Uma coisa a Duda me puxou, é dorminhoca. Gosta de dormir, pior que eu!

- Hey, sua dorminhoca, acorda – sentei na cama, e comecei a passar a mão em seu cabelo. Ela resmungava - Vamos meu amor, já ta tarde!

- Ai papai – ela se sentou – Estou com sono – fez bico.

- Aé?! Mas não tem como você ficar na cama o dia todo. – peguei em sua mão e estava a levando para o banheiro. – E outra você vai passar o dia comigo, porque a vovó não vai poder ficar aqui hoje. – ela apenas balançou a cabeça num sinal de positivo. – Então, toma banho e depois vai lá pra cozinha, já vou arrumar o café pra gente.

Deixei-a no banheiro, e fui pra cozinha. Nesses tempos sem a Sophie aprendi a cozinhar, por que não era todo dia que minha mãe vinha né?! Então com uma criança em casa, não se pode comer todo dia pizza. Aprendi até fazer lasanha, e todo mundo gostou. Bem, como é de manhã não posso fazer pizza, não pra Dudinha, porque se fosse o Tom, até pedra ele come. Enfim, fiz umas omeletes, comprei pão e já estava arrumando a mamadeira da Duda.

- Oi papai – Duda se sentou.

- Ta linda heim, filha – dei um beijo na sua testa, que ainda estava molhada.

- Pai, posso te fazer uma pergunta?! – ih, já vem ela de novo, o que será que o Tom, já fez, falou ou aprontou?!.

- Pode sim – respirei fundo.

- De onde vêm os bebês?! – ela me olhou séria – Fala a verdade!

- Bem, filha... – ai ai ai, como eu ia explicar? Lembrei de quando minha mãe me explicou – Sabe, existe um pássaro chamado cegonha, o trabalho dele é trazer os bebês para nós, os pais – ela me olhou com uma cara estranha, que não tava acreditando.

- Mas pai... – Salvo pelo gongo, na verdade pela campainha! Ela tocou e logo fui atender, a Duda ficou com um ponto de interrogação, mas fazer o que né?! Enfim, eram Jost, Georg e Gustav. Logo foram entrando, e abraçando a Duda, pra eles, ela era uma espécie de mascote.

- Oi tio Gustav – disse o abraçando.

- Oi minha linda – respondeu, e lhe entregou uma caixa de chocolate.

- Oi Duda! – Georg foi abraçá-la, e deu um presente pra ela também, era um ursinho lindo – A Patrícia que mandou.

- Ah, muito obrigada! Manda um beijo pra ela – Patrícia é a namorada dele, que até hoje, para as fãs esta em anonimato.

- Cadê o beijo do tio Jost? – Jost abriu os braços, ela foi correndo e lhe deu um beijo na bochecha.

- Nossa assim eu fico com ciúmes – resmunguei.

- Ah, papai! – ela veio pra mim, e me deu um beijo na bochecha.

- Bem gente! Vamos comer, porque o dia vai ser longo! – sentei na cadeira e todos se sentaram também.

Gustav abriu uma das sacolas que ele trouxe, e adivinha, mais doce! Era balas de goma, mais chocolate, chiclete, deu tudo pra Duda.

- Hey, quer matar minha filha é?! – levantei a sobrancelha direita.

- Ah Bill, peloamor né?! Você vai acabar comendo tudo sozinho! – Gustav exclamou, eu, sem querer mostrei o dedo do meio pra ele, Duda viu e começou a rir. – Desculpa filhinha, não resisti.

Bem, como era sábado, não iríamos ter que ir para os estúdios, na verdade iríamos mas, Jost nos deu o dia de folga.

Bem, todos já tinham ido embora, e Tom não havia acordado ainda, então pedi para que Duda fosse acordá-lo, enquanto arrumava a bagunça

                                                         ***

Duda entrou no quarto cuidadosamente, mas peraí?! Não é pra açodar seu tio! Então faço o seu serviço.

Não demorou 2 segundos e Duda já estava em cima da cama, pulando e gritando.

- AAAAH – gritava, esperneava – TIO TOM, ACORDA! AAH!

- Duuuuuda! – Tom ainda tentava dormir, colocou um travesseiro em cima da cabeça.

- ANDA TIO TOM!  ACORDA! – ele pulava em cima dele.

- AÉ?! – Tom a pegou e começou a fazer cócegas nela, ela ria, gritava! – Acordei, ta feliz?!

- Me solta tio! – ela já estava brava.

- Ok, soltei! – Tom a soltou.

- Vamos, o papai esta chamando! – Disse com um tom de autoridade.

- Vamos então – Tom se levantou, mais ainda estava só de boxer. Duda parou em sua frente, evitando a saída dele. – O que agora, mocinha?!

- Você vai sair só de cueca? – ela ficou de olhos arregalados.

- Ah, Duda! Vocês já cansaram de me ver assim, agora deixa passar – Tom a tirou da frente do caminho.

Duda nem ligou, e saiu.

- Bom dia – disse Tom entrando na cozinha.

- Oi! – Bill estava guardando o leite na geladeira. – Heim, vou levar a Duda pra almoçar no shopping, quer ir?

- Pra mim tanto faz – Tom balançou os ombros.

- Ok, então se arruma, porque né?! Acordou agora, e não vai dar pra tomar café da manhã.

- Ta bom! – Tom revirou os olhos e saiu.

Bill queria ir para o shopping, já fazia tempo que não saia com Duda, mas a sua maior preocupação eram as câmeras, estava torcendo para que naquela tarde o shopping não estivesse tão lotado. E não é que esse pensamento “positivo” de Bill deu certo. Chegaram no shopping e não tinha tanta gente. Mas é claro, Bill usava óculos escuros e um touca, Tom estava também com óculos mas usava boné, só Duda, estava “normal”, com um vestidinho de bolinhas, uma gracinha.

Escolheram a mesa e sentaram. Almoço: Mac donald’s, a pedido da Duda. Ok, almoçaram em paz, sem nenhum flash ou pedido de autógrafos. Como sobremesa um Milk shake pra cada.

- Bem, estou satisfeito! – Tom se espreguiçou.

- Também né tio, depois de do tanto que comeu – Duda disse com a maior ingenuidade, Bill ria.

- Também te amo, Duda – Tom disse em um tom de ironia. – Ok, pára de rir e vamos né?! – Tom se levantou.

- Ah, eu quero ir ao parquinho – Duda fez bico.

- Pra que a pressa Tom? – Bill disse um pouco espantado.

- É que eu marquei com uma menina, ai... – Já esperávamos isso não?!.

- Então vai!

- Ok, Tchau mano. – deu um tapa nas costas do Bill – Tchau gatinha – deu um beijo estalado na bochecha de Duda.

Bem, Bill não tinha, ainda, nenhuma agilidade de cuidar de uma menininha sapeca no shopping, e sozinho. Pois todas as vezes que ia pro shopping, dona Simone, sempre estava junto, mas, como tudo sempre tem uma primeira vez, hoje era o dia.

Bill não sabia que sua filha tinha tanta energia assim, saia de um brinquedo, ia pra outro, corria, pulava, gritava! Ele até cansou de vê-la desse jeito e acabou sentando do lado de uma moça, não muito velha. Tinha seus 22 anos, a meu ver, enfim.

- Não acredito! – ela exclamou.

- Oi?! – disse sem graça. Tinha o descoberto.

- Bill Kaulitz? – ela começou a chorar.

- Calma, calma, calma... Por favor, não faça escândalos! – Bill tentava acalmá-la.

- Ok! – ela respirou fundo.

- Mas como me descobriu?! – Bill ficou curioso.

- Por acaso, existe mais alguém com uma tatuagem escrita “"Freiheit 89”?! – fez uma cara de óbvio. Bill olhou para o seu braço, e viu que um pedaço da tatuagem estava amostra.

- Ah... – revirou os olhos. -... Bem, se quiser te dou um autógrafo! – Quis ser gentil.

- Mas é claro. – a menina não era doida de recusar né?!

Bill lhe deu o autografo e logo se levantou, não podia mais correr risco. Foi até onde a filha estava e a pegou no colo.

- Ai papai! – ela estava ofegante – cansei!

- Aé?! – deu um beijo em seu nariz. – Percebe-se.

Os dois saíram do parque e foram andar pelo shopping.

- O que quer fazer agora? – Bill se abaixou, tentando ficar no tamanho de Duda.

- Hm... – colocou a mão no queixo – COMPRAS! – exclamou em voz alta.

- Tudo o que minha princesinha quiser – E entraram na primeira loja!

As vendedoras não notavam, a princípio, de era Bill Kaulitz e sua filha que estavam fazendo compras, só notavam isso, na hora que ele ia pagar, então para que não se formasse tumulto, as vendedoras faziam fila, para tirar foto e pegar autógrafos.

E foi assim, praticamente em todas as lojas. Mas compraram MUITA coisa. Sapatos, vestidos, calças! Bill, era um ótimo conselheiro de moda, falava o que ficava ou não ficava bem, em Duda, afinal era sua filha né?! Tinha que ser uma mini diva.

Saíram da ultima loja, já estava tarde e além de cansados. Já estávamos saindo do shopping, quando Duda parou em frente de uma loja masculina e ficou observando o manequim.

- Vamos Duda? – a puxei.

- Papai, acho que aquela calça combina com o senhor – colocou a mão no queixo. Bill se aproximou dela, e observou.

- Hm... Será?! – Bill até que gostou da calça, era um Jean preto, cheio de correntes.

- Vamos entrar uai! – Duda puxou Bill e entraram na loja.

Experimentava várias roupas, agora quem decidia que ficava boa ou não era a Duda.

- E essa gostou? – Bill saiu do provador com uma calça listrada, vermelho e preto, e com uma blusa branca.

- QUE ISSO PAPAI?! TA MUITO FEIO! – a menina era sincera, e pra falar a verdade a roupa tinha ficado horrível mesmo. Bill entrou no provador e vestiu mais roupas, e sempre assim, Duda ia aprovando ou desaprovando. Compraram muitas coisas, já fazia algum tempo que Bill não comprava assim.

Saíram do shopping exausto, pegaram um taxi, já que o Tom havia pegado o carro. Chegaram em casa e a primeira coisa que fizeram foram jogar as sacolas no chão.

- Nossa, compraram o shopping foi? – Tom exclamou.

- Quase!- Bill se sentou do lado do irmão, e bebeu um pouco do red Bull q estava com o mesmo.

- Tio, eu comprei um presente pra você. – Duda entregou uma sacola para ele.

- Ah, um boné... Adorei minha linda – Tom a puxou e beijou sua bochecha.

- De nada! Comprei com minha mesada! – disse toda orgulhosa de si.

- Pois é Tom, você tem que dar valor a sua sobrinha, eu não gostei nada dessa idéia dela. – Bill revirou os olhos.

- Bill você ta com ciúmes! – Tom lhe jogou um travesseiro.

- Não preciso ficar com ciúmes, porque essa coisa linda – pegou Duda no colo – É MINHA! – saiu da sala e foram para o quarto.

Bill e Duda jogaram as sacolas de compras, porque arrumar?! Só amanhã. Bill colocou Duda na banheira, e foi vestir outra roupa.

- PAAAAAI – ela gritou.

- Que foi?! – chegou assuntado no banheiro, estava só de boxer.

- Nada, fica aqui comigo, tenho medo – fez biquinho.

- Ok, eu fico - Bill fechou a tampa do vaso sanitário, e sentou. – Mas não precisa ficar com medo, ta?

- Ta bom! – ela voltou a brincar com a água. Depois de alguns minutos de silencia, a matraquinha de Duda, resolveu abrir. – Pai, você tem quantas tatuagens?

- Ah, tenho essa – apontou para o tronco, na parte lateral – essa – mostrou o braço – o símbolo da banda – virou a cabeça para que ela pudesse ver a nuca – e essa – terminou com a estrela, que mata todas as fãs. – Bem, são essas!

- Hm... Legal!  Eu posso fazer também?! – Essa pergunta pegou Bill, pois pra ele fazer tudo bem, agora a garotinha dele?! Bem, iria ter que pensar e muito!

- Minha linda, você e muito pequena ainda, quem sabe quando ficar mais velha? – Bill se levantou – Agora, vamos, porque senão você vai encolher ai. – ela rio com o comentário do pai.

Bill pegou uma toalha e a enrolou em Duda, levou para o quarto.

- Agora, escolhe um pijama bem bonito, enquanto eu tomo banho.

- Ok! – Bill saiu.

Mais que dúvida difícil para uma menina de apenas 4 anos. Ela não sabia se vestia o da Cinderela ou da Branca de neve. Escolheu, escolheu!  E acabou vestindo um da Minei.

- Hm... ta bonita – Bill entrou no quarto da filha. – Quer que eu te conte a historinha?

- Ah papai, sabe?! Quero dormir com o senhor...  Você esqueceu-se de matar o bicho papão. – Bill revirou os olhos, mas no fundo queria que ela fosse dormir junto com ele, pois um espaço que ficava em seu coração, era preenchido.

- Tudo bem! – A pegou no colo – Mas amanhã, bem cedo a gente mata ele ok?!

- Ok! – ela disse com um sorriso largo no rosto.

Bill começou a cantar uma canção de ninar para a filha e logo os dois dormiram.