Cada um ia para um lado, e eu? Óbvio que não resisti e fui atrás dos Kaulitzs. Eu amava os Gês sim, mas sabe como é, né? O Bill é tão romântico, Tom tão safadinho...

*POFF*  Dei um soquinho no ombro do Bill.

- Ai, sua pirua. Quem é você?

- Como é que é? Pirua?

- Não, avestruz – desdenhou.

- Cala a boca, Bill! Olha a menina, é gatinha.

- Eu estou aqui, sabia Tom?!

- Como sabe meu nome?

- Está escrito na sua cueca – chutei e torci os dedos pra que fosse verdade.

- Mas ele usa calcinha! – Bill duvidou.

- Ah, que se dane! E vocês por acaso não conhecem o Gustav e o Georg, né?

- Você é louca, isso é o que conhecemos .

- Caraca Bill, você ta me magoando. Nunca achei que você fosse tão arrogante assim. Você sempre pareceu-me tão fofo.

- Nunca te vi na vida – ele completou um pouco mais calmo.

- Pois eu passei anos da minha vida apaixonada por você – eu não estava mentindo – e quando te conheço e decido dizer tudo o que sinto por você, me trata assim.

Tom fungou do nosso lado e olhei pra ele. O Bill era o Tom, e o Tom era o Bill. Meu deus! Por que não me acorda desse sonho!

- Ei, você gostaria de ir no baile de Halloween comigo? – Tom perguntou

Bill deu um soquinho nele.

- Que foi? Olha Bill, a gente não conhece nenhuma garota.

- Ah, serio? – perguntei felizona

- Sim – os olhinho dele brilharam.

- Ah, tudo bem.

- Ok então! Depois vocês se falam, se é que você ta apaixonada por ele ou por mim – Bill disse arrogante, novamente! – puxou o Tom e os dois se afastaram, brigando.

- Ei – corri e me aproximei deles – ehhh...vocês tem um lugar que eu possa ficar?!

Eles me estranharam.

- Você num tem casa?

- Bom, é difícil dizer...

- Tudo bem – Tom me cortou – minha mãe é gente fina. Vem!

  Chegando na casa deles, percebi que quando pequenos, eles não viviam na maior luxúria do mundo, onde provavelmente estariam muito acostumados no futuro. Lembrei-me do que eu precisava fazer ali. Tinha que encontrar Gustav e Georg, faze-los conhecer Bill e Tom. E a parte mais difícil, seria transformar os gêmeos de volta no que eles eram.

  Tia Simone era uma pessoa muito bacana. Ela não era tão liberal, quanto eu pensava que fosse. Mas pra falar a verdade, acho que só fiquei hospedada ali, por causa de Gordon, o pai adotivo dos Kaulitzs. Ele era muito gente boa, tinha uma forte personalidade e descobri por que Tom crescera como um pedaço de mal caminho.

   Disse a eles que precisava andar um pouco na praça, lutei muito contra o Tom para largar do meu pé. Mas no final, ele ficou com o Bill brigando.

  Saí de casa e fui para a escola dos gêmeos. Acho que os Gês estudariam lá também.

- Gustav Scäfer? Não tem ninguém com esse nome aqui. Sinto muito – foi a resposta que recebi.

- Ah, e quanto a Georg Listing?

A mulher de mais ou menos 40 anos me fitou, e uma lágrima caiu do seu rosto.

- Ele é meu filho – fungou –  ele mora na Rua “Street Golden” com o pai. Somos separados. Agora por favor, vá embora.

Fui repetindo o nome da rua, até finalmente alcançar meu destino. Mas havia me esquecido de um pequeno detalhe...Qual seria o numero da casa? Felizmente isso não foi um obstáculo para mim, pois vistei Gust e Gê chegando do outro lado rua. Fui até eles.

-Olá meninos! – Sorri.

- E você é...? – Gê insinouo

- Ah, prazer, meu nome é Bella!

- Tá, mais quem é você? – Gustav disse.

- Ah, Gustav! – olhei pra ele  e dei um longo abraço. – Não acredito que estou te conhecendo. Você será super fofinho daqui uns anos. Será rechonchudinho.

Georg caiu na gargalhada, mas Gustav me fitou e disse:

- Daqui alguns anos?! Sou mó fofão desde já! – Ele me abraçou de novo OMG

- Então flor, mas quem é você?

- Ah, prazer. Sou nova por aqui...Quero novas amizades – sorri

- Quis dizer como sabe nossos nomes, como ele será...

Achei melhor não contar a verdade, se não me achariam uma tremenda louca.

- Ah, intuição – ri – na verdade, Bill e Tom me disseram seu nomes.

- Bill e Tom? Quem são eles? Aqueles gêmeos psicóticos da escola que minha mãe trabalha?

Senti uma pontada de dor de estômago, quando Georg dissera aquilo. Acho que nunca percebi quanto a história dos Gs poderiam ser tão ruins como a dos Kaulitzs.

- Eles mesmos – disfarcei a tristeza.

- O que será que eles querem com a gente? – se entreolharam.

- Nada. Só perguntei a eles pessoas legais que moravam nessa rua.

- Ah, você se mudou para cá?

- Na verdade, estou morando na casa do gêmeos.

- Cuidado, eles são meios loucos, pode pegar.

- Eu não acho isso. Talvez vocês devessem se conhecer melhor...

- O que você quer dizer com isso? – Gê quase infartou.

- Vocês são muito parecido...

- Chingou agora hein – Gust fez cara de triste.

*PI* *PI* *PI*

Era o meu relógio apitando, tinha de voltar para casa.

- Ah, bom, espero amanhã ver vocês – disse – tenho que ir, meninos!

- Tudo bem! – Gust me deu um beijinho na bochecha. Corei e ele riu.

- Tchau – Foi a vez de Georg OMG

Fui caminhando de volta a casa dos gêmeos, e quanto mais me aproximava, os gritos iam ficando mais altos. Descobri por que os achavam loucos!