Devil May Netta escrita por TriceSorel


Capítulo 1
Parte 1: Devil May Cry


Notas iniciais do capítulo

Da mesma autora do sucesso Castle Calibur!!!



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O telefone tocou no estabelecimento, que estava fechado. Dante entrou pelas portas dos fundos, que dava para sua casa. Mexia nos cabelos molhados, posto que recém havia saído do banho. Trajava uma calça de cós baixo e botas desamarradas por cima, e nada cobrindo seu torso malhado e musculosinho. Desfilou da porta dos fundos até a escrivaninha com ares de “eu arraso”, dizendo para si mesmo:

               - Cara, nós nem inauguramos essa joça, nem escolhi o nome ainda, e já tem gente me ligando. Eu sou mesmo foda!

               O telefone ainda tocava. Dante deu um chute na cadeira caída e ela ficou em pé, porque ele é foda. Então ele sentou-se e ergueu os pés na mesa. Com a pancada de seus pés, o telefone saltou e Dante o pegou no ar, e só então atendeu.

               - Ainda não abrimos para negócios. Ahn, como assim? Não, aqui é o Dante. A Bayonetta? Tá, sim, peraí que eu já chamo! – e ele abaixou o telefone. – BAYÔ!! TELEFONE!!

               Uma moça alta e esbelta, muito bonita e com o corpo bem torneado, longos cabelos negros entrou no recinto pela mesma porta de Dante. Usava uma roupa preta extremamente justa, salto muito alto e óculos de nerd. E estava chupando um pirulito.

               - Será possível que você tem que resolver tudo gritando? – reclamou ela, curvando-se sobre a mesa para pegar o telefone. Dante pouco se importou. Pegou um pedaço da pizza que deixara ali ontem e começou a comer. – Alou? Jeanne, querida, como vai? Ah, sim, vou bem, também. O Dante? Tá aqui, comendo pizza estragada. Claro que pode, a-mi-ga, vai ser um prazer! Ah, que bom! Então tá, até mais! – e ela desligou.

               - Era a Jeanne outra vez? – quis saber Dante, comendo a pizza estragada.

               - Sim, ela disse que vem nos visitar hoje a noite com o Vergil pra jantar.

               - GASP! COF COF COF!!! – engasgou-se Dante. – Com o meu irmão?

               - Sim! E eles disseram que não querem comer pizza de novo, como da última vez.

               - Eu só pedi pizza porque eles avisaram em cima da hora que viriam, eu não pude cozinhar nada! – justificou o homem-demônio.

               - Eles avisaram uma semana antes. – lembrou a bruxa, retirando-se do local.

               - Droga...

               Dante levantou-se, pegou quatro revolveres e sua grande espada. Colocou as armas em seus coldres e a espada na bainha da cintura, vestiu seu casaco sobretudo de couro do mal que deixava o peito à mostra, e foi na padaria comprar pão. O padeiro o atendeu.

               - O de sempre. – pediu ele, apoiando o cotovelo no balcão de forma foda.

               - A patroa botou você na cozinha de novo? – perguntou o padeiro, pegando o pedido.

               - Sim. Ela inventou de convidar a Jeanne e meu irmão pra jantar outra vez...

               - Aqui está, seu Dante. – falou o padeiro, alcançando o pão de pizza.

               - Obrigado. – e ele jogou as moedas para o ar e chutou o balcão, que abriu a caixa registradora e as moedas caíram fantasticamente dentro de seus respectivos lugares.

               O incomparável homem voltou para sua casa e foi para a cozinha. Enquanto colocava os ingredientes sobre o balcão, um rapaz usando uma tipóia no braço direito desceu as escadas.

                - Nero, aproveita que não tá fazendo nada e vem me ajudar aqui... – pediu Dante.

               - Como não tô fazendo nada? Eu tô ouvindo música! – e Nero indica os headphones.

               Dante, num movimento sobrenaturalmente rápido, sacou a arma e deu um tiro em direção a Nero. A bala atingiu os fones, que se soltaram da cabeça do rapaz e, depois de dar dezessete piruetas no ar, aterrissaram dentro da lata do lixo.

               - Meu headphone!! – gritou Nero de forma possessa. – SEU MISERÁVEL!

               Os dois começaram a brigar da mesma forma que fizeram na abertura de Devil May Cry 4. Nero deu uma voadora em Dante, que se bateu no fogão e voltou-se contra o rapaz. Ele pulou no ar tão alto quanto o pé direito da casa lhe permitia, e Nero voou em direção a ele, dando uma chave de cocha. Dante apontou o revólver para Nero, mas esse o puxou para o chão e começou a dar murros em sua bela face. Bayonetta entrou na cozinha.

               - Mas que fiasco, parem com isso! – disse, dando muitos chutes frenéticos de salto alto na bunda dos dois, como ela faz no jogo no modo “tortura”.

               - Aiii, foi ele quem começou! – acusou Nero.

               - Eu só pedi ajuda!

               - Eu tava ocupado!

               - Parem de resmungar os dois! Dante, faça o jantar! Nero, ajude o Dante! E nada de brigas, porque eu sou contra a violência!! – disse ela, jogando os dois contra a geladeira. Depois saiu.

               - Vai fazer pizza de novo? – quis saber o rapaz.

               - Vou. Adoro pizza. – respondeu o homem demônio.

               Dante jogou a massa da pizza pra cima, depois chutou a fruteira com os tomates, fatiou todos eles no ar com um tiro, depois pegou sua espada e, num movimento brusco, fez picadinho do queijo. Só então pegou a massa da pizza e, com ela, aparou o queijo e o tomate que caía. Isso com uma mão! Com a outra ele havia dado um murro no orégano e no vidro de azeitonas, que também foram ao ar e caíram perfeita e harmonicamente sobre a pizza.

               - Pronto, agora põe no microondas. – pediu Dante.

               Nero pegou a pizza com seu braço bom, colocou no microondas e apertou o botão. O aparelho não ligou. Tentou de novo e não deu.

               - Não tá funcionando... – constatou o maneta rapaz.

               - Use o “método Dante de resolver as coisas”. – sugeriu o homem.

               Nero deu um mega-murro no microondas, achatando a parte de cima, mas ele começou a funcionar.

               - Isso, meu garoto! – orgulhou-se Dante.

               - Vocês já estão prontos? – perguntou Bayonetta, entrando no recinto.

               - Quase. – mentiu Dante.

               - Então se apressem...


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