Insensata escrita por CarolB


Capítulo 4
Vida Nova


Notas iniciais do capítulo

Oi pessoal ;D

Quinta-feira... até que enfim chegou um capítulo!

Espero que adorem ;D

Boa Leitura!



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Apenas fechei os olhos esperando pelo choque do carro com o caminhão, o que não demoraram segundos e um enorme impacto junto com um som estridente de metal em atrito com metal, me lançou para fora do carro, minha pele já ferida em contato com o asfalto ardeu insuportavelmente, acho que nem pele tinha mais para contar a história.

Gritava sem parar pela dor dos ferimentos e também a espera que alguém me ouvisse, abri os olhos e tinha sido lançada para o acostamento da estrada alguns metros do carro que do meu ângulo estava em perda total, se algum de meus pais estivesse vivos era um milagre, e a cabine do caminhão amassou entrando contudo no carro, restando apenas a parte que devia ser o banco do carona do carro

A poça de sangue ao meu lado me deixou ainda mais assustada, já tinha perdido muito sangue e minha cabeça girava, minha respiração ficou pesada como se estivesse tentando respirar algo sólido. Eu queria mais que tudo nesse mundo que tudo isso fosse um simples pesadelo, que eu pudesse abrir os olhos e ver meu quarto

Uma sensação fria e sombria percorria meu corpo, tinha medo de me levantar para ter mais detalhes do acidente, ou me ferir ainda mais, será que vou sobreviver?  E se eu sobreviver, o que será de uma adolescente de quinze anos órfã, vou para um orfanato, virar um delinqüente e transformar a vida dos demais em um inferno? Ou se meus pais sobreviverem, será que minha vida será tediosa como sempre foi?

Não sei quanto tempo havia passado aprofundada em meus devaneios, mas escutei uma sirene de ambulância longe, um homem mancando parecia bem machucado também se aproximou de mim, devia ser o motorista do caminhão

- Calma moça, o socorro está a caminho – Sua voz soou triste tentando o meu reconforto

Ele segurou minha mão, e escutei seu choro sendo abafado por meus soluços

***

Estava perto de um lindo riacho, nunca havia o visto antes, mas era lindo podia sentir o frescor da água cristalina que corria por ali, me sentei a beira da água e fiquei reparando na água refletindo a minha pessoa

Fiquei ali por um bom tempo, encarando meu reflexo sem motivo, pensando nos traços que eu herdara de minha mãe, quase todos, os olhos claros de meu pai. Deitei-me ali, ainda na beira da água passando agora a fitar as nuvens brancas como algodão, o ar limpo do campo a grama macia e verde o vento suave que roçava minha pele me fazia ser criança novamente, não ter problemas a resolver, simplesmente brincar. Aqui eu tinha encontrado paz,mas ainda assim queria voltar para casa. Um calafrio percorreu minha espinha em pensar em casa, não conseguia me lembrar de detalhes concretos

Tombei a cabeça de lado e vi meus pais, juntos de mãos entrelaçadas a margem da mata, eles me encaravam com um sorriso brilhante nos lábios, me levantei depressa e corri até eles

- Mãe, pai... Levem-me para casa – Em um abraço apertei os dois, a muito tempo não recebia um abraço de meus pais, isso me fez ficar feliz

- Aqui é sua nova casa querida, você vai ser feliz aqui – Me afastei um pouco para poder ver o rosto de minha mãe – Agora precisamos ir – Ela desfez nosso abraço

- Eu vou ser feliz? E vocês aonde vão? A sei... Trabalho, boa sorte – Me afastei um pouco deles, eles ainda tinham que trabalhar hoje

- Não precisamos mais trabalhar filha, somos livres agora, digamos aposentados da vida... – Meu pai sem mudar a expressão feliz respondeu

- Mas então... Por que não podem ficar aqui comigo? – Se eles não precisam mais trabalhar, eles podem ficar comigo, e assim poderei ter um pouco do amor de meus pais de novo

- Porque não pertencemos mais a este mundo querida... – Minha mãe soltou a mão de meu pai e veio até mim – Seja feliz com os Cullens, e saiba que sempre, sempre, sempre te amaremos – Ela beijou a minha testa

Felícia apareceu ao lado de minha mãe, o que me assustou, mas a Felícia estava morta... Espere aí um minuto, minha mãe não pertence mais a este mundo depois Felícia aparece? Não, não pode ser

- Adeus – Meus pais responderam em sincronia

Tentei agarrá-los antes que entrassem mata adentro, mas eles sumiram como poeira.

Minha cabeça girou, quem eram esses Cullens que minha mãe citara? Eles realmente tinham partido deste mundo, para nunca mais voltar, meus pais... Virei para trás e do outro lado do rio, vi uma linda casa, uma mansão

Comecei esfregar meus olhos, eu queria acordar desse pesadelo, poder abraçar de verdade meus pais e perguntar quem eram esses Cullens, já que era apenas um sonho, tentei me enforcar não tenho nada a perder nessa vida. Mas minhas mãos não se moviam, elas eram forçadas a ficar na minha cintura, piscava sem parar para a imagem de meus pais se despedindo sair da minha cabeça, e assim fui acordando aos poucos.

- Carlisle ela acordou! – Uma jovem muito bonita de cabelos curtos e pretos estava ao meu lado, segurando minhas mãos

- Que ótima notícia Alice – Um homem de bela aparência entrou no quarto, seguido por mais outras pessoas estranhas, mais lindas... Nossa, devia estar no paraíso – Clarissa, se sente melhor querida? – O primeiro homem loiro, que devia ser Carlisle e médico pelo jaleco branco passou a mão em minha testa

- Não – Todos que tinham entrado no quarto ficaram em volta da cama, me encarando

- Essa é minha família, a partir daqui também sua

Ele apresentou todos, mas faltava um membro, bem... dois, Edward Cullen e a namorada Isabella Swan. Depois das apresentações eles ficaram discutindo sobre mim, sobre se me transformar ou não, transformar em que?

- Desculpem a demora – Outro homem, de cabelos cor de bronze despenteados entrou na sala seguida por uma mulher

- Edward, a maioria pede pela transformação, mas seu voto ainda não é menos importante

- Façam o que for melhor para ela – Ele abraçou de lado a que devia ser Isabella

- E eu também não tenho o direito da opinião? – Disse ela

- Lógico Bella, você também é da família – Ela sorriu

- Se vocês forem transforma-la, Edward também terá que me transformar – Edward a olhou com dor, que gente esquisita – Estou a mais tempo nessa família do que ela

- Eu ainda não vou transformar você Bella – Edward disse

- Por que não? – Ela cruzou os braços o olhando séria

- Porque... ainda não

- Ninguem vai transformar ela enquanto eu também não for transformada – Todos se entreolharam

- O pessoal, o que é essa transformação em? – Me pronunciei, estavam falando de mim sem eu nem saber do assunto

Eu fiquei pasma, eles contaram toda a história de que eles eram vampiros até levantaram a cama que eu estava com uma mão apenas, e eles estavam decidindo se eu iria ser vampira ou não

Impressionante, como podiam existir vampiros? Um vampiro médico ainda! Acho que ele mata os pacientes... Mas depois desse pensamento Edward explicou que se alimentavam apenas de sangue animal, e também que ele podia ler mentes, assim como Alice ter visões do fututo, Jasper controlava sentimentos... Que demais!

 Meus pais, não tinham sobrevivido ao acidente que pouco me lembrava, apenas uns flashs vinham em minha cabeça do carro capotando, eu fiquei triste em de repente saber que nunca vou ver meus pais pela manhã, tomando seus cafés, receber a notícia de promoções em outra cidade, minha rotina que tanto desprezava, mas que agora sentirei tanta saudades

Eles já foram sepultados aqui em Forks mesmo, enquanto eu estava desacordada, e a pedido de minha mãe fui adotada pelos Cullens, a família de vampiros.

Bella, não saia de meu lado, não sei por que essa intimidade toda... Mas me passou uma leve idéia na cabeça que ela está se assegurando de que ninguém irá me transformar

- Sinto muito pelos seus pais Clarissa, deve ter sido horrível – Ela cortou o silencio da sala

- Eu não me lembro bem

- Essa deve ser a pior parte, não se lembrar de nada – Tentou um sorriso

Como o silencio naquela sala estava incomodando, pedi para ela contar como ela conheceu Edward, e sua família. Uma história de amor muito linda, cheia de obstáculos pelo o que me contou, e só pela descrição que me deu de uns tais Volturis fiquei com um pouquinho de raiva. Como eles podiam se alimentar de gente, que vampiros nojentos.

Bella e Edward estavam noivos, um lindo casal eu achei, eles tinham que ficar juntos, aliás todos ali formavam um belo casal. Quem sabe não pinta um vampiro bonitinho para mim também.

- Ah! Você precisa conhecer Jacob, ele é meu melhor amigo, muito gente boa – Ela ficou feliz em citar seu nome – Você não se importa se ele vir te conhecer?

- Não

Depois de algumas horas Bella cochilou no sofá, e Edward a levou para casa, me deixando sozinha no quarto. Levantei da cama e fui até a janela, dia nublado, chuvoso... O cortes distribuídos por todo meu corpo já não doíam mais, também, depois de cinco dias apenas dormindo os cortes já deviam estar cicatrizando, mas ainda bem que não foi nada mais grave do que apenas arranhões, um pouco fundos.

Eu não parecia estar mais em um sonho, era real tudo o que passara, a perda de meus pais, minha nova família vampira, seria muito difícil me acostumar a isso, além disso, pode parecer que não, mas ainda sou uma criança, uma criança bobinha que tem medo do escuro e acha que um dia reencontrará os pais.

Amanhã eu teria alta, os curativos seriam feitos na casa, melhor do que ficar nesse hospital.

***

A minha nova casa, foi a casa de meu sonho, aquele sonho em que me despedi de meus pais, com o mesmo riacho de águas cristalinas, pensei em um momento em ir ao lugar que estivera em meu sonho, para tentar ver de novo meus pais, mas seria inútil, tudo não passara de pura imaginação

- Esse é seu novo quarto – Alice era a pessoa que parecia ser a mais feliz da casa, ela não andava ou flutuava como os outros, ela dançava e saltitava de um lugar a outro – Fiz questão de decorá-lo pessoalmente

Uma grande cama no centro do quarto de tons claros, closet abastecido, acho que maior que meu quarto antigo, um banheiro bem espaçoso o quarto todo com decoração moderna

- Obrigado Alice – Ela batia palminhas na porta do quarto

- Você será uma linda vampira, mas enquanto humana... pobrezinha, terá um futuro sombrio – Ela fez um biquinho de insatisfação

- E por que meu futuro será sombrio? – Indaguei, preciso me previnir

- É uma coisa muito complicada – Ela encarou a janela que tinha uma ótima vista do riacho – Não vejo o por que aconteceu tudo, apenas as conseqüências... E se acontecer mesmo – Dizia fazendo gestos com a mão – Preciso esfriar a cabeça – Massageou as temporas

- Mas o que acontecerá? – Antes que ela pudesse responder, em velocidade inumana saiu do quarto fechando a porta atrás de si

Muita coisa aconteceu, e não consigo enfiar isso na minha cabecinha, até ontem eu mal sabia que existiam vampiros, ainda mais vampiros com poderes extras. Acho que também estava precisando esfriar minha cabeça

Me deitei na cama, macia e quentinha. Absorvi bem o cheiro do quarto, um cheiro tão bom de rosas fluía no ar

Amanhã seria mais um longo dia, o primeiro dia de uma vida totalmente diferente de que qualquer pessoa possa imaginar, o silencio da casa, a cama confortável e a sensação de segurança facilitaram a chegada do sono.

***

Acordei já era de manhãzinha, tive uma noite muito inquieta, um sonho de meus pais dizendo para eu não fazer algo, perguntava não fazer o que? Mas eles abaixavam a cabeça e negavam. Isso me deixou irritada, será que tinha a ver com o futuro sombrio que Alice previu? E por que ela não quer me contar? Ai... Todas essas perguntas me deixam estressada logo cedo!

Peguei um vestidinho branco nos pés uma sapatilha preta no closet e desci dois lances de escada, encontrei todos na sala, acho que a minha espera, com um embrulho na mão. Era minha nova documentação, agora eu era filha de Esme e Carlisle Cullen, uma nova vida começa a partir de hoje para Clarissa Cullen


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Notas finais do capítulo

Meus leitores queridos!!

O que acharam desse capítulo?

Gostaram? Odiaram? Detestaram?

Comentem gente!! E até o próximo post ;D

Bjoks ;*