Noite sem Fim escrita por TreinadorX


Capítulo 114
A traição do amigo - parte 4




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Ainda atônito com aquela revelação, Shippou imediatamente se sentou no sofá. Guy observava atentamente a expressão do jovem para ver se não estava fingindo. Shippou voltou a encarar o detetive.

SHIPPOU – Que história é essa? Como pode inventar uma mentira dessas?

GUY – Não é mentira. A informação foi confirmada pela madrasta de sua noiva. Ela não mentiria.

SHIPPOU – Rin sabia disso?

GUY – Sim. Ela quis deixar Satsuki te contar.

SHIPPOU – Eu não sou o pai? (ele se levanta) – Isso é um pesadelo.

GUY – É sim.

Depois do choque de saber que tinha sido enganado pela noiva, Shippou começou a tentar ordenar as idéias, pois estava ficando claras as razões para aquela visita.

SHIPPOU – Então o senhor acha que matei a Satsuki porque ela me contou que o filho não era meu?

GUY – É um motivo e tanto, não?

SHIPPOU – Eu já disse que não cheguei a falar com Satsuki. Ela não apareceu no encontro. Deve ter sido morta durante esse tempo.

GUY – Isso é o que você diz. Infelizmente não posso ignorar esse fato e...

A fala de Guy é interrompida pela súbita aparição de Soten na sala. Ela ouviu toda a conversa e estava indignada com a desconfiança do detetive.

SOTEN – O Shippou é incapaz de matar alguém, detetive. Como pode supor isso?

SHIPPOU – Soten.

GUY – Apenas faço a minha investigação, minha jovem. Preciso que me acompanhe até ao departamento para um depoimento mais detalhado.

SHIPPOU – Eu já disse que estava esperando Satsuki para um encontro que ela marcou.

GUY – E ficou lá o tempo todo, durante uma hora, esperando por ela?

Shippou olhou para Soten e se sentiu envergonhado de tê-la seguido naquela hora e por isso resolveu continuar a mentir, pois não tinha matado Satsuki. Voltou a encarar Guy.

SHIPPOU – Sim.

GUY – Então se não tem nada a temer, podemos ir e...

A fala de Guy é novamente interrompida, mas desta vez pelo aparecimento de Kagome e Miroku, que tinham acabado de adentrar a residência. A esposa de InuYasha estranhou a presença do detetive.

KAGOME – O que está acontecendo aqui?

SOTEN – Ai, pai. (ela vai até Miroku) – Faça alguma coisa. O detetive Guy está acusando o Shippou pela morte de Satsuki.

MIROKU – O que?!

KAGOME – Mas que absurdo!

GUY – Então me ouçam e decidam se é absurdo ou não.

Guy resolveu contar os detalhes de sua investigação para a satisfação de Kagome e Miroku e enquanto isso na Agência Imperial InuYasha e Abi conversavam sobre o plano deles.

INUYASHA – Tem certeza que isso pode dar certo? Haruy é um soldado altamente experiente. Vai perceber que está sendo rastreado.

ABI – É por isso que pensei em você para essa missão. Agora vamos fazer nosso ‘teatrinho’.

INUYASHA – Está bem, mas apenas não por que isso é necessário.

ABI – Não podemos dar nenhuma brecha. Ele tem que acreditar que estamos brigados e... Lá vem ele. Esconde-se.

InuYasha sai de vista de Abi segundos antes de Haruy aparecer escoltado por dois agentes imperiais. O americano estava estranhando ser liberado depois de ser pego no meio de uma operação da Agência Imperial.

HARUY – Posso saber o que está acontecendo?

ABI – Deveria estar feliz. Como não conseguimos uma ordem da embaixada americana para te interrogar. Achamos por bem deixá-lo livre.

De repente InuYasha surge diante deles com uma expressão de raiva.

INUYASHA – O que é isso? Por que ele não está preso?

ABI – Isso não é da sua conta, InuYasha. Agradecemos sua colaboração, mas isso é assunto da Agência e...

INUYASHA – Eu arrisquei o pescoço para pegar esse cara. Ele não pode sair na boa assim.

ABI – Já chega, InuYasha! Eu sei que está chateado com isso, mas não conseguimos a autorização da embaixada americana. Não tenho muito que fazer.

INUYASHA – Deixe-me interrogá-lo. Eu posso tirar a informação dele e...

ABI – Você não é agente imperial e mesmo que você um interrogatório desses seria ilegal. (ela olha para os dois agentes imperiais) – Acompanhe o senhor InuYasha até a saída.

Os dois agentes s e afastam de Haruy para escoltar InuYasha, que demonstrava irritação no rosto, mas teve que obedecer e assim se foi deixando Abi a sós com Haruy.

HARUY – Então eu posso ir? Sou um homem livre?

ABI – Infelizmente sim. Tivemos a liberdade de chamar um taxi que o levará aonde quiser. Será por nossa conta.

HARUY – Poxa, quanta generosidade. Não sei o que fiz para merecer isso.

ABI – Apenas estamos tentando ter uma boa relação com seu país.

HARUY – Sei. Uma demonstração de boa vontade. A senhora se preocupa muito com as aparências, não é mesmo?

ABI – Sim. Pode ir à outra sala e pegar seus pertences pessoais.

Haruy mostrou um sorriso muito confiante e foi andando até a sala indicada por Abi. Ao entrar nela, ele viu as roupas com que chegou em cima de uma mesa com outros objetos como carteira de documentos, canetas, mas o que chamou a atenção dele foi o maço de cigarros que tinha cinco cigarros. Ele se lembrava de ter apenas quatro. Haruy pegou o maço e tirou todos os cigarros e percebeu que um deles tinha um mini rastreador embutido.

HARUY – Ela acha que sou idiota? Sorte que tenho memória fotográfica.

Haruy colocou todos os cigarros de volta no maço, inclusive o que tinha rastreador. Trocou de roupa para depois sair da Agência Imperial sob a observação de Abi, que depois de vê-lo entrar no taxi, voltou para sua sala e ligou o computador onde a tela mostrava o funcionamento do rastreador.

ABI – Está funcionando. Espero que ele não perceba o rastreador.

Abi continuava a acompanhar a movimentação de Haruy, que estando dentro do taxi, tirou o cigarro com o rastreador ao perceber a aproximação do semáforo. Ele tinha visto um caminhão estacionado do lado. Haruy não pensou duas vezes e jogou o cigarro na traseira do caminhão, que depois da abertura do semáforo, foi para outra direção. Mais á frente, ele percebeu um carro escuro indo na direção de onde foi o caminhão. Haruy tinha certeza que se tratava de agentes imperiais.

HARUY – Isso vai dar um ‘passa-tempo’ naqueles agentes idiotas.

Rindo de sua esperteza, Haruy continuou guiando seu carro, mas o que ele não sabia era que aquilo fazia parte do plano traçado por Abi e InuYasha, que naquele momento se falavam através de celular.

ABI – Você tinha razão. Ele se livrou do rastreador principal. (olhando na tela do monitor) – Os sinais do rastreador principal e do reserva estão separados.

INUYASHA – Você mandou um carro seguir esse sinal, certo? Precisamos deixar Haruy confiante. Ele não pode de jeito nenhum desconfiar que tenha um rastreador reversa nele.

ABI – Com certeza. O sinal do rastreador já está no seu celular. Vamos torcer para que Haruy nos leve até Naraku e seus colaboradores.

INUYASHA – Eu vou segui-lo, mas farei isso com cuidado. Haruy é um agente americano bem treinado. Não posso vacilar.

ABI – Mantenha-me informada de seu progresso.

INUYASHA – Ok. A gente se fala depois.

InuYasha desligou a comunicação com Abi para visualizar na tela o seu celular o sinal do rastreador que ainda estava em Haruy para poder segui-lo sem chamar a atenção e enquanto isso Kagome e Miroku estavam perplexos com os relatos de Guy sob a possibilidade de Shippou estar envolvido na morte de Satsuki.

KAGOME – Não pode levar o Shippou. Isso eu não permitirei.

GUY – Eu vou levá-lo para interrogatório e a senhora não pode me deter.

KAGOME – Essas acusações são sem fundamentos. Estou decepcionada em saber que essa investigação está sendo conduzida por alguém tão leviano. (se referindo á Guy)

GUY – Com todo respeito, senhora. As acusações não são sem fundamentos e muito menos levianas.  A noiva do seu filho estava grávida de outro homem e ele não tem um álibi forte para a hora do crime.

KAGOME – Mas... (Miroku a interrompe)

MIROKU – Kagome, deixe isso comigo. Eu sou advogado. (ele olha para Guy) - Detetive, está fazendo conjecturas baseado em hipóteses. Não tem nada concreto que ligue Shippou ao crime. (ele o encara) – Como advogado dele afirmo que é ilegal seu depoimento.

GUY – Pode até ser, mas, conforme as evidências, levarei Shippou para o departamento onde ficará detido. O senhor pode até conseguir um mandato para soltá-lo, mas isso com certeza vai demorar e nesse meio tempo todos os meios de comunicação ficarão sabendo que o filho da candidata de oposição está sendo indiciado por homicídio. (ele olha para Kagome) – Acho que a senhora não vai gostar disso.

MIROKU – Então é assim que quer levar adiante sua tese para o crime, detetive? Arruinando a vida de um jovem inocente e, conseqüentemente, a carreira política de uma pessoa decente como Kagome? Parece que está fazendo o jogo político para seu chefe, o prefeito.

GUY – Essa sim é uma acusação leviana e sem fundamentos. (ele respira fundo) – Olha, eu não tenho nada contra vocês. O departamento inteiro, incluindo Sango, defendem a tese de que Satsuki foi morta pelo estrangulador. Sou o único que acho que foi um imitador. Só quero chegar á verdade.

MIROKU – Está bem, mas podemos fazer um acordo?

GUY – Pode falar, mas não abro mão de levar Shippou sob custódia.

MIROKU – Ok, mas precisa manter isso longe da mídia, pois se isso vazar não vai importar depois que provarmos que ele é inocente.

GUY – É justo. Vou falar com Azuma para que Shippou e a senhora Kagome tenham acesso á uma entrada alternativa. Estamos de acordo?

MIROKU – Sim.

GUY – Ok. Espero lá fora.

Guy se retira da casa enquanto Miroku e Kagome vão falar com Shippou e Soten, que estavam na sala adjacente á espera de novidades.

SOTEN – O que aconteceu?

MIROKU – Sinto muito, mas Shippou terá que ir com ele.

KAGOME – O detetive Guy está louco. Tenho certeza que Ryukosei está incentivando essa investigação para me atingir e...

SHIPPOU – Me desculpe, mãe. Eu vou resolver isso tudo. Não precisa se preocupar com sua candidatura e...

KAGOME – Não fale isso, Shippou. É claro que estou preocupada com minha candidatura, mas é com você que estou mais preocupada.

SHIPPOU – Não fique. Eu não fiz nada. (ele fica triste) – Nem mesmo sabia que o filho que Satsuki esperava não era meu.

KAGOME – Foi uma traição e tanto. (ela fica séria e depois olha para Miroku) – Miroku, preciso que me faça um favor.

MIROKU – Diga.

KAGOME – Vá com Shippou. Quero que você o oriente durante o depoimento. Eu preciso ir a outro lugar.

MIROKU – Ok, mas aonde você vai? Não me diga que quer acertas as contas com Ryukosei? Isso pode ser pior e...

KAGOME – Vou acertar as contas sim, mas não com Ryukosei. (ela olha para Shippou) – Escute filho. Eu não vou te abandonar. Não importa se isso custar a minha carreira política.

SHIPPOU – Eu sei.

Depois disso Kagome da um beijo no rosto de Shippou para em seguida sair da residência. Segundos depois Guy, um pouco impaciente, aparece diante dele.

GUY – Já acertei os detalhes com o capitão. Podemos ir.

MIROKU – Está cometendo um erro, detetive.

GUY – Isso é o que veremos.

SOTEN – Eu vou com vocês e...

MIROKU – Não mesmo! A senhorita vai ficar aqui. Alguém tem que ficar com o Genku. Eu cuido do Shippou. Não se preocupe. Não permitirei que essa injustiça continue.

Soten se conformou diante das palavras de Miroku e aceitou ficar e observou o pai adotivo e o ex namorado sendo conduzidos pelo detetive Guy até o carro de polícia, mas antes de chegar nele, Shippou se manifesta sobre algo.

SHIPPOU – Espere. Tem uma coisa que o senhor não me disse.

GUY – O que?

SHIPPOU – Se Satsuki não estava grávida de mim, de quem ela estava então?

GUY – Não sabemos ao certo. Temos dois suspeitos. Um é o próprio estrangulador. Segundo o capitão, ele foi localizado e capturado.

MIROKU – Isso é ótimo. Quem sabe antes de chegarmos ao departamento, o próprio estrangulador confesse o crime. (os três entram no carro da polícia)

GUY – Faremos o teste de DNA para comparar, mas não acredito que seja ele.

SHIPPOU – E quem é o outro suspeito?

GUY – Terá outra surpresa, Shippou. É seu amigo Xolan.

Sentado no banco de trás do carro de polícia, Shippou estava chocado com aquela revelação. Não podia imaginar que a noiva o traía com o melhor amigo. Guy ligou a ignição do veículo para partirem rumo ao departamento de polícia, onde naquele momento Sango retornava com Bayashi sob custódia. Imediatamente Azuma e Elisa se dirigem até ela.

ELISA – Parabéns pelo êxito da missão, detetive.

SANGO – Só fiz o meu trabalho.

ELISA – Eu sei. (ela olha para Bayashi) – O senhor está encrencado, senhor Bayashi. Terá muito que explicar. Tenho certeza que sua noiva gostará de saber de suas atividades secretas com aquelas moças.

BAYASHI – Não podem envolver minha noiva nisso. Ela não tem nada com isso.

AZUMA – Mas o irmão dela tem.

SANGO – O que?! Está falando que o cunhado ajudava no esquema.

AZUMA – Parece que sim, mas acho que ele não tinha idéia do que estava fazendo. Sango, o cunhado dele é menor de idade e autista.

ELISA – Mas ainda sim um perito em computação, que conseguiu enganar os técnicos mais renomados com um programa de disfarce digital altamente sofisticado. Os dois estão sendo trazidos para cá.

BAYASHI – Não podem fazer isso.

ELISA – Já fizemos. (ela olha para alguns policias) – Podem levá-lo para a sala de interrogatório.

Os policiais levam Bayashi para a sala enquanto Elisa volta para a sala do capitão deixando Sango e Azuma conversando.

AZUMA – Precisa saber de uma coisa, Sango. (ele fala em tom baixo) – Guy está trazendo Shippou sob custódia pela morte de Satsuki.

SANGO – O que?! Isso é um absurdo!

AZUMA – Absurdo ou não ele já está a caminho. Miroku vem com ele para instruí-lo.

SANGO – Azuma. (ela o encara) – Sabe muito bem que isso tem dedo dela. (ela aponta o olhar para Elisa na sala) – Ela está fazendo política para ajudar o marido.

AZUMA – Não podemos fazer nada. Ela é a secretária de segurança publica e nossa superiora.

SANGO – Não acredito que Guy está fazendo esse jogo sujo e...

AZUMA – Não condene precipitadamente Guy. Ele só está fazendo o trabalho dele. Eu vi o depoimento inicial de Shippou e devo admitir que ele precise explicar muita coisa sem falar que o álibi dele é fraco.

SANGO – Ainda sim não acredito que Shippou tenha matado Satsuki. Ele a amava.

AZUMA – Pessoas já mataram por amor, Sango. Guy cuida disso. Você tem que falar com a noiva de Bayashi e o irmão dela. Já devem estar chegando.

Azuma se afasta de Sango para falar com outros policiais. Acontece que Sango não se deu por satisfeita e foi até a sala do capitão entrando nela sem pedir permissão. Elisa estranhou tal comportamento.

ELISA – O que foi detetive?

SANGO – Eu sei o que está fazendo, senhora secretária. Não pode usar esse departamento para fazer política.

ELISA – Aposto que se refere ao indiciamento de Shippou. Acho que está se esquecendo que acabou de capturar o estrangulador. Caso ele confesse o crime, o indiciamento de Shippou será inócuo e isso só beneficiaria a adversária do meu marido, portanto detetive, se eu estivesse fazendo política seria mais cuidadosa, não acha?

SANGO – Shippou é inocente.

ELISA – Se serve de consolo, eu também acho que ele seja inocente, tanto que fiquei mais favorável á sua tese, mas não podia ignorar os avanços que o detetive Guy fez. A tese dele pode ser mais difícil de comprovar, mas não é totalmente absurda.

SANGO – Bayashi matou Satsuki e eu vou provar isso.

ELISA – Para o bem de Shippou e de sua amiga Kagome, espero que consiga, mas até lá não vou descartar nenhum suspeito.

SANGO – E isso inclui o filho da adversária do seu marido, certo?

ELISA – Certo. (ela sorri) – Se é só isso que veio me dizer, pode sair.

Mesmo contrariada com aquela atitude, Sango saiu, pois não podia fazer nada para reverter o indiciamento de Shippou. Sendo assim foi caminhando pelos corredores do local para preparar uma sala de interrogatório e no meio do caminho se encontrou com Koharo, que percebeu a expressão da detetive.

KOHARO – O que foi Sango? Pensei quem estaria feliz com a prisão de Bayashi.

SANGO – Estou feliz por isso sim. Por sinal não teríamos conseguido sem sua ajuda. Obrigada mais uma vez.

KOHARO – Não foi nada, mas me diga, o que está havendo?

SANGO – Vai saber cedo ou tarde mesmo. Guy indiciou Shippou pela morte de Satsuki.

KOHARO – O que?! Shippou matar Satsuki, que absurdo! Como Guy pode pensar nisso?

SANGO – Eu não sei, mas ele está fazendo o jogo do prefeito. Isso vai prejudicar Kagome na campanha. É política.

GUY – Eu não achei que o Guy fosse agir assim. A minha traição o mudou tanto assim?

SANGO – Não se culpe por isso. Guy é bem crescidinho para fazer as coisas por vontade própria. Azar o dele. É cara dele que ficará no chão quando Bayashi confessar o assassinato de Satsuki. Com licença, tenho que ir.

Sango se afasta de Koharo para preparar uma sala para Reiko e Yama, que estavam á caminho e enquanto isso Elisa, através de celular, falava com o marido sobre o andamento sobre o caso do estrangulador, mas ele sentia que esse não era o assunto que queria tratar.

RYUKOSEI – Você não me ligou para me colocar a par da prisão do estrangulador, pois falta a confissão oficial para que possa anunciar publicamente.

ELISA – Isso vai ser logo, mas tem razão. Estou ligando por outro motivo. (olhando ao redor se certificando que ninguém esteja ouvindo) – Saiba que já liberei Raita.

RYUKOSEI – Acha que ele será um problema?

ELISA – Claro que não. Sem falar também que ainda podemos utilizá-lo. Já o mandei para uma tarefa especial caso seja necessário. (ela ouve um som pelo celular) – Tenho que atender outra ligação.

RYUKOSEI – Está bem. Cuide de tudo.

Elisa desliga a comunicação com Ryukosei para atender a outra ligação que era de Haruy, que naquele momento tinha estacionado o carro.

HARUY – Senhora Elisa, sou eu.

ELISA – Haruy?! Como está me ligando?

HARUY – A Agência Imperial me liberou por não conseguir a autorização da embaixada para me interrogar.

ELISA – Isso é estranho. Acho que isso é um truque.

HARUY – Eu não acho. Tenho certeza. Eles colocaram um rastreador nos meus objetos pessoais, mas o retirei e depois joguei em outro veículo. Eles vão demorar a perceber que foram enganados. (rindo)

ELISA – Ótimo. Vá para a embaixada e ninguém poderá tocá-lo e...

HARUY – Ainda não. Preciso encontrar Gatenmaru e acertar as contas.

ELISA – Esse não é o momento para uma vingança pessoal, Haruy. Já estamos nos arriscando muito em ajudar aquele aliado indesejado. (se referindo a Naraku)

HARUY – Esse é mais um motivo para ir atrás de Gatenmaru. Ele deve estar com algum aliado de Naraku fazendo jogo duplo. Ele é uma ponta solta que deve ser eliminada.

ELISA – A Agência Imperial está de olho em você, por isso melhor não pedir ajuda á Hank.

HARUY – Não pensei no senhor Hank. Pensei em Ligun. Se Gatenmaru ainda estiver em Yokohama, com a ajuda dos equipamentos modernos de Ligun, terei mais sorte.

ELISA – Entendo. (ela observa Reiko e Yama sendo conduzidos por policiais) – Tenho que desliga, mas seja discreto em sua missão. Não podemos irritá-lo.

HARUY – Pode deixar.

Haruy, que estava em seu carro estacionado perto de um posto de gasolina, desliga seu celular para voltar a guiar o veículo e nem percebeu que um carro, guiado por InuYasha, estava por perto. Enquanto usava um binóculo para observar de longe, o marido de Kagome falava com Abi pelo celular.

ABI – Não tem nada de especial no posto, certo?

INUYASHA – Não mesmo. Ele só estacionou para falar com alguém pelo celular. Tem como saber para quem ele ligou através do rastreador?

ABI – Infelizmente não e nem adianta pedir a companhia telefônica, pois ele sendo americano teríamos que pedir autorização da embaixada America e sabemos no que isso vai dar.

INUYASHA – Vou continuar segui-lo.

InuYasha voltou a seguir o veículo de Haruy sem imaginar que ele estava indo para a casa de Ligun, o filho de Hideki e que forjou a própria morte para trabalhar como espião.

Próximo capítulo = Investigação criminal – parte 1


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