A Estranha escrita por S_elly


Capítulo 3
Community Service




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  Na segunda feira começaria o trabalho comunitário de Frankie e ele não parecia gostar da idéia mais do que gostaria da idéia de comer cocô.

  Ele ficara o fim de semana todo em casa, afinal sua irmã trancara todas as portas e janelas da casa na esperança de que ele não saísse e ele não saiu.

  No domingo ele até assistiu jogo de baseball na TV com Jeremy.

  Na segunda acordou cedo e se vestiu sem animo algum, foi para a escola e teve um dia complicado, mas sem confusões, o que já era um progresso.

  Ao sair da escola, comeu um X-burger e foi para o local que a irmã o havia mandado ir.

  - Ei novato – o inspetor cumprimentou Frankie com a cabeça e Frankie fez o mesmo.

  No primeiro dia Frankie e mais três rapazes foram mandados para catar lixo numa trilha de camping.

  Frankie pôs fones no ouvido e ligou a musica no volume máximo e então fez seu trabalho sem falar um pio com nenhum dos outros.

  O que Frankie não notou, porem, é que estava se afastando da trilha e não seguindo-a e de repente quando não havia mais lixo e ele tirou os fones de ouvido, notou que estava perdido.

  - Merda, eu disse que não seria uma boa idéia – ele murmurou.

  Então Frankie procurou uma saída para o labirinto de folhas e galhos traiçoeiros, ele tentou ligar para alguém, mas não tinha sinal ali, ele tirou os fones do ouvido e continuou procurando a saida. Já estava começando a escurecer quando Frankie ouviu um gemido estranho, parecia um animal ferido.

  Frankie decidiu seguir os gemidos e quanto mais se aproximava, mais notava o quão parecido com gemidos humanos aquele barulho era. Então ele acelerou o passo.

  Quando Frankie menos esperava viu o corpo lá, encolhido no chão úmido. Era uma mulher vestida numa camisa sem mangas de gola alta branca e uma calça jeans. Ela estava virada de costas para ele.

  - Moça. Você está bem? – ele largou o saco de lixo e o pegador e correu até ela.

  - Não, não, não – ela murmurava e soluçava e tremia.

  - Moça, está tudo bem? – ele perguntou enquanto se abaixava. Ela não respondeu, só continuou ali. – Moça? – ele a tocou no braço e de repente sentiu algo como uma vibração percorrer-lhe o corpo. A pele da moça estava fia como o chão da floresta e parecia ser feita da mais fina seda. Ela parou de repente.

  - Não me machuque mais. Por favor. – Ela murmurou chorando.

  - Não vou machucá-la moça, quero ajudá-la.

  - Me ajudar? Como?

  - Eu não sei, que tal você começar dizendo seu nome? – ele perguntou e ela virou o rosto para olhá-lo pela primeira vez. Seus cabelos levemente ondulados e escuros como a noite, formavam uma moldura em volta do rosto branco que era delicadamente composto por dois grandes olhos azuis, um nariz suavemente arrebitado e lábios rosados.

  Ela também se assustou quando olhou para o rapaz bonito agachado ao seu lado. A primeira coisa que ele notou foram os olhos azuis de Frankie e depois ela notou como seu rosto era tão simétrico e incrivelmente lindo, o nariz bonito que combinava perfeitamente com os lábios e com os olhos, a barba mal-feita dava um charme a mais e depois ela viu como seus cabelos claros e bagunçados tinham uma aparência macia e teve uma imensa vontade de tocá-los.

  - Pearl – ela disse por fim, quebrando o silencio.


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