Outra Alice,outro Pais das Maravilhas escrita por Tah_13


Capítulo 13
Capítulo 13


Notas iniciais do capítulo

desculpa a demora, mas acabei de voltar da Inglaterra, entao to meio perdida, e escrevi sem word, então desculpem os erros

Espero que gostem beijoos,beijoos



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Cap 13

Eu, eu...eu  não sei explicar. Olha, eu vou contar mais ou menos o que aconteceu, por que bom, depois de algumas palavrinhas com o garoto misterioso, eu surtei ok? Você deve ta pensando, você surtou? SIM! Eu surtei,  o que você pensaria, se você quase tivesse morrido a minutos atrás, e se você tivesse com uma tala enorme e um vestido que nem é seu? E com um estranho que “vive” embaixo do seu quarto num mundo “mágico”, e seu você tivesse acabado de trocar de estado e tivesse no meio de uma cidade que declarou estado de calamidade? É então, antes de me julgar tente ouvir e eu farei o melhor de mim para explicar para vocês.

Continuando da onde eu devo ter parado:

Depois que eu tive aquela revelação, eu cambaleei para traz, e senti uma dor enorme em minha perna que estava com a tala.

Ai eu surtei...

Ai agora vou voltar a contar:

Eu estava sentada naquela mesa de jantar, olhando(ok, encarando) o garoto misterioso, que comia cheio de dedos, tinha milhares de talheres na mesa, sabe, como aquelas mesas de filme de reis e rainhas. Eu devia estar sendo muito... indelicada, mas na hora, eu não me importava, eu estava com o olhar fixo nele, eu estava perplexa, meio em choque. Essas coisas não acontecem, ou não deveriam acontecer!

Aquilo não era possível, nada disso. Eu devo estar sonhando, na minha casa, em  São Paulo, vou acordar a qualquer momento. Não era possível aquilo realmente estar acontecendo. Eu parecia estar numa sala de jantar de um palácio. Tudo era escuro, apenas com luzes de valas, o que dava ar de antiguidade. E deserto, o que dava um ar... tenebroso. Eu não vira ninguém, ninguém naquele parque de diversões. Não que eu esperasse encontrar pessoas debaixo do meu quarto mas... Vocês entenderam. Nenhuma criança, ninguém cuidando dos brinquedos e etc. Isso era estranho não? Eu estava tentando acalmar os pensamentos quando:

-Você deveria comer, parece que vai desmaiar a qualquer minuto.-Disse aquela voz doce e rouca.

Eu olhei para o meu prato e vi, aquela comida, purê de batatas, ervilhas e um file de salmão(da onde ele conseguiu salmão ali?) E os milhares de talheres, sem contar a sopa intocada. Eu apenas estendi a minha mão e peguei a taça dourada na minha frente e beberiquei. Era suco de uva, bem obvio.

Ok,ok depois do jantar,que eu não comi nada, nem a deliciosa sobremesa que veio, ele se levantou, e veio em minha direção puxou a minha cadeira, me ajudou a levantar e me deu apoio por causa da tala.

-Se me permite, minha dama, qual é seu nome?

-Alice

-Alice...- Ele disse com quem quer saber o sobrenome, e eu em choque fui muito grosseira

-De que importa?

-Nada, perdão minha dama, eu não quis ser rude, só que é um costume.

-Aham

-Meu nome é Renato.

Ele disse fazendo um grande e formal aceno

-Legal.

Eu me arrastei com a tala o pequeno caminho que eu percorri apenas para trocar de roupa. Eu acho que ele acabou percebendo que eu não tinha la muitas condições de andar. Meu pulmão ainda doía um pouco, mas pareciam ter se passado horas.

Eu percebi o quanto fora grossa. Então resolvo me desculpar:

-Me desculpe...

-Você gostaria de dar um passeio comigo?

Eu êxito um pouquinho, mas logo digo:

-Claro.

Era o mínimo que eu podia fazer por ele, ele salva- ra a minha vida e me oferecera roupas secas e comida, e não tentara nada e foi  muito respeitoso, e ainda tem o fato dele ser lindo, maravilhoso, com um ar de misterioso.

Ele me ajuda a andar, para fora da enorme sala de jantar, passamos por vários candelabros, eu estava andando com dificuldades, mas de repente o meu tornozelo da uma pontada de dor e eu inspiro uma enorme quantia de ar e seguro a respiração.

-Você esta bem?

Eu balanço a cabeça em sinal positivo,mordendo o lábio com força e fechando fortemente os olhos.

-Algo me diz que não. Venha cá

Ele chega mais perto e passa a mão por trás do meu joelho e me levanta e começa a me carregar, na direção oposta.

O que é isso? Dia oficial de carregar a Alice? Ele deve ser a 3ª ou 4ª pessoa que me carrega.

-O que houve com sua perna? Sem querer ser indelicado senhorita

-Não, não, imagine. Eu cai hoje e torci o tornozelo.

-Umm. Deve lhe causar grandes incômodos.

-Um pouco, mas você não precisa me carregar, eu não sou muito leve.- Eu disse dando um sorrisinho sem graça

-Eu carregaria o mundo para ver seu sorriso e evitar a sua dor.

U-A-U. O que foi isso? É minha impressão ou o cara é meio pancada? Ele disse isso mesmo? Um menino normal não carregaria nem 1 caderno por 5 minutos, muito menos eu.. ou o mundo.

Eu fiquei meio assustada na hora.

-Pra-pra onde você esta me levando?- Eu gaguejei um pouco

-Para um lugar para a senhorita repousar, afinal, é minha hospede.

-Nãaao, eu não sou sua hospede, eu tenho que voltar pra casa.

-Mas acabaste de chegar, e parece cansada.

-É, exatamente por isso eu tenho que ir para casa.

-Mas...

Ele suspirou mas virou e começou a ir em outra direção, que logo chegamos a uma escada de pedras de mármore polidas e claras, mas pequena que ia subindo em formato caracol. Ele foi subindo uma subida que parecia não acabar, e ele nem suava muito menos se queixava de dores. Se eu não estivesse sentindo tanta dor, juro que eu pediria para ele me soltar, mas tanto ele quanto eu sabíamos que eu não tinha condições de andar. Foi quando chegamos a um lugar muito bem iluminado. Que parecia um jardim, só que com um pequeno telhadinho e um posso no meio.

Tinha milhares de flores ao redor, e tudo parecia iluminado por vagalumes que ficavam andando ao redor do telhado, quando vi o chão totalmente de mármore creme, polido e com desenhos, com alguns círculos ao meio do caminho,com desenho de flores diferentes. Era lindo. Não tem como descrever exatamente , era perfeito. Que daria inveja a Barbie. E o jardim ao redor, era mais que perfeito, com as mais bonitas e bem cuidadas flores, que pareciam serem cuidadas 24 horas por dia, todas impecáveis, milhares de flores e arbustos, perfeitos. Lindos. Não sei a cara que eu devo ter feito, mas aquele era o lugar mais bonito que eu já vira na vida.

Ele me colocou em um banco também de mármore. E sorriu pra mim,e se sentou do meu lado. E ele começou a conversar, ele era estranho, era lindo, e falava de um jeito engraçado, as vezes até com um sotaque italiano, e soltava algumas palavras italianas, ele era bem culto, e gostava de musicas clássicas e livros clássicos. Conversamos sobre o Alice no pais das maravilhas e sobre varias outras coisas, o tempo voou.Que eu não percebi, estava tão boa a conversa, num lugar tão perfeito que... tudo seria horrível se eu acordasse e descobrisse que tudo isso fora mais uma pegadinha da minha imaginação fértil. Eu não queria ir embora, mas eu pensei em minha mãe, ela já deveria estar chamando a policia! Meu pai! O que eu estava fazendo?!

-Oh, meu pai! Eu tenho que ir, eu tenho que ir!

-Calma- Ele disse pegando uma das minhas mãos que eu abanava no ar.-Por que tanta pressa?

-Minha mãe, deve estar super preocupada!

-Ela não sabe onde você esta?- Ele pareceu perplexo

-Claro que não! Nem eu sei onde estou!

-Acalme-se

-Como eu vou voltar pra casa?

O que é isso Alice? Bancando a louca na frente dele? Desse gato? Dele que vive num conto de fadas?

Eu respirei fundo.

-Como eu vou pra casa?- Perguntei já imaginando que não daria para voltar da onde eu vim.

-É só entrar ali

Ele apontou para o posso

-Tem certeza?

-Sim, todos que me deixaram prometendo que voltariam, foram para a suas casas, e nunca mais voltaram.- Ele disse meio desolado

Isso partiu meu coração.

-E-eu... eu volto.

-É o que todos dizem.-Ele disse baixo

Eu peguei uma de suas mãos com as minhas duas e olhei em seu rosto, eu volto, e por que você não vai comigo? Por que você vive aqui em baixo?

-Eu não posso sair, vá, sua mãe deve estar aos nervos.

-Ok,ok. Já estou indo.

-Adeus

-Não, não diga adeus.- Eu disse apertando sua mão. –Adeus significa que você não vai mais ver essa pessoa.

-Você realmente promete, jura que ira voltar.

Ele disse me olhando nos olhos, com os olhos cheios de esperança. Eu não queria prometer nada, mas para aquele garoto lindo, eu disse...

-Sim. Eu prometo.- Eu disse, e estendi o meu dedinho mindinho. E ele o olhou, e me olhou de volta com aqueles olhos perfeitos.

-Me de seu mindinho.

-O que?

-É para selar uma promessa. Quando se promete com o mindinho, não se pode quebrar.

-Ah.

Não, eu não estava fazendo isso, não, eu não podia estar prometendo voltar para um estranho. Um lindo e quase perfeito estranho, ele era... um príncipe.

Ele era, inteligente, atencioso, lindo, diferente. Ele parecia perfeito, mas meio sinistro, o que na verdade me fazia me gostar mais, mas ele parecia ter algo de ‘errado’, não errado, mas algo que dizia que não estava certo sabe? 


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