Tanya Denali escrita por AnnaJoyCMS


Capítulo 13
Capítulo 12. Sasha


Notas iniciais do capítulo

Então, amoras! Como eu havia prometido1 Aqui está nosso capítulo de hj! divirtam-se *.*!!!



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12. SASHA

– O que foi aquilo? – perguntou ela, a voz tilintando acusatoriamente.

– Eu tenho pensado muito nela ultimamente, Kate. – eu balbuciei insegura. Todos nos encaravam entre a confusão e a surpresa. Foi Carlisle que interveio sempre conciliador:

– O que está havendo Tanya? Kate? De quem vocês estão falando? É de quem nós pensamos que seja?

– Sim, Carlisle. É exatamente dela que nós estamos falando. – Eu o respondi. Kate uivou baixo angustiada, ela sempre foi a que mais teve dificuldade em perdoar Sasha. Por causa dela nós evitávamos o assunto. Mas eu continuei explicando. – Sasha é a vampira que nos criou.

Carlisle, então, falou agora se dirigindo a Kate:

– Imagino que não deva ser fácil para você tocar neste assunto, minha amiga; mas, vocês duas visivelmente precisam resolver isso...

Kate pareceu deliberar por um minuto e depois assentiu, dizendo olhando nos meus olhos:

– Conte para eles.

Nós entramos e todos que estavam na varanda nos acompanharam sérios. Cada um se acomodou da melhor maneira na sala.

Bella foi para junto de Edward que tinha Nessie dormindo no sofá com a cabeça em seu colo. Eleazar e Carmem eram duas estátuas de pé e mãos dadas junto à grande janela da sala, que dava para frente do chalé. Esme estava sentada na poltrona junto à lareira, e Carlisle foi para junto dela e segurou sua mão. Rose, Emmett, Alice e Jasper ainda estavam no chão, o tabuleiro e as peças de xadrez espalhadas junto deles. Kate manteve-se de costas, olhando pela outra janela. Garret aproximou-se por trás e a puxou para o círculo de seus braços. Eu me sentei calmamente na outra poltrona e me preparei para voltar no tempo e reviver o pior momento de minha segunda vida.

– Nós quatro vivíamos no antigo castelo de um feudo nos arredores do vilarejo que séculos mais tarde originaria a cidade de São Petersburgo, na Rússia. Na verdade, a Rússia sequer existia ainda. No século seguinte as vilas seriam unificadas e anexadas ao que se chamou Principado de Kiev. O castelo, é claro, foi considerado como mal assombrado com o passar do tempo, devido a nossa presença lá. Os humanos não sabiam exatamente o que acontecia ali. Mas evitavam o lugar. Vez por outra algum jovem belo e forte de uma das vilas, procurando por aventura invadia o castelo e acabava sendo aliciado e usado por nós. Depois nos alimentávamos e ele era dado como desaparecido. Muitas vezes saíamos para buscar diversão em outros lugares da Europa. Os mosteiros eram os nossos preferidos. Nossas vítimas serviam impiedosamente para satisfazer nossas necessidades físicas e matar nossa sede. Não conhecíamos outra vida. Sasha havia nos ensinado assim.

“Ela não era má. Digo, ao menos para nós três, não era. Fomos escolhidas meticulosamente por ela para formarmos um clã e passarmos a eternidade nos divertindo unidas. Ela se sentia sozinha e escolheu jovens que pudessem abraçar seu estilo de vida livre, adeptas ao prazer e à luxúria. Ela chegou a nos contar uma vez que passou semanas nos observando antes de nos escolher. Eu fui a primeira, depois Kate e logo em seguida Irina. Todas três nos encaixávamos em seus critérios: éramos lindas, jovens e nem um pouco virginais ainda quando humanas! Formávamos um clã, tínhamos laços, vínculos afetivos muito fortes. Ela era como uma mãe para nós e nós sempre nos tratamos como irmãs. Éramos gratas a ela pela beleza e juventude imortal que ela nos presenteou. Porém, faltava algo para, realmente, nos chamarmos de família, e nós não tínhamos ideia do que era. Mas continuamos assim, nos divertindo juntas por várias décadas. Até que no inverno do ano de 1155, apareceu por aquelas terras um vampiro, um nômade, atraído pela nossa fama. Afinal, a lenda das succubi corria toda a Europa...!”

Fiz uma pausa para analisar seus rostos. Dez pares de olhos dourados me fitavam curiosos. Kate continuava como uma estátua de puro estresse olhando para a madrugada lá fora. Garret a amparava. Nessie ressonava no sofá, angelicalmente. Eu continuei:

– Numa madrugada chuvosa, voltávamos de uma viagem à Constantinopla, onde adorávamos nos fazer passar por cortesãs. Sentimos o cheiro de algum vampiro estranho antes mesmo de chegar ao interior do castelo. Rastreamos rapidamente e ele nos esperava lá dentro. Nós ficamos hostis pela sua ousadia e nos preparamos para o ataque, em um primeiro momento. Mas como ele imediatamente nos tranquilizou dizendo que havia vindo em paz, apenas para nos conhecer; nós nos acalmamos e lhe apresentamos nossa hospitalidade da melhor forma. A única forma que conhecíamos!... Ele se apresentou como Vasilii e acabou servindo a nós quatro durante uma semana ininterrupta. Era a primeira vez que fazíamos todas juntas e com um vampiro. Foi... Interessante! Mas no final, Kate, Irina e eu nos desinteressamos. Nunca escondemos que preferíamos os humanos. Sasha, na verdade, foi a que mais se agradou dele. Ela começou a voltar sua atenção somente para Vasilii, que também demonstrava ter um afeto todo especial por ela. Nós três não podíamos nos importar menos com isso. Sentíamos saudades de Sasha, uma vez que ela se afastou de nós e passava horas a fio junto dele, mas estávamos tranquilas, porque era visível como ela estava feliz com Vasilii. Eles falavam em união eterna. Sasha perdeu o interesse pelas nossas aventuras e conquistas humanas. Começamos a viajar as três sozinhas e deixá-los ter um pouco de privacidade. Eles caçavam por perto, não iam tão longe, e definitivamente não havia mais toda aquela sedução relacionada com estas caçadas. Eles tão somente se alimentavam. Vasilii estava longe de ser um inccubus.

“Passamos assim, mais ou menos por um ano, até que Vasilli voltou de uma dessas caçadas com Sasha muito estranho. Ela ficou confusa. Todas nós ficamos confusas. Ele era sempre tão efusivo e falante. Cheio de carinhos e cuidados com ela e de repente, esta mudança. Tornou-se frio e distante; só queria sair sozinho, vivia pensativo. Sasha não entendia o que estava acontecendo. Passaram-se algumas semanas e ele ficava fora por dias. Depois voltava angustiado. Desesperada com a indiferença dele, Sasha decidiu segui-lo da próxima vez. Nós a encorajamos e a acompanhamos. Descobrimos que ele se dirigia àquela região onde eles haviam caçado juntos pela última vez, a oeste da Germânia. Nós o observamos bem distante para que ele não desconfiasse ou sentisse o nosso cheiro por perto. E, surpresas, vimos então, que ele fora se encontrar com uma linda jovem humana. Era um encontro amoroso e apaixonado. Eles estavam em uma campina ensolarada e Vasilli reluzia bem na frente da humana, que o contemplava deslumbrada. Eles se beijavam e trocavam carícias com muita suavidade.”

Nesse momento alguém arfou em choque com algo que eu disse. Não olhei para ver quem era. Apenas continuei contando:

– Ele visivelmente temia machucá-la. Estava sendo afetuosamente cuidadoso com a jovem. Ele a olhava de uma forma que nunca olhou para Sasha. Isso, é claro, levou nossa mãe à loucura!... Ela teve um ímpeto de avançar na direção dos dois e acabar com eles. Mas nós conseguimos acalmá-la e levá-la de volta ao nosso castelo para aguardar por ele lá. De fato, foi a primeira vez que ele voltou com o cheiro forte de humano impregnado em seu corpo. Ele parecia disposto a explicar aquela cena que presenciamos, deve ter percebido nossa presença em algum momento. Talvez depois que já tivéssemos mesmo vindo embora, e apressou-se em dizer: ‘Sasha, não posso mais continuar te enganando... Eu me apaixonei por ela... Primeiro, o cheiro dela... Nunca o cheiro de um humano me atraiu tanto. Mas descobri que não poderia matá-la, pois não poderia conviver comigo mesmo, por toda a eternidade, se fizesse isso. É como um vício. Não conseguia ficar longe e nem junto dela. Então, esperançosamente, eu me aproximei, conquistei sua confiança e agora por algum milagre, ela corresponde ao meu amor.’

“Sasha ouvia tudo em choque. Sem poder acreditar que seria trocada por uma humana. Completamente irracional ela se arrojou aos pés deles, agarrou-lhe as pernas e implorou que ele não a abandonasse. Nós a ajudamos a soltá-lo e reunir o mínimo de dignidade para vê-lo partir. Ela passou aquela noite paralisada, seus cabelos mudaram de cor. De negros tornaram-se brancos como a neve, e seu rosto ganhou um aspecto de dor constante. Com o passar dos dias nossos olhos estavam negros devido à sede. Não podíamos sair para caçar e deixar Sasha sozinha. Ela estava visivelmente desequilibrada. Até uma noite em que ela pareceu, de repente, muito melhor, sorridente... Nos tranquilizava, dizia estar bem e praticamente nos enxotou de casa para que fôssemos caçar e nos divertir. Nós inocentemente fomos... Levamos quinze dias nos divertindo e nos alimentando em um acampamento de guerra de algum clã da Mongólia. Quando voltamos à região da Moscóvia, encontramos um rastro de destruição em duas aldeias. Os humanos estavam desesperados e pelo que compreendemos no meio de todo aquele caos; havia uma história de um pequeno demônio de olhos vermelhos que, disfarçado de anjo, conquistava e enternecia o coração de quem o visse, depois matava e destruía tudo e não era possível detê-lo. Reconhecemos em pânico a descrição e com o instinto gritando que Sasha tinha algo a ver com aquilo, disparamos para casa. Porém, quando chegamos lá era tarde demais...! Havia uma turba de testemunhas trazida pelos Volturi, que foram todos para julgar e punir os culpados pela criação da criança vampira. A guarda toda estava lá, e junto com as testemunhas, vociferavam impropérios contra Sasha que estava ajoelhada no meio deles abraçada ao menino. Nós três abrimos espaço entre todos os vampiros reunidos ali e corremos para junto de Sasha, pois mesmo sem saber o que estava acontecendo, ou porque ela havia feito aquilo, estávamos dispostas a morrer junto com ela. O menino devia ter no máximo três anos de idade e era de fato encantador. Mas não tivemos tempo para nos deixar envolver pelo seu apelo, logo Caius daria o sinal para nos incendiar todas, quando Sasha pediu clemência a Aro, por nós três, que não tínhamos culpa de nada. Aro então se aproximou e permitiu que tocássemos sua mão para verificar se era mesmo verdade. Ele viu que éramos inocentes, mas Caius queria nos matar mesmo assim. Aro, no entanto, não permitiu, garantindo que não sabíamos de nada. Reuni coragem e pedi explicações a ele. Afinal, ele havia lido os pensamentos de Sasha; ele então explicou:

– “A jovem humana por quem Vasilii se apaixonou era casada e tinha um filhinho”... – foi Kate que citou com exatidão a resposta de Aro, girando seu corpo num átimo e olhando para mim. Todos voltaram seus olhares para ela, que continuou narrando. – “Porém, ela não era feliz com o marido e iria fugir para ser transformada em imortal por Vasilii. Sua mãe descobriu estes planos e, no auge de seu ódio e loucura, roubou a criança e transformou-a em um vampiro, sabendo que acabaria com a felicidade da jovem mãe humana para sempre. De fato ela se matou enquanto Vasilii tentava recuperar o bebê. Mas já era tarde demais. Sasha já o havia transformado e se apegado a ele, mas não pôde controlá-lo, é claro...” – ao terminar de citar a resposta de Aro, Kate continuou me olhando tristemente, Garret colocou a mão em seu ombro esquerdo. Eu continuei:

– ‘E Vasilii?’ Eu perguntei a Aro. ‘Nós cuidamos dele, por ter se revelado a uma humana’, disse ele. Então, ao seu sinal, a guarda veio nos retirou de perto e matou Sasha e o pequeno menino, depois atearam fogo. Fomos absolvidas, mas jamais nos recuperamos pela perda de nossa criadora. Atribuímos tudo o que aconteceu a Sasha a este amor, que enlouquece e aprisiona. – e olhando diretamente para Kate, completei. – Eu me fechei para o amor, e agora não sei como lidar com a falta que ele está me fazendo.

Ela atravessou a sala como um borrão, ajoelhou-se na minha frente e disse:

– Eu entendo irmã. Era por isso que você não queria conversar comigo sobre isso, me faria lembrar ela. Mas a visão que Alice teve contigo é a prova de que agora é diferente...

Eu assenti e a abracei. Fez-se silêncio na sala até que Emmett soltou uma de suas pérolas:

– Psicoterapia em grupo para succubi? Ligue para a família Cullen! – Rose deu um tapa na parte de trás de sua cabeça.

– Ai, baby! Eu só estava brincando... – todos gargalhamos juntos, quebrando o clima de tensão na sala.

Até que ouvimos o som de uma corrida na neve há alguns quilômetros daqui, mas aproximando-se rapidamente. Todos, menos Edward colocaram-se de pé em alerta imediato. Bella saltou e tomou Nessie em seus braços imediatamente.

– Edward, está perto o suficiente para que você ouça? – perguntou Carlisle apreensivo.

– Não. – respondeu ele. – Vamos.

Eles então, acompanhados por Emmett, Jasper, Eleazar, Alice e Carmem prepararam-se para ir o mais próximo do forasteiro desconhecido para que Edward pudesse ler sua mente.

– Edward! – Bella gritou, em pânico, visivelmente dividida entre ir com ele ou ficar protegendo a filha.

Ele esvoaçou até ela e distribuiu beijos em sua face, dizendo:

– Fique aqui com ela, amor.  – e virando para olhar a irmã. – Rose?

– Eu e Esme ficamos aqui com elas. – Rose respondeu rapidamente.

– Eu também fico. – disse Kate.

O grupo, então, disparou porta afora e eu os acompanhei rapidamente. Explodimos em uma corrida tensa em direção ao som do tropel do estranho que chegava. Até que Edward, que ia muito concentrado à frente, parou abruptamente:

– Vocês estão ouvindo a pulsação? – perguntou ele sibilando.

– Sim. – respondeu Carlisle da mesma forma. – Não é um vampiro, então. – concluiu.

– Está mais próximo. Também não é cheiro de humano. Nem corre como um... O que pode ser? – especulou Jasper.

– Seus pensamentos não são hostis, mas já está sentindo nosso cheiro. – disse Edward. – Parece um... Nômade?... Reconhece o cheiro de nossa espécie... Agora nos rastreia...

Os passos da corrida do forasteiro aproximavam-se e, finalmente, pudemos sentir o seu cheiro.

– Mas... Que perfume é esse? – Carlisle disse tenso. – Não conheço...

– Será dele? – indagou Garret.

– Parece que sim, fica mais forte à medida que ele se aproxima... – respondeu Eleazar.

Era dele! Eu tinha certeza. Eu não consegui encontrar palavras para responder. Mas eu conhecia bem aquele perfume: obsidiniuns.

Imediatamente, olhei para o céu e aliviada constatei: esta era uma noite de lua nova...


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Notas finais do capítulo

YAY??? O que acharam??? comentem, okay?!
bjokas e até amanhã! ;*