Alam havia levado Yuna para a enfermaria já fazia algum tempo, um lugar um tanto quanto espaçoso todo branco, com três macas uma deposta ao lado da outra, Uma grande janela aberta iluminada o local.

- Alam, eu cuido de Yuna... Vai perder sua terceira aula. – Disse a enfermeira gentilmente a Alam que estava em pé apoiando-se no canto de uma parede próxima a grande janela.

- Não... – Disse ele sem encará-la. - Quero estar aqui quando a Yuna acordar senhorita Fugi.

- Se é assim... – Disse ela dando as costas para ele. – Fique aqui até que eu volte... Estou indo falar com a diretora.

- Acha mesmo que eu sairia daqui? – Retrucou ele em um tom nada amigável, fitando Yuna que movia-se na maca.

- Bem... Qualquer coisa... Avise-me, está bem? – Falou Fugi saindo do leito.

- Acho que isso é um tanto obvio – Ele estava irritado e o pior sentia-se culpado por Yuna estar nesse estado.

         Yuna murmurou algumas palavras, estava delirando Alam acordou de seus pensamentos angustiantes ao ouvir a voz de sua amada gritar, implorando para que ele a ajuda-se.

-Alam não deixa... Esse beijo é seu, não dele Alam... - Yuna chorava em meio ao delírio.

         Alam caminhou até ficar ao lado da maca de Yuna, olhava-a preocupado, não sabia o que estava acontecendo, queria que essa agonia acaba-se logo, não aquentava vela em tal estado.

- Eu estou aqui Yuh... – Disse ele abaixando-se em deixar de admirá-la – E não vou deixar ninguém lhe fazer mal algum. – Logo ele deu um beijo entalado sobre a testa de Yuna que queimava em febre.

Ficou ali segundos, mas foi o suficiente para Yuna despertar abraçando-o enquanto chorava. Ele a abraçou também, acariciando seus cabelos, não queriam trocar palavras, sentiam que isso não era necessário, o momento era só para se abraçarem sentirem-se juntos. Ela queria sentir-se segura, e encontrou isso nos braços dele. Ele precisava sentir-se amado, e ela mesmo ainda não beijando-o amava-o e isso era notado por eles e por todas as outras pessoas que conheciam o casal.

- Alam. – Ela murmurou enquanto ainda estava afundada nos braços dele.

- Que foi Yuh? – Ele afastou os corpos dos dois, o suficiente para poder olhar nos olhos azuis dela.

- Eu quero... – Ela não sabia se deveria pedir, mais precisava, sentia uma imensa necessidade disso.

- O que você quer Yuh? – Ele ainda estava agoniado, sentia a febre dela e isso o preocupará ainda mais.

- Eu quero um beijo seu. – Ela ficou escarlate, ainda falava em sussurros e sentia seu corpo arder. – É o que eu preciso sentir Alam, um beijo seu... Saber como é beijar, beijar o homem que eu amo desde menina.

         Alam sorrio, não queria estragar aquele pedido, apenas levantou a cabeça de Yuna com a ponta dos dedos calmamente e pousou seus lábios sobre os dela com gentileza, ele não sentia presa, não queria assustá-la, queria fazê-la sentir-se no céu, sentir que era a mulher mais amada do mundo.

         Ela abriu a boca calmamente ele a invadiu com cautela, o beijo tornou-se leve, eles estavam entrando em um mundo só deles, em outra dimensão, Alam puxava o corpo de Yuna para cima do seu colando-os, um dos braços dele estava a abraçando enquanto o outro, preocupava-se em acariciar a face da mesma, o beijo tornava-se mais intenso a cada momento, ela queria aquilo, ele também.

- Então... Vejo que está bem melhor – Fugi chegara ao local a alguns instantes viu a cena toda, perguntou-se se um dia amaria um homem como Yuna amava Alam e se um homem também a amaria dessa forma.

- D...desculpa Sr. Enfermeira a culpa é toda minha – Yuna ainda estava abraçada com Alam que fitava Fugi irritado por estragar um momento tão especial para ambos. -  N..não castigue o Alam... Por favor.

- Acalme-se menina... E a propósito  meu nome é Fugi. – Ela olhava aquele casal com ternura. – Alam pode me achar severa, mais tenho um coração de manteiga... Só quero que o Alam se retire para sua quarta aula para conversarmos um pouco.

- Eu não vou deixar ela aqui... Sozinha – Alam não queria ficar longe de Yuna, estava feliz por finalmente tê-la beijado.

- Ela não vai ficar “sozinha” Alam – Fugi argumentava. – Eu vou ficar com ela, medicá-la e liberá-la o mais rápido possível.