Margaret Através do Espelho escrita por Alice Moor Schiller


Capítulo 11
Capítulo 11




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No capítulo anterior...

Logo eu já estava deitada no ombro de Diego, dormindo. Sempre me batia um sono quando eu entrava em um carro. Lembro que quando eu era pequena meu pai sempre dava uma volta de carro comigo para me fazer dormir... Bom, nem sei quanto tempo passou até que finalmente chegássemos à cidade, mas acho que tinha dormido bastante quando Diego me acordou.

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- Mag-chan, chegamos.

Eu abri os olhos, sem saber ao certo que tipo de cidade esperar ver. Mas eu esperava qualquer tipo de cidade, exceto o que de fato eu vi. Pareceu-me futurista demais se comparada a tudo que eu havia visto durante os meus quatro anos de “confinamento selvagem”. Era surpreendente como tudo parecia com o meu mundo. Eu podia jurar que estava em casa.

- Mag, pare de ficar olhando para o shopping com essa cara de boba e saia do carro! – Diego me despertou dos meus pensamentos.

- Shopping?

- É, shopping. Você “tá” viajando, hein? Vamos que David precisa ir fazer o trabalho dele. – Ele disse, tentando conter um riso.

- Qual a graça? – Eu perguntei, saindo do carro.

- Sua cara de impressionada. – Ele não conseguia mais conter o riso, falava entre uma gargalhada e outra.

- Não tem graça! – Eu disse, dando um tapa no braço dele e tentando ficar séria.

- Claro que tem graça. Olha só como você “tá” tentando se controlar para ficar séria! Sua cara de irritada não me convence nenhum pouco. E aposto que esse tapa doeu mais em você que em mim!

- Hey, estou indo, qualquer coisa me liguem. – David falou e ligou o carro.

- Tchau. – O garoto ao meu lado acenava para o grisalho. – Vamos, ainda tem muita coisa para de impressionar por aqui. – Diego sorriu torto.

- Bobinho. – Eu dei outro tapa no ombro dele e fiz a maior cara de coxinha. – Hey, tem certeza que esse não é nosso mundo? Porque parece pacas! – Eu fitei os olhos cor de mel dele.

- Não se iluda, Mag. Não se iluda... – Ele alertou.

$$ muito dinheiro gasto depois... $$

Eu tratei de por olho gordo no sorvete que um garotinho tomava com tanto gosto (e tanta bagunça também, tinha sorvete até na testa dele, coisa de criança).

- Vai derrubar o sorvete do guri! Você também que um?

- Quero.  – Assenti, com cara de bunda (tipo assim: =3).

Então compramos um sorvete de duas bolas e fomos sentar numa mesa de três cadeiras (uma para deixar as minhas sacolas de roupas, sapatos e jóias).

- Você não quer um pouco, Dih? – Ofereci.

- Ah... Não, obrigado. – Ele falou, meio embaraçado, mexendo no cabelo. Por um momento eu tinha esquecido que ele se alimentava de outra coisa agora...

- Ah, tudo bem. – Eu o olhava como quem pede desculpas. – Bom, eu preciso te perguntar uma coisa...

- Vá em frente. – Ele me encarava, curioso.

- Você comentou outro dia algo como: “Simon deveria saber...”. E reparei que você olha para ele de um jeito... Estranho. Dih, o que você sabe sobre o Simon que eu não sei?

- Mag, eu não quero de colocar contra ele. Então é melhor que eu não responda. – O olhar aterrorizante do Cavaleiro da Morte ganhou um tom triste.

- Eu preciso saber. Já chega disso. Quero voltar para casa, entende?! Eu quero ver os meus pais... Quero sair dessa droga de lugar! Você pode ter se acomodado, mas eu não! Não quero morrer aqui! – Explodi, me controlando para não deixar a tristeza escapar dos meus olhos.

- Você não morrerá nunca, só depende de você decidir... – “Não fuja do assunto! Eu quero que diga o que sabe sobre Simon!”, pensei, numa explosão. - Tudo bem... A verdade é que, talvez você me odeie para sempre se eu te disser isso... – Ele também queria chorar.

- Fale de uma vez! – Insisti.

- Certo, então te direi o que aconteceu. Foi pouco depois de eu me transformar... Nisso. E pouco antes de Simon começar a viver com você. Ele morava na mansão, servia a Afrodite, em troca de frutas e de abrigo. Quando ele foi ao nosso mundo... Era uma missão que Afrodite havia confiado a ele. Ela pediu para Simon trazer Alice. Porque o País das Maravilhas é um sonho de Alice. O plano de Afrodite era sair da história de Blood+ e ir para o sonho de Alice. Então ela procuraria uma forma de sair do País das Maravilhas e se tornar real...

- Espere. Não era mais fácil ela simplesmente ir pela passagem em que chegamos aqui?

- Mag, nós viemos de uma queda de uns cem metros. Ela não conseguiria escalar aquilo. Mas Simon é leve e habilidoso, ele subia facilmente por todos aqueles objetos que flutuavam no Poço Preto e Branco.

- Hm... Acho que entendi. Mas e quanto à passagem do armário de Narnia?

- Ela tentou, mas foi banida de Narnia quando Aslam, o leão, derrotou a Feiticeira. Mas, continuando, Simon confundiu você com Alice. Ele trouxe a garota errada. E Afrodite o expulsou do castelo.

- Pensando bem, ela não era nova demais naquele tempo?

- As gêmeas já tinham 21 anos, embora parecessem mais novas.  – Ele explicou.

- Ah...

- Afrodite não queria transformar apenas esse mundo em quirópteros, ela queria transformar o mundo real também.

- Mas você ainda não me explicou porque eu te odiaria e o que você sabe sobre meu lêmure que eu não sei.

- Qual é, ele estava ajudando a rainha azul a transformar todo mundo em quiróptero. E enquanto ele te fazia continuar na floresta eu estava tentando destruir os quirópteros que ele e a Afrodite já tinham criado. Ele queria te manter longe de mim, porque Afrodite o mataria se ele deixasse você se unir à Sarah. Porque para ela é culpa dele que agora Sarah tenha um Chevalier.

- Você me fez ir morar no Zoológico... Eu ajudaria Sarah... E Simon está sozinho lá agora... Diego! Afrodite vai matar Simon! – Eu conclui, desesperada, deixando o resto do sorvete na mesa e o puxando pela mão para a saída do shopping. – Vamos pegar um táxi, não dá tempo esperar David vir nos buscar. E a propósito, eu não te odeio por isso. Mas também não quero que meu lêmuri morra, por mais que ele tenha errado.

                      

By: Alice M. Schiller


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Notas finais do capítulo

Mande seu review, pliss =3



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