PDV NESSIE

O avião acabou de chegar em Paris, minhas pernas ainda estavam um pouco bambas, não gosto nem um pouco de andar de avião. Chegando no aeroporto, respirei fundo, estava em Paris pela primeira vez, e ainda por cima sozinha.

Como estava escrito no papel em que tia Alice tinha dado pra mim, me hospedaria no Hotel Notre Dame Paris, iria ficar lá até tia Alice chegar.

Já chegando no hotel, fui na recepção e peguei a chave do meu quarto, ele era enorme, a cama era uma cama de casal, e nem acredito que seria só minha, tinha uma varanda, banheira de hidromassagem tudo de cor nude e uns rosa claro em alguns enfeites.

Mas não queria ficar ali até tia Alice chegar, porque nem sei quando ela vem, então resolvi dar uma voltinha pela cidade. Troquei de roupa, o clima estava frio, mesmo eu não sentido por causa da minha temperatura já ser quente, tinha que me agasalhar antes que os outros achassem estranho, mas a minha vontade era sair com um short e uma blusa de manga.

Coloquei uma boina e uma blusa de manga comprida branca, coloquei um short e uma com meia calça com coraçõezinhos, um salto preto e um casaco que batia nos meus joelhos.

Estava andando pelas ruas de Paris, aquilo parecia um sonho, as ruas pareciam coisa de filme, era tudo muito lindo, as lojas mais chiques do mundo, várias cafeterias e docerias, olhava tudo aquilo muito admirada, até que passei por uma cafeteria que não teve como resistir, era toda cor de creme, o cheiro dos bolinhos misturados com o cheiro do café abria o apetite de uma tal maneira inexplicável, me sentei numa das mesas e folhei o cardápio lendo tudo com muita atenção, tudo parecia tão gostoso.

A cafeteria estava cheia, tinha garçons por toda parte, tratei logo de escolher e chamar um. Não falava francês fluentemente, mas sabia o básico, mas preferia falar em inglês*, para que soubessem que sou turista.

Chamei logo o garçon, logo que ele começou a falar me adiantei.

- Sou americana. – Disse sorrindo, podia entender muitas palavras mais preferia não arriscar.

- Ah sim, então o que a senhorita vai querer? – Perguntou o gentil garçom.

- Um café expresso e uma torta de maça e uns cookies. – Respondi com um eco, na verdade não era um eco, era uma voz de alguém que disse a mesma coisa.

Fui vê de onde tinha ouvido a voz e tinha vindo da mesa ao meu lado, onde estava sentado um garoto com cabelos bagunçados de cor castanha, olhos também acastanhados com uma mistura de uma tonalidade verde, que sorria.

- Tem um belo gosto para a comida. – Brincou ele, me fazendo dar uma pequana risada.

- É. – Respodi sem graça, o garoto me fitava, fazendo olhar para baixo envergonhada.

- Sou James Potter, e você é?

- Renesmee Cullen.

- Nome bem diferente, achei bonito, como a dona dele. – Sorri mais ainda e continuava olhando para baixo sem graça.

- Você é america, quer dizer lógico que é, da para ver pelo seu sotaque, bom de onde você é?

- Forks,em Washington. E você me parece ser britânico, de onde é?

- Como você sou da capital, Londres.

- Você ta esperando alguém? – Ele perguntou com um sorriso malicioso no rosto.

- Não exatamente. – Disse com um sorriso e uma cara mais maliciosa ainda, me divertindo da situação.

- Não exatamente? – Perguntou agora confuso sem tirar o sorrisinho do rosto.

- Bem, eu vou passar essas férias com minha tia, ela deve chegar hoje a noite, mas por enquanto estou passeando pela cidade.

- Hum... bom, então quer dizer que não tem namorado. – O seu sorriso aumentou.

- Não lembro de te dito isso.

Tive que dar uma pequena gargalhada da cara que ele fez, pareceu um pouco chocado mais depois voltou com o sorriso no rosto.

- Então, você tem namorado? – Pergutou.

- Senhorita, aqui esta o seu pedido. – Então os garçons chegaram bem na hora trazendo os nosso pedidos.

- Obrigada! – Exclamei

- Então, gostaria de sentar aqui comigo Renesmee?

- Adoraria.

Tomei um gole do café, estava simplesmente fantástico, a torta de maçã nem se fala de tão boa.

- Nossa tudo está maravilhoso. – Disse devorando um cookie.

- Com certeza.

- Como é sua família, Ree? – Quis saber ele.

- Ree? – Perguntei.

- Não é seu apelido?

- Não, meu apelido é Nessie.

- Nessie? Você não parece com Nessie, e que eu sabia esse apelido é para Vanessa. Não gostou de Ree?

- Ree é legal. – Respondi fazendo ele abrir um largo sorriso.

- Melhor que Nessie? – Seus olhos olhavam bem no fundo dos meus

- Melhor que Nessie. – Disse. – Bom moro com meus pais, não tenho irmãos.

- Já eu, moro também com meus pais, e tenho duas pestes quero dizer irmãos.

Começamos a ri, eu sempre quis ter um irmão, só que isso é meio ou melhor é impossível.

- Isso é um lobo? – Ele apontou para a minha pulseira, que tinha um pingente de lobo que Jacob me deu.

- Sim. –Suspirei, tive um pequeno flashback de Jacob e Nahuel brigando.

- Você gosta de lobos?

- Na verdade prefiro os lobisomens! – Exclamei rindo da minha piada particular.

- Você acredita em lobisomens? – Perguntou ele com uma ar de serio na pergunta.

- Sim, você não? – Perguntei ainda me divertindo, deve ser esquisito para um humano escutar tais barbaridades dessas.

- Lógico que acredito, só não gosto muito deles. – Dei um gargalhada, era engraçado como ele brincava junto ao invés de me achar doida.

- Acredita também em vampiros? – Perguntei segurando a risada.

- Claro, mas não me diga que gosta também deles? – Disse ele um gole de café.

- Ah são criaturas não muito bem compreendidas. – Suspirei mais uma vez.

Os dois já tínhamos terminado de comer, então achei que era hora de me despedir.

- Bom, já vou indo, vou terminar de visitar os lugares aqui. – Essa frase estava melhor na minha cabeça, na verdade não queria partir.

- Então nos vemos por ai, você me passa seu celular que eu te passo o meu. – Disse ele pegando o celular no bolso. Pela primeira vez estava muito feliz de ter celular.

Trocamos o número e pedimos a conta.

- Eu pago. – Disse ele olhando pra mim.

- Não precisa eu pago a minha conta.

- Um cavalheiro não pode pagar a conta de uma dama?

- Não! – Exclamei, como minha mãe eu era muito teimosa, ele não conseguiria me vencer.

- Não me faça usar minha arma secreta. – Disse ele.

- E qual seria? – Perguntei.

Então ele passou a mão no seu cabelo, o deixando mais bagunçado, e fez uma carinha fofa, que me fez dar muitas gargalhadas.

- Ta bom, mas só porque você uso a arma secreta.

- Então até qualquer hora Ree.

- Até qualquer hora Jay. – Esse deveria ser o apelido dele, e tenho quase certeza que acertei pelo sorriso de felicidade que ele deu, fui saindo da cafeteria quando dei meia volta e disse:

- Não.

- O que? – Perguntou com preocupação.

- Eu não tenho namorado. – Me virei e fui embora, queria te visto a cara dele, mas não queria que ele tivesse visto a minha.

Acho que essa semana seria a melhor de todas.