Ai que vergonha, eu dei uma PORTADA num gato da escola nova, NO MEU PRIMEIRO DIA! Eu estava no banheiro me olhando no espelho, que banheiro enorme, com varias cabines e um espelho enorme, na minha antiga escola, o banheiro era uma porcaria, tinha um espelho não muito maior do que uma bola de futebol, e três cabines e com um piso que nem precisa estar molhado para você cair, e o papel para enxugara as mãos parecia papelão enquanto aqui eram lajotinhas coloridas e na parede com um mosaico com o símbolo da escola e aquelas maquinas de ar que enxugam a mão, tipo um secador, só que de mão, então respirei fundo e sai olhando o meu horário, agora eu tinha matemática, bom eu sou ótima em historia, e péssima em matemática, eu nunca fui muito boa com números. Fui indo para sala sem desgrudar os olhos do mapa, sala 14, ali mesmo eu abri a porta, todos se viraram para mim, inclusive um dos idiotas da loja, que azar, ele estava praticamente dormindo na segunda carteira, eu digo praticamente, pois eu via seus olhos se mexendo abaixo das pálpebras fechadas. E tinha a menina sentada do lado dele virada para traz conversando com outra. A sala estava cheia e barulhenta, com todos conversando enquanto o professor enchia a lousa sem se importar, que nem o meu da outra escola! Há!

Ok, quando eu entrei o professor parou de escrever na lousa e olhou diretamente para mim.

-Está atrasada Srta. Baccin saiba que em minha aula não tolero atrasos.

A sala ficou em silencio absoluto, pelo visto esse professor era uhm, irritadiço.

-Desculpe professor.

-Já começamos nosso relacionamento mal senhorita esse é o primeiro e ultimo aviso.

-Sim...

-SENTE-SE!

Tinha uma carteira de duplas que tinha uma cadeira vaga. Nem olhei que estava do meu lado, e aprecei-me e sentei-me nada de diretoria no primeiro dia, nada de diretoria no primeiro dia, nada de diretoria no meu primeiro dia, nada de diretoria no primeiro dia, eu repetia para mim mesma mentalmente.

Ele voltou a escrever, e a sala voltou a conversar.

Quando eu olhei para o lado adivinhe quem estava lá, o cara que eu bati com a porta!

Você não entende minha sorte! Eu espiei do cantinho do olho, ele não estava olhando, ainda bem, mas ele estava com um sorrisinho no rosto que eu não entendia o por que. Será que ele era um maluco vingativo que estava planejando um plano para me matar com uma portada por pura vingança. Ou será que ele só estava achando grassa de eu ser tão estúpida ou será que...

- Bem vinda ao inferno Srta. Baccin. - Ele disse interrompendo a minha conversa mental.

-Alice. – Eu respondi para o garoto ao meu lado.

-Muito prazer, Gregorio.

-Nome diferente. - eu disse mais para mim mesma do que para ele.

-Não se conhece muito mais Alices hoje em dia.

-Tuche.- Eu resmunguei, e depois ficamos alguns minutos em silencio.

- O que traz você a Santa Catarina?

-Não foi por vontade própria eu te garanto.- Ficamos  mais um tempo em silencio.

-É, vim pro mundo acabando, não é pra qualquer um.

-Na verdade minha mãe, ela trabalha com desastres, eu não sei bem te explicar, ela vem para  lugares com doenças, inundações, com desastres e ajuda as pessoas de lá, com tudo, de cálculos a abrigos e comida, ela trabalha para o governo, ela costumava viajar mas bem dessa vez parece que vai demorar bastante até tudo aqui acabar.

-A sua mãe é a Sara.

-É,como todo mundo sabe?

-Bom, simplesmente tava todo mundo esperando por ela.

-Uhm,  que estranho.

- Muitas pessoas precisam dela, aqui.

E nós ficamos conversamos as próximas 3 aulas. E nem percebemos o tempo passar.