar, mas só piorou.

MAYA – Mas ás vezes eu invejo a sua madrasta, pois seu pai é um gato!

SATSUKI – Pare com isso! Não pode falar do meu pai desse jeito.

MAYA – Mas ele é! Ta com ciúmes do papai. (ela sorri) - Quer saber a verdade? Acho que adora que seu pai se preocupe com você pelo jeito que fala dele.

SATSUKI – Não posso negar! É como se fosse um jogo! Essa é a relação que temos. (ela olha para a caneta que recebeu de presente)

MAYA – Vai fazer a prova com essa caneta?

SATSUKI – Vou sim! Apesar das nossas brigas, meu pai merece isso! Ele passou por muitas coisas.

Satsuki e Maya conversavam alegremente até que elas ouvem o som de uma buzina, elas concluíram que devia ser Xolan, já que tinham marcado de irem juntos, assim as duas saem do quarto, descem as escadas e passam pela sala onde Sesshoumaru brincava com Sara em seu colo enquanto eram observados por Rin.

SESSHOUMARU – Já vão? (colocando Sara no chão)

MAYA – Sim senhor! O Xolan disse que ia nos pegar aqui.

SESSHOUMARU – Eu pensei em dar uma carona ás vocês e...

SATSUKI – Não precisa, pai! Nós já temos transporte

SESSHOUMARU – Ok! Mas não está muito cedo?

MAYA – Sim, mas é que nós queremos chegar cedo mesmo para ver em que sala vamos fazer a prova e sem falar que ainda vamos pegar o Shippou no meio do caminho.

SATSUKI – Eu quase ia me esquecendo desse pequeno detalhe.

RIN – Poxa Satsuki! Então você acha que o Shippou é um pequeno detalhe? (a jovem nada responde) – É uma pena o relacionamento de vocês ter terminado desse jeito.

SATSUKI – É! (ela se agacha para olhar Sara) – Me deseje sorte pequenininha.

SARA – Sorte. (mesmo não entendendo nada)

SATSUKI – Cuide-se. (ela se levanta depois de acariciar a cabeça da irmã) – Bem, já vou.

SESSHOUMARU – Filha. (ele vai até ela e a abraça) – Boa sorte. (beijando a testa dela e depois olha para Maya) – Boa sorte as duas.

SATSUKI – Obrigada pai.

Satsuki e Maya se afastam de todos para saírem da casa e irem até o carro de Xolan, que estava encostado no veículo esperando por elas.

XOLAN – Finalmente hein? Pensei que tinham desistindo.

MAYA – Deixa de ser chato. (beijando-o) – Podemos ir agora.

XOLAN – Então entrem meninas. (abrindo a porta traseira do carro) – Não vamos nos atrasar mais.

MAYA – Claro, mas eu vou na frente.

Maya entra no carro de Xolan pela porta da frente deixando Satsuki sozinha no banco de trás, em seguida Xolan toma a direção do carro para irem embora dali sob os olhares de Sesshoumaru e Rin, que estavam na porta de casa.

SESSHOUMARU – Bem, eu já vou indo. (ele olha para o relógio de pulso) – Estou com um horário meio apertado.

RIN – Você vai passar no hospital para visitar Kagome?

SESSHOUMARU – Vou sim! É por isso que estou com horário apertado. (ele pega Sara novamente no colo) – Papai já vai, querida. (depois da um beijo nela para em seguida colocá-la de volta no chão)

RIN – Se encontrar com InuYasha, diga que passo lá mais tarde.

SESSHOUMARU – Claro! Até mais, amor. (dando um beijo na esposa)

RIN – Até mais tarde.

Sesshoumaru se afasta para ir embora ao trabalho e enquanto isso, Shippou estava acabando de se arrumar para ir ao local da prova do vestibular, ele estava sozinho em casa, já que Sango e Tamira vieram para levar InuYasha e Genku para irem ao hospital visitarem Kagome.

SHIPPOU – Hoje é o grande dia! Eu estudei o semestre todo paras chegar nesse objetivo, não posso falhar agora.

Shippou tentava de todo jeito esquecer os acontecimentos do dia anterior para se concentrar no vestibular, embora estivesse preocupado com a mãe adotiva, sabia que agora ela estava muito protegida e assim, depois de trancar todas as portas, ele sai de casa, ao fazer isso ele percebe a aproximação do carro de Xolan e vai até ele quando o amigo estaciona o veículo.

XOLAN – Vamos lá, amigão! Todos nós queremos chegar bem cedo.

SHIPPOU – Olá primeiro, não é?

XOLAN – Ta! Ta! Olá! Agora vamos logo e entre no carro.

MAYA – Olá Shippou. (depois ela olha para o namorado) – Ainda não sei por que tanta pressa.

SHIPPOU – Xolan sempre foi assim, Maya. (ele sorri, mas para ao notar a presença de Satsuki no banco de trás) – Oi Satsuki.

SATSUKI – Oi Shippou.

Embora estivesse sendo educado com a ex. namorada, Shippou não conseguia esquecer as palavras de Genku dizendo que Satsuki tinha dado os brincos que ele comprou para a irmã.

SHIPPOU – Olha Xolan! Eu mudei de idéia! Vou a pé até lá.

XOLAN – Á pé até lá?! Está maluco?

SHIPPOU – Eu preciso fazer exercício mesmo! Ainda está cedo! Dá tempo de chegar antes de começar! Então até lá.

Shippou se afastou do carro e começou a andar deixando Xolan e Maya se entreolhando sem entender tal atitude, mas Satsuki sabia que ela de alguma foram era responsável por aquela decisão tão estranha.

SATSUKI – Esperem que já volto. (ela sai do carro)

MAYA – O que vai fazer?

Sem responder a amiga, Satsuki começa a correr na direção em que Shippou andava até alcançá-lo para segurar seu braço e impedi-lo de prosseguir.

SATSUKI – O que está fazendo?

SHIPPOU – Nada! (ele se solta dela) - Só estou indo á pé para a prova. (ele volta a andar)

SATSUKI – Está fazendo isso por que não queria vir junto comigo? Olha Shippou! Eu não tenho culpa da minha melhor amiga ser namorada do seu melhor amigo, não da para evitar nos encontrarmos e...

SHIPPOU – Não é andar com você que me incomoda, mas o que você fez.

SATSUKI – O que eu fiz?

SHIPPOU – Os brincos que te dei de presente.

Naquela hora Satsuki percebeu que Genku devia ter contado sobre os brincos, de algum modo a filha de Sesshoumaru sabia que tinha magoado seu ex. namorado, mas não ia ficar na defensiva.

SATSUKI – Desculpe por ter feito aquilo! Os brincos são lindos, mas eles são meus e faço com eles o que eu quiser.

SHIPPOU – Quer saber, Satsuki? Você está certa! Eles são seus, assim como foi o meu amor e você o descartou como fez com os brincos! Acho que é sintomática sua atitude.

Depois de falar essas palavras, Shippou volta a andar, mas desta vez com passos mais acelerados, ele não queria mais encarar a ex. namorada, já Satsuki fica furiosa ao ouvir tudo aquilo e por isso volta a segui-lo até alcançá-lo.

SATSUKI – Eu descartei seu amor?! Mas que mentira mais absurda é essa?! Foi você que descartou meu amor quando se comunicou com Soten sem falar comigo e...

SHIPPOU – Chega de mentiras, Satsuki!

O grito que Shippou deu chamou não só a atenção de Maya e Xolan como também das pessoas que passavam pelo local, deixando o casal de jovens meio constrangido até que eles voltam a se manifestar em tom mais baixo.

SATSUKI – Do que está falando?

SHIPPOU – Você já estava estranha comigo muito antes de descobrir sobre a Soten. (ela desvia o olhar mostrando que ele estava certo) – E, além disso, você sabe perfeitamente porque não falei nada da Soten! A vida dela corria risco.

SATSUKI – Esse assunto se esgotou! (ela começa a se afastar dele) – Faça o que quiser! Não pode me jogar a culpa de tudo.

SHIPPOU – Talvez eu a jogue em seu novo namorado. (ao ouvir aquilo ela para de andar e olha para ele)

SATSUKI – O que está insinuando? (ela volta até ele) – Fale.

SHIPPOU – Não estou insinuando nada! Estou afirmando! As notícias correm! Ou por acaso não está saindo com ninguém?

SATSUKI – Isso não é da sua conta.

SHIPPOU – Tem razão! Não é da minha conta! Não mais.

Shippou lança um olhar reprovador para Satsuki e em seguida começa a andar para ir embora, nisso a filha de Sesshoumaru começa a entender a real insinuação do ex. namorado, assim ela o segue novamente até alcançá-lo.

SATSUKI – Espere aí! Você não está só afirmando que estou saindo com alguém, mas também que faço isso desde a época em que namoramos, é isso?

SHIPPOU – Se a carapuça lhe serviu.

Ao ouvir essa última frase, Satsuki se enche de ressentimento em relação á Shippou o que culmina com um tapa no rosto do ex. namorado.

SATSUKI – Isso é típico de homem.

SHIPPOU – Está falando que nem sua mãe. (com a mão na parte do rosto atingido)

SATSUKI – É! Quem nem minha mãe.

Satsuki se afasta de Shippou para voltar para junto de Xolan e Maya, que já estavam do lado de fora do carro, esperando alguma definição daquela confusão.

MAYA – O que houve?

SATSUKI – Nada! Vamos embora logo.

XOLAN – Ok!

Xolan e Maya entram primeiro no carro, já Satsuki troca olhares com Shippou, mesmo á distância, depois vira o rosto e entra no veículo que sai em seguida rumo ao local da prova do vestibular deixando Shippou para trás e enquanto isso no Hospital Memorial, InuYasha e Sango se encontram com Jinenji na recepção do lugar, o ex. capitão contou detalhes de sua demissão.

INUYASHA – Se ele te demitiu é sinal que estava muito perto da verdade.

JINENJI – Eu sei, tanto que vou dar um jeito de continuar a investigar isso.

INUYASHA – O seu contato na Segurança Interna ainda pode te ajudar?

JINENJI – Agora eu não sei! Ele já deve estar sabendo da minha demissão e certamente não vai mais querer se envolver, principalmente sabendo que Ryukosei é um homem perigoso.

SANGO – O senhor também deve tomar cuidado, Jinenji.

JINENJI – Não sou nenhum garoto assustado, Sango! Sei me cuidar muito bem. (ele nota vários agentes armados na porta do quarto de Kagome) – A segurança aqui é boa mesmo.

INUYASHA – Kagome é candidata á candidata á prefeita! É compreensivo esse contingente de homens para protegê-la.

SANGO – Ainda mais depois do que aconteceu ontem.

Naquele momento eles avistam Sesshoumaru se aproximando, o jornalista parecia meio surpreso com a segurança do local.

SESSHOUMARU – Precisei passar por uma varredura completa antes de entrar nesse andar.

INUYASHA – Nem eu que sou o marido de Kagome, fui exceção! Até os médicos estão sendo revistados! Não devia estar no jornal?

SESSHOUMARU – Sim, mas vim dizer que Rin passará mais tarde aqui para ver Kagome.

INUYASHA – Aposto que não veio só por isso.

SESSHOUMARU – Tem razão! Podemos conversar em outro lugar?

Como já tinha visto o estado da esposa, InuYasha apenas consente com a cabeça e segue o irmão para outro andar, para que pudessem falar sem a presença daquele batalhão de seguranças, antes disso ele fala com Tanuki, assessor de Kagome na câmara de vereadores.

INUYASHA – Tanuki! Pode olhar as crianças mais um pouco?

TANUKI – Claro! Sem problemas! Eu vou estar com elas no quarto de Kagome. (ele olha para os rostos sérios de todos) – Aconteceu algo?

SANGO – Nada, Tanuki! Fique tranqüilo.

Depois disso Tanuki, acompanhado de Tamira e Genku, vai para o quarto onde Kagome estava internada enquanto InuYasha, Sango, Sesshoumaru e Jinenji saem do andar para irem á um local menos movimentado onde podiam conversar.

INUYASHA – O que foi, Sesshoumaru?

SESSHOUMARU – Uma fonte me disse que o mascarado que invadiu o quarto de Kagome em Yokohama chegou a lutar contra outro mascarado! Por acaso esse outro mascarado era Shippou?

INUYASHA – Era! E ele levou uma surra! Ele não estava preparado para enfrentar um adversário daquele! Eu não devia ter feito isso, ainda mais que esse mascarado está trabalhando com Zuza.

SESSHOUMARU – Então isso confirma as minhas suspeitas.

SANGO – Sesshoumaru! Do que está falando?

SESSHOUMARU – Depois que me falou desse Zuza, eu passei a noite pesquisando sobre ele e descobri que ele fugiu da cadeia há seis anos.

INUYASHA – O que?! Então ele pode estar aqui no Japão?

SESSHOUMARU – Ele pode estar em qualquer lugar.

JINENJI – Como ele fugiu?

SESSHOUMARU – Isso que é o mais suspeito! Ele teve grande ajuda externa! Um grupo de bandidos, equipado com armas e até um helicóptero fez um resgate cinematográfico.

SANGO – Isso é muita coisa para um bandido comum.

SESSHOUMARU – A questão é, por que esse grupo de bandidos teve tanto trabalho para resgatar um simples traficante de produtos químicos? Como ele tem aos montes.

INUYASHA – Zuza tem algo de especial, mas há outra questão! Que grupo de bandidos é esse?

SANGO – De Ryukosei, talvez? Kagome está chegando perto da verdade em relação á fabrica de chocolate em que o pai trabalhava e pode ligar á Ryukosei.

SESSHOUMARU – A prioridade é saber de alguma ligação entre Zuza e Ryukosei! Acho que sei como posso conseguir isso.

SANGO – Não está falando de Momiji, ou está?

SESSHOUMARU – Ela pode nos levar a verdade ou não se lembram dos documentos que ela conseguiu? A fonte dela, seja quem for, deve ser alguém bem próximo de Ryukosei! Sabendo quem é essa fonte, poderemos achar uma ligação entre Zuza e Ryukosei.

SANGO – E como pensa em fazer isso? Seduzindo Momiji?

SESSHOUMARU – Se for preciso.

SANGO – Isso é típico de homem.

JINENJI – Espere aí! Agora me lembrei de uma coisa que minha fonte falou.

INUYASHA – O que capitão?

JINENJI – A minha fonte chegou a mencionar o nome Momiji uma vez.

Depois da revelação que Jinenji fez, Sango, InuYasha e Sesshoumaru se entreolharam e sentiram que estavam mais próximos da verdade sobre uma possível ligação entre Zuza e Ryukosei.

Próximo capítulo = O vestibular e o plano maluco – parte 2


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Noite sem Fim" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.