Shooting Stars escrita por CanasOminous


Capítulo 1
One-Shot


Notas iniciais do capítulo

Os personagens da história são do jogo Metroid: Other M, que foi muito criticado pelo público, mas na minha opinião, eu achei o máximo! O jogo possuí muitos personagens que com o passar das fases, você vai criando uma afinidade especial! Mesmo eles sendo bem secundários, eu acho que Metroid é um jogo digno de no mínimo uma fic decente aqui no Nyah. (Ignorem a porcaria do Memories of the Past, aquele fic tem que queimar no inferno! kkkk) espero que gostem, escrita com todo carinho!
Ah, e as partes em itálico são os flashbakcs.



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One-Shot / Shooting Starts

A moça acordara ofegante, tivera aquele mesmo sonho outra vez, ela se encontrava mergulhada em suas tristes lembranças do passado, uma figura colossal de um dragão destruia sua cidade natal, ela se lembrava da dor que sentira quando perdeu tudo que era precioso na infância; parecia que o destino continuava sendo malevolente à garota, e mais uma vez ela estava sozinha naquele vasto universo.

Samus respirava com dificuldade, sua cabeça ardia em febre e seu corpo doía. A moça continuou deitada em sua cama e olhou com dificuldade para um pequeno relógio na cabeçeira. Quatro e quarenta e três da manhã, ela quase não dormira de noite, uma vez que as duas ainda estava trabalhando. Ela se levantou e jogou seus longos cabelos louros para trás tentando limpar as gotas de suor que estavam em seu rosto.

Ela precisava ir para a cozinha pegar um reméio, mas seu corpo parecia não responder. Samus se levantou com dificuldade e andou em direção ao local apoiando-se nas grandes paredes da casa. A moça vestia uma fina camisola branca, mesmo doente ela parecia não perder a beleza que possuía, suas bochechas ardiam e ela respirava com dificuldade, mas ela estava sozinha na casa, e ninguém poderia ajudá-la; em fato, ela sempre estivera sozinha.

Samus apoiou-se na geladeira e abriu uma gaveta que possuíam vários frascos, e no meio deles o remédio que procurava. Lá estavam os malditos comprimidos, sentia dores a vários dias, mas a febre não baixava. Ela engoliu-os a seco e ficou um tempo observando o nada, em seguida abrindo a porta da geladeira. Estava quase vazia, mas uma pequena lata de cerveja erguia-se perfeitamente visível entre as frias prateleiras. James Pierce. Sim, provavelmente era o dono daquela cerveja, mas agora ele não poderia mais tomá-la como fazia normalmente. Na verdade ele nunca mais tomaria uma cerveja, nunca mais tomaria nada. Ele morrera em uma missão a alguns meses atrás. A personalidade galante do rapaz fez Samus revelar um doce sorriso ao se deparar com a pequena latinha. Era um grande amigo que ela perdera precocemente, assim como todos os outros que eram especiais para ela.

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— Samus, minha musa inspiradora! O que faz acordada a essa hora, mocinha? Já passou da hora de criança dormir! — disse um rapaz moreno, abrindo uma garrafa de cerveja na escuridão da cozinha. Ele tinha um sorriso sincero estampado em seu rosto, ele realmente achava Samus linda, mas ela já não era uma criançinha, e sim, uma mulher adulta.

— James... Eu estava com um pouco de sede, então vim aqui para beber algo. — disse a moça, retribuindo o sorriso.

James Pierce era um rapaz muito alto com músculos bem definidos, havia uma pequena cicatriz na altura da sobrancelha, ele usava um fino cavanhaque e cabelos jogados para trás. Ele sorria enquanto olhava para Samus no meio da escura cozinha que só era iluminada pela luz interna da geladeira.

— Quer uma cerveja? — perguntou ele.

— Não, não, só vim beber água mesmo. — sorriu a garota.

— Nossa, você continua linda como sempre, não quer sair comigo? — riu James, apoiando-se na mesa enquanto bebia mais um gole.

— Heh, heh... Você continua com isso na cabeça? Eu já disse que você não faz o meu tipo. — brincou Samus, dando um leve tapa na cabeça do homem e em seguida voltando para seu quarto com o copo d’água.

— Ah, já sei. Você prefere homens velhos como o comandante, não é? Mas não esquenta, o seu James vai estar aqui esperando, sempre que você quiser!

— Heh... Bobo. — riu ela, voltando para seu quarto.

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Samus ficou pensativa enquanto observava a lata de cerveja. A memória de James por um momento lhe viera a tona. Ela deu um leve sorriso e sussurrou algumas palavras lembrando-se do amigo. — James... Parece que dessa vez você não ficou me esperando acordado...

Mesmo dormindo pouquíssimas horas ela não sentia mais sono, parecia que o remédio também trazia esse efeito. Ela continuou andando pela casa enquanto se apoiava nas paredes quando chegou na sala. Ela sentou-se na poltrona ainda ofegante e com febre, Samus fechou seus olhos lentamente e tentou dar um cochilo, mas não conseguia desligar-se por nada. Ao seu lado jazia um pequeno livro de capa azul, um manual de informática, outro item que pertencia a um grande amigo seu do passado. K.G. Misawa. Que acabara falecendo na mesma missão de James.

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— Ei Samus! Soube das últimas? Parece que a Galactic Federation está criando novas armaduras e armas para seus exércitos no quartel general. — disse um rapaz que estava sentado em uma cadeira enquanto lia um manual e ao mesmo tempo usava o computador.

— Verdade? Isso é bom, desse modo estaremos prontos para qualquer ataque dos inimigos. Adoro as informações que você nos dá, K.G. — disse samus, sentando-se ao lado do rapaz.

K.G. Misawa era um oriental do mesmo grupo de Samus. Ele tinha uma aparência muito séria e usava um pequeno par de óculos. Era bem mais baixo que Samus e não tinha tantos músculos quanto James, mas toda essa ausência de massa múscular compensava na sua inteligência.

— Eu não sei o que seria de mim se não fosse você para me manter atualizado e explicar essas coisas complicadas! — afirmou Samus.

— Se não fosse eu acho que você morria de fome, você nem mesmo sabe ligar o fogão! — riu ele.

— Hah, hah! E o pior que é verdade. — sorriu a loira.

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Samus ficou pensativa ao observar o livro e lembrar-se de seu amigo. Tanto é que até hoje ela não cozinhava, vivia de remédios e vitaminas ou comidas prontas, somente cozinhando quando extremamente necessário, e ainda assim acabava queimando a comida. Um por um, seus melhores amigos foram retirados dela. Nem James e nem K.G. estavam presentes para cuidar da garota.

Maldição. Parecia que os fantasmas de seu passado haviam tirado a noite para assombrá-la. Aquele mesmo computador lembrava-a de seu amigo Maurice Favreau, um engenheiro francês que costumava treinar junto com Samus no quartel; ou então Lyle Smithsonian, um soldado de aparência heróica, mas que por dentro tinha um coração carinhoso. Eram seus amigos que jamais voltariam.

Samus não queria continuar naquela sala e lembrar-se de seu passado, ela continuou caminhando pelo local apoiando-se nas paredes, mas sua febre já parecia diminuir. Ela continuou apoiando-se lentamente e acabou encontrando-se na varanda da casa. As estrelas iluminavam a linda noite que logo daria seu lugar ao clarão do dia. Maldição, até na varanda ela acabava lembrando-se de alguém, e provavelmente a mais especial de todas.

Seu chefe, comandante Adam Malkovich. Sempre que ela via as estrelas acabava encontrando-se de algum modo perdida nas lembranças remotas dele. Ao ver aquela varanda vazia ela não hesitou em lembrar-se do homem. Ele era como um pai, quando ela não tinha mais ninguém, ele a acolheu.

Os olhos de Samus começaram a se encher de lágrimas. Por quê tinha que ser daquele jeito? Por quê todos tiveram que morrer e deixá-la sozinha? Samus chorava incontrolávelmente, a muito tempo ela guardava aquelas mágoas... Ela ainda podia sentir o calor de Adam, sempre que sentia-se sozinha ele a consolava. A loira sentou-se no chão da varanda e começou a chorar bem baixinho, ela colocava a mão em seu rosto tentando abafar os soluços e parar as lágrimas, mas elas continuavam a rolar infinitamente. Por quê Adam tinha que ter morrido?

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O homem já aparentava ser velho, em seu rosto as marcas da idade começavam a ficar evidentes, mas mesmo assim ele ainda mantinha um aspecto belo. Adam Malkovich era o comandante daquele grupo, e chefe de Samus. O homem era muito alto e forte, tinha cabelos negros como a noite, e olhos brilhantes como as estrelas.

Ele bebia um pouco de café enquanto observava os pontinhos brilhantes no céu daquela iluminada noite, quando Samus apareceu para infomar-lhe da próxima missão do grupo.

— Comandante Malkovich, as preparações já estão prontas, partiremos assim que amanhecer. — disse Samus fazendo sinal de continência.

— Entendido. — respondeu ele secamente.

Samus parou e desviou seu olhar para onde Adam olhava. O céu... Parecia que as estrelas brilhavam ainda mais naquele instante, era uma cena maravilhosa, e agora ela entendia por que seu comandante estava na varanda observando aquela linda vista.

— O céu está muito lindo essa noite. — disse Samus, sentando-se ao lado de Adam, e revelando aquele sorriso meigo e inocente que costumava ter.

Neste momento uma rara estrela cadente caiu, Samus a observou mas diferentemente de qualquer outra pessoa, ela teve um pensamento diferente.

— Será que as outras estrelas sentirão falta desta que caiu? — perguntou a loira, tomada em dúvidas. — Você já parou para pensar se sentirão sua falta quando morrer? — era um assunto estranho, nenhum dos dois eram de falar muito e a conversa parecia ter acabado naquele ponto, quando Adam voltou a dizer.

— O valor das coisas não está no tempo que elas duram, mas na intensidade com que acontecem. Por isso, existem momentos inesquecíveis, coisas inexplicáveis e pessoas incomparáveis. — disse Adam, olhando para os olhos azuis da loira.

No momento ela não entendera muito bem o que ele queria dizer, mas aquelas palavras continuaram em sua mente. Samus encostou levemente sua cabeça no ombro de Adam, a segurança dele a fazia sentir-se confortável. Os dois apenas continuaram a observar as estrelas no céu por mais algumas horas, a noite continuou calma e silenciosa...

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Por que não conseguia parar de chorar? Por quê aquelas lembranças continuavam vindo à tona naquele momento? O comandante detestava ver a garota chorar, mas as estrelas continuavam lembrando-a do homem. Ela imaginou se Adam estaria feliz em vê-la numa condição como aquela, Samus levantou-se e enxugou as lágrimas, ela apoiou-se na sacada e começou a observar o céu iluminado pelas estrelas, quando de repente uma nova estrela cadente caiu. O mesmo pensamento daquele dia passou em sua mente, mas agora ela entendia as palavras que Adam dissera: O valor das coisas não está no tempo que elas duram, mas na intensidade com que acontecem. Mesmo que Samus não estivesse mais com seus amigos, as suas lembranças viveriam para sempre. Adam, James, K.G., Maurice, Lyle... Momentos inesquecíveis, coisas inexplicáveis e pessoas incomparáveis.

Sua dor de cabeça já passara, Samus voltou calmamente para seu quarto e deitou-se na cama, sua cabeça estava mergulhada em pensamentos e nas boas lembranças que tivera com seus amigos, e agora ela deveria continuar vivendo por eles. Lentamente ela começou a adormecer, suas pálpebras foram se fechando, e logo ela encontrava-se no mundo dos sonhos, um local em que estaria sempre na presença de seus amigos. Aquela era a vida que Samus escolhera, e agora ela continuaria vivendo-a para manter sempre vivas as lembranças de sua única família.

No objections, right, Lady?

http://metroid.wikia.com/wiki/File:James_Pierce_CA.jpg / Jame Pierce

http://metroid.wikia.com/wiki/File:Adam_Malkovich_CA.jpg / Adam Malkovich

http://www.zerochan.net/366039 / Samus Aran

http://metroid.wikia.com/wiki/File:K.G._Misawa.jpg / K.G. Misawa

http://metroid.wikia.com/wiki/File:Lyle_Smithsonian_CA.jpg / Lyle Smithsonian

http://metroid.wikia.com/wiki/File:Maurice_Favreau_CA.jpg / Maurice Favreau


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Notas finais do capítulo

Drama, drama, drama! Maaan, se eu receber sequer um review nessa fic eu já fico feliz! Thank's