Sentimentos Ocultos escrita por Lils-way


Capítulo 6
Cachoeira


Notas iniciais do capítulo

Gentee! Mais um :D MUITO OBRIGADO pelos comentários, isso tem me incentivado muito a postar com frequência. Beijos, por favor, comentem. :) Boa Leitura!



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- Cadê essas meninas, hein? - Al perguntou, impaciente, passando a mão pelos cabelos.

- Sei lá, cara. Faz um tempão que elas subiram, já deu tempo de todos nós nos trocarmos, e nada delas - Miguel disse, impaciente.

- Tinham que ter feito como nós - Allison disse, girando os olhos.

Os rapazes suspiraram, ignorando-a. Oh, impaciência.

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- Ai Soph, que vergonha - Mylle falou, se olhando no espelho. Ela estava usando um biquíni preto. A parte de cima era tomara que caia, o vão entre os seios era transpassado, perfeitamente ajustada ao corpo dela. A parte de baixo não era grande nem pequena, caia como uma luva no corpo de Mylle, que tinha as curvas nos lugares certos. Ela era alta, a cintura fina, as pernas torneadas, a pele perfeitamente suave. Os cabelos estavam soltos.

- Pára com isso, My - Sophie disse, rindo. O biquíni dela era branco, no mesmo modelo de Mylle, e se destacava contra a pele morena dela, que tinha as curvas modeladas com perfeição. A pele era sedosa, macia, e o cabelo dela estava preso num coque desleixado, que deixava Soph com um ar elegante.

- Gente, como eu tô? - Mel disse, naquele ar de tranqüilidade de sempre. Ela estava usando um biquíni vermelho, com lacinhos no pescoço, nos quadris e nas costas. Havia caído com perfeição no corpo de Melanie. Ela tinha o corpo cheio de curvas também, todas em harmonia. A pele era translúcida, macia, suave. O cabelo estava solto, a franja sob os olhos.

- Ótima - Cheryl disse, tirando o roupão ao sair do banheiro. O biquíni dela era igual ao de Melanie, só que verde escuro. As curvas e a pele dela tinham a mesma perfeição, a mesma maciez. O cabelo estava preso num rabo de cavalo.

- Uau - Mylle disse, animada - Aí sim!

Todas elas riram. Sem mais demora, pegaram as batas, enroscando-as com estilo nos quadris, e desceram. Quando chegaram na sala os garotos estavam assistindo TV, entendiados. O trio estava do lado de fora, conversando.

- Gente, vamo? - Mel disse, sorrindo.

Eles voltaram-se para as meninas, e perderam a fala ao vê-las. Cada um ficou impressionado ao seu modo.

Gabe mordeu o lábio, o desejo o fazendo olhar Mylle com intensidade. Nick reprimiu a vontade de ir até Sophie e terminar o que haviam começado na cozinha. Kyle achou Cheryl linda como nunca, não havia reparado como ela podia ser encantadora. Alphonse ficou sem fala diante da beleza de Mel, inebriado... Como não havia notado que ela era tão linda?

A esfera de suspense se desfez quando Mel falou:

- Vamos?

Todos se colocaram de pé, se mobilizando. Em poucos minutos a casa estava trancada, e eles todos acomodados num Jeep vermelho, enorme, monstruoso, que o dono da casa deixou disponível para eles, para entrarem na floresta e irem à cachoeira. Era preciso tração nas rodas traseiras para se embrenhar na mata.

Miguel ia no volante. Ele era ruivo dos olhos canela. Peter, ao seu lado, era moreno dos olhos verdes.

- Vamos nessa.

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Andar em meio a tantas plantas e árvores foi de longe o mais divertido. Alphonse tinha trago vários CD's, um deles era de Jack Johnson, então eles atravessaram a mata escutando canções do cantor, que era ex-surfista. Todos cantavam as letras das músicas juntos.

- Who's to say I can't do everything? well I can try, and as I roll along I begin to find, things aren't always just what they seem...

- As vozes de todos se misturavam no silêncio da mata.

Silêncio que foi quebrado quando eles se silenciaram para escutar um som longe, distante, que imediatamente reconheceram: a cachoeira! Nick, que ia dirigindo, ficou mais cauteloso ao se deparar com uma curva particularmente fechada, onde as árvores lutavam para fechar o caminho. Esse fato o forçou a diminuir a velocidade. Cuidadoso, ele fez a curva cautelosamente, até porque não sabia o que viria depois.

E fez bem. Logo após a curva havia uma descida íngreme, onde o som que escutavam se intensificou: água. Água caindo em queda livre. A cachoeira. Ele sorriu de lado, vendo que era só descer aquilo que chegaria ao seu destino. Mas ele hesitou, pensativo. Era realmente uma descida muito extensa e íngreme... o Jeep, mesmo tendo tração, não iria subir.

- Gente, lamento - Ele desligou o carro, e voltou-se para o pessoal. Sophie, sentada no fundo, o olhou de cenho franzido - Mas essa descida vai ter que ser a pé.

Se fez um silêncio de cinco segundos.

- Tô dentro - Mylle disse, e saltou para fora do veículo, um sorriso de lado.

Os demais fizeram o mesmo, logo em seguida. Sob burburinhos de concordância, enquanto eles esperavam todos descer, escutaram as únicas que não gostaram da idéia chiar.

- É muita descida é a estrada é cheia de pedras, vai machucar meus pés! - Megan falou, as mãos na cintura.

Foi Sophie quem falou novamente.

- Ora, Megan, então fique aí no Jeep. - Ela deu ombros, e colocou os óculos escuros no rosto - Porque sabe, eu quero mais é curtir.

Melanie riu. Um riso alto e espontâneo. Atraiu olhares.

- Quê? Gostei do jeito que a Soph falou - Ela explicou, calmamente.

- Bom, é isso. Nós vamos indo Meg, vai ser uma pena se você não for - Kyle disse, encolhendo os ombros - Vambora, gente.

O grupo todo se juntou, e após várias queixas de Meg, ela acabou indo junto com a turma. Eles eram cautelosos, descendo pelo acostamento, onde havia menos pedras e menos riscos de levar um tombo. Quando finalmente venceram aquele obstáculo, sorriram, maravilhados.

O trecho onde a estrada acabava era recomeçado por uma outra superfície - de pedra. As rochas se juntavam, formando uma planície dura e rochosa, e desde que houvesse cuidado ao andar ali, seria agradável, porque eram rochas molhadas.

E elas estavam molhadas porque iam afundando, pouco a pouco até que a água tomava conta - era um rio. Nas bordas haviam mais rochas que se sobressaíam da água, para andar, e ao fundo, um pouco longe... lá estava a queda livre. A água caia com harmonia, formando um rio, e as bordas das rochas, as que serviam para ladear o rio que se formava, davam atrás da queda da água. Dava a impressão de haver um caverna ali, no fundo. Devia ser uma vista muito bonita.

Ao fundo da cachoeira e do rio havia muitas árvores, todas altas. Olhar para o céu dava a impressão de que estavam isolados do mundo - e de fato parecia isso mesmo. Era um lugar muito silencioso, só o som da água caindo no rio era que quebrava o silêncio. Era muito lindo.

- Uaaau! - Cheryl disse, maravilhada - Ca-ram-ba!

- Choquei, mano! - Alphonse disse, animado.

Melanie e Mylle riram, ao escutar o amigo.

- Bom, não sei vocês, mas essa água deve estar ótima! - Kyle anunciou, animado, e começou a se despir.

Ele não foi o único. Alphonse tirou a bermuda e a camisa rapidamente, deixando os trajes dobrados em um canto, numa pedra alta. Ele não foi o único. Todos os rapazes se juntaram numa rodinha e fizeram o mesmo, se jogando na água quando finalmente estavam só de sunga.

E então foi a vez das meninas perderem a fala.

Sophie tentou não encarar Nick quando ele passou por ela, alegre, e se jogou na água. Nick tinha um peitoral... de tirar o fôlego. Os ombros eram largos, a barriga definida, os braços tinham músculos, e ele usava só uma sunga que não escondia suas pernas fortes. Parecia ter praticado anos de algum esporte que tinha exigido um pouco mais dele, deixando-o muito elegante e sensual fisicamente. Ela corou desviando o olhar quando ele passou a mão pelos cabelos, colocando-os para trás. Ele ria de alguma coisa que ela sequer conseguiu saber o que era. Era tentador ver ele fazer aquilo. Parecia a cena de algum filme! A visão era tão linda que ela o vermelho estava constante em sua face.

No mesmo estado se encontrava Mylle. Não sentia vergonha de ver o irmão ou alguém conhecido sem camisa, nem ficava encabulada. Mas com Gabe a situação foi diferente. Ela tentou ignorá-lo quando ele mergulhou na água, animado. Ele estava de costas. E ela pôde ver suas costas claras, e também pôde ver algumas pintinhas que ele tinha nos ombros. Na verdade eram sardas, bem pouquinhas, que estavam ali quase que por acaso. Ela não quis admitir, mas achou aquilo muito sensual. Não conseguiu refrear a imagem dela passando as mãos pelas costas do rapaz, demorando-as ali, sob aquelas marquinhas na pele lisa e sedosa dele.

Estou pirando, ela choramingou, em pensamento, quando ele virou-se para frente. Gabe tinha os ombros largos, os braços fortes, e o tronco era harmoniosamente definido, os músculos distribuído em porções iguais, todas colocadas em pontos estratégicos só para lhe tirar o ar. Os braços, a barriga, as pernas... Mylle tentou parar de olhar. Tentou controlar o arrepio que percorreu seu corpo ao se imaginar presa entre os braços de Gabe. Ela tentou expulsar a imagem da mente, sem sucesso nenhum, mas no momento seguinte o rapaz sacudiu os cabelos rebeldemente, atrapalhando-a. Molhados, eles caíram de leve sob os olhos azuis turquesa. Por mais que Gabe tentasse os pentear com os dedos, eles ficavam numa bagunça muito charmosa. Ele também ria.

Elas pareciam catatônicas, ali, paradas na frente do rio olhando-os. Tentavam disfaçar mas era difícil. Mylle ficou tentando desfazer um nó que ela havia feito propositalmente na canga, para protelar. Estava com vergonha de ficar de biquíni na frente de Gabe. O mesmo pensava Soph, que fingia procurar alguma coisa na bolsa que havia levado. Mel e Cheryl, a pouca distância de onde elas estavam, já estavam em outro nível. Cheryl estava desenroscando a canga que ela realmente havia enrolado contra o corpo num padrão complicado.

E Mel... Bem, Mel tentava lutar contra a timidez e a vergonha. Ela realmente havia se enroscado com o nó que havia dado na canga. Ficou naquela luta até que alguém jogou água nela.


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Notas finais do capítulo

Continua! 8D Muita coisa vai rolar na cachoeira. (: Comentem, por favor, ok? Beijos
~
Upside Down - Jack Johnson



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