Hermione ainda não acreditava que Gina tinha sido capaz de convencê-la a pedir ajuda para Pansy. Parada ali frente a frente com a sonserina, a castanha se arrependia amargamente.

- O que você quer comigo, sangue-ruim?

- Eu... bem... a gente....

- Xiii, fala logo garota. Eu tenho coisas mais importantes pra fazer do que ficar aqui perdendo o meu tempo com você.

- É sobre o Draco.

- Por Merlin, o que aconteceu com o meu Draquinho?... Espera aí, desde quando você chama ele de Draco?

- Isso não vem ao caso Pansy. Mas ele está em perigo e a maldita da Gina acha que você pode ajudar. – Hermione já estava perdendo a paciência. Ruiva filha da mãe que a deixou sozinha numa hora como essa.

- E como eu posso ajudar vocês?

Então a castanha puxou Pansy até a sala precisa. Ela realmente estava indo muito lá.

- É o seguinte, o Draco me mandou essas cartas – Hermione entregou as cartas para Pansy – e de alguma maneira Gina acha que ele ainda está vivo e também por perto. Você tem alguma pista de onde ele possa estar?

Após ler as cartas, a garota pareceu pensar um pouco e depois disse mais para si mesma do que para Hermione, que a encarava aflita.

- A câmara secreta.

- O que? Viajou garota? Ela foi lacrada pelos professores depois de todos aqueles acontecimentos no segundo ano. É impossível Draco estar lá.

- Não, não. Eu tenho certeza. Os comensais estavam sempre comentando algo sobre a câmara, dizendo que ela ainda poderia ser usada como ponte entre o Lord e Hogwarts.

- Mas seria ingenuidade demais deixá-lo preso na própria escola.

- Seria mesmo, Granger? Se você até agora não acredita que ele possa estar aqui, então talvez seja um plano mais inteligente do que parece, não é?

Hermione concordou lentamente. Mas como elas fariam para ajudá-lo? Pelas histórias, apenas o herdeiro poderia abrir a câmara. E mesmo que não fosse necessário, o próprio professor Dumbledore havia lançado feitiços para lacrá-la. Elas nunca teriam conhecimentos suficientes para desfazer esse tipo de mágica.

Pansy notou o estado aflito da garota sentada a seu lado e sentiu pena. Isso não era comum para ela, sentir pena de uma sangue-ruim, mas por alguma razão começava a simpatizar com Granger. Talvez por ela querer salvar Draco...

Enquanto era analisada pela sonserina, Hermione sentia seu mundo desabar quase como se sua vida fosse um simples castelo de cartas e os acontecimentos de agora fossem uma rajada de vento que faz com que tudo desmorone. Nunca imaginaria ser possível se apaixonar por Draco Malfoy. Tudo aconteceu tão rápido...

Mas as lembranças ficavam confusas em sua mente enquanto se misturavam em borrões rápidos. Será que o que sempre sentira por Draco era realmente ódio? Ela nunca havia reparado antes em como sentia falta das provocações, do cheiro, daqueles olhos...

- Merlin, eu amo mesmo ele. – sussurrou apenas para si mesma. Depois, falando mais alto para que Pansy pudesse ouvir – Essa noite, na sessão proibida!

A sonserina apenas deu um sorrisinho e acenou afirmativamente com a cabeça. Draco ia ser resgatado em breve.