Tanya Denali escrita por AnnaJoyCMS


Capítulo 23
Capítulo 22. Majestade


Notas iniciais do capítulo

N/A: Olá, queridas! Prometi que postava outro hj e não menti! Aqui está!...
Espero que gostem! ;*



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22. MAJESTADE

O clima estava tenso na sala do chalé. Todos estavam reunidos lá e Alice parecia realmente sentir dor. Jasper tentava acalmá-la, Edward estava totalmente paralisado e concentrado, os outros se mantinham como estátuas de puro estresse. Somente Emmett e Nessie conversavam no escritório.

– Mas afinal, alguém pode me explicar o que está acontecendo aqui? – pedi.

– Nosso futuro sumiu. Isso provoca um grande incômodo em Alice... – respondeu vago Carlisle, movendo somente os lábios.

– Sumiu como? Por quê?

– Não sabemos. Acho que são os Volturi. Eles devem ter decidido vir, finalmente...

– Mas, Carlisle... Se eles tivessem decidido ela não teria visto?

– Não, Tanya... Lembra?! Há semanas que ela não pode vê-los também.

É verdade! Havia me esquecido do bebê de Gianna... Então era isso?! Eles decidiram e iríamos todos morrer?!...

De repente, Alice arfou profundamente. Edward adiantou-se para seu lado:

– O que foi isso Alice? – perguntou ele, a voz tensa.

– Agora sim...! – exclamou ela. – A decisão foi tomada. Os Volturi estão vindo – e buscando os olhos de Carlisle – agora ficou claro!...

– Mas como Alice?... – Edward tentava entender a mente de Alice. O olhar dela perdeu o foco de novo e por fim ela disse.

– Agora posso entender... – respondeu ela lentamente. – Nosso futuro desaparece daqui a uma hora... Alguém vai chegar aqui... Aro e Caius estão muito... Muito zangados... Os Volturi chegarão entre sete e dez dias.

Alice, então, saltou sobre seus pés e junto com Edward disparou para o escritório. Jasper os seguiu.

– Precisamos chamar todos... Temos menos tempo dessa vez... – gritou ela discando o celular freneticamente, enquanto esperava que um dos computadores ligasse. Edward estava ligando o laptop de Eleazar, que perguntou:

– Vocês podem nos explicar, por favor, o que está havendo?

Rose, Carlisle, Kate e eu invadimos o escritório a fim de entender a repentina mudança. Primeiro, tudo era incerteza e tensão; no segundo seguinte, Edward, Alice e Jasper já estavam em ação, tomando providências. Eleazar juntou-se a nós.

– Estamos ligando para todos novamente. – explicou Edward. – Carlisle, Esme, Rose e Emmett já ligaram para Siobhan e Benjamin, só vamos avisar que eles precisam vir agora, pois o timing está fixado. Jasper está contactando Peter e Charlotte, eles trarão Randall e Mary. O problema será avisar as amazonas, mas... – ele se interrompeu olhando para Lucca. – Talvez haja um substituto para o que Zafrina poderia fazer enquanto Bella protege nossas mentes.

– Mas se os Volturi vêm até nós daqui a sete dias... – conjecturava Eleazar. – Porque nosso futuro some daqui a uma hora? Quem ou o quê está chegando aqui, que seria capaz disso? Por que a decisão dos Volturi ficou tão clara para Alice novamente, de uma hora para outra?

Ninguém o respondeu. Karl e Eike observavam tudo de um canto, parecendo muito impressionados. Lucca me puxou pela mão, dirigindo-se até a cozinha. Quando chegamos lá, ele perguntou:

– Isso quer dizer que Caius e Aro chegam daqui a uma semana? – perguntou ele, a voz letal ao cuspir os nomes com ódio.

– Sim. – respondi resoluta fitando seus olhos negros, agora duros e decididos. – Chegou a hora de termos nossa vingança.

Lucca, então, soltou o ar com força, enquanto suas pálpebras se fechavam. Seus braços me envolveram e ele me puxou de encontro ao peito. Seu coração batia acelerado, havia tensão e desespero em seu gesto.

– Vim até aqui buscar uma aliada para minha vingança... – sussurrou ele aflito – Não planejava me apaixonar por ela... – aquela confissão repentina me chamou a atenção por um segundo, ele continuou – tremo só de pensar que algo possa te ferir...

Abracei Lucca e me dei conta do quanto as coisas mudaram desde que ele entrou em minha vida... Só alguns dias, mas o suficiente para me modificar totalmente... O amor opera milagres mesmo!... Antes, meu objetivo era vingar minha irmã. Estava disposta a entregar minha vida, desde que levasse Caius para a fogueira comigo, eu não tinha mais nada a perder... Mas agora...

Levantei minha cabeça, estiquei meus pés e busquei os seus lábios. Se tínhamos pouco tempo, aproveitaria cada minuto, cada segundo junto dele. Tocando-o, beijando-o...

Não demorou para que Lucca captasse meu estado de espírito e me apertasse de encontro ao seu corpo como só ele sabia, com seu braço esquerdo circundando minha coluna, o direito apoiando minhas costas debaixo para cima, onde a mão afagava minha nuca e meus cabelos. Sua boca tomou a minha com desespero e ânsia incompatíveis com a sua disposição leve e serena de horas atrás, na nossa gruta. E eu amava quando ele me pegava desse jeito... Selvagem!

Infelizmente, nosso beijo não pôde durar muito... Logo, ouvimos o som de pneus de um carro saindo da estrada principal a quilômetros e pegando a estradinha de neve que levava ao nosso chalé. Alice errara, então, no prazo de uma hora.

Corremos para a varanda, onde todos já formavam uma fileira de ‘boas vindas’ ao forasteiro capaz de fazer sumir nosso futuro, assim que resolveu vir para cá.

Ficamos por trás de minha família logo ao meio da formação em linha reta improvisada no alto da escadinha da varanda. No centro, estavam Eleazar e Kate, ladeados por Carmem e Garret. Kate tratou de abrir espaço, puxando-me pela mão para que eu ficasse ao seu lado. Os Cullen se dividiram ao nosso lado. Edward e Bella, com Nessie atrás deles, Carlisle e Esme, à esquerda. Alice – séria e profundamente aborrecida – ao lado de Jasper, junto de Emmett e Rose, à direita. Os nômades estavam na neve à nossa frente, Karl veio colocar-se à minha frente. Busquei o olhar de Lucca e ele estava logo atrás de mim, podia sentir seu calor em minhas costas. Seus olhos demonstravam calma e controle, apesar do gesto insolente de Karl.

Quando o carro parou na frente do chalé, dele desceu pela porta do motorista, um vampiro alto e magro, de cabelos negros e olhos vermelhos. Ele assentiu formal e educadamente para nós, rodeou o carro como um borrão e abriu a porta de trás bem à nossa frente estendo a mão para auxiliar...

Não pude acreditar no cheiro que reconheci antes mesmo de vê-la. Meu corpo se paralisou, Kate percebendo isso, mesmo sem olhar para mim, prendeu a respiração em antecipação, mas foi Eleazar que exclamou pasmo e incrédulo, duas oitavas acima do normal:

ATHENODORA!!!...

A misteriosa vampira saiu do carro e postou-se de pé à nossa frente analisando nossa fileira de recepção, e esperou. Pude, enfim, reparar em seus longos e sedosos cabelos cinza-prata, presos por uma fina e delicada tiara de ouro, seu rosto de talco alvíssimo e seus olhos cor de vinho tinto.

Athenodora usava um longo e negro vestido simples e austero, que parecia um D&G*, mas eu não poderia ter certeza, Alice poderia confirmar... Seus ombros eram circundados por um caríssimo casaco de pele e sua mão direita segurava somente seus óculos escuros.

Depois saiu do carro mais uma jovem vampira loira, que trazia nos braços um perfeito bebê de porcelana animado. Lucca, Bella e Rosalie arfaram em choque. Era uma linda menininha que nos olhava curiosa, como se compreendesse muito mais do que seus aparentes meses de idade poderiam indicar que ela fosse capaz. Seus cabelos lisos e cor de mel, com eventuais cachos nas pontas serviam de moldura a grandes e afetuosos olhos amendoados, num rostinho cujos traços eu pude reconhecer imediatamente: tratava-se do bebê híbrido de Gianna.

Imediatamente, compreendi porque nossos futuros desapareceram das visões de Alice. Foi o exato momento em que Athenodora decidiu trazer a criança para cá. Por isso, os Volturi viriam... Este era o motivo da fúria de Aro e Caius.

Aro a quer de volta... Sua filha, que de alguma maneira Athenodora roubou...

– Onde ele está? – foi a própria Athenodora quem quebrou o silêncio. Sua voz era baixa e melodiosa, urgente e impassível.

Todos nós subitamente entendemos de quem ela falava e nos viramos para ele – muito embora, minha vontade fosse protegê-lo, sumir com ele dali. Mas não fazia sentido, ela não haveria de querer machucá-lo; de certo esteve com Marconi em Sluderno, por isso sabia que o encontraria aqui.

Lucca deu um passo à frente decidido e respondeu:

– Estou aqui, senhora...

Athenodora aproximou-se de nós decidida, sem demonstrar qualquer receio. Com certeza, nossas expressões pasmas e surpresas lhe davam mostra de que não faríamos nada contra ela. E frente a frente com seu descendente e de Rômulo, ela tornou a perguntar:

– Onde ele está?... – agora somente um sussurro emocionado, a voz estava embargada, os olhos escondiam mil emoções inexplicáveis.

Todos olhamos para Lucca sem compreender a repetição da pergunta. No entanto, ele parecia entender. Lucca então se virou e puxou sua camisa para mostrar a ela o Sinal da Lua Cheia.

– Como se a semelhança absurda já não fosse prova suficiente... – sibilou ela tão baixo, que quase nem pudemos escutar, antes de arrojar-se para os braços surpresos de Lucca que somente teve tempo de se virar para amparar a vampira que entoava um choro árido e amargurado em seu peito, balbuciando sussurros agudos: “O último... Meu filho... O último...”

Lucca estava profundamente emocionado e assustado ao mesmo tempo. Afinal, Athenodora era uma vampira. Mas ele agora já sabia o quão especial ela era. Hesitante, ele lhe afagou os cabelos brancos, enquanto ela inspirava profundamente, não sei se tentando acalmar-se ou somente desfrutando do perfume peculiar que ela conhecia tão bem.

Olhei para minha família e os rostos eram respeitosos e emocionados. Esme e Carmem também tinham a face desfigurada em seu choro sem lágrimas. De fato, agora que todos nós sabíamos da história do diário que eu roubei, esta era uma cena das mais tocantes mesmo.

Athenodora muito a contragosto soltou Lucca por fim e buscou meu olhar imediatamente. Na verdade, ela me analisava. Meus olhos, meus cabelos... Farejou levemente no ar e parecia querer confirmar que fora, de fato, meu cheiro que ela acabou de sentir no peito dele. Então, com o olhar estranhamente fascinado sua mão esquerda voou até meu rosto e ela tocou minha face com a ponta dos dedos translúcidos, balbuciando:

– Não havia reparado em você no ano passado... Faz sentido... Você esteve em meus aposentos.

– A senhora não quer entrar?!... – foi Kate quem interrompeu, rapidamente. – Acomodar o bebê...!

O casal de vampiros que acompanhavam Athenodora já estava mais próximo e a criança olhava tudo curiosa. Mas quando ela encontrou o olhar de Nessie, a pequenina parou ali e sorriu, chamando Nessie com a mãozinha que abria e fechava. Nessie também sorriu para ela, mas Bella segurou sua filha com a mão restritiva em seu ombro.

Athenodora assentiu e entrou no chalé olhando tudo. Eu me adiantei e lhe ofereci a grande poltrona da lareira. Ela se sentou como uma anciã humana, como se precisasse de repouso para as pernas e agradeceu com um sorriso. Suas pernas cruzaram-se de lado pelos tornozelos quase transparentes e quebráveis, exatamente como uma rainha faria.  Ela exalava nobreza.

Eleazar não encontrava palavras, mas foi o vampiro acompanhante da majestosa esposa de Caius quem explicou, estendendo sua mão para Eleazar:

– Olá. – disse ele gentilmente. – Sou Paolo. – é claro, pensei. Athenodora cita este Paolo nas folhas que arranquei de seu diário atual.

– Eu me lembro de você... – disse Eleazar vagamente, enquanto apertava a mão de Paolo.

– Sim, Eleazar, já faz muitos anos...

– Paolo tem sido meu segurança pessoal há algum tempo... – esclareceu Athenodora. – Na verdade um amigo... Um filho.

– Esta é Lucila, minha companheira. – disse Paolo apresentando a vampira que ainda aconchegava em seus braços o bebê de Gianna.

– E esta é a pequena Sophia...! – disse Athenodora sorrindo.

– Ela é... – engasgou Carlisle.

– Sim, Carlisle. É o bebê híbrido de minha neta Gianna. – e olhando para Edward e Bella, completou entristecida. – Não pude salvá-la no momento do parto. Mas consegui tirar a criança da influência perniciosa do pai... – ela hesitou, olhando todos nós. – Quer dizer, acredito que todos já saibam que esta menina é filha de Aro, não é?

– Nós já sabemos Athenodora... – respondeu Carlisle pasmo. – Co... como você conseguiu...? – acho que jamais tinha visto Carlisle gaguejar antes.

– Tirá-la de lá? – a própria Athenodora completou a pergunta estupefata de Carlisle. – Vou contar-lhes. Mas primeiro... Lucca! – chamou ela. Lucca aproximou-se respeitoso:

– Sim, senhora. – os olhos marejados.

– Venha conhecer sua neta, meu caro.

Lucila então levou a pequena Sophia até os braços de Lucca. Ela parecia ter em torno de um ano de idade e jogou-se para o colo dele ansiosamente.

– Ela nasceu há um mês. – explicou Athenodora como se lesse meus pensamentos, e eu fiz minhas próprias contas, lembrando de que foi mais ou menos depois que cheguei de minha viagem.

Lucca e Sophia sorriam um para o outro, e ele balbuciou, totalmente encantado:

– Tão parecida com Gianna, quando nasceu... – buscando meu olhar com um sorriso no rosto. Eu lhe sorri de volta, era uma reação involuntária. Eu não podia olhar aquele sorriso adorável e não sorrir também.

– Sim. – interrompeu Athenodora. – Mas ela também tem traços de seu pai – era possível ver o ódio que ela destilava por Aro. Ela continuou. – E ele, por causa disso, a mantinha trancafiada dentro do quarto, para escondê-la de Sulpícia.

– Então, Sulpícia... – conjecturou Carlisle, sem encontrar palavras.

– Não. Sulpícia não sabe que a criança híbrida que Gianna deu à luz era de seu marido. Todos pensam que era de um dos vampiros da guarda. Mas eu sabia, porque fiz seu parto... Quando descobri o que haviam feito com Gianna, implorei a Aro que me permitisse cuidar dela. – e olhando para mim, esclareceu. – Na noite em que tu entraste no castelo, eu a havia deixado sozinha para me alimentar. Ela não sabia que era uma descendente minha. Ninguém sabe de nossa ligação lá. Depois que Sophia abriu caminho entre as entranhas da mãe, sem que eu nada pudesse fazer, tentei morder Gianna e transformá-la, mas era tarde demais para seu coração e ela não resistiu aos ferimentos em seu ventre. Fui a primeira a ver o rostinho de Sophia e tive certeza do que Aro tinha feito, antes mesmo de ler a carta que você, minha cara Tanya, gentilmente entregou à Marconi.

– A senhora esteve com Marconi? – perguntou Lucca surpreso.

– Sim, meu filho. Como pensas que eu poderia tê-lo encontrado aqui? Eu sabia onde achá-lo, meus detetives levantaram tudo sobre ele. – explicou ela, e surpreendendo Lucca novamente. – Ele está hospedado em um hotel em Anchorage.

– O quê? – gritou Lucca, surpreso. – Marconi está aqui no Alasca?

– Sim. – ela sorriu. – Ele fez questão de me acompanhar até aqui.

Os olhos de Lucca lampejaram, em pânico, para os dois vampiros que acompanhavam Athenodora, mas ela compreendendo tratou de acalmá-lo:

– Não se preocupe Lucca. Marconi está bem. Paolo e Lucila estão acostumados a lidar com humanos, para tratar de meus interesses. Eu não o colocaria em risco. – e ganhando uma tristeza profunda, completou. – Espero que você me perdoe por não ter conseguido salvá-la...

– Não pense nisso. A senhora fez mais do que eu poderia...

– Sim, querida... – respondeu subitamente Athenodora, olhando fixamente e sorrindo para a pequena Sophia, que virou de Lucca para a matrona sorrindo.

Todos nós – menos Edward – olhamos para aquilo sem compreender nada. Foi Edward quem esclareceu:

– Sophia parece ter herdado o inverso do talento de seu pai, assim como Nessie.

– Tem razão, jovem telepata. – respondeu Athenodora rindo orgulhosa. – Este era o objetivo de Aro, e ele conseguiu. A filha dele é tão talentosa quanto a sua; só que, também ao contrário de Aro, ela não precisa usar suas mãozinhas para colocar as ideias que quer em nossas cabeças.

E como estávamos todos, inclusive Lucca, totalmente chocados com aquela nova informação, Edward tratou de explicar:

– Ela escolhe o que quer compartilhar e com qual mente ela quer compartilhar. Compreende tudo que está acontecendo, assim como Nessie também compreendia quando tinha essa idade.

– Não é só isso que ela faz. – interveio Eleazar. – Ela também pode manter isso oculto, porque até o momento em que ela abriu a mente para Athenodora, eu não tinha percebido.

– O quê ela te perguntou, senhora? – quis saber Lucca, dirigindo-se à Athenodora.

– Ela me perguntou se era de você que eu falava quando lhe prometi um pai bem melhor...

E olhando nos olhos de sua neta, Lucca jurou:

– Vou cuidar de você, meu anjo. – a pequena sorriu. Ela era linda! Angelical mesmo...

Fez-se silêncio por um minuto, até que Athenodora perguntou:

– Há aqui algum aposento, no qual eu possa me alojar. Minha bagagem ainda está no carro...

Por supuesto, senhora! – foi Carmem quem respondeu hospitaleira. – Queira me acompanhar.

Carmem fez sinal para que Eike e Karl buscassem as bagagens no carro e dirigiu-se para a escada, seguida por Athenodora que, obviamente, pôs-se de pé sem esforço. Porém, antes de começar a subir seguindo Carmem, Athenodora virou-se e dirigindo-se não somente a Kate e eu, mas também às outras vampiras na sala:

– Vocês, queridas, não vêm? – sorrindo.

Então, eu e Kate a seguimos respeitosamente, relembrando de imediato um tempo distante em que – junto com Irina –, também servimos como damas de companhia da rainha de França, na corte. Bella também nos seguiu, porque estava muito curiosa, fazendo sinal com a cabeça para que Alice também viesse. Nessie correu para junto de Sophia, que ainda estava com Lucca. Esme sacudiu os ombros e também veio conosco, seguida por Rose, que contrariada, sibilou inaudível:

– Ela pensa que é a Rainha da Inglaterra e todas nós somos suas damas...?!

Carmem instalou Athenodora em seus aposentos.

Ela retirou de dentro da sua bolsa de mão, trazida por Lucila, o seu diário, a pena e o tinteiro. O mesmo que eu havia arrancado as duas páginas e começou a escrever utilizando a escrivaninha de Eleazar, enquanto nós desfazíamos sua grande mala e encontrávamos espaço para suas roupas no closet de Carmem.

Alice parecia que estava no paraíso, citando cada nome da alta costura italiana que assinavam as peças que Kate e eu retirávamos, cuidadosamente, da mala. Bella e Esme observavam tudo caladas, Rose também se empolgou com as roupas e comentava junto com Alice. Por baixo de tudo havia um vestido que estava protegido em seu suporte de plástico com zíper. Athenodora virou e pediu:

– Ah, sim, queridas! Podem retirá-lo daí para pegar um pouco de ar. Este não foi comprado. Eu mesma o fiz e bordei...

Nós então, obedientes, abrimos a capa plástica e Kate retirou de dentro, o magnífico vestido cor de pérola que fez, na mesma hora, com que todas nós arfássemos, em uníssono.

É ELE TANYA! – gritou Alice. Athenodora se virou, abandonando seus relatos, assustada com nossa reação. Rose disparou do quarto e voou escada abaixo.

– O que houve queridas?! – perguntou Athenodora entre a surpresa e o susto. – Não gostaram?! Fui eu mesma que fiz há quase um ano...! Nunca o usei, esperava por uma oportunidade!... Não sei por que trouxe...

Nenhuma de nós encontrava voz para respondê-la. Rose então voltou com um grande canudo de papel, e aproximando-se respeitosa de Athenodora, abriu e mostrou-lhe o meu desenho que Alice fez durante a visão.

Na imagem, ainda era eu vestida de noiva, mas o misterioso vestido acabava de ganhar vida bem ali, na nossa frente; reluzindo, enquanto estava esticado preso ao alto pelos dedos quase trêmulos de Kate.


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Notas finais do capítulo

N/A: *D&G: Dolce & Gabbana.

Próximo capítulo: só na terça! ;)

Enquanto isso, comentem este que vcs acabaram de ler! Muitíííssimo obrigada às meninas que sempre comentam nas reviews e que tbm recomendaram esta minha fic! AMO VCS!!! :D
Mas, acho que tenho novas leitoras que ainda não se manifestaram... Apareçam, meninas! Vou adorar conhecer vcs! ;*
*.*Bjokas!*.*