Sweet Tennessee escrita por rhcpaxion


Capítulo 10
Nate's smile




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Quando acabei de comer Nate me arrastou pela porta que ele havia entrado a pouco, passamos rápidos por corredores e levamos algumas broncas até ele me levar a uma área inutilizada depois do ginásio. Ele fechou os meus olhos quando estávamos diante a uma porta de madeira branca, que era igual a todas as outras portas do colégio, eu tentei lutar, mas ele era vergonhosamente mais forte.

"A surpresa está dentro da sala?" perguntei apressada.

"Sim, está." ele falou baixo e me deu um beijo demorado, eu sabia que aquilo estava errado mais meu coração pulava tanto com seu lábios quentes que pará-lo parecia o maior pecado de todos.

"Pare..."eu sussurrei chegando mais perto de seu corpo perfeito.

"Você não parece muito certa disso." ele disse ainda vedando os meus olhos, sua mão apertava gentilmente as minhas pálpebras e era uma sensação magnífica. "Tá, hora da surpresa."

"Essa não era a surpresa? Duvido que você tenha algo melhor que isso..." eu queria poder ter visto sua reação, mas pelo seu riso malicioso não era tão difícil desvendar.

"Não me subestime." eu ouvi um barulho quando a porta se abriu e vi no meio da sala umas cinco pessoas em círculo tocando no violão conforme uma partitura que estava em frente. Eu não pude decifrar aquilo e fiquei com vergonha pelos olhares curiosos, Nate percebeu e foi até o meu ouvido.

"Eu sou como um professor, eu ensino eles a tocar violão, você me disse que gostaria de aprender..."ele parecia desconfiado com a minha reação. " Te desapontei?" nós estávamos a uma distância segura dos outros alunos, e o som arranhado de seus violões nos dava total privacidade.

"Como assim? Você está me oferecendo aulas e acha que eu não gostei?? Quanto é?" meus olhos estavam arregalados.

"Que isso, Hay!!" ele falou com um sorriso desacreditado. "Viu?? Achei um diminutivo para o seu nome..." ele falou em um tom pensativo. "De qualquer forma, o diretor nos cedeu a sala, não precisa pagar... O professor não é tão bom." Nós dois rimos e eu vi uma menina levantar o braço para pedir ajuda, eu cutuquei ele e ele foi rapidamente até ela, enquanto ele ensinava com muita paciência uma nota eu me sentei nas cadeiras vagas fora do círculo e começei a observar os alunos.

Eram três meninos e duas meninas, entre os meninos estava o loiro que estava conversando com Nate na entrada, logo no primeiro dia que ele falou comigo. Aquelas pessoas pareciam bem confortáveis com ele, e ele era bem gentil e brincalhão perto delas, logo pensei no dia que Rachel me disse que ele só tinha um amigo, provavelmente foi só um exagero dela, eu estava tão perdida analisando os meus futuros colegas que eu nem percebi quando Nate puxou a cadeira para a minha frente.

"Gostou da surpresa?" ele mordeu os lábios ansioso pela minha resposta.

"Adorei... Espero que o convite ainda esteja de pé, eu quero muito fazer aulas aqui."

"Claro, nossas aulas são no segundo intervalo todos os dias e nas terças À tarde."

"Eu vou comprar um violão..." estava tão animada que parecia uma criançinha.

"Tá, você pode usar o meu enquanto isso."

"De onde surgiu essa idéia?" eu cheguei mais perto dele, a sala tinha uma acústica incrível, era difícil escutar. Ele tocou nos meus cabelos e depois falou mais perto do meu rosto, com seu melhor sorriso

"Eu começei com meu amigo Jeremy" ele apontou o louro. "E percebi que quando eu ensinava eu me sentia bem e acabava aprendendo mais, colei uns anuncios pelo colégio ano passado, muitas pessoas vieram, mas esse ano só esses cinco." eu queria perguntar, mas já sabia a resposta e olhar distante dele me lembrou que era hora de mudar de assunto.

Fim do intervalo

Ai!! Como eu odeio ter que deixá-lo!! Eu olhei para ele com uma cara implorativa, como se ele pudesse ler na minha mente que eu estava doida para matar aula, mas o jeito que ele me puxou para o corredor dizia claramente que ele não entendeu nada.

"Te vejo na saída, então?" ele falou quando eu cheguei no meu andar.

"OK" eu estava um degrau acima e me abaixei para beijá-lo.

"Como é ser alta?" ele falou rindo.

"Perfeito!" eu dei as costas a ele e corri até a minha sala, bom eu só teria que agüentar mais uma aulinha. O professor de inglês passou um filme muito legal, e isso finalmente pegou a minha atenção. Por falar em atenção... O maldito teste.

"Josh eu preciso que você me ajude no teste!" eu implorei baixinho enquanto a moçinha saia de biquini do mar, eu fui uma idiota, ele nem ao menos notou que eu estava falando com ele! Malditos garotos de treze anos que vêem sexo em tudo!  " Josh!!" eu cutuquei o ombro dele.

"O quÊ?" ele saiu do seu sonho acordado com uma cara mau humorada. "Hayley, o filme!" eu percebi que só conseguiria conversar com ele quando aquela loura tivesse frio, então eu esperei pacientemente.

"Pode ser agora?" eu falei quando a roupa da atriz era mais composta, do fundo da sala dava para ouvir o suspiros decepcionados dos meninos.

"Fale..." ele olhou para mim.

"As provas estão chegando e eu preciso de outra aula daquela, mas agora com ciências, aquilo não entra na minha cabeça..."

"Ok, mas minha casa é um pouco longe, então eu vou falar com Rachel..."

"Não, dessa vez é na minha casa..."

"Legal."

Marcamos com Rachel (que não gostou da idéia da minha casa, mas concordou) para amanhã à tarde.

Hora da saída

Ele estava lá me esperando, meio distraído, seu violão nas costas. Ele pegou a minha mão e descemos juntos a escada, eu estava tão acostumada com aquilo, estar com ele, eu não imaginaria como seria andar por esse colégio se ele não estivesse ao meu lado, eu não queria imaginar.

"Bom, podemos ir à sorveteria hoje?" ele ainda olhava para o chão, na sua bochecha um rosinha de vergonha. Eu mordi meu lábio para não rir do convite, afinal era o programa em Franklin... "Hoje à tarde, o que você acha?"

"Eu..." Meu Deus!!!! O carro da minha mãe estava estacionado no outro lado da rua, como eu não vi um carro daquele tamanho???? Eu me afastei rapidamente de Nate e coloqueis as duas mãos bem firmes no meu skate, eu vi o rosto da minha mãe olhando pela janela do carro, eu coração disparou, eu nunca deveria ter escondido aquilo dela, mas afinal nós ainda não namorávamos oficialmente... Nate estranhou a minha cara mais pálida que o normal e olhou na mesma direção, quando ele percebeu ele se virou de novo para mim  com uma cara de pânico.

"Desculpe..."ele falou confuso.

"Eu te encontro lá três horas, pode ser??" Eu virei de costas para o carro e falei baixo para ele.

"OK" ele disfarçou, depois me deu um abraço bem amigável e pegou seu caminho.

Se ao menos eu encontrasse Rachel!! Se eu tivesse o pretexto de dar carona a ela eu adiaria a conversa o suficiente para poder pensar em alguma coisa, mas ela já tinha ido! Eu andei vagarosamente até o carro, o lindo céu azul de Franklin parecia cinza pra mim naquele momento.

"Oi mãe!" eu falei pela janela.

"Entre aí, vou te dar uma carona hoje..." ela tinha uma voz bem normal, para alguem que ia me matar. "Não se acostume!! Hoje eu fui fazer compras" ela falou enquanto eu colocava o cinto.

"OK, mas eu gosto de ir de skate é muito bonita a estrada e Rachel me faz companhia"

"Quem era aquele?" ela foi direta. "Era o Josh?" ela franziu o cenho.

"Não." eu respirei fundo." É Nathan, um amigo meu..."

"Ele é da sua sala?"

"Não ele é primeiro ano."

"Primeiro ano!"

"Um ano de diferença, lembra?"

Já tinhamos chegado em casa, era incrivelmente rápido de carro. Ela foi até o porta malas e me pediu para ajudá-la com as compras, eu joguei minha mi]ochila e o skate na varanda e segurei as pesadas sacolas.

"Hayley, você está maquiada... Sabe, hoje eu acordei e minha maquiagem estava revirada no seu banheiro. Depois das compras eu esperei você, eu queria conversar com você. Você está andando com meninos mais velhos, você ainda é muito nova. Você está muito linda com esses olhos pintados, mas eu não acho que você esteja na idade disso. Você está namorando!!" minha mãe parecia atordoada, falando frases sem sentido quando descarregou as compras na cozinha.

"Mãe... Eu não sou tão jovem e eu não estou namorando..." eu não sei se eu deveria dizer aquilo, apesar de Nate nunca ter me pedido, estava na cara que não éramos apenas amigos.

"Oh, minha menina... Não minta para mim, seja sincera e me conte tudo." ela estava calma, sentada no balcão. Minha mãe me teve muito cedo, ela ainda tinha dificuldades de aceitar o fato de que eu não era mais uma menininha, e a cena dela sentada alí no balcão abraçando as sua pernas magras distoava com seu olhar preocupado. Bom, ela não poderia arrancar Nate de dentro de mim, eu me sentia completamente dependente dele, então eu contei a nossa breve e intensa história de amor, cortei apenas o fato dele ter sido apaixonado pela filha de seu padrasto, aquilo não importava mais, porque ele estava comigo e em cada olhar e sorriso ele se esforçava para que aquilo fosse apenas meu.


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