A Estranha escrita por S_elly
Notas iniciais do capítulo
Como vocs perceberam, eu no postei mais um capitulo ontem como tinha prometido porque eu esqueci totalmente askoakspakspoas
Mas eu to aqui hoje postando mais.
A semana de Frankie foi quase inteiramente dedicada e ajudar Pearl.
Na terça, quando saiu do serviço comunitário, foi atrás de um amigo, um amigo que tinha um apartamento vazio pero da lanchonete onde Frankie trabalhava. Era o lugar perfeito para ela ficar por um tempo.
- Oi Rick. – Frankie disse quando o encontrou bebendo num bar chique no centro da cidade.
- Oi cara – Rick se levantou e o cumprimentou. – O que é tão urgente para você me tirar o trabalho?
- Hm... eu vou direto ao ponto, porque estou apressado. – Frankie procurou pelas palavras certas – Eu tenho uma amiga... e ela está sem lugar onde ficar... e eu imaginei que...
- Que eu pudesse emprestar meu apartamento para ela ficar?
- É.
- Claro – Rick respondeu.
- Sério?
- É, passa na minha casa amanhã depois da aula, para pegar a chave.
- Depois da aula? Eu não posso.
- Por quê? – Rick estreitou os olhos.
- Eu me meti numa confusãozinha e agora estou tendo que prestar serviço comunitário. Todo dia depois da escola, nada demais.
- Nada demais? Você não tma jeito mesmo né? Então passa no meu escritório quando terminar o serviço comunitário. – Rick respondeu.
- Tá bom. Obrigado cara, e verdade, você me salvou de uma grande roubada.
- Tudo bem. Você salvou minha vida, Frank. Eu te devo.
- Valeu.
- As ordens.
Frankie voltou para casa feliz por ter conseguido o apartamento, ele não sabia muito bem de onde vinha aquela necessidade de ajudar aquela garota que ele nem conhecia, mas ele não podia ignorar.
Ele entrou em casa e sua irmã e o marido ainda não tinham chegado do trabalho. Foi ai que ele ouviu uma musica agitada tocando no andar de cima, ele subiu e abriu a porta do seu quarto onde Pearl dançava de olhos fechados em cima da cama e usava o controle da TV como microfone.
Ele só ficou ali na porta parado assistindo Pearl, ela dançava bem e cantava melhor ainda e ele ficou imaginando de onde teria saído uma garota tão diferente.
A musica acabou e ela sentou na cama e abriu os olhos, quando ela viu Frankie parado na porta rindo, ela corou imediatamente.
- Ah, me desculpa, é que eu amo essa musica e... ai que vergonha.
- Não precisa ficar envergonhada. Você dança e canta muito bem.
- Sério? – ela se sentiu lisonjeada.
- É. – ele disse e ela se levantou da cama. – Adivinha só o que eu consegui.
- O que?
- Um lugar pra você ficar.
- Uma casa pra mim? – ela perguntou surpresa.
- É, é temporário, mas já é alguma coisa.
- Ah, você é incrível – ela abraçou Frankie e o beijou na bochecha. – Muito obrigada Frank.
- Não precisa agradecer.
- Mas espera ai, você vai ter que pagar? – ela se desfez do abraço.
- Não, um amigo me devia uma e...
- Como assim “te devia uma”?
- É uma longa história.
- Temos tempo. – Pearl sorriu.
- Ok, já entendi. – eles se sentaram na cama e Frankie começou a falar - Há um ano e pouquinho eu conheci um cara num bar, ele aparecia todos os dias, não falava com ninguém, ficava lá o dia todo, até o bar fechar, ai ele deitava na frente do bar e dormia lá. – Frankie parou e respirou fundo – Um dia, eu decidi falar com ele e por incrível qie parecesse, ele era um cara legal, nós ficamos próximos e um dia ele me disse que a empresa onde trabalhava tinha falido e ele tinha perdido tudo, a esposa o largou e levou a filha recém-nascida para o outro lado do país. Ele estava numa fossa terrível. E então eu o ajudei, eu o incentivei a continuar e ele ergueu a cabeça e seguiu em frente, tudo que ele precisava era e alguém que acreditasse nele, que acreditasse que ele podia e então ele decolou novamente. Hoje ele tem um negócio no ramo de turismo e depois de contatar a ex-mulher eles combinaram que sua filhinha vem passar os verões com ele. Foi um grande progresso.
Frankie parou de falar e olhou para Pearl, ela o fitava maravilhada, com um sorriso no canto dos lábios.
- O que? – ele franziu a testa.
- Você é um bom homem, apesar desse ar rebelde, você é um cara maravilhoso. – eles se olhavam nos olhos e o coração de ambos estava acelerado.
- Porque você pensa assim?
- Porque não é todo homem que ajuda um cara que conhece num bar assim, sem esperar nada em troca. Não é todo homem que encontra uma desconhecida no meio da floresta e sem ter nem a mínima idéia de quem ela é, abriga ela na própria casa, ajuda ela como você está me ajudando, Frank.
Quando Pearl terminou, os dois ficaram em silencio e tudo o que se podia ouvir naquele quarto eram duas respirações arfantes e dois corações acelerados. Nenhum dos dois sabia quem estava se movendo, mas eles podiam ver a distancia entre seus rostos diminuindo e diminuindo e diminuindo e então a porta da sala bate.
- Frank? – Liz chamou-o e ele se afastou envergonhado de Pearl.
- To aqui – ele gritou de volta e depois se virou para Pearl – Me desculpe por isso.
- Não, tudo...tudo bem – ela disse.
- Tenho que ir trabalhar agora, fique aqui e se minha irmã entrar, o que é muito raro, se esconda no meu guarda roupas. – ele riu da possibilidade e ela também.
- Tchau – ela disse e acenou.
- Até mais.
Não quer ver anúncios?
Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!
Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
Espero que gostem e dem reviews, faz bem para a saude da escritora aqui oapspoasokas.
Beijos.