Lets Play Like a Child Does. escrita por envy


Capítulo 1
Capítulo Único.


Notas iniciais do capítulo

Mais uma da série "anne fanfics"
Ou seja: É tudo dela, até o copinho usado no jogo, ok? g-g
Espero que gostem. ♥



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Era uma tarde chuvosa na escola; a quarta Quinta-Feira do mês de setembro. O sol não transparecia já fazia alguns dias e não era de se esperar que continuasse assim. E eu adorava o frio e a chuva ao mesmo tempo. Eram agradáveis e Aoi parecia mais calmo e fofo no frio.

Aoi era meu melhor amigo; Menor do que eu alguns poucos centímetros e conseguia me deixar louco com suas mudanças de humor, mas eu não ligava, eu adorava vê-lo sorridente e irritado quase que no mesmo momento. Quando como ele não percebe uma critica irônica e divertida sobre ele; Primeiro ele ri adoravelmente transparecendo aquela risadinha gostosa e fofa, para depois perceber que era um aspecto negativo seu e ficar irritadinho. Era fofo, acredite. Ele possuía cabelos castanhos como eu – só um pouco mais rebeldes. E os olhos profundamente azuis como o oceano.

E eu? Me chamo Han e o único aspecto que precisa saber sobre mim é que eu sou completamente apaixonado pelo Aoi. Pelo jeito, pela doçura e até pelos seus defeitos. Aliás... Que defeitos? Eu não conseguia ver defeito naquele ser humano pequeno e fofo.

Era aula de educação física e a gente ficava parado porque, infelizmente, a quadra não era coberta. Então havia outros jogos em opção. Algumas meninas assanhadinhas estavam dançando aquela porcaria chamada funk – que eu odiava com todo o meu coração – e alguns garotos iam ao banheiro logo em seguida para, em minha opinião, jogar dados no colo. Se é que me entende.

Aoi pareceu irritado quando, enquanto jogávamos xadrez, meus olhos sorrateiramente observavam as garotas dançando. Mas ele não queria que eu notasse sua irritação. De jeito nenhum, então ele virou o rosto e sorriu amigavelmente para mim. Ele não sabia que eu o conhecia tão bem para saber que tinha algo forçado naquele sorriso.

- O que aconteceu? – Eu indaguei em um misto de sorriso e curiosidade.

Ele me olhou surpreso.

- Nada. – Respondeu de imediato meio estressado. – Vamos, é a sua vez, Han.

Eu ri baixinho. É, ele era muito fofo e ciumento.

- Certo, certo.

Mais tarde, naquele dia, ele me convidou para aquele joguinho de duas pessoas que, geralmente, apenas crianças fazem aquilo. Mas eu não estranhei. A mente de Aoi era muito infantil e boba pra processar qualquer coisa que não o fizesse irritado perto de mim; Ele sabia o quanto eu não gostava. Ele só não sabia que eu o achava mais fofo quando sorria.

Mas ele desistiu logo na primeira tentativa. Era muito vergonhoso e infantil na visão dele. Eu ri quase que de imediato e, então, colocamos o brinquedo de lado.

- Eu descobri como é o meu nome em espanhol. – Ele falou, com as sobrancelhas franzidas. É, ele estava com raiva. Provavelmente ele deveria querer fazer aquilo, mas ele mesmo não conseguia lidar com a vergonha. Eu não sei bem, mas você já deve ter cansado de me ouvir falar o quanto ele é fofo. Mas, então, ele é adorável.

- Como é? – Eu olhei meio feliz demais para ele. Eu podia ver sua expressão de confusão e, no segundo seguinte, ele corar absurdamente.

- É Cielo. – Ele desviou o olhar. – Porque está assim a manhã toda? – Ele decidiu perguntar com um biquinho saliente.

- Cielo é bonito. – Eu sorri e ri no momento seguinte. – Assim como? Eu estou normal.

- Assim. – Ele ignorou minha resposta sobre seu nome em espanhol e se irritou severamente. – Você está estranho. Não só “estranho”. – Ele usou as aspas. – Você parece estar notando alguma coisa que eu não consegui notar e rindo sobre isso a cada segundo. Não que você não seja assim todo dia, mas hoje está me irritando.

Eu ri.

- Não acho que esteja irritando. Você só está curioso. – Dei ênfase na palavra, sorrindo divertidamente.

Ele corou. Eu sabia o quanto Aoi não gostava de ser descoberto por alguma coisa. Ainda mais quando essa coisa referia-se às suas ações. Às vezes eu me sentia um Stalker na vida dele.

- Não estou curioso. – Ele franziu o cenho. – Eu só queria saber... Porque você está assim, só isso.

Eu sorri calmamente, tentando, com aquilo, acalmá-lo também.

- Curiosidade, então. Mas, certo... – Eu ri e me encolhi um pouco quando ele ameaçou me jogar o brinquedo. – Não, não, o objeto não é seu.

- Tá, tá. – Ele bufou e soltou no canto da mesa. – Sua explicação...

- Bem... – Eu não parava de passar o copo do brinquedo no meu ouvido. Era engraçado o barulho; Eu parecia uma criança feliz com aquilo. – Eu faço isso sempre, eu gosto de você, só você que não nota. – Eu sorri, parando os movimentos com o objeto. – Enfim, Aoi, o que gostaria de fazer hoj–

- Peraí. – Ele interviu, meio atordoado. – O que você disse?

- Eu faço isso sempre? – Pareci confuso.

- Não, não, a outra parte.

- Só você que n–

- Não, seu idiota! – Ele fez um movimento com a mão, demonstrando irritação. – Antes disso.

Eu, pela primeira vez, corei absurdamente com aquilo. Não só ele, mas eu também. Eu acho que disse sem pensar, talvez. Eu me acalmei o bastante para dizer.

- Eu gosto de você?

- É, isso, o que quis dizer com isso? – Ele não tirava a expressão irritada, o que era normal dele, então eu não contei como ofensiva.

- N-Nada. – Eu disse. – Você é meu melhor amigo, só isso.

- Ah. - Ele sorriu o bastante para eu, simplesmente, notar que ele estava escondendo alguma coisa. Ele estava com vergonha. Mas tinha algo no seu sorriso que me intrigava. Eu acho que vi um pouco de alegria no gesto, não sei.

- Aoi... – Eu falei, antes que o silêncio entre a gente ficasse insuportável. Ele levantou o olhar, com as bochechas meio avermelhadas. – Quando eu disse que gostava de você... Bem, eu te amo. – Eu coloquei o braço na altura da minha cabeça pra coçar os meus cabelos. Num ato nervoso.

Ele arqueou as costas, meio na defensiva. Ele não parava de me olhar com aquela cara de espanto.

- Vo-Você o quê? – Ele aumentou a voz quase engasgando com a balinha de hortelã.

- É sério. – Eu falei. – Você é muito fofo, Aoi. – Eu sorri. – Incrivelmente lindo. Eu só me vi apaixonado por você há dois meses, mas esse sentimento já era bastante conhecido quando eu olhava pra você um tempo antes.

O sino bateu alto o bastante – como sempre – para Aoi ficar um pouco aliviado com aquilo. Ele suspirou e eu desviei o olhar, me preparando para sair dali. Eu só fiquei um pouco confuso quando eu tirava o copo de plástico do meu ouvido.

Eu podia jurar que ouvi a voz baixinha dele dizer “Te amo também” quase imperceptível.

Eu o olhei e ele estava encolhido entre seus braços cruzados na carteira e seu rosto estava quase tão vermelho quanto um tomate, com o copo próximo ao ouvido. Então era ele. Eu sorri e resolvi entrar na brincadeira, colocando o copo em minha boca.

- Eu também te amo, neném. – Ele não me viu, então o susto foi grande. Eu ri e ele fez de tudo para não me olhar, mesmo com o rosto quase queimando àquela altura. Eu tirei o objeto das mãos e me aproximei dele o bastante para poder abraçá-lo carinhosamente. – Você é a coisa mais fofa e adorável que eu já vi. – Eu sorri.

Ele me olhou.

- Q-quê?

- Exatamente. Você é lindo, Aoi. – Eu beijei sua bochecha. – E esperaria uma dúzia de anos seguidos só pra ouvir isso.

Ele me olhou com um sorrisinho adorável.

- Então você não precisou esperar muito. – Ouvi sua risadinha e sorri.

- Graças à você.

Ele sorriu e aproximou os lábios dos meus, tocando-os gentilmente. Eu decidi pessoalmente não ir muito rápido, então foi o selinho mais gostoso que eu já senti. Com um gostinho especial de hortelã.


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Notas finais do capítulo

Foi bem bobinho né ;O;'


Reviews? ~